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O SEGUNDO REINADO

(1840-1889)
Prof. Iago Tallys Silva Luz
Divisão didática:

 Três Períodos:
■ 1840-50- Pacificação Interna;
■ 1850-70-Transformações
econômicas e conflitos externos;
■ 1870-89 Crise do império.
Os primeiros anos:

■ Foram marcados por constantes conflitos


entre o partido liberal e o partido
conservador;
■ Na tentativa de resolver o impasse o
imperador dissolve a câmara e convoca
novas eleições legislativas.
As eleições do Cacete:
■ Para assegurar vitória dos liberais foi
organizada, pelos governistas um
amplo esquema de corrupção
eleitoral, por causa do uso
generalizado da violência a
campanha ficou conhecida como
eleições do cacete.
A tarifa Alves Branco (1844)
■ No campo econômico, a principal medida foi
à decretação em 1844 da tarifa Alves
Branco (ministro da fazenda) Manuel Alves
Branco.
■ Com caráter protecionista determinava taxas
de:
■ 30% sobre as mercadorias importadas que
não tivessem similares nacionais;
■ 60% sobre os que tivessem similares no
Brasil e concorressem com os produtos
nacionais.
Parlamentarismo “às avessas”:
■ 1847- O Imperador criou o cargo de
Presidente do Conselho de Ministro
(Primeiro Ministro) que organizava e
chefiava o gabinete do Governo;
■ Ao contrário do Parlamentarismo inglês,
o Primeiro Ministro não era eleito pela
Assembleia Geral, mas indicado pelo
Que surpresa não?
Imperador (pelo poder Moderador); Quem poderia
■ Garante o papel central das decisões adivinhar que isso
ao poder Moderador. aconteceria?
Guerra do Paraguai -1865-1870
■ Nos governos de José Francia (1811-1840) e Carlos López (1840-
1862)
 O analfabetismo foi erradicado do país
 Várias fábricas foram instaladas.
 Melhorou o abastecimento alimentício
 Reforma agrária
 Indústria autônoma e competitiva.
■ No ano de 1862, Solano López chegou ao poder com o objetivo de
dar continuidade às conquistas dos governos anteriores.
Governo de Solano López:

■ Criar o Paraguai Maior;


■ Expansão Territorial;
■ Saída para o mar;
■ Produção de armamentos.
■ Estopim: O Paraguai aprisionou o navio brasileiro Marquês de Olinda.
■ A Inglaterra concedeu empréstimos e defendeu a entrada da
Argentina e do Uruguai na guerra.
■ Em 1865, Uruguai, Brasil e Argentina formaram a Tríplice Aliança com
o objetivo de aniquilar as tropas paraguaias.
■ Inicialmente, os exércitos paraguaios obtiveram algumas vitórias que
foram anuladas pela superioridade do contingente militar e o
patrocínio inglês da Tríplice Aliança.
■ Em 1865 na batalha de RIACHUELO leva a destruição da frota
paraguaia, a partir daí o Paraguai perde o controle dos rios iniciando
a sua decadência na guerra.
■ O Paraguai teve cerca de 80% de sua população de jovens adultos
morta. O país sofreu uma enorme recessão econômica que
empobreceu o Paraguai durante muito tempo.
■ Em contrapartida, o Governo Imperial contraiu um elevado montante
de dívidas com a Inglaterra e fez do Exército uma instituição
interessada em interferir nas questões políticas nacionais.
■ Maior beneficiário: Inglaterra com lucro e extinção de um possível
concorrente.
Crise do Império:

■ Questão escravista;
■ Questão militar;
■ Questão religiosa.
Questão Religiosa
■ Padroado (submissão da igreja ao estado);
■ Beneplácito ( autorização imperial);
■ Papa Pio IX (proibiu a maçonaria permanecer dentro
dos quadros da igreja);
■ Imperador (maçom);
■ O império não tinha mais apoio do clero.
Questão Militar

■ Baixos Soldos;
■ Lentas promoções;
■ Tenente Coronel –Sena Madureira manifestou-se
contra o sistema de aposentadoria, após a sua
declaração, o governo proibiu toda e qualquer
manifestação dos militares.
Questão escravista:

■ O Movimento Abolicionista:
■ Foram dois os fatores que contribuíram para o fim da
escravidão no Brasil:
• A resistência por parte dos escravos
principalmente
nos engenhos de açúcar do Nordeste e na região das
Minas;
• Pressões internacionais, principalmente da
Inglaterra;
Evolução das leis:
 Lei Bill Aberdeen (1845 - promulgada pela Inglaterra)
proibia o tráfico de escravos africanos
 Lei Eusébio de Queirós (1850) – Proibia o tráfico de
escravos no Brasil;
 Lei do Ventre Livre (1871) – Determinava que os filhos
de
mulher escrava nascidos a partir daquela data seriam
livres, mas continuariam na condição de propriedade
do senhor até os 21 anos de idade;
 Lei do Sexagenário (1885) – Declarava livres os
escravos
com mais de 65 anos de idade;
 Lei Áurea (1888) – Declarava extinta a escravidão no
Brasil.
Questão 01: (ENEM 2011)
■ No clima das ideias que se seguiram à revolta de São Domingos, o
descobrimento de planos para um levante armado dos artífices
mulatos na Bahia, no ano de 1798, teve impacto muito especial;
esses planos demonstravam aquilo que os brancos conscientes
tinham já começado a compreender: as ideias de igualdade social
estavam a propagar-se numa sociedade em que só um terço da
população era de brancos e iriam inevitavelmente ser interpretados
em termos raciais.
MAXWELL. K. Condicionalismos da Independência do Brasil. In: SILVA, M.N. (coord.) O Império
luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.

■ O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das propostas das


lideranças populares da Conjuração Baiana (1798) levaram setores
da elite colonial brasileira a novas posturas diante das reivindicações
populares. No período da Independência, parte da elite participou
ativamente do processo, no intuito de:
■ a) instalar um partido nacional, sob sua liderança, garantindo
participação controlada dos afro-brasileiros e inibindo novas rebeliões
de negros.
■ b) atender aos clamores apresentados no movimento baiano, de
modo a inviabilizar novas rebeliões, garantindo o controle da situação.
■ c) firmar alianças com lideranças escravas, permitindo a promoção de
mudanças exigidas pelo povo sem a profundidade proposta
inicialmente.
■ d) impedir que o povo conferisse ao movimento um teor libertário, o
que terminaria por prejudicar seus interesses e seu projeto de nação.
■ e) rebelar-se contra as representações metropolitanas, isolando
politicamente o Príncipe Regente, instalando um governo conservador
para controlar o povo.
■ R- D
Questão 02: (ENEM 2013)

■ As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir


determinadas representações políticas acerca dos dois monarcas e
seus contextos de atuação. A ideia que cada imagem evoca é,
respectivamente:
■ a) Habilidade militar — riqueza pessoal.
■ b) Liderança popular — estabilidade política.
■ c) Instabilidade econômica — herança europeia.
■ d) Isolamento político — centralização do poder.
■ e) Nacionalismo exacerbado — inovação administrativa.
■ R- B
Questão 03: (UFPB 2012)
■ A pintura é uma manifestação artística que pode ser utilizada como fonte histórica,
reforçando uma versão da história. Nesse sentido, observe o quadro do pintor
paraibano Pedro Américo:
■ No campo da historiografia, essa imagem:
■ a) sintetiza o verdadeiro sentimento de toda a nação em relação a
Portugal.
■ b) expõe a luta de classes existente no país no período da
independência.
■ c) expressa o apoio popular ao processo de autonomia política do
Brasil.
■ d) representa uma visão heroica e romanceada da separação política
do país.
■ e) mostra a independência como anseio de grupos subalternos.
■ R- D
Questão 04: (UFC 2003)
■ A respeito da Independência do Brasil é correto afirmar que:
■ a) implicou em transformações radicais da estrutura produtiva e da
ordem social, sob o regime monárquico.
■ b) significou a instauração do sistema republicano de governo, como
o dos outros países da América Latina.
■ c) trouxe consigo o fim do escravismo e a implementação do trabalho
livre como única forma de trabalho e o fim do domínio metropolitano.
■ d) implicou em autonomia política e em reformas moderadas na
ordem social decorrentes do novo status político.
■ e) decorreu da luta palaciana entre João VI, Carlota Joaquina e Pedro
I, que teve como consequência imediata a abertura dos portos.
■ R- D
Questão 05: (UFSCAR 2002)
■ Fui a terra fazer compras (...). Há muitas coisas inglesas, tais como
seleiros e armazéns, não diferentes do que chamamos na Inglaterra
um armazém italiano, de secos e molhados, mas, em geral, os
ingleses aqui vendem suas mercadorias em grosso a retalhistas
nativos ou franceses. Quanto aos alfaiates, penso que há mais
ingleses do que franceses, mas poucos de uns e outros. Há padarias
de ambas as nações e abundantes tavernas inglesas, cujas insígnias
com a bandeira da União, leões vermelhos, marinheiros alegres e
tabuletas inglesas, competem com as de Greenwich ou Deptford.
■ O cotidiano descrito no texto de Maria Graham, em sua visita ao Rio
de Janeiro em 1822, era consequência:
■ a) da Abertura dos Portos de 1808.
■ b) da Independência do Brasil em 1822.
■ c) do Tratado de Methuen de 1703.
■ d) da elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal em 1815.
■ e) da conquista da Guiana Francesa em 1809.
■ R- A
Questão 06: (G1- CFTPR 2006)
■ Considerando a permanência da Família Real no Brasil entre 1808 e
1821, é correto afirmar, em relação ao processo de Independência do
Brasil e à formação do Estado Nacional, que:
■ I) as elites econômicas e políticas pretendiam, mais que a
emancipação política da metrópole portuguesa, a extinção do sistema
escravista brasileiro.
■ II) foi o resultado de um arranjo político que perpetuou a monarquia,
assim como os antigos privilégios dos latifundiários escravocratas.
■ III) as elites brasileiras, sobretudo do Nordeste, e próprio príncipe
regente, buscaram o apoio das camadas médias urbanas e das
camadas pobres rurais para legitimar a emancipação política de
Portugal.
■ Analise as proposições anteriores e assinale:
■ a) se apenas a proposição l estiver correta.
■ b) se apenas a proposição II estiver correta.
■ c) se apenas a proposição III estiver correta.
■ d)se as proposições I e II estiverem corretas.
■ e) se as proposições II e III estiverem corretas.
■ R- B
Questão 07:
■ Uma análise das relações sociais de poder no Brasil Império mostra
mudanças importantes com relação ao período colonial. Na época do
Império, a sociedade brasileira:
■ a) tornou-se mais democrática, com o declínio acentuado da
escravidão depois de 1840, e com a vinda de imigrantes europeus
que traziam ideias modernizadoras.
■ b) manteve a escravidão como fonte de produção de riqueza, embora
restrita à cultura do café, no oeste paulista e no interior do Rio de
Janeiro.
■ c) conseguiu livrar-se das influências europeias, afirmando uma
matriz, respeitando as tradições seculares de sua história.
■ d) permaneceu marcada pelo escravismo, embora já houvesse
mudanças de muitos hábitos, por influência da modernização de
alguns setores.
■ e) conviveu com rebeliões políticas frequentes, lideradas pelos
liberais radicais e movidas por ideias abolicionistas e republicanas. R- D
Questão 08:
■ O reconhecimento da nossa independência política enfrentou sérias
dificuldades nas negociações entre Brasil e Portugal, as quais só
conseguiram ser sanadas com apoio da Inglaterra, que exigiu em
troca:
■ a) a revogação do decreto de D. João VI que permitira a instalação de
fábricas e manufaturas no país desde 1808.
■ b) a manutenção de tarifas alfandegárias preferenciais para os
produtos portugueses nos portos brasileiros.
■ c) a renovação dos tratados de 1810 e a promessa brasileira de
extinguir o tráfico negreiro no prazo de três anos.
■ d) a abolição imediata da escravidão africana no Império sem a
devida indenização à elite rural brasileira.
■ R- C
Questão 13: (Mackenzie)
■ O episódio conhecido como "A Noite das Garrafadas", briga entre
portugueses e brasileiros, relaciona-se com:
■ a) a promulgação da Constituição da Mandioca pela Assembleia
Constituinte.
■ b) a instituição da Tarifa Alves Branco, que aumentava as taxas de
alfândega, acirrando as disputas entre portugueses e brasileiros.
■ c) o descontentamento da população do Rio de Janeiro contra as
medidas saneadoras de Oswaldo Cruz.
■ d) a manifestação dos brasileiros contra os portugueses ligados à
sociedade "Colunas do Trono" que apoiavam Dom Pedro I.
■ e) a vinda da Corte Portuguesa e o confisco de propriedades
residenciais para alojá-la no Brasil.
■ R- D
Questão 15: (UNIFOR/CE)
■ Termos da abdicação de Dom Pedro I:
“Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que hei
muito voluntariamente abdicado na pessoa do meu mui amado e
prezado filho o Sr. Pedro de Alcântara.”
Boa Vista – 7 de abril de 1831, décimo de Independência e do Império – D. Pedro I. Antonio
Mendes Jr. Et al. Brasil-História, Texto e Consulta. Império. São Paulo: Brasiliense, 1977. p. 200.

■ Os fatos que conduziram à abdicação foram:


■ a) repressão aos revolucionários da Confederação do Equador,
incorporação da Guiana Francesa e outorga da Constituição;
■ b) favorecimento aos comerciantes brasileiros em detrimento dos
portugueses, dívida externa elevada com a Guerra da Cisplatina e
falência do Banco do Brasil;
■ c) repressão aos revolucionários da Confederação do Equador, perda
da Província Cisplatina e falência do Banco do Brasil;
■ d) perda da província Cisplatina, dissolução da Assembleia
Constituinte e punição exemplar aos pistoleiros que executaram o
jornalista Líbero Badaró;
■ e) controle das finanças nacionais, respeito aos constituintes que
elaboraram a primeira constituição e favorecimento aos comerciantes
brasileiros.
■ R- C

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