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Transmissão por

engrenagens
 
1 - Transmissão por engrenagens (24 horas)
Elementos básicos das engrenagens
Perfil do flanco do dente
Geração de evolvente
Tipos de engrenagens
Engrenagem cilíndrica de dentes retos
Engrenagem cilíndrica de dentes helicoidais
Engrenagem cilíndrica com dentes internos
Engrenagem cilíndrica com cremalheira
Engrenagem cônica com dentes retos
Engrenagem cilíndrica com dentes oblíquos
Engrenagem cilíndrica com dentes em V
Engrenagem cônica com dentes em espiral
Parafuso sem-fim e engrenagem côncava (coroa)
Engrenagens
INTRODUÇÃO: 

Estes  elementos  estão  presentes  em  quase  todos  os 


sistemas que transmitam potência de uma unidade motora 
para  uma  unidade  consumidora.  Uma  característica 
extremamente  importante  é  o  fato  que  em  função  da 
configuração ou arranjo destes elementos, podemos variar 
(aumentar  ou  reduzir)  variáveis  da  transmissão,  como  por 
exemplo  a  rotação,  velocidade  angular  e  principalmente  o 
torque. 
Engrenagens
INTRODUÇÃO: 

A  transmissão  de  movimento  rotativo  de  um  eixo  para 


outro  ocorre  em  quase  todas  as  máquina  que  se  possa 
imaginar.  As  engrenagens  constituem  um  dos  melhores 
meios dentre os vários disponíveis para essa transmissão. 
(Serão os mais eficientes?) 
Engrenagens
INTRODUÇÃO: 

Quando se constata que as engrenagens de um diferencial 
de  automóvel,  por  exemplo,  possa  funcionar  por  150.000 
quilômetros ou mais antes de necessitarem substituição, e 
quando  se  conta  o  número  real  de  engrenamentos  ou  de 
revoluções  de  um  sistema  de  transmissão,  começa-se  a 
avaliar  o  fato  de  que  o  projeto  e  a  fabricação  destas 
engrenagens é realmente uma realização notável. 
Engrenagens

HISTÓRICO: 

As  engrenagens  possuem  uma  história  longa.  Um 


aparato denominado “Carroça chinesa apontando para o 
Sul”  supostamente  usada  para  navegar  pelo  deserto  de 
Gobi  nos  tempos  pré-Bíblicos,  continha  engrenagens 
rudimentares. 

Leonardo  Da  Vinci  mostra  muitos  arranjos  de 


engrenagens em seus desenhos. 
Após  um  grande  desenvolvimento  e  o  advento  da 
revolução  industrial,  as  engrenagens  passaram  a  ser 
construídos  com  materiais  metálicos  muito  mais 
resistentes. 
“Carroça chinesa apontando para o Sul” 
Engrenagens
HISTÓRICO: 

As  primeiras  engrenagens  foram  provavelmente  feitas 


cruamente  de  madeira  e  outros  materiais  fáceis  de  serem 
trabalhados.  Sendo  meramente  constituídos  por  pedaços 
de madeira inseridos em um disco ou roda. 
HISTÓRICO:  Engrenagens

Engrenagens construídas com madeira 
Engrenagens
DEFINIÇÃO: 

 Denomina-se  engrenagem  o  elemento  dotado 


de  dentadura  externa  ou  interna,  cuja 
finalidade  é  transmitir  movimento  sem 
deslizamento  e  potência  entre  dois  eixos, 
multiplicando  os  esforços  com  a  finalidade  de 
gerar trabalho. 

 Possuem  formato  cilíndrico  (engrenagem 


cilíndrica),  cônico  (engrenagem  cônica), 
helicoidal  (engrenagens  helicoidais)  ou  reta 
(cremalheira). 
Definição Engrenagens
Engrenagens

Vantagens das engrenagens
 Evitam o deslizamento entre as engrenagens, fazendo com que os 
eixos ligados a elas estejam sempre sincronizados um com o outro.

