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Função DIREÇÃO

Direção é o processo administrativo que conduz

e coordena o pessoal na execução das tarefas

antecipadamente planejadas. Ou seja, dirigir uma

empresa significa conseguir que os empregados

executem as tarefas ou serviços pelos quais

respondem.

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Função DIREÇÃO
A atividade de direção é uma das mais importantes,

pois o sucesso ou o fracasso de um

empreendimento está na razão direta das pessoas

que o conduzem. Quer seja numa empresa, num lar,

numa escola, numa instituição social, num clube

esportivo, os resultados positivos ou negativos são

frutos de sua direção.

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Função DIREÇÃO
Assim, a direção está relacionada com todas as
atividades organizacionais que envolvem a
interação entre administradores/gestores e
trabalhadores.

Busca a harmonia em uma relação geralmente


conflituosa: a compatibilidade entre os objetivos e
interesses individuais com os objetivos e
interesses organizacionais. 3
Meios de DIREÇÃO

Os principais meios de direção empresarial são:

• Ordens ou Instruções;
• Coordenação;
• Motivação;
• Comunicação;
• Liderança.

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ORDENS ou INSTRUÇÕES

São dadas ou emitidas pelos encarregados da


direção, enquanto ao empregado cumpre
obedecer, executando o que lhe foi determinado.

Resumindo: Transmitir
decisões aos
subordinados.

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COORDENAÇÃO

Tem por finalidade ligar, unir e harmonizar todos os


atos e esforços, afinal não bastam ações isoladas,
mas cooperação e sinergia.

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MOTIVAÇÃO
Motivo: do latim “movere”. É qualquer coisa que leva a
pessoa a praticar uma ação. São forças que
influenciam no desempenho de realização de uma
tarefa.

Motivação: é proporcionar um motivo a uma pessoa,


estimulando-a a agir de maneira desejada. A palavra
indica o processo pelo qual o comportamento humano é
incentivado, estimulado ou energizado por algum tipo
de motivo ou razão.

Pelos mesmos motivos as pessoas reagem


diferentemente, ou seja, o que serve de motivação para
uma pessoa pode não ter a menor importância para7
outra.
MOTIVOS INTERNOS E EXTERNOS
Motivos Internos: são os impulsos interiores, de
natureza fisiológica e psicológica.

Podem se expressar por meio de:


• Necessidades.
• Aptidões.
• Interesses.
• Valores e Habilidades das pessoas.

Os motivos internos fazem cada pessoa ser capaz


de realizar certas tarefas e não outras; sentir-se
atraída por certas coisas e evitar outras; valorizar
certos comportamentos e menosprezar outros. 8
MOTIVOS INTERNOS E EXTERNOS
Motivos Externos: são os estímulos ou incentivos
que o ambiente oferece ou objetivos que a pessoa
persegue.

Os motivos externos satisfazem necessidades,


despertam sentimentos de interesse ou
representam recompensas desejadas.

São motivos externos todas as recompensas e


punições oferecidas pelo ambiente, os padrões
estabelecidos pelo grupo de colegas, os valores do
meio social, as oportunidades de carreira e muitos
outros da situação do trabalho. 9
MOTIVOS INTERNOS E EXTERNOS

MOTIVOS INTERNOS:
necessidades, aptidões,
valores e outros

MOTIVAÇÃO

MOTIVOS EXTERNOS:
estímulos ou incentivos do
ambiente

A MOTIVAÇÃO É RESULTANTE DE UMA INTERAÇÃO DE


MOTIVOS COMPLEXOS, INTERNOS E EXTERNOS.

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PROPOSIÇÕES SOBRE A MOTIVAÇÃO HUMANA

As teorias a respeito das necessidades humanas


fornecem a primeira explicação importante sobre o
papel dos motivos internos na motivação. Segundo
essa ideia, o comportamento humano é motivado
por estímulos interiores chamados necessidades,
que são estados de carência. As pessoas agem nas
mais diferentes situações, para satisfazer esses
estados de carência.

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TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES
Abraham Maslow defendeu a hipótese de que existe uma
hierarquia de cinco necessidades para todos os seres
humanos:

• Necessidade Fisiológica: comida, bebida, abrigo,


satisfação sexual e outras necessidades físicas.
• Necessidades de Segurança: segurança e proteção
contra danos físicos e emocionais.
• Necessidades Sociais: afeto, aceitação e amizade.
• Necessidade de Estima: fatores internos de estima, tais
como amor-próprio, autonomia e realização; e fatores
externos, tais como status, reconhecimento e atenção.
• Necessidade de Auto-Realização: crescimento,
aproveitamento do próprio potencial; o estímulo para se
tornar aquilo que se pode ser. 12
TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES

• As necessidades fisiológicas estão na base da


hierarquia. As pessoas procuram satisfazê-la
antes de se preocupar com as de nível mais
elevado.
• Uma necessidade, em qualquer ponto da
hierarquia, precisa ser atendida antes que a
necessidade de nível seguinte se manifeste. Se
uma necessidade não for satisfeita, a pessoa
ficará estacionada nesse nível de motivação.
• Uma vez atendida, uma necessidade deixa-se de
fazer sentido. A pessoa passa a ser motivada pela
ordem seguinte de necessidades. 13
TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES

• As pessoas estão num processo de


desenvolvimento contínuo e tendem a
progredir ao longo das necessidades,
buscando atender uma após a outra, e
orientam-se para a auto-realização.
• Uma necessidade pode predominar sobre as
demais devido a fatores como idade, meio
social ou personalidade. Por exemplo, a
necessidade de auto-afirmação é
predominante na juventude.

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TEORIA DOS FATORES HIGIÊNICOS E
MOTIVACIONAIS
Frederick Herzberg estabeleceu uma teoria derivada da
análise de “incidentes críticos” descritos em entrevistas com
muitas pessoas em diferentes empresas e países, relativos
ao que provocava satisfação ou insatisfação no trabalho.

• Insatisfação com o trabalho: ligada a fatores extrínsecos,


como: política e administração da empresa, supervisão,
relacionamento interpessoal e condições de trabalho.

• Satisfação com o trabalho: ligada a elementos


intrínsecos, como: realização, reconhecimento e
responsabilidade.

Herzberg os denominou de fatores de higiene e de fatores


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de motivação, respectivamente.
TEORIA DOS FATORES HIGIÊNICOS E
MOTIVACIONAIS

De acordo com Herzberg, os fatores que levam à


satisfação no trabalho são diferentes daqueles que
levam à insatisfação no trabalho. Assim, os
administradores que procuram eliminar fatores que
criam insatisfação no trabalho podem conseguir
trazer a harmonia ao local de trabalho, mas não
necessariamente a motivação. Eles estão
apaziguando a sua mão-de-obra, em vez de motivá-
las.
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MODELO DA HIERARQUIA MODELO DE FATORES DE
DE NECESSIDADES DE HIGIENE-MOTIVAÇÃO DE
MASLOW HERZBERG

M O trabalho em si
Neces- O
T Responsabilidade
sidades I
V Progresso
de auto-
A
C Crescimento
realização
Necessidades I
Realização
O
Necessidades
secundárias N Reconhecimento
A
do ego
I Status
(estima) S

Relações interpessoais
Necessidades sociais H
Supervisão
I
Colegas e subordinados
G

I Supervisão técnica
Itens
Necessidades Ê Políticas
técnicos
administrativas e empresariais
de segurança N
Necessidades Segurança no cargo
I
primárias
Condições físicas
C
de trabalho
Necessidades O Salário

fisiológicas S Vida pessoal

Fonte: Keith Davis, Human Behavior at Work, New York, McGraw-Hill Book Co., 1972, p. 59.

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CICLO MOTIVACIONAL
Satisfação: o organismo humano permanece em
estado de equilíbrio psicológico até que um estímulo
o rompa e crie uma necessidade. Essa necessidade
provoca um estado de tensão em substituição ao
anterior estado de equilíbrio. A tensão conduz a um
comportamento ou ação capaz de atingir alguma
forma de satisfação daquela necessidade. Se
satisfeita a necessidade, o organismo retorna ao
seu estado de equilíbrio inicial, até que outro
estímulo sobrevenha. Toda satisfação é
basicamente uma liberação de tensão, uma
descarga tensional que permite o retorno ao
equilíbrio anterior. 18
As etapas do
Ciclo
Motivacional,
envolvendo a Equilíbrio
satisfação de
uma Estímulo ou
necessidade incentivo

Satisfação
Necessidade

Tensão

Comportamento
ou ação 19
CICLO MOTIVACIONAL
Frustração: toda vez que alguma satisfação é
bloqueada por algo, ocorre a frustração. Havendo
frustração, a tensão existente não é liberada através da
descarga provocada pela satisfação. Essa tensão
acumulada no organismo mantém o estado de
desequilíbrio.

Compensação: ocorre a compensação (ou


transferência) quando o indivíduo tenta satisfazer
alguma necessidade impossível de ser satisfeita,
através da satisfação de outra necessidade
complementar ou substitutiva.

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Etapas do ciclo
motivacional
com frustração Equilíbrio
ou
compensação
Estímulo ou
quando há incentivo
impossibilidade
de satisfação da
necessidade Barreira Necessidade

Tensão

Comportamento
ou ação
21
CICLO MOTIVACIONAL
A frustração pode levar a certas reações generalizadas,
a saber:

• desorganização do comportamento: Conduta ilógica e


sem explicação aparente;

• agressividade: A liberação da tensão pode ocorrer pela


agressividade física, verbal, simbólica, etc.;

• reações emocionais: aflição, ansiedade, insônia, etc.;

• alienação e apatia: desinteresse pelo alcance dos


objetivos frustrados como forma de defesa do ego.
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COMUNICAÇÃO
Comunicação: No campo da administração, a
comunicação é o processo de transmissão de
informações ou mensagens e o entendimento de seus
significados.

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TIPOS DE COMUNICAÇÃO

Comunicação verbal: se subdivide em “oral” e “escrita”.

• Comunicação oral: é a que ocorre com a interação face a


face, ou por telefone, rádio ou televisão, pela palavra. É mais
rápida e permite o entendimento de modo mais imediato. Ela
usa, portanto, a palavra falada.

• Comunicação escrita: é uma forma de comunicação


impressa, por qualquer meio, ou enviada por qualquer meio
eletrônico, tal como uma rede de computador.
A comunicação escrita pode ter alguma interação com a
comunicação não-verbal, ainda que não imediata, posto que,
dependendo do modo como o transmissor envia o documento,
pode afetar a interpretação por parte do receptor. 24
TIPOS DE COMUNICAÇÃO

Comunicação não-verbal: é a comunicação que não é


feita com sinais verbais, que não é feita com a fala nem com a
escrita. O uso da simbologia é uma forma de comunicação não
verbal.

Por exemplo: sinalização, logotipos, ícones, etc. São símbolos


gráficos constituídos, basicamente, de formas, cores e
tipografia.

Através da combinação destes elementos gráficos é possível


exprimir ideias e conceitos numa linguagem figurativa ou
abstrata.
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OS ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
O transmissor ou fonte da mensagem inicia o processo da
comunicação. O transmissor é uma pessoa que necessita ou
deseja passar uma informação a outra pessoa. Já o receptor é
aquele a quem se dirige a mensagem, quem recebe a
informação e a decodifica.

Fonte Mensagem Mensagem Destino

Transmissor Codificação Canal Descodificação Receptor

Recebe Feedback Transmite

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COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
Depende da qualidade da comunicação pessoal.
Os gestores devem fazer a comunicação circular em três
direções: para cima (vertical ascendente), para baixo (vertical
descendente) e para os lados (horizontal e diagonal).

Vertical Ascendente Vertical Descendente

Diagonal

Horizontal

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PIRÂMIDE ORGANIZACIONAL
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Vertical descendente: vai dos níveis superiores para os


inferiores da hierarquia.

Vertical ascendente: seguem para cima as informações


sobre o desempenho e os eventos nos níveis inferiores.

Lateral: é a que ocorre entre unidades de trabalho do


mesmo nível (comunicação horizontal) ou entre unidades
de trabalho de diferentes níveis, mas que se situam em
diferentes hierarquias (comunicação diagonal).

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LIDERANÇA
Liderança: A liderança está baseada no prestígio
pessoal do administrador e na aceitação pelos
dirigidos ou subordinados. Está intimamente
ligada com o processo de motivação.

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CONCEITOS DE LIDERANÇA

Liderança é a influência interpessoal exercida numa


situação e dirigida através do processo da comunicação
humana à consecução de um ou de diversos objetivos
específicos. A liderança é encarada como um fenômeno social
e que ocorre exclusivamente em grupos sociais.

Há uma distinção entre o conceito de liderança como uma


qualidade pessoal (combinação especial de características
pessoais que fazem de um indivíduo um líder) e de liderança
como função (decorrente da distribuição da autoridade de
tomar decisões dentro de uma empresa).

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TEORIAS SOBRE LIDERANÇA

Para melhor explicar a influência do superior


sobre os subordinados ou grupo de subordinados,
muitos autores desenvolveram várias teorias sobre a
liderança. As teorias sobre a liderança podem ser
classificadas em três grandes grupos:

•Teorias de traços de personalidade.


•Teorias sobre estilos de liderança.
•Teorias situacionais da liderança.

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TEORIAS DE TRAÇOS DE PERSONALIDADES

São as teorias mais antigas a respeito de liderança. Um


traço é uma qualidade ou característica distintiva da
personalidade. Segundo essas teorias, o líder é aquele que
possui alguns traços específicos de personalidade que o
distinguem das demais pessoas.

As teorias dos traços partem do pressuposto de que certos


indivíduos possuem uma combinação especial de traços de
personalidade que podem ser definidos e utilizados para
identificar futuros líderes potenciais, bem como para avaliar a
eficácia da “liderança”.

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TEORIAS DE TRAÇOS DE PERSONALIDADES
Os traços mais comumente apontados por vários autores
são:

• Traços físicos: energia, aparência e peso.


• Traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade,
entusiasmo e autoconfiança.
• Traços sociais: cooperação, habilidades interpessoais e
habilidade administrativa.
• Traços relacionados com a tarefa: impulso de realização,
persistência e iniciativa.

Em resumo, pelas teorias dos traços de personalidade, um


líder deve inspirar confiança, ser inteligente, perceptivo e
decisivo para ter melhores condições de liderar com 33
sucesso.
TEORIAS SOBRE ESTILOS DE LIDERANÇA

São as teorias que estudam a liderança em termos de estilos


de comportamento do líder em relação aos seus
subordinados, isto é, maneiras pelas quais o líder orienta sua
conduta.

Essa Teoria se refere a três estilos de liderança: autocrática,


liberal e democrática.

Na vida prática, o líder utiliza os três processos de liderança,


de acordo com a situação, com as pessoas e com a tarefa a
ser executada ou levada adiante.

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TEORIAS SOBRE ESTILOS DE LIDERANÇA
Autocrática Democrática Liberal (laissez-faire)
 Apenas o líder fixa as diretrizes,  As diretrizes são debatidas e  Há liberdade completa para as
sem qualquer participação do decididas pelo grupo, decisões grupais ou individuais,
grupo. estimulado pelo líder. com participação mínima do
líder.
 O líder determina as  O próprio grupo esboça as  A participação do líder no
providências e as técnicas para providências e as técnicas para debate é limitada, apresentando
a execução das tarefas, cada atingir o alvo, solicitando apenas materiais variados ao
uma por vez, na medida em que aconselhamento técnico ao líder grupo, esclarecendo que
se tornam necessárias e de quando necessário, passando poderia fornecer informações
modo imprevisível para o grupo. este a sugerir duas ou mais desde que as pedissem.
alternativas para o grupo
escolher. As tarefas ganham
novas perspectivas com os
debates.

 O líder determina qual a tarefa  A divisão das tarefas fica a  Tanto a divisão das tarefas,
que cada um deve executar e critério do próprio grupo e cada como a escolha dos
qual o seu companheiro de membro tem liberdade de companheiros, fica totalmente a
trabalho. escolher os seus companheiros cargo do grupo. Absoluta falta
de trabalho. de participação do líder.

 O líder é dominador e é “pessoa  O líder procura ser um membro  O líder não faz nenhuma
l” nos elogios e nas críticas ao normal do grupo, em espírito, tentativa de avaliar ou de regular
trabalho de cada membro. sem encarregar-se muito de o curso dos acontecimentos. O
tarefas. O líder é “objetivo” e líder somente faz comentários
limita-se aos “fatos” em suas irregulares sobre as atividades
críticas e elogios. dos membros quando
perguntado.
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TEORIAS SITUACIONAIS DE LIDERANÇA

As teorias situacionais partem do princípio de que não existe


um único estilo ou característica de liderança válida para
toda e qualquer situação. Assim, cada tipo de situação
requer um tipo de liderança diferente para alcançar a eficácia
dos subordinados.

As teorias situacionais são mais atrativas ao gerente, uma


vez que aumentam as suas opções e suas possibilidades de
mudar a situação para adequá-la a outra situação.

Assim, o verdadeiro líder é aquele que é capaz de se ajustar


a um grupo particular de pessoas sob condições
extremamente variadas.
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