Você está na página 1de 31

Depressão: causas, sintomas,

tratamentos, diagnóstico e prevenção

Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado


em CC BY-NC-ND

Profª. Mestranda em Línguística Espanhola –U.A.A


Cândida Assumpção Castro
VIDA, VIDA, VIDA, VIDA!!!

O QUE É SER FELIZ?


O QUE É FELICIDADE?
EM QUE MOMENTO VOCÊ SENTE A FELICIDADE?
O QUE FAZ VOCÊ DESISTIR DE UM PROJETO?
VOCÊ CULPA ALGUÉM PELA SUA TRISTEZA?
VOCÊ JÁ SE SENTIU FRACASSADO?
COM VONTADE DE IR EMBORA DO LUGAR QUE ESTÁ???
O que é depressão?
Esta Foto de Autor Desconhecido está
licenciado em CC BY

 A depressão é um problema médico grave e altamente prevalente na população em


geral. De acordo com estudo epidemiológico a prevalência de depressão ao longo da
vida no Brasil está em torno de 15,5%. Segundo a OMS, a prevalência de depressão
na rede de atenção primária de saúde é 10,4%, isoladamente ou associada a um
transtorno físico.
 De acordo com a OMS, a depressão situa-se em 4º lugar entre as principais causas de
ônus, respondendo por 4,4% dos ônus acarretados por todas as doenças durante a
vida. Ocupa 1º lugar quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo
da vida (11,9%).
 A época comum do aparecimento é o final da 3ª década da vida, mas pode começar
em qualquer idade. Estudos mostram prevalência ao longo da vida em até 20% nas
mulheres e 12% para os homens.
 Genética: estudos com famílias, gêmeos e adotados indicam a existência de um
componente genético. Estima-se que esse componente represente 40% da
suscetibilidade para desenvolver depressão;

 Bioquímica cerebral: há evidencias de deficiência de substancias cerebrais, chamadas


neurotransmissores. São eles Noradrenalina, Serotonina e Dopamina que estão
envolvidos na regulação da atividade motora, do apetite, do sono e do humor;

 Eventos vitais: eventos estressantes podem desencadear episódios depressivos


naqueles que tem uma predisposição genética a desenvolver a doença.

Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC


Fatores de risco que podem contribuir para o
desenvolvimento da depressão ou sob risco de suicídio:

 Histórico familiar;
 Transtornos psiquiátricos correlatos;
 Estresse crônico;
 Ansiedade crônica;
 Disfunções hormonais;
 Dependência de álcool e drogas ilícitas;
 Traumas psicológicos;
 Doenças cardiovasculares, endocrinológicas, neurológicas, neoplasias
entre outras;
 Conflitos conjugais;
 Mudança brusca de condições financeiras e desemprego.
Sintomas da depressão
 Humor depressivo: sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa. Acreditam que perderam,

de forma irreversível, a capacidade de sentir prazer ou alegria. Tudo parece vazio, o mundo é visto sem cores,

sem matizes de alegria. Muitos se mostram mais apáticos do que tristes, referindo “sentimento de falta de

sentimento”. Julgam-se um peso para os familiares e amigos, invocam a morte como forma de alívio para si e

familiares. Fazem avaliação negativa acerca de si mesmo, do mundo e do futuro Percebem as dificuldades

como intransponíveis, tendo o desejo de por fim a um estado penoso. Os pensamentos suicidas variam desde

o desejo de estar morto até planos detalhados de se matar. Esses pensamentos devem ser sistematicamente

investigados;

 Retardo motor, falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo, lentificação do pensamento, falta de

concentração, queixas de falta de memória, de vontade e de iniciativa;

 Insônia ou sonolência. A insônia geralmente é intermediária ou terminal. A sonolência está mais associada à

depressão chamada Atípica;

 Apetite: geralmente diminuído, podendo ocorrer em algumas formas de depressão aumento do apetite, com

maior interesse por carbohidratos e doces;


 Diagnóstico

O diagnóstico da depressão é clínico, feito pelo


médico após coleta completa da história do
paciente e realização de um exame do estado
mental.
Não existe exames laboratoriais específicos
para diagnosticar depressão.
Depressão

Da Idade Média aos nossos dias


Introdução

• Psiquiatria como disciplina descritiva

• Psicopatologia descritiva como um “sistema cognitivo” útil para


organizar o conhecimento existente
Idade Média
• Persistência das ideias de
Galeno, associadas à
influência da Igreja e da ideia
de possessão
ÚMIDO
Sanguíneo: Fleumático:
Q otimista, falante, lento,
U irresponsável, corpulento, F
E gordo preguiçoso R
N I
T Colérico: Melancólico: O
E explosivo, introspectivo,
ambicioso, SECO pessimista, magro
magro
O Renascimento

• Progressivo abandono do
pensamento mágico
• Questionamento da
loucura: problema médico
ou religioso?
• A Anatomia da Melancolia
(Robert Burton, 1638)
– Causas: idade avançada,
temperamento,
hereditariedade, outras
afecções agindo sobre o
cérebro, causas
sobrenaturais;
– Melancolia X Temperamento
Melancólico
William Cullen (1710-1790)

• Influência das idéias de John Locke


• Melancolia:
– Alteração na função nervosa, sendo que o
“desequilíbrio” entre diferentes partes do cérebro
levaria a uma incapacidade de associar idéias e
executar julgamentos de forma adequada.
Philippe Pinel (1745-1826)

• ar meditabundo e • idéia exclusiva


taciturno, sempre • obstinado silêncio
desconfiado e cheio que dura muitos
de suspeitas e a anos
busca da solidão
• o abatimento mais
pusilânime, a
consternação
profunda e o
desespero
• predisposição a
cometer o suicídio.
Jean-Etienne Dominique Esquirol
(1772-1840)

• Primeira divisão entre transtornos do humor (lipemania) e


transtornos do juízo (monomania)
O Século XIX
• Depuração do conceito de melancolia e
adoção do termo depressão a partir de
1860
“A palavra melancolia, consagrada na linguagem
popular para descrever estados de tristeza que
afetam alguns indivíduos, deve ser deixada aos
poetas” Esquirol
• Duas teorias principais sobre a loucura:
– Teoria da degeneração de Morel
– Teoria da psicose única
Emil Kraepelin (1856-1926)

• Dicotomia entre demência precoce e


insanidade maníaco-depressiva
• Formas maníacas e depressivas:
– Hipomania, mania, mania delirante
– Retardo simples, retardo com delírios e
alucinações, estupor depressivo
Wernicke(1848-1904) e
Kleist(1879-1960)

• Contrária às teorias de Kraepelin


• Divisão dos quadros afetivos em unipolares e bipolares
O século XX

• Necessidade de homogeneizar os critérios diagnósticos


utilizados no mundo

• Classificação Internacional de Doenças (OMS)

• Diagnostic and Statistic Manual (APA)


O século XX

• CID-10:
– Humor deprimido, perda de interesse, anedonia, perda de
energia;
– Redução de concentração, auto-estima e autoconfiança, idéias
de culpa e menos valia, desesperança, idéias ou atos de auto-
agressividade e/ou suicidas, alterações de sono, redução de
apetite.
O século XX

• Categorias diagnósticas da CID-10:


– Transtorno afetivo bipolar (F31)
– Episódio depressivo (F32)
– Transtorno depressivo recorrente (F33)
– Transtornos afetivos persistentes (F34)
– Outros transtornos afetivos (F38)
– Transtornos afetivos não especificados (F39)
Manejo clínico

• Diagnóstico
– Critérios
– Diagnóstico diferencial
– Condições médicas associadas
– Situação psicossocial
– Traços de personalidade
– Eventos vitais
Manejo clínico

• Tratamento

– Farmacológico

– Não Farmacológico
 Confira algumas sugestões como ajudar:
 1. Ouça mais, fale menos
Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar
sobre suicídio com essa pessoa. Deixe-a saber que você está lá
para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio.
 2. Incentive uma consulta profissional
Incentive a pessoa a procurar ajuda de um profissional, como um
médico, profissional de saúde mental, conselheiro ou assistente
social. Ofereça-se para acompanhá-la a uma consulta.
 3. Fique perto
Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a
deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços de
emergência, um serviço telefônico de atendimentos a crises, um
profissional de saúde, ou consulte algum familiar dessa pessoa.
 4. Previna
Se a pessoa que com quem você está preocupado (a) vive com
você, assegure-se de que ele (a) não tenha acesso a meios para
provocar a própria
 morte (por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou medicamentos)
em casa.
 5. Mantenha contato
Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando
e o que está fazendo.
 Saber o que NÃO DIZER também é muito importante para não
piorar a situação. Fique atento para não repetir os conselhos
abaixo, pois eles só prejudicam quem já está fragilizado:
 6. Não condene
“Isso é covardia ”.
“É loucura”.
“É fraqueza”.
 7. Não banalize
“É por isso que quer morrer? Já passei por coisas bem piores e não
me matei”.
 8. Não opine
“Você quer chamar a atenção”.
“Te falta Deus”.
“Isso é falta de vergonha na cara”.
 9. Não dê sermão
“Tantas pessoas com problemas mais sérios que o seu, siga em
frente”.
 10. Evite frases de incentivo
“Levanta a cabeça, deixa disso”.
“Pense positivo”.
“A vida é boa”.
 Onde buscar ajuda?
 Serviços de saúde
CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e
Centros de Saúde).
 Disque 188
Por meio do telefone 188, o CVV (Centro de Valorização da Vida)
oferece apoio emocional a pessoas que querem e precisam
conversar, sob sigilo absoluto. As ligações são gratuitas em todo o
Brasil e podem ser feitas em qualquerhorário, todos os dias.
 Emergência
SAMU 192, UPA, Pronto Socorro e Hospitais.
Obrigada pela atenção

Você também pode gostar