PEN 5023 - Introdução ao Petróleo e Gás

Natural

AULA 05: PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DE

PETROLEO:

Prof.Dr. Edmilson Moutinho

Dra. Marilin Mariano dos Santos.

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 Processamento primário de petróleo

é a primeira etapa que o petróleo
passa assim que sai do reservatório
e chega na superfície.

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Processamento primário de petróleo

Poços

Manifold
Gás alta pressão
Média Pressão
Separação Compressão
Bsixa Pressão

Tratamento de água Tratamento do óleo Tratamento do gás

Exportação Injeção Exportação Exportação Injeção

Fonte: Brasil et all , 2011

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Exemplo de um campo de produção e manifold

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O processamento primário da produção de petróleo tem por objetivo:

 Fazer a separação óleo/gás/água;

 Tratar ou condicionar os hidrocarbonetos para que possam ser

transferidos para as Refinarias ou Unidades de Processamento de Gás
Natural (UPGNs);

 Tratar a água para que seja destinada de forma ambientalmente e

tecnicamente aceitável (descarte ou reaproveitamento).

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Todo processamento primário do petróleo visa a atender requisitos de exportação do

petróleo e do gás e de descarte e de injeção de água

O Gás natural deve estar em pressão adequada para exportação e os teores de

contaminantes não devem ser excessivos (H2S; CO2 e vapor d’água)

O Petróleo não deve conter mais que 1% de água emulsionada e sedimentos e o

teor de sais dissolvidos não deve ultrapassar 285 mg/ l de petróleo

A água produzida deve ser tratada antes de der descartada e suas características
físicas e químicas deve atender a Resolução Conama 393/07. Como exemplo, a
concentração média mensal de óleo e graxa é limitada em 29 mg/l e a diária em
42 mg/l

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Água presente no petróleo produzido pode estar das seguintes formas:

Água emulsionada
Água dissolvida

Água livre

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 Início da produção de um reservatório, o teor de água no petróleo produzido é

próximo a zero.
 Com a continuidade da produção é comum a concentração de água ultrapassar 50%.
 Com o fim da vida produtiva do poço a concentração de água chega atingir valores
próximo a 100% produtiva
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 De onde vem a água?

 proveniente do reservatório (água de formação) ou

 foi introduzida no sistema produtor quando do processos
de recuperação secundáriaque utiliza a injeção de água ou
vapor.

Dentre os contaminantes presentes no petróleo, a água é

o que apresenta maior dificuldade para ser removida
devido a quantidade ou à forma emulsionada que pode
estar presente na fase liquida.

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Composição das Águas Produzidas

• composição variável em função das características do reservatório

produtor.

• sempre têm óleo livre, microemulsionado e dissolvido, sólidos suspensos,

sais, metais pesados, radionuclídeos, microorganismos.

• os reservatórios tem na composição das rochas muitos sais e substâncias

solúveis em água assim, as águas de produção apresentam altos teores de
sólidos totais dissolvidos , principalmente as offshore.

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Óleo livre ou disperso

 os hidrocarbonetos presentes no petróleo são

praticamente insolúveis em água

 tem a tendência a ficar disperso na água em gotículas de

microemulsão devido as condições de pressão e
temperatura.

 Parte solúvel são ácidos orgânicos como ácido fórmico e

propiônico, fenóis e o grupo BTEX também apresentam
solubilidade em água e são de difícil remoção

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Sólidos Suspensos

 além dos sólidos solúveis a água de produção também

arrastar sólidos insolúveis como: areia, argila e sais insolúveis
como o sulfato de bário.

 metais também estão presentes e, as espécies variam de

acordo com as características de cada campo produtor ( Ex.
De metais encontrados em suspensão: Pb, Cd, V, Mn, Hg, Zn,
Fe, Cr, Cu).

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Radionuclídeos: a água produzida também pode ter em

sua composição minerais radioativos naturais como
226Ra, 228Ra.

Microorganismos: as águas produzidas também carreiam

microorganismos presentes no reservatório, alguns desses são
bactérias anaeróbias e redutoras de sulfatos, fungos e algas.

Aditivos químicos: surfactantes, polímeros, entre outros.

Gases dissolvidos: H2S, CO2 e O2.

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Características físico-química de águas produzidas em algumas bacias mundiais

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Como se forma a emulsão

 forte agitação decorrente do processo de elevação e

 do intenso cisalhamento devido as forte

despressurização que ocorre na válvula choke que é
utilizada para regular e limitar a vazão de produção.

 A emulsão formada é do tipo água/óleo A/O.

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Tipos de Emulsão

́Óleo em água (O/A) – emulsão inversa

́Água em óleo (A/O) – emulsão normal
Fase interna: óleo - até́ 1% v/v
Fase interna: água - até́ 60% v/v
Fonte: Kurnet ,2007
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Influência da composição do petróleo na formação de emulsões:

 Emulsões mais estáveis apresentam:

 maior quantidade de emulsificantes naturais
estão presentes nas frações mais pesadas do petróleo
(Densidade maior e oAPI menor)

 Petróleo leves são mais fáceis de serem tratados

 Petróleo pesados são mais difíceis de serem tratados

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Impactos da presença de água no petróleo durante o processo de produção

́corrosão e incrustações nos equipamentos utilizados na

produção, transporte e refino devido a presença de sais na
composição da água livre (cloretos, sulfatos e carbonatos
de sódio, cálcio, bário e magnésio)

 Aumento significativo da viscosidade, afetando as

operações de elevação e escoamento devido ao aumento
da perda de carga perda, podendo afetar a produção e a
perda de eficiência do sistema de bombeio e transferência
de petróleo.
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Impactos da presença de água no petróleo durante o processo de produção

Formação de emulsão

 A presença de emulsão A/O dificulta a separação de água livre e

requer :

 temperaturas mais elevada,

 equipamentos de tratamento de maior porte
 consumo de produtos químicos desemulsificantes;

 A presença de emulsão A/O pode provocar a formação de espuma

levando a necessidade do uso de antiespumante
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Impactos da presença de água no petróleo durante o processo de produção

Formação de hidratos

 Outro problema decorrente do aparecimento

formação de hidrato durante a elevação e o
escoamento do óleo os quais podem bloquear
total ou parcialmente as linhas de produção

Obs: O hidrato é uma estrutura cristalina formada a baixas temperaturas e em elevadas

pressões a partir da água e das frações leves do petróleo (metano, etano e propano),
Fonte: Kurnet ,2007
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Impactos da presença de água no petróleo durante o processo de produção

Custos

 Custos adicionais para o tratamento e descarte se a água co-

produzida não for adequadamente separada nas unidades de
produção (durante o transporte para os terminais a água
presente pode se separar nos tanques de armazenamento de
petróleo ou nos tanques dos terminais,

 a água não removida durante o processo de produção onerará o

custo do transporte, uma vez que será computada como
petróleo.
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Separação

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Equipamentos de separação gás/água/óleo

 Classificação quanto a finalidade

 Bifásico: líquido/gás
 Trifásico: gás/emulsão/água livre

 Classificação quanto a geometria

 Horizontal
 Vertical

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SEPARADOR VERTICAL TRIFÁSICO

SEPARADOR HORIZONTAL BIFÁSICO

Fonte: Kurnet ,2007

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Tratamentos

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Tratamento de óleo

Finalidade:
Remoção de gás
Remoção de água

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Métodos:
 Decantação (ação da gravidade: muito tempo)
 Elevação da temperatura
 Adição de produto desemulsificante
 Adição de água
 Emprego de campo eletrostático

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Métodos de separação: Elevação da

temperatura

 Reduz a viscosidade Aumentando a

freqüência e intensidade dos
choques entre gotas
 Dilata a gota, enfraquece a película
emulsionante
 Aumenta a solubilidade dos agentes
emulsionantes no petróleo
 na faixa de 45º a 60ºC
Fonte: Kurnet, 2007

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Tratamento químico : desemulsificantes

 O desemulsificante, desloca os emulsificantes naturais da interface.
 Em seguida, ocorre a coalescência das gotas em gotas de maior
tamanho.
 Finalmente, ocorre a sedimentação das gotas de maior tamanho,
com a separação da água do petróleo
 Cada petróleo requer o uso de uma formulação específica de
desemulsificante

Injetar o desemulsificante no interior do poços de óleos pesados,

melhora a ação de desestabilização das emulsões pois impede que os
emulsificantes naturais migrem para a interface das gotas de água
geradas durante o escoamento do petróleo

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̀ Adição de água para quebrar emulsão

 O aumento do teor de água na emulsão, aumenta a população de gotas de

água.

 O aumento do teor de agua aumenta a proximidade e o o tamanho das

gotas.

 O aumento da população de gotas na emulsão, torna a emulsão mais

instável por aumentar a probabilidade de colisão entre as gotas.

 A colisão entre as gotas acelera o processo de coalescência.

 Reduz a concentração de emulsificantes naturais

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Campo eletrostático
Sob ação do Campo elétrico aplicado :
 Gotas tendem a se alinhar com o campo elétrico.

 As gotas ficam polarizadas e se deformam, facilitando assim

a ruptura do filme interfacial .

 A atração elétrica aproxima as gotas e estas coalescência.

 Em Corrente AC

 Em Corrente DC
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 orizontais e a emulsão é injetada diretamente entre os eletrodos. O modelo comercial
Bielectric® do fabricante Petreco ®
P E N 5,0 o
2 3modelo
- I n t r o dEDGE
®
u ç ã o a odo
P e fabricante
t r ó l e o e G Howe-Baker
ás Natural
®
eo
modelo TriVolt® do fabricante Natco ® seguem genericamente este arranjo.

Dessalgador eletrostático

Fonte: Coutinho, 2005

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Figura 13: Tratador eletrostático de fluxo vertical com alimentação na parte
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Fonte: Kurnet, 2007

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• Video :
https://www.youtube.com/watch?v=UUtqH5C
1bzE

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Bibliografias
Brasil , Nilo Índio. Processamento de Petróleo e Gas. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos Editora LTDA, 2011. Reimpressão, 2012.

Kurnet, Rosana. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DE PETRÓLEO. Universidade

Petrobras Escola De Ciência E Tecnologia do E&P. Power Point da disciplina
Processamento de Petroleo e gás (BQ09). 2007

Coutinho, R., 2005. Estudo da Estabilidade de Emulsões de Água em Petróleo.

Dissertação de M.Sc. Universidade Federal do Rio de Janeiro

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 ANP, PORTARIA No 009 DE 21 DE JANEIRO DE 2000. Aprova o

Regulamento Técnico de Reservas de Petróleo e Gás Natural, o qual
define os termos relacionados com as reservas de petróleo e gás
natural, estabelece critérios para a apropriação de reservas e traça
diretrizes para a estimativa das mesmas.
 Speight, J.G;. Handbook of Petroleum Analysis. John Wiley & Sons,
2001.
 Thomas, J.E. Fundamentos da Engenharia de Petróleo. Rio de
Janeiro, 2001, Interciência.
 VAZ, C. E. M.; MAIA, J. L. P.; SANTOS, W. G.. Tecnologia da Indústria
do Gás Natural. 1a Edição São Paulo: Blucher, 2008. 416 p

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