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Argumentação e Filosofia

Ana,André,Daniela,Érica,Santiago
11ºCTB
Filosofia, retórica e democracia

• A retórica e a filosofia desde sempre se


encontraram ligadas, porque ambas são
invenções gregas mas fundamentalmente pelo
logos – meio de persuasão.
• A Democracia é o regime político que marca a
Grécia no século V a.C.
Século V a.C. – Grécia

• Constituída pela Pólis (coração do sistema


democrático) dividia-se em tribunais (onde eram
tratados todos os assuntos da sociedade) e
ajuntamentos (onde eram pronunciados os elogios
públicos).
• Ser cidadão era privilégio reservado aos homens
gregos livres, excluindo por isso mulheres,
estrangeiros e escravos.
Século V a.C. – Grécia

• Os cidadãos tinham certos direitos como:


 Igualdade no acesso ao poder (isocracia)
 Igualdade perante a lei (isonomia)
 Igualdade no acesso à palavra (isegoria)
Sofistas
• Os sofistas surgidos no século V
a.C. eram um conjunto de
indivíduos que viajavam por todo o
mundo grego, oferecendo instrução
especializada em troca de
remuneração.
• Os sofistas como educadores
profissionais eram educadores
políticos, promotores de um novo
modelo de educação, transmitindo
competências valorizadas pelo
regime democrático e fornecendo
instrumentos para o sucesso dos
jovens na carreira politica.
Qual era o objetivo da educação sofística?

• A educação dos sofistas tinham dois


grandes objetivos:
 Ensinar a excelência politica
 Fornecer instrumentos linguísticos e
discursivos para o domínio da argumentação
e da eloquência persuasivas.
O que incluía o ensino e a formação dos
sofistas?

• O ensino sofístico ensinava cultura geral.


• Ensinava as três artes: dialética, erística e retórica.
• Ensinava o método das antilogias ou da controvérsia.
• Ensinava a dominar o kairos (momento oportuno).
Quais os procedimentos usados pelos sofistas?

• Os sofistas utilizavam vários procedimentos, incluindo locais de


ensino e modelos de discurso:
 Palestras públicas, cursos frequentados por um número restrito de alunos ou
lições particulares.
 Modelos de discurso e processos erísticos simulados.

• Os seus destinatários eram na sua maioria alunos jovens no limiar


da idade adulta e provinham da classe média abastada ou da
aristocracia.
Que posições filosóficas são atribuídas à
sofistica?

Colocam o ser humano no centro de reflexão (humanismo)


Põem em causa a universalidade e objetividade da verdade
(relativismo)
Negam a possibilidade de estabelecer conhecimento seguro
(ceticismo)
Questionam o conhecimento acerca da existência e natureza dos
deuses (agnosticismo)
Que reações suscitaram os sofistas no seu
tempo?

• As reações tanto foram positivas como negativas:


 Positivas, pois eram transmissores de competências imprescindíveis ao
sucesso na carreira politica.
 Negativas, já que foram associados a uma espécie de espirito mercantilista
do conhecimento.
Sócrates e Platão

• Desde o seu aparecimento que a retórica é objeto de numerosas e


violentas críticas.
• As censuras morais, políticas e filosóficas dirigidas à retórica e ao
relativismo dos sofistas são da responsabilidade de Sócrates e
Platão.
• Enquanto os sofistas pretendem alcançar a superioridade sobre os
outros, os filósofos procuram verdades universais e impessoais.
• Enquanto a retórica é encarada como uma técnica da aparência e da
opinião, à filosofia importa o conhecimento da verdade e a prática
do bem.
Sócrates

• Sócrates é importante porque a sua


relação com Platão foi crucial para o
desenvolvimento do sistema filosófico
de Platão.
• É enigmático porque, coloca-nos o
desafio de reconstruir o seu
pensamento exclusivamente a partir
dos escritos de outros.
Método dialético

• O método dialético usado por Sócrates nos primeiros escritos


platónicos consiste em filosofar mediante uma sequência dialógica de
perguntas e respostas.
• Por oposição ao sofista, Sócrates adota uma outra atitude filosófica:
1. Ironia – é a primeira etapa do método socrático e corresponde à sua fase
desconstrutiva. Tem como objetivo libertar o interlocutor do falso saber e,
conduzi-lo ao reconhecimento da sua ignorância.
2. Maiêutica – corresponde à fase construtiva do método socrático. É o momento
da procura do conhecimento de si mesmo.
Persuasão racional e manipulação

• A retórica não é imoral. É um instrumento


moralmente neutro, uma técnica de
persuasão e de argumentação do verosímil,
indispensável à comunicação e ao encontro
de razões. A retórica torna possível quer o
juízo refletido e razoável quer a procura
do consenso e do acordo. Não é a retórica
que manipula, mas o manipulador.
Persuasão racional e manipulação

• Devemos considerar duas maneiras


distintas de persuadir um auditório: a
persuasão racional e a manipulação, a
que correspondem, respetivamente, o
bom e o mau usos da retórica.
Persuasão racional e manipulação

• Atualmente, com o desenvolvimento dos meios


de comunicação de massas e das técnicas de
marketing, dificilmente se escapa à
manipulação.
• A propaganda política e a publicidade são bons
exemplos disso mesmo. As estratégias destes
discursos assentam em técnicas retóricas,
como a repetição, e recorrem frequente e
intencionalmente a falácias informais.
Argumentação, verdade e ser

• Somos seres racionais e fazer perguntas é procurar o sentido, a verdade:


Como? Porquê? Para quê?, está na nossa natureza.
• As questões científicas e filosóficas surgem no contexto da interrogação e da
discussão racional.
• A discussão racional exige argumentação e esta, por sua vez, a linguagem.
• A linguagem organiza-se subordinada ao conceito de verdade e a verdade
implica uma relação entre o pensamento e a realidade, o ser.
• Trata-se sempre de querer explicar o mundo, procurar compreendê-lo e
perceber como viver nele.
Argumentação, verdade e ser

• Alguns filósofos consideram que uma proposição é verdadeira se


corresponder a um facto do mundo (teoria da correspondência)
• Outros filósofos, por outro lado, afirmam que uma proposição é
verdadeira se for coerente com o resto das coisas em que acreditamos
(teoria da coerência).
• Mas nenhuma destas ou outras respostas à questão “o que é verdade?”
foi ainda capaz de conquistar a unanimidade dos filósofos. Porém,
independentemente destas dificuldades, a verdade – ou a distinção
entre o verdadeiro e o falso – foi, e será sempre, umas das nossas
grandes ocupações.

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