 Tornam possível determinar relações de marchas exatas. Assim, se 
uma  engrenagem  tem  60  dentes  e  a  outra  tem  20,  a  relação  de 
marcha  quando  elas  estão  engrenadas  é  de  3:1.

 São feitas de tal maneira que possam trabalhar mesmo que haja 
imperfeições no diâmetro e na circunferência reais das duas 
engrenagens, pois a relação de marcha é controlada pelo número 
de dentes. 
.
Engrenagens
Aplicações
 Você vê engrenagens em quase tudo que tem partes giratórias.  

Diferencial Vídeo Cassete
Transmissão de carro

Limpador pára-brisa
Volante
Relógios
Corrêa 
dentada 
motor
Engrenagens
Engrenagens

Engrenagens de pequeno e médio porte 
Engrenagens

Engrenagens de grande porte 
Engrenagens

Engrenagens de grande porte para industria do cimento e de 
açúcar 
Engrenagens

CLASSIFICAÇÃO: 

Engrenagens

Engrenagens de formato cilíndrico, 
Engrenagens

Engrenagens de formato cônico, 
Engrenagens
 

Engrenagens de formato helicoidal, 
Engrenagens

Engrenagens de formato reto, conhecidas como 
cremalheiras. 
Engrenagens

Engrenagem planetária, 
Engrenagens

Parafusos sem fim, 
Engrenagens
Outras, 
Engrenagens

Obviamente, cada tipo de elemento estará associado a uma 
aplicação  específica.  De  maneira  geral,  deve-se  conhecer 
as  cargas  e  solicitações  que  o  sistema  de  transmissão 
estará submetido a fim de se optar pelo melhor elemento. 
PADRONIZAÇÃO: 
Engrenagens

As  engrenagens,  hoje  em  dia,  são  altamente 


padronizadas  com  relação  à  forma  do  dente  e  ao 
tamanho.  Diversas  entidades  de  padronização 
estabelecem  normas  e  diretrizes,  dentre  estas  se 
destaca  a  AGMA  –  American  Gear  Manufacturers 
Association, ABNT e a DIN. 
FABRICAÇÃO: 
Engrenagens

Os processos utilizados normalmente para produção de 
engrenagens são: 

 Usinagem, 

 Fundição, 

 Conformação, 
Engrenagens

Usinagem,

Pode ser divido em dois grupos: 

 Usinagem com ferramenta: 


A  usinagem  com  ferramenta  de  forma  consiste  na 
utilização  da  fresa  módulo,  fresa  de  ponta,  brochamento 
entre outros. 

 Usinagem por geração:


É  efetuada  com  a  utilização  de  fresa  caracol  (hob), 
cremalheira  de  corte  entre  outros.  Consiste  no  processo 
mais utilizado na industria. 
 
Usinagem 

Processos de usinagem utilizados na construção de engrenagens 
• O fresamento com fresa módulo,
processo que não permite a obtenção
de um perfil evolvente correto,
resultando num perfil aproximado
para o dente da engrenagem.

• A obtenção do perfil da engrenagem


com erros, gera na mesma um
desgaste maior, menor durabilidade e
maior ruído durante o funcionamento.
Fresamento Fellows

• Trata-se de uma fresa muito parecida com uma engrenagem


cilíndrica com dentes retos. A diferença é que a fresa Fellows
apresenta em seus dentes uma cunha de corte que faz a
usinagem do material.
Fresamento Renânia
• A escolha da fresa caracol é
determinada basicamente
pelo número do módulo da
engrenagem e o ângulo de
pressão.
Fundição, 
Consiste  na  deposição  de  material  metálico  liquefeito  em 
formas.  Entre  os  processos  mais  utilizados  estão  o  por 
gravidade, sob pressão e em camadas. 
Fundição 

Conformação, 
Os processos mais utilizados são o forjamento, extrusão, 
trefilação, laminação e a estampagem. 
Conformação 
MATERIAIS PARA AS 
ENGRENAGENS: 
 

Normalmente se utiliza materiais metálicos resistentes 
na produção de engrenagens tais como o aço de baixo
ou médio carbono laminados a frio ou a quente, Ferro
fundido nodular, Bronze e aço inoxidável.

Dentro os principais aços padrão SAE/AISI utilizados, 
estão o 1020, 1040, 1050, 3145, 3150, 4320, 4340, 
8620 e 8640. 
QUALIDADE DAS 
ENGRENAGENS: 
A  norma  DIN  especifica  doze  qualidades  em  função  da 
tolerância. 

01  a  04-  engrenagens  de  precisão  (laboratórios  e 


radares). 

05-  engrenagens  para  máquinas  operatrizes,  turbinas  e 


instrumentos de medidas. 

06-07- engrenagens comuns utilizadas em veículos. 

08 e 09-Máquinas em geral, pois não são retificadas. 

10  e  12-engrenagens  rústicas,  utilizadas  em  máquinas 


agrícolas. 
Para definir a qualidade de engrenagem, pode-se basear 
na sua velocidade periférica e utilizando a tabela: 
Tipos de pares de engrenagens e 
características
• Dentes retos:

Os dentes são dispostos paralelamente entre si em relação ao eixo. É o tipo mais
comum de engrenagem e o de mais baixo custo. É usada em transmissão que requer 
mudança de posição das engrenagem em serviço, pois é fácil de engatar. É mais 
empregada na transmissão de baixa rotação do que na de alta rotação , por causa do 
ruído que produz.

Engrenagens cilíndricas: eixos paralelos
• Engrenagens cilíndricas: eixos paralelos

Dentes Retos: interno e externo


•Dentes helicoidais:
•Os dentes são dispostos transversalmente em forma de hélice em relação ao eixo. É 
usada em transmissão fixa de rotações elevadas por ser silenciosa devido a seus 
dentes estarem em componente axial de força que deve ser compensada por mancal ou 
rolamento. Serve para transmissão de eixos paralelos entre si e também para eixos 
que formam um ângulo qualquer entre si (normalmente 60 ou 90°).

Dentes Helicoidais: mesmo ângulo de hélice e sentidos contrários


•Dentes helicoidais:
• características
•Montagem em vários pares engrenados
• Transmissão de grandes torques
• Sem restrição de velocidade
• Rendimento: 95 a 99%
Engrenagens cilíndricas: eixos não paralelos
• Montagem em vários pares engrenados
• Transmissão de baixos torques
• Pequenas distâncias entre centros

Dentes Helicoidais: eixos em planos paralelos, qualquer


inclinação
Engrenagens cilíndricas: eixos paralelos

Dentes Bi Helicoidais: processos de pressurização e também 


de atomização de óleos pesados (caldeiras, fornos ou 
queimadores)
• Este dispositivo tem a função de fazer a redução da 
velocidade e, ao mesmo tempo, executar a transmissão 
da potência.
• Engrenagens cilíndricas: eixos paralelos

Dentes Bi Helicoidais – Espinha de Peixe


• Engrenagens cilíndricas: eixos paralelos

Dentes Bi Helicoidais – Espinha de Peixe


•Engrenagens Cônicas (dentes  retos ou helicoidais):
É empregada quando as árvores se cruzam; o ângulo de 
interseção e geralmente 90°, podendo ser menor ou maior. 
Os dentes das rodas cônicas tem um formato também 
cônico, o que dificulta a sua fabricação, diminui a
precisão e requer uma montagem precisa para o 
funcionamento adequado. A engrenagem cônica e usada 
para mudar a rotação e a direção da força, em baixas
velocidades. 
• Engrenagens cônicas: eixos que se cortam
Dentes Retos

Características
• Montagem um par cônico
com outros cilíndricos
• Transmissão de grandes
torques
• Média e baixa velocidade
• Rendimento: 95 a 99%
• Engrenagens cônicas: eixos que se cortam
Dentes Retos Inclinados

Características
• Montagem um par
cônico com outros
cilíndricos
• Transmissão de
grandes torques
• Média velocidade
• Rendimento: 95 a 99%
• Engrenagens cônicas: eixos que se cortam

Dentes Espirais

Características
• Montagem um par
cônico com outros
cilíndricos
• Transmissão de grandes
torques
• Média velocidade
• Rendimento: 95 a 99%
• Engrenagens cônicas: eixos que se cortam

Espiroidal de Face
Zerol

Outros Dentes
• Engrenagens cônicas: eixos reversos ou com
deslocamentos

Dentes Hipoidais
•Engrenagem cremalheira:

É  uma  barra  de  dentes  destinada  a  engrenagens 


em  que  uma  roda  deitada.  Assim  pode  se 
transformar  um  movimento  de  rotação  em 
movimento retilíneo ou vice-versa.
Os  formatos  e  os  tamanhos  das  rodas  são  padronizados, 
possuem  dentes  para  realizar  a  movimentação  de  peças  e 
máquinas utilizando a força entre os eixos. Um dos tipos de 
maior  importância  é  a 
engrenagem cônica com dentes em espiral

Por  causa  de  sua  grande  versatilidade,  este  tipo  de 


engrenagem  pode  ser  utilizada  em  diferentes  tipos  de 
maquinários,  trabalhando  com  muito  silêncio  e  muita 
potência.

Na maioria das vezes,  a engrenagem é montada em eixos 
separados por 90º  (graus), mas  também podem funcionar 
em ângulos diferentes.

O principal objetivo de utilizar a engrenagem espiral é que 
ela  consegue  interagir  com  outras  engrenagens  e  possui 
diversas aplicações nas mais diferentes áreas da industria.
Engrenagem cilíndrica
com dentes em V
•Engrenagem de parafuso sem fim:
São usadas quando grandes reduções de transmissão 
são necessárias. Esse tipo de engrenagem costuma ter 
reduções de 20:1, chegando até a números maiores do 
que 300:1. O eixo gira a engrenagem facilmente, mas a 
engrenagem não consegue girar o eixo. Isso se deve ao 
fato de que o ângulo do eixo é tão pequeno que quando a 
engrenagem tenta girá-lo, o atrito entre a engrenagem e o 
eixo não deixa que ele saia do lugar. Essa característica é 
útil para máquinas como transportadores, nos quais a 
função de travamento pode agir como um freio para a 
esteira quando o motor não estiver funcionando.
Coroa / Sem-fim cilíndrico

Características
• Relação de transmissão de
10 a 100
• Transmissão de baixas
torques
• Média velocidade
• Baixo rendimento: 45 a
95%
• Coroa / Sem-fim meia lua
Engrenagem cilíndrica
com dentes em espiral
TEORIA DO DENTE DE ENGRENAGEM: 

O  meio  mais  fácil  de  transferir  movimento  rotatório  de 


um eixo a outro é com um par de cilindros. 

Conjuntos externos e internos 
TEORIA DO DENTE DE ENGRENAGEM: 

Este  sistema  porém,  apresenta  algumas  deficiências, 


dentre  as  mais  críticas  estão  a  baixa  transmissão  de 
torque e a grande possibilidade de escorregamento 
TEORIA DO DENTE DE ENGRENAGEM: 

Se o sistema necessitar de sincronia, o escorregamento 
não pode ocorre, assim existe a necessidade da adição 
de alguns dentes aos cilindros rodando, tornando-se 
então as engrenagens. 
Elementos básicos das engrenagens
Partes
Corpo
Dentes
Coroa x Pinhão
Nomenclatura
 

O  círculo primitivo  é  a  base  do  dimensionamento 


das  engrenagens  e  seu  diâmetro  caracteriza  a 
engrenagem. As  rodas  conjugadas  usualmente  têm 
seus círculos primitivos tangentes, se bem que esta 
condição  não  seja  necessária  no  caso  de 
engrenagens de perfil evolvental.
A  circunferência externa também  chamada  de 
cabeça  do  addendum  ou  externa,  limita  as 
extremidades externas dos dentes.
 O  addendum ou altura da cabeça  do  dente  é  a 
distância  radial  entre  as  circunferências  externa  e 
primitiva.
 
 O  círculo da raiz é  o  círculo  que  passa  pelo  fundo 
dos vãos entre os dentes.
O deddendum ou altura do pé do dente é a distância 
entre os círculos primitivo e de raiz.
 
A folga do fundo é a distância radial entre o circunferência de 
truncamento e a da raiz.
 Espessura do dente é  o  comprimento  do  arco  da 
circunferência  primitiva,  compreendido  entre  os  flancos  do 
mesmo dente.
 O  vão dos dentes é  a  distância  tomada  em  arco  sobre  o 
círculo  primitivo  entre  dois  flancos  defrontantes    de  dentes 
consecutivos.
A folga no vão é a diferença entre o vão dos dentes 
de  uma  engrenagem  e  a  espessura  do  dente  da 
engrenagem conjugada. Quando existe tal folga entre 
duas  engrenagens,  uma  pode  ser  girada  de  um 
ângulo  bem  pequeno  enquanto  a  engrenagem 
conjugada  se  mantém  estacionária.  Esta  folga  é 
necessária  para  compensar  erros  e  imprecisões  no 
vão  e  forma  do  dente,  para  prover  um  espaço  entre 
os  dentes  para  o  lubrificante  e  para  permitir  a 
dilatação  dos  dentes  com  um  aumento  de 
temperatura. 
Engrenagens  de  dentes  usinados  devem  ser 
montadas com uma folga no vão,  de:  0.04  módulo. 

Para se assegurar tal folga, a ferramenta geralmente 
é  ajustada  um  pouco  mais  profundamente  do  que  o 
normal na maior das duas engrenagens. 
 
A face do dente é a parte de superfície do dente 
limitada  pelo  cilindro  primitivo  e  pelo  cilindro  do 
topo.
 A  espessura da engrenagem é  a  largura  da 
engrenagem  medida  axialmente  (é  a  distância 
entre  as  faces  laterais  dos  dentes,  medida 
paralelamente ao eixo da engrenagem).
 
O flanco do dente é a superfície do dente entre 
os cilindros primitivo e o da raiz.
 O topo é a superfície superior do dente.
 O  fundo do vão é  a  superfície  da  base  do  vão 
do dente.
O ângulo de ação é o ângulo que a engrenagem 
percorre enquanto um determinado par de dentes 
fica engrenado, isto é, do primeiro ao último ponto de 
contato. 
 
O ângulo de aproximação ou de entrada é o ângulo 
que a engrenagem gira desde o instante em que um 
determinado par de dentes entra em contato até o 
momento em que este contato se faz sobre a linha 
de centros
O ângulo de ação é o ângulo que a engrenagem 
percorre enquanto um determinado par de dentes 
fica engrenado, isto é, do primeiro ao último ponto de 
contato. 
 
 O  ângulo de aproximação ou  de  entrada  é  o 
ângulo  que  a  engrenagem  gira  desde  o  instante  em 
que um determinado par de dentes entra em contato 
até  o  momento  em  que  este  contato  se  faz  sobre  a 
linha de centros
O  ângulo de afastamento é  o  ângulo  que  a 
engrenagem  gira  desde  o  instante  em  que  um 
determinado  par  de  dentes  atinge  o  ponto  sobre  a 
linha de centros, até que eles abandonem o contato. 

O ângulo de aproximação somado com o ângulo


de afastamento resulta no ângulo de ação.
A  razão ou relação de velocidades ou relação de
transmissão é  a  velocidade  angular  da  engrenagem 
motora  dividida  pela  velocidade  angular  da  engrenagem 
comandada.  Para  engrenagens  de  dentes  retos  está 
razão  varia  inversamente  com  os  diâmetros  primitivos  e 
com  o número de dentes.

Onde v é a velocidade angular, 
D o diâmetro e 
N o número de dentes; 
o índice 1 se refere à engrenagem motora e o 2 à 
comandada.
O módulo
Em  toda  engrenagem  existe  uma  relação  constante 
relacionando o número de dentes (N) e o diâmetro primitivo 
(dp). No sistema métrico esta relação é chamada de módulo
m (em  milímetro)  e  no  sistema  inglês  de  passo diametral
(número de dentes por polegada). 
Por  outro  lado  o passo é  definido  como  o  comprimento  do 
círculo dividido pelo número de dentes.
A relação entre o passo diametral (Pd) e o módulo 
é definida como:

A  tabela  a  seguir  mostra  os  principais  passos 


diametrais  (P)  e  módulos  (m)  padronizados, 
necessários,  pois  às  ferramentas  usadas  para 
usinar  os  dentes  são  também  padronizados  em 
função destes números.
Ë interessante lembrar que uma ferramenta padronizada 
em  módulo  pode  ser  usada  para  gerar  o  dente  no 
sistema  métrico  ou  o  equivalente  no  sistema  inglês  e 
vice-versa. 

A utilização da relação P = 25,4/m amplia os padrões de 
cada sistema.
O torque transmitido T se relaciona com 
velocidade angular pela fórmula: 
 

Assim, um engrenamento é essencialmente 
um dispositivo de troca de torque por 
velocidade e vice-versa.
Uma utilização comum de engrenamento é reduzir 
velocidade  e  aumentar  o  torque  para  grandes 
carregamentos,  como  em  caixa  de  marchas  em 
automóveis.  Outra  aplicação  requer  um  aumento 
na  velocidade  e  uma  conseqüente  redução  no 
torque.    Nos  dois  casos  é  geralmente  desejável 
manter  uma  razão  constante  entre  as 
engrenagens enquanto elas giram. 
Uma  condição  para  que  a  lei  fundamental  das 
engrenagens  ser  verdadeira  é  que  o  perfil  do 
dente  das  duas  engrenagens  deve  ser 
conjugado  ao  outro.  Uma  maneira  de  se 
conjugar  as  engrenagem  é  usando  o  chamado 
evolvental para lhes dar forma.
 
Perfil do dente evolvental

O  perfil  do  dente  de  engrenagem  é  definido  por 


uma  curva  conhecida  como  evolvente.  Esta  curva 
permite  que  o  contato  entre  os  dentes  das  duas 
engrenagens  aconteça  apenas  em  um  ponto, 
permitindo  uma  ação  conjugada,  suave  e  sem 
muito  deslizamento,  próximo  a  uma  condição  de 
rolamento
A  medida  que  as  engrenagens  giram,  o  ponto  de 
contato  muda  nos  dentes,  mas  permanece  sempre 
ao longo da linha de ação. A inclinação desta linha é 
definida pelo ângulo de pressão. 
Transmissão movimento circular por contato direto
Roda de fricção
Engrenamento:
•Ponto de contato C , C´ e curva(linha) de contato.
•Ângulo de pressão (θ).
•O início do contato se dá quando o pé da engrenagem motora encontra a cabeça da 
engrenagem movida.
Transmissão movimento circular por contato direto

•Lei fundamental de engrenamento


Razão de velocidade angular das engrenagens de um 
par de engrenagens deve manter-se constante durante 
o engrenamento.

•Diâmetro primitivo coroa.
•Diâmetro primitivo pinhão.
Velocidade 
angular

Para lei ser verdadeira a lei:


 Os contornos do dente nos dentes  engrenagentes devem ser 
conjugados um ao outro,através perfil adequado:
• Engrenagem de perfil envolvente.(mais utilizado)
•Engrenagem de perfil cicloidal.
Ação conjugada

Quando os perfis de dente são 
projetados para produzir um razão de 
velocidade angular constante durante  
o engrenamento ,diz-se que o mesmo 
tem ação conjugada.

wA / wB = rA / rB
Uma razão de velocidades angulares constantes requer uma razão de raios primitivos 
constante.As linhas de ação de cada ponto de contato instantâneo  devem passar pelo 
mesmo ponto fixo(P).
Perfil conjugado

Condições:
•Para que a transmissão por engrenagens se efetue com relação constante,é 
necessário que a perepenticular  ás curvas dos perfis dos dentes em contato,traçado 
pelo ponto de contato,passe pelo ponto de tangência das circunferências primitivas.
•Os dentes de engrenagens podem ser  perfilados com curvas quaisquer que obedeçam 
à lei fundamental de engrenamento.
Perfil conjugado
Perfil conjugado
Curvas usualmente empregadas;

A ciclóide é ainda usada como forma de dente em alguns relógios de


pulso e parede.
Mas a maioria das engrenagens usa a involuta (envolvente) de um círculo
para forma deles.
Perfil conjugado
Engrenagens envolventes:
Perfil conjugado
Engrenagens envolventes:

Vantagens

desvantagens
Perfil conjugado
Engrenagens cicloidais:
Perfil conjugado
Engrenagens cicloidais:

Vantagens

desvantagens
Entrosamento

Pares de dentes em contato
Ângulo de Pressão
 
O  ângulo  de  pressão    num  engrenamento  é  definido 
como  o  ângulo  entre  a  linha  de  ação  e  a  direção  da 
velocidade  angular,  de  modo  que  a  linha  de  ação  está 
rotacionada  a    graus  da  direção  de  rotação  da 
engrenagem  movida.  As  engrenagens  são  fabricadas 
atualmente  com  ângulos  de  pressão  padronizados  para 
diminuir  o  custo  no  processo  de  fabricação.  Os  ângulos 
de  pressão  são  14.5,  20  e  25,  sendo  o  mais  usado 
20. 
Geometria de contato entre engrenagens
 

A figura mostra um par de engrenagens imediatamente 
antes  e  depois  do  contato  entre  os  dentes.  As  normais 
destes dois pontos de contato se encontram num chamado 
ponto  primitivo.  A  relação  entre  o  raio  da  engrenagem 
motora  e  da  movida  permanece  constante  durante  o 
engrenamento. 
Outra  maneira  de  se  enunciar  a  lei  de  engrenamento  de 
uma  maneira  mais  cinemática  é:  as  linhas  normais  ao 
perfil  dos  dentes  em  todos  os  pontos  de  contato  devem 
sempre  passar  por  um  ponto  fixo  na  linha  do  centro, 
chamado de ponto primitivo.  
Interferência em dentes evolventais
 

Os  pontos  de  tangência  da  linha  de  ação  e  dos  círculos  de 
base são chamados pontos de interferência. Quando o dente 
é  suficientemente  longo  para  se  projetar  para  dentro  do 
círculo  de  base  do  pinhão,  a  cabeça  do  dente  da 
engrenagem  tende  a  penetrar  no  flanco do  dente  do pinhão 
(se  a  rotação  for  forçada),  a  menos  que  tenham  sido 
modificados os perfis caracterizando a interferência.
É  uma  desvantagem  séria  das  engrenagens  evolventais, 
sendo máxima quando um pinhão de pequeno número de 
dentes  se  engrena  com  uma  cremalheira. A  interferência 
diminui a medida que a engrenagem diminui de tamanho.
 
Razão de contato

Quando  um  dente  inicia  seu  contato  com  o  dente  da  outra 
engrenagem  e  mantém  este  contato  até  o  afastamento,  a 
engrenagem descreve um arco, que é definido como arco de 
ação. Entretanto, antes que este arco seja completado para 
uma  determinado  dente,  outro  dente  inicia  seu  contato.  Em 
outras  palavras,  existe  em  todo  engrenamento  um  curto 
espaço  de  tempo  em  que  dois  dentes  estão  acoplados  ou 
em  contato  ao  mesmo  tempo,  um  preste  a  concluir  e  outro 
iniciando. 
Razão de contato

  Esta  relação  do  número  de  dentes  em  contato  ao  mesmo 
tempo  é  definida  como  razão  de  condução  ou  de  contato, 
dado pela relação: 
q
mc  onde q é comprimento do arco de ação 
pb

A razão de contato mc maior do que 1 é indispensável nas 
engrenagens,  evitando  choques  e  ruídos  nos 
acoplamentos sucessivos dos dentes, pelo fato de antes de 
um dente desacoplar o  outro já estar em contato. Para as 
engrenagens  de  dentes  retos,  esta  relação  é 
aproximadamente 1,2, podendo ser maior para outros tipos 
de engrenagens.
Pinhão e cremalheira
 Se  aumentarmos  indefinidamente  o  raio  de  uma 
engrenagem  ela  se  transformará  uma  linha  reta.  Uma 
engrenagem linear é chamada de cremalheira. O conjunto 
pinhão-cremalheira é geralmente usada na transformação 
de  movimento  circular  em  movimento  linear.  Devido  a 
essa características é amplamente usado em automóveis, 
fazendo parte da direção do veículo.
Alteração da distância dos centros

Na  fabricação  de  jogos  de  engrenagens,  é  praticamente 


impossível por limitações técnicas no processo de se obter 
uma distância entre os centros de forma que ela seja ideal.
Se o perfil do dente não for evolvente este erro na distância 
entre  os  centros  das  engrenagens  pode  causar  variações. 
A  velocidade  angular  de  entrada  não  será  mais  igual  a 
velocidade  angular  de  saída  do  engrenamento,  violando 
assim a lei fundamental das engrenagens.
Entretanto, se o perfil dos dentes for evolvente, este erro na 
distância  dos  centros  não  alterará  a  relação  das 
velocidades.  Esta  é  a  principal  vantagem  de  dentes  com 
perfil  evolvente  e  explica  porque  é  o  mais  utilizado.  Pela 
figura,  nota-se  que  as  normais  ao  ponto  de  contato  ainda 
passam por um único ponto; somente o ângulo de pressão 
no engrenamento  sofrerá alguma mudança.
 
Aumentando-se a distância entre os centros o ângulo de 
pressão aumenta e vice-versa. 
Lubrificação em engrenagens

Excetuando-se  engrenagens  plásticas  pouco  exigidas, 


todo conjunto de engrenagens dever ser lubrificado para 
prevenir desgaste superficial. 

Controlar a temperatura na interface é importante porque 
se  muito  altas,  podem  diminuir  a  vida  útil  das 
engrenagens.

Lubrificante removem calor e separam as superfícies de 
um contato direto, reduzindo atrito.

Lubrificante suficiente deve ser utilizado para transferir o 
calor  gerado  por  atrito  para  o  meio  ambiente  sem 
permitir que o engrenamento se aqueça em demasia. 
Lubrificação em engrenagens

A  maneira  preferida  para  se  lubrificar  é  colocando  as 


engrenagens  em  caixas,  de  modo  que  elas  ficam 
parcialmente submergidas.

A  rotação  da  engrenagem  leva  o  lubrificante  para  regiões 


que não estão submergidas.

O  óleo  deve  ser  limpo  de  livre  de  contaminações,  sendo 


trocado periodicamente.

Conjuntos de engrenagens que não podem ficar em caixas, 
devem  ser  sempre  lubrificadas  usando  graxa,  que  é 
recomendada somente para baixas velocidades e cargas.
 

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