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Tópicos de Filosofia da Religião I

Experiências Religiosas

Prof. Rogério P. Severo

http://sites.google.com/site/filosofiadareligiaoufsm
Lokah samastah sukino bhavantu

[Que todos os lugares sejam agradáveis.]

Que todos os seres em todas as partes sejam felizes e


livres e que meus pensamentos, palavras e atos
contribuam de para a felicidade e para a liberdade de
todos.
Ramana Maharshi
Quem sou eu?
Eu tenho um corpo, mas eu não sou meu corpo.
Eu posso ver e sentir meu corpo,
E o que pode ser visto e sentido não é o verdadeiro Vidente.
Meu corpo pode estar cansado ou excitado,
Doente ou saudável, pesado ou leve,
mas isso nada tem a ver com meu Eu interior.
Eu tenho um corpo, mas eu não sou meu corpo.

Eu tenho desejos, mas eu não sou meus desejos, eu posso conhecer meus
desejos,
e o que pode ser conhecido não é o verdadeiro. Conhecido.
Desejos vêm e vão, flutuando através de minha percepção,
mas eles não afetam meu Eu interior.
Eu tenho desejos, mas não sou desejos.
Eu tenho emoções, mas eu não sou minhas emoções.
Eu posso sentir minhas emoções,
e o que pode ser sentido não é o verdadeiro Senciente.
As emoções passam através de mim,
mas elas não afetam meu Eu interior.
Eu tenho emoções, mas eu não sou emoções.

Eu tenho pensamentos, mas eu não sou meus pensamentos.


Eu posso conhecer e intuir meus pensamentos,
E o que pode ser conhecido não é o verdadeiro Conhecedor.
Pensamentos vêm a mim e pensamentos me deixam,
mas eles não afetam meu Eu interior.

Eu tenho pensamentos, mas não sou meus pensamentos.


Eu sou o que permanece, um centro puro de percepção,
uma testemunha impassível de todos esses
pensamentos, emoções, sentimentos e desejos.
Consciência

Felicidade

Bem-aventurança
Lao Tsé, Tao Te Ching (48)

Na busca do conhecimento,
a cada dia algo é acrescentado.
Na prática do Tao,
a cada dia algo é deixado de lado.
Cada vez menos precisamos forçar as coisas,
até que finalmente chegamos à não-ação.
Em que nada é feito,
nada fica por fazer.

A verdadeira maestria pode ser obtida


deixando todas as coisas tomarem seu próprio rumo.
Não pode ser obtida pela interferência.
Perspectiva do ego: ação, entendimento

Perspectiva da alma: entrega, observação/testemunha


Experiências corporais e psicológicas: dificuldade,
sofrimento, altos e baixos, sentidos fragmentados e
parciais

Experiência religiosa: leveza (ausência de sensações


físicas), paz (ausência de perturbações), plenitude,
felicidade (não-psicológica), todos os eventos são
significativos
Perspectiva científica: relações causais, acaso

Perspectiva religiosa: milagres (sinais de Deus)


Provas da existência de Deus

Santo Anselmo

Santo Tomás

Descartes
...
Kant

Fé e conhecimento
Rudolf Otto

Numinoso
Tema de casa (responder em não
mais que uma página digitada)

Em O sagrado, Rudolf Otto diz que a caracterização


de algo como sagrado é característica própria da
religião. Isso que é sagrado ele sustenta ser não
acessível racionalmente, algo que não se deixa
descrever conceitualmente. Na Autobiografia de um
iogue, no entanto, há diversas passagem que
descrevem de modo aparentemente inteligível
experiências de cunho religioso e sagrado. Como
você avalia essa aparente contradição?

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