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QUEIMADORES

Componentes:
Artur Antunes
Daniel Lucas
Emerson Rallff
João Paulo Viana
QUEIMADORES

 A operação eficiente dos fornos/caldeiras depende da operação


adequada dos queimadores.

 Um queimador pode ser definido como sendo um dispositivo que


posiciona uma chama em uma determinada posição pela liberação de
ar e combustível com uma dada mistura capaz de assegurar a
contínua ignição e combustão completa.
QUEIMADORES
QUEIMADORES

 É um equipamento encarregado de processar a queima de uma


mistura ar/combustível numa câmara de combustão.

 A escolha ou projeto desse equipamento depende de vários fatores,


como: boa razão de redução de queima, facilidade de operação, nível
de ruído baixo, emissão de particulados reduzida, baixa necessidade
de manutenção.
QUEIMADORES
QUEIMADORES
Segurança no Projeto de Queimadores

 Controle e estabilidade da chama: essa função é realizada pelo bocal,


pelo disco difusor, e pelo sistema de dosagem de combustível;

 Interrupção do fornecimento de combustível em caso de anomalia:


essa função é executada pelo programador e sensor de chama e pelos
sistemas de bloqueio de combustível;
QUEIMADORES
Segurança no Projeto de Queimadores

 Bloqueio da entrada de combustível na câmara de combustão durante


a parada do queimador: essa é a função das válvulas de bloqueio e
segurança e do pressostato de ar;

 Ausência de gases explosivos na câmara de combustão no momento


da ignição: essa é a função da rotina da pré-purga ou da pré-
ventilação.
QUEIMADORES
Principais Funções

 promover uma boa mistura ar combustível de tal forma que a chama


seja estável e bem conformada.
 dosar o combustível e o ar em proporções que estejam dentro dos
limites de flamabilidade para ignição e uma queima estável.
 garantir que não haverá retorno de chama nem descolamento.
 Permitir que o combustível e o oxidante fiquem em contato o tempo
suficiente para ocorrer e completar a reação de combustão.
QUEIMADORES
Características - Mistura Ar / Combustível

 Uma boa mistura do ar com o combustível é importante para garantir


uma mistura uniforme, no qual toda a partícula de combustível deve
estar em contato com oxigênio.

 A combustão perfeita é obtida através da mistura e queima de partes


exatas de ar e combustível de forma que nada seja desperdiçado.
QUEIMADORES
Características - Ignição e Estabilidade

 Esta é uma das principais características quanto aos aspectos de


segurança e confiabilidade operacional.

 Um queimador é considerado estável quando mantém a ignição ao


longo de toda a faixa de pressão das correntes e dentro da faixa
normalmente utilizada para a relação ar/combustível.
QUEIMADORES
Componentes do Queimador
QUEIMADORES
Componentes do Queimador
QUEIMADORES GASOSO

A função do queimador é o de fazer com que o combustível e o oxidante


fiquem em contato o tempo suficiente e à temperatura suficiente para
ocorrer e completar a reação de combustão.
QUEIMADORES GASOSO

 Os gases podem ser classificados em termos de velocidade da chama


e do índice de Wobbe para propósitos de projeto do queimador.
 O índice de Wobbe é uma medida de energia do gás que passa
através de um determinado orifício com uma determinada queda de
pressão.
 Vc for o poder calorífico superior, ou valor calorífico
 Gs a densidade relativa
 Iw é o índice de Wobbe = valor calorífico superior(raiz quadrada da
densidade relativa do gás).
QUEIMADORES GASOSO
QUEIMADORES GASOSO
QUEIMADORES GASOSO
Tipos de queimadores de gases

Podemos classificar os queimadores de gás em 3 tipos básicos, conforme


a maneira em que é misturado o ar e o gás combustível:

 Queimadores de chama de difusão


 Queimadores com pré-mistura
 Queimadores com bicos de mistura (ou de mistura direta).
QUEIMADORES GASOSO
Queimador Gases – Tipo Difusão

 Num queimador de chama de difusão o gás sai do bico para a zona de


combustão com velocidade suficiente para arrastar dos arredores seu
ar de combustão e dar uma chama da intensidade exigida.

 Alguns queimadores, especialmente os de pequenos tamanhos, dão


uma chama permitindo uma grande área para a difusão do ar, e
portanto, uma chama muito intensa.
QUEIMADORES GASOSO
QUEIMADORES GASOSO
Queimador Gases – Tipo Ventilados

 O tipo básico do queimador com pré-mistura é representado pelo


queimador Bunsen, e este é apropriado somente para uso em pequeno
tamanho por causa da possibilidade de retorno de chama dentro do tubo em
queimadores maiores.
 Os queimadores com pré-mistura geralmente estão disponíveis em
tamanhos pequenos, mas também podem ser usados em grupos e
queimadores de barra para caldeiras, fornos de fundição de metal, etc.
 A aplicação típica de queimadores pré-misturados é em fogões domésticos
e industriais.
QUEIMADORES GASOSO
QUEIMADORES GASOSO
Queimador Gases – Tipo Bico de mistura

 São aqueles em que o gás e o ar são misturados no ponto em que


ocorre a combustão.

 Geralmente estes queimadores são empregados em grandes


capacidades à medida em que não há nenhuma possibilidade de
retorno de chama.
QUEIMADORES GASOSO
QUEIMADORES GASOSO
Queimador Gases – Tipo Registro

 O queimador de registro simples consiste em um injetor de gás


rodeado por uma entrada de ar e a combustão ocorre na frente do
queimador.
 Normalmente é necessário um dispositivo de estabilização de chama,
como por exemplo, nas pequenas unidades, uma grade estabilizadora.
 Nas unidades grandes, a turbulência, um obstáculo ou a forma da
câmara de combustão podem ser utilizadas para fornecer a estabilização
da chama.
QUEIMADORES GASOSO
QUEIMADORES GASOSO
Queimador Gases – Tipo Tunel

 Nos queimadores de tunel a combustão ocorre dentro de um túnel


refratário.
 Este queimador se parece com um queimador de pré-mistura que opera
numa condição permanente de retorno de chama. O túnel refratário
incandescente minimiza a perda de calor da chama, e portanto, intensifica
a combustão.
 São em geral, com a pressão do gás regulado para pressão atmosférica
com injetor que controla a relação de ar/combustível e o fluxo de gás é
induzido pela pressão do ar.
QUEIMADORES GASOSO
QUEIMADORES LÍQUIDOS

 Em geral os queimadores de combustíveis líquidos são semelhantes


aos queimadores a gás, pois a queima se produz na fase vapor.

 Queima de combustíveis líquidos previamente vaporizados, como é o


de algumas aplicações industriais de líquidos de baixo ponto de
ebulição (exemplo: querosene). Este caso deve ser tratado como
combustão de gases.
QUEIMADORES LÍQUIDOS

 Queima de combustíveis líquidos pulverizados (pequenas gotículas


de líquidos) na câmara de combustão.

 Em processos de combustão industrial a queima de líquidos na forma


de “sprays” tem considerável importância em função da grande
diversidade de aplicações (geração de vapor, aquecimento de fornos,
geração de gases quentes, etc.), representando quase que a totalidade
das chamas industriais destes combustíveis.
QUEIMADORES LÍQUIDOS
Processo de queima com pulverização (Sprays):
QUEIMADORES LÍQUIDOS
Processo de queima com pulverização (Sprays):

 Este processo pode ser descrito como a divisão do líquido gerando


uma névoa de pequenