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A EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE

JEAN PIAGET E A APRENDIZAGEM


JEAN PIAGET
■ Piaget nasceu em 1896, na
Suiça;
■ Obteve o grau de bacharel
em Ciências Naturais e
doutorou-se em Filosofia.
Estudou Psicologia em
Zürich e desenvolveu uma
vasta investigação no
campo de epistemologia
■ Mais de 70 livros e 200
artigos – obras consistentes.

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A EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET E
A APRENDIZAGEM

■ Definições Iniciais: 
■ Epistemologia= episteme, palavra de origem grega, que
tem como significado o tero "conhecimento". Em latim
significa cognitio que é o conhecimento. Algo que pode ser
conhecido é cognoscível. Neste caso, a faculdade ou a
capacidade de conhecer.

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Jean Piaget
■ Fundou na década de 50, em Genebra, um centro de
referência sobre o processo de conhecimento. Sua
abordagem teórica recebeu o nome de Epistemologia
Genética, sendo o primeiro termo referente ao estudo do
conhecimento (científico) e o segundo ao estudo dos genes
(maneira pela qual os organismos herdam características de
seus ancestrais).

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Piaget elegeu como pergunta
central:
■ Como é possível alcançar o conhecimento?
■ Isto é como se passa de um conhecimento menor para um
mais avançado?
■ Para responder estudou através do método clínico, como as
crianças constroem noções fundamentais de conhecimento
lógico, como percebem a realidade e como compreendem e
explicam os objetos e fatos.

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CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO

■ Piaget questionava:
1. As teses que afirmavam ser o conhecimento de origem
inata;
2. O conhecimento ser fruto de estimulações do mundo
externo, como se o conhecimento fosse uma cópia da
realidade.
■ Para Piaget conhecemos por meio de interações no
ambiente - intercâmbio de trocas recíprocas sujeito-meio.

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■ Segundo Piaget (1991), a evolução do
conhecimento e da inteligência é um
processo contínuo, construído a partir
da interação ativa do sujeito com o
meio (físico e social), e não um
processo inato.
■ Ainda estendeu essa visão acerca da
evolução do intelecto à compreensão
da consciência moral do sujeito.

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ESTAGIOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

■ O desenvolvimento humano passa por estágios


sucessivos de organização do campo cognitivo e
afetivo, esses estágios são descritos por Piaget
como:
■ o sensório-motor,
■ o pré-operacional,
■ o operatório concreto
■ o operatório formal.

Essas etapas não devem ser consideradas


como momentos etários rígidos e sim
aproximadas.
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■ “Há interação entre o sujeito e o mundo externo.
O conhecimento da criança muda na medida em
que o seu sistema cognitivo se desenvolve.
Quando o conhecedor muda, o conhecimento
muda também” (interacionista).

■ O desenvolvimento cognitivo é uma embriologia mental


(biologia)
– A inteligência deve ser definida em relação a função e a
estrutura
– Estrutura – inteligência é organização
– Função – inteligência é adaptação

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Conceitos
– Assimilação (biologia)- É o processo cognitivo de colocar novos
eventos em esquemas existentes, isto é, a incorporação de
elementos do meio externo (objeto ou acontecimento) a um
esquema ou estrutura do sujeito. É o processo pelo qual o
indivíduo cognitivamente capta o ambiente e o organiza
possibilitando, assim, a ampliação de seus esquemas.

Acomodação – É a modificação de um esquema ou de uma


estrutura em função das particularidades do objeto a ser assimilado.

A acomodação pode ocorrer de duas formas:


– Criar um novo esquema no qual se possa encaixar o novo
estímulo, ou
– Modificar um esquema já existente de modo que o estímulo
possa ser incluído nele.

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Assimilação - Exemplo
■ A assimilação é o processo cognitivo pelo qual uma
pessoa integra (classifica) um novo dado perceptual,
motor ou conceitual às estruturas cognitivas prévias.
A criança tem novas experiências (vendo coisas
novas, ou ouvindo coisas novas) ela tenta adaptar
esses novos estímulos às estruturas cognitivas que já
possui.
■ Por exemplo, imaginemos que uma criança está
aprendendo a reconhecer animais, e até o momento,
o único animal que ela conhece e tem organizado
esquematicamente é o cachorro.
■ Pois bem, quando a criança vê outro animal que
possue alguma semelhança com o cachorro, pois este
é marrom, quadrúpede, tem rabo, pescoço. Ela dirá
que ele é cachorro.

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Assimilação – Acomodação -
Equilibração

■ Ocorre um processo de assimilação - a similaridade entre o


cavalo e o cachorro faz com que um cavalo passe por um
cachorro em função da proximidades dos estímulos e
qualidade dos esquemas acumulados pela criança até o
momento.
■ A diferenciação do cavalo para o cachorro deverá ocorrer
por um processo chamado de acomodação.

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ASSIMILAÇÃO

conhecer o objeto

ocorre uma certa resistência ao conhecimento

a organização mental se modifica

ACOMODAÇÃO

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PIAGET
■ O processo de desenvolvimento é influenciado por fatores como:

■ maturação - crescimento biológico dos órgãos; exercitação


- funcionamento dos esquemas e órgãos que implicam na
formação de hábitos;

■ aprendizagem social - aquisição  de valores, linguagem,


costumes e padrões culturais e sociais;

■ equilibração - processo de auto regulação interna do


organismo, que se constitui na busca sucessiva de
reequilíbrio, após cada desequilíbrio sofrido.

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Ao usar a palavra “estágio” em sua teoria, Piaget não quis dizer
que as crianças mudam de um nível discreto a outro, como
em uma escada.

- mudanças graduais e nunca abruptas


- os esquemas são construídos e reconstruídos (ou
modificados) gradualmente

O que interessa é identificar as


mudanças cognitivas mais gerais
que acontecem em todas as
pessoas
Segundo Piaget, cada período é caracterizado por
aquilo que de melhor o indivíduo consegue fazer
nessas faixas etárias. Todos os indivíduos passam
por todas essas fases ou períodos, nessa sequência,
porém o início e o término de cada uma delas
dependem das características biológicas do indivíduo
e de fatores educacionais, sociais. Portanto, a divisão
nessas faixas etárias é uma referência, e não uma
norma rígida.
Estágios de
desenvolvimento
■ O desenvolvimento da inteligência não é linear, acontece
em estágios, por saltos. Cada estágio possui uma qualidade.
■ Níveis cognitivos distintos propiciam diferentes maneiras de
adaptação ao meio.
• Sensório-motor (0 até 2 anos) cognição do bebê

• Pré-operacional (2- 6/7 anos)

• Operacional concreto (6/7 a 11 anos)

• Operacional formal a partir de 11, 12 anos...

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Estágios de desenvolvimento:

■ Sensório-motor (0 até 2 anos)


cognição do bebê

■ Pré-operacional (2- 6 anos)


– Noções de função, regulação e identidade.

■ Operacional concreto (6 aos 11 anos)


– Noções transformam-se em operações na medida em que
se tornam mais complexas, diferenciadas, quantitativas e
estáveis.

■ Operacional formal (a partir de 11, 12 anos


– Operações sobre operação: o pensamento final é lógico,
abstrato e flexível; reflexão.

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ESTÁGIO
SENSÓRIO-MOTOR
DE 0 A 2 ANOS

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PERÍODO SENSÓRIO-MOTOR
(O RECÉM-NASCIDO A 2 ANOS)

NESTE PERÍODO, A CRIANÇA CONQUISTA, ATRAVÉS DA PERCEPÇÃO E DOS


MOVIMENTOS, TODO O UNIVERSO QUE A CERCA.

NO RECÉM-NASCIDO, A VIDA MENTAL REDUZ-SE AO EXERCÍCIO DOS APARELHOS


REFLEXOS, DE FUNDO HEREDITÁRIO, COMO A SUCÇÃO.

ESSES REFLEXOS MELHORAM COM O TREINO. POR EXEMPLO, O BEBÊ MAMA MELHOR
NO 10º DIA DE VIDA DO QUE NO 2º DIA. P

OR VOLTA DOS CINDO MESES, A CRIANÇA CONSEGUE COORDENAR OS MOVIMENTOS


DAS MÃOS E OLHOS E PEGAR OBJETOS, AUMENTANDO SUA CAPACIDADE DE
ADQUIRIR HÁBITOS NOVOS.
NO FINAL DO PERÍODO, A CRIANÇA É CAPAZ
DE USAR UM INSTRUMENTO COMO MEIO PARA
ATINGIR UM OBJETO.

POR EXEMPLO; PUXAR A TOALHA, DA MESA


PARA PEGAR UM OBJETO. NESTE CASO, ELA
UTILIZA A INTELIGÊNCIA PRÁTICA OU
SENSÓRIO-MOTORA, QUE ENVOLVE AS
PERCEPÇÕES E OS MOVIMENTOS.

NESTE PERÍODO, FICA EVIDENTE QUE O


DESENVOLVIMENTO FÍSICO ACELERADO É O
SUPORTE PARA O APARECIMENTO DE NOVAS
HABILIDADES.
O DESENVOLVIMENTO ÓSSEO,
MUSCULAR E NEUROLÓGICO PERMITE
A EMERGÊNCIA DE NOVOS
COMPORTAMENTOS, COMO SENTAR-
SE, ANDAR, O QUE PROPICIARÁ UM
DOMÍNIO MAIOR DO AMBIENTE.

AO LONGO DESTE PERÍODO, IRÁ


OCORRER NA CRIANÇA UMA
DIFERENÇIAÇÃO PROGRESSIVA ENTRE
O SEU EU E O MUNDO EXTERIOR.
NO INICIO O MUNDO ERA UMA CONTINUAÇÃO DO PRÓPRIO CORPO, OS
PROGRESSOS DA INTELIGÊNCIA LEVAM-NA A SITUAR-SE COMO UM
ELEMENTO ENTRE OUTROS NO MUNDO. ISSO PERMITE QUE A CRIANÇA, POR
VOLTA DE 1 ANO, ADMITA QUE UM OBJETO CONTINUE A EXISTIR MESMO
QUANDO ELA NÃO O PERCEBE, ISTO É, O OBJETO NÃO ESTÁ PRESENTE NO
SEU CAMPO VISUAL, MAS ELA CONTINUA A PROCURAR OU A PEDIR O
BRINQUEDO QUE PERDEU, PORQUE SABE QUE ELE CONTINUA A EXISTIR.
ESTA DIFERENCIAÇÃO TAMBÉM OCORRE NO ASPECTO AFETIVO,
POIS O BEBÊ PASSA DAS EMOÇÕES PRIMÁRIAS (OS PRIMEIROS
MEDOS, QUANDO, POR EXEMPLO, ELE SE ENRIJECE AO OUVIR UM
BARULHO MUITO FORTE) PARA UMA ESCOLHA AFETIVA DE
OBJETOS (NO FINAL DO PERÍODO), QUANDO JÁ MANIFESTA
PREFERÊNCIAS POR BRINQUEDOS, OBJETOS, PESSOAS ETC.
NO CURTO ESPAÇO DE TEMPO DESTE PERÍODO, POR
VOLTA DE 2 ANOS, A CRIANÇA EVOLUI DE UMA
ATITUDE PASSIVA EM RELAÇÃO AO AMBIENTE E
PESSOAS DE SEU MUNDO PARA UMA ATITUDE ATIVA E
PARTICIPATIVA. SUA INTEGRAÇÃO NO AMBIENTE DÁ-
SE, TAMBÉM PELA IMITAÇÃO DAS REGRAS. E EMBORA
COMPREENDA ALGUMAS PALAVRAS, MESMO NO FINAL
DO PERÍODO SÓ É CAPAZ DE FALA IMITATIVA.
Atividade reflexa.

Invenção de novos meios através de combinações


mentais. Coordenação de dois esquemas:
Estágio Coordenação mão – boca,
sensório-
motor – Coordenação mão – olhos,

de 0 a 2 Começa a construir esquemas de ação para assimilar


o meio.

anos O contato com o meio é direto, sem representação ou


pensamento.

Meios de experimentação: ver, pegar e levar à boca.


• Onipotência – mágica, seu desejo faz as coisas se moverem, por
exemplo.
Cognição do bebê até os 2 anos de idade

– O desenvolvimento cognitivo se inicia a partir dos


reflexos que gradativamente se transformam em
esquemas de ação.
– No início os reflexos inatos respondem aos
estímulos do meio.
– A cabeça volta-se para a direção de onde vêm os
sons, a luz.
– A criança apresenta contrações faciais, puxa
empurra, apanha, distende, espalha, aperta...
– Os olhos acompanham os movimentos.
– O corpo da criança reflete o mundo e ainda não se
diferencia dele.
– A criança precisa construir a noção de objeto.
– Inteligência prática – percepções e ações.
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– Aos 9 meses diferencia meios e fins, uma
ação pode ser um meio para se conseguir
um fim, exemplo: esconder a bola atrás
da almofada e pedir para ela dizer onde
está a bola.
– Inteligência é prática, desenvolve noções
de espaço e tempo através da ação.
– Espaço – configuração espacial – percebe
as três dimensões. Ex: quando a criança
de três meses pega uma mamadeira que
lhe é dada de cabeça para baixo, não lhe
ocorre virá-la para sugar o leite, mesmo
que ela reconheça a mamadeira. Com um
ano a criança já vira a mamadeira ,
assim, reconhece e situa o objeto no
espaço.
– Causalidade - causa e efeito- idéia da
mágica, mexe alguma coisa e a luz se
acende, tende a repetir a ação,
esperando que a luz acenda...
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■No final da fase inicia-se a representação interna
Gradativamente a criança vai agindo para atingir um propósito,
os movimentos ficam mais complexos, mais amplos: como
engatinhar, pôr-se de pé, andar.
■Neste percurso o eu e o mundo tornam-se
progressivamente distintos.
■Os indivíduos e os objetos diferenciam-se e organizam-se
planos de ações exteriores e a permanência dos objetos vão
sendo construída.
■Formam-se as primeiras imagens mentais dos objetos ausentes
do meio imediato.
■Possibilidade do desenvolvimento da função simbólica - a
criança reproduz, ou imita utilizando gestos ou onomatopéias,
participa de jogos de faz-de-conta, é capaz de imaginar ações
ou fatos sem praticá-los efetivamente.
■ No final da fase inicia-se a representação interna
Gradativamente a criança vai agindo para atingir um
propósito, os movimentos ficam mais complexos, mais
amplos: como engatinhar, pôr-se de pé, andar. Neste
percurso o eu e o mundo tornam-se progressivamente
distintos. Os indivíduos e os objetos diferenciam-se e
organizam-se planos de ações exteriores e a permanência
dos objetos vão sendo construída.
■ Formam-se as primeiras imagens mentais dos objetos
ausentes do meio imediato.
■ Possibilidade do desenvolvimento da função simbólica - a
criança reproduz, ou imita utilizando gestos ou
onomatopéias, participa de jogos de faz-de-conta, é capaz
de imaginar ações ou fatos sem praticá-los efetivamente.
FASE
PRÉ-
OPERATÓ
RIO (2-
6/7
ANOS):
Aparecimento da linguagem – a criança descobre as
riquezas de um mundo de realidades superiores a ela, as
condutas são modificadas no aspecto afetivo e intelectual.

Há o surgimento da função simbólica e desenvolvimento da


linguagem oral e de pensamentos simples. Nesta fase a
criança possui características egocêntricas em termos de
pensamento, linguagem, modos de interação e
características intuitivas onde o pensamento depende da
percepção imediata.

A criança não fala somente aos outros, ela fala a si mesmo,


em monólogos variados que acompanham seus jogos e sua
atividade.
Nesse período a criança se torna capaz de tratar os objetos como
símbolos de outras coisas. O desenvolvimento da representação cria
as condições para a aquisição da linguagem.

A criança deverá reconstruir no plano da representação aquilo que


já havia conquistado no plano da ação prática. A criança ainda não é
capaz de raciocinar levando em conta as relações entre várias
dimensões envolvidas (largura e altura do copo).
É egocêntrica, ex: ficou de noite porque o sol foi dormir.

Ações humanas explicam os fenômenos naturais, elementos da


natureza praticam ações humanas. Os julgamentos também são
baseados na percepção e não na lógica, não relacionando fatos e
não sendo possível operações mentais reversíveis. É a fase onde
tudo deve ter um explicação rápida e simples para as crianças.

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– A qualidade da inteligência mudou,
– início da fase simbólica e da linguagem oral.
– Representação – capacidade de pensar um objeto através do
outro.

– Casa

– Reconhecimento pelo espelho – 2 anos a criança se


reconhece no espelho.
– Sou eu e não sou eu. Estou aqui e estou ali representado em
imagem...duplicado.

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■A criança de 2 anos ou mais é capaz de desenhar, imitar,
reconhecer-se no espelho, brincar de faz de conta,
desenvolver a linguagem...
■Início da socialização da ação;
■interiorização da palavra;
■ interiorização das ações.

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■ Jogos simbólicos ou jogos de
imaginação e imitação;
■ Introdução da moralidade (valor,
regras, virtudes, certo, errado);
■ Egocentrismo – dificuldade de
perceber o ponto de vista do outro.

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CONCEITOS IMPORTANTES
■ Finalismo: é a tendência a achar que todos o
seres e objetos tem uma finalidade.
■ Animismo é a tendência a dar vida a todos
os seres, objetos podem falar, andar.
■ Artificialismo é a tendência a atribuir uma
origem artesanal humana a todas as coisas.
■ Estágio intuitivo: deixa se levar pela
aparência. Os julgamentos são baseados na
percepção e não na lógica. Não relaciona
fatos.
■ Moral heterônoma: depende de uma
vontade exterior, dos pais e outras figuras
importantes.

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ESTÁGIO
OPERATÓRIO
CONCRETO
6/7 A 11 ANOS

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■É capaz de classificar, seriar,
agrupar objetos em uma classe e
relacionar objetos em uma ordem
ou série.
■Assim, por meio das operações os
conhecimentos construídos
anteriormente pela criança vão
transformando em conceitos.
■É capaz de classificar,
seriar, agrupar objetos em
uma classe e relacionar
objetos em uma ordem ou
série.
■Assim, por meio das
operações os
conhecimentos
construídos anteriormente
pela criança vão
transformando em
conceitos.
O pensamento da criança depende do mundo
real, concreto. Nesta fase são estabelecidas as
bases para o pensamento lógico.

A reversibilidade do pensamento possibilita à


criança construir noções de conservação de
massa, volume... Essas ações são reversíveis.

A criança faz generalizações partindo de


exemplos concretos (pensamento indutivo).

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O desenvolvimento ocorre a partir do
pensamento

pré – lógico para as soluções de problemas


concretos.

A criança desenvolve noções de tempo,


espaço, velocidade, ordem, causalidade.

Não se limita a representação imediata,


mas ainda depende do mundo concreto,
para chegar a abstração, ex: copo d’ água.
Capacidade de raciocínio vai do concreto
para o abstrato, ex: usa tampinhas para
fazer as operações.

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ESTÁGIO
OPERACIONAL
FORMAL
A PARTIR DOS
11, 12 ANOS...

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Apenas na adolescência é
Pensamento Pensamento abstrato –
que o indivíduo se torna
hipotético dedutivo - o pode formar abstrações
capaz de pensar
aluno parte de puras e pensar em nível
abstratamente, refletindo
possibilidade para, a abstrato, verbal. Pensa
sobre as situações
partir delas, raciocinar ou sobre seu próprio
hipotéticas de maneira
experimentar. pensamento.
lógica.
• Tipo de pensamento:
Pensamento formal – o
aluno é capaz de
distinguir, em uma Operações sobre
afirmativa, forma de operação: o pensamento
conteúdo e considerar a final é lógico, abstrato e
forma de raciocínio flexível; reflexão.
separadamente do
conteúdo específico.

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Transforma os dados
Pensamento sobre
Operações mentais da experiência em
possibilidades, sobre
aplicadas a objetos → formulações
acontecimentos
hipóteses formuladas organizadas e
futuros, conceitos
em palavras. desenvolve conexões
abstratos.
lógicas entre elas.

A moral evolui em Anomia- ausência de Heteronomia -


estágios: normas e leis respeito à autoridade

Autonomia -
respeito mútuo.
■ Soluções lógicas de todas as classes de
problemas.
■ Raciocínio passa a ser abstrato. O sujeito será
então capaz de formar esquemas conceituais
abstratos (amor, fantasia, justiça, democracia...)
e realizar com eles operações mentais que
seguem os princípios da lógica formal, o que lhe
dará uma riqueza imensa em termos de
conteúdo e de flexibilidade de pensamento.
■ Adquire capacidade para criticar os valores
sociais e propor novos códigos de conduta;
discute valores morais de seus pais e constrói os
seus próprios; é capaz de levantar hipóteses e
testá-las.

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■Declara leis gerais e vê significação comum
em materiais verbais; seus conceitos
espaciais podem ir além do tangível finito e
conhecido para conceber o infinitamente
grande ou o infinitamente pequeno.
■É capaz de oferecer justificações lógicas para
os julgamentos que faz; lida com relações
entre relações.
■É capaz de entender doutrina filosófica e
científica. Busca autonomia pessoal.
JUVENTUDE: PROJETO DE VIDA
Conforme Piaget, a personalidade começa a se
formar no final da infância, entre 8 e 12 anos, com a
organização autônoma das regras, dos valores a
afirmação da vontade. Esses aspectos subordinam-
se num sistema único e pessoal e vão-se
exteriorizar na construção de um projeto de vida.
Esse projeto é que vai nortear o indivíduo em sua
adaptação ativa à realidade, que ocorre através de
sua inserção no mundo do trabalho ou na
preparação para ele, quando ocorre um equilíbrio
entre o real e os ideais do indivíduo, isto é, de
revolucionário no plano das idéias, ele se torna
transformador, o plano da ação.
É importante lembrar que na nossa cultura
em determinadas classes sociais que
“protegem” a infância e a juventude, a
prorrogação do período da adolescência é
cada vez maior, caracterizando-se por uma
dependência em relação aos pais e uma
postergação do período em que o indivíduo
vai se tornar socialmente produtivo e,
portanto, entrará na idade adulta.
Em cada momento do desenvolvimento
aparece interesses específicos e formas de
explicação e compreensão peculiares ao
nível intelectual em que o sujeito se
encontra.
REFLEXÕ
ES: Cada estágio é marcado pela aparição de
estruturas mentais originais e distintas,
porém inter-relacionadas com as anteriores.
Aparecem assim, diferenças qualitativas,
trata-se, portanto de uma função adaptativa
da inteligência nos diferentes períodos do
desenvolvimento.

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Principais objetivos da educação - Piaget

■ Formação de homens "criativos, inventivos e


descobridores“;

■ de pessoas críticas e ativas, que buscam a


construção da autonomia;

■   O sujeito ativo de que falamos é aquele que


compara, exclui, ordena, categoriza, classifica,
reformula, comprova, formula hipóteses, etc... em
uma ação interiorizada (pensamento) ou em ação
efetiva (segundo seu grau de desenvolvimento).

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Os objetivos pedagógicos necessitam estar centrados
no aluno (a partir das atividades do aluno).

O método deve levar o aluno a descobrir , ao invés


deste receber passivamente o conhecimento do
professor.
Implicações A aprendizagem é um processo construído
para a internamente e depende do nível de desenvolvimento
do sujeito.
aprendizag
em A aprendizagem é um processo de reorganização
cognitiva.

Os conflitos cognitivos são importantes para o


desenvolvimento da aprendizagem.

As experiências de aprendizagem devem privilegiar a


colaboração, a cooperação e intercâmbio de pontos de
vista.

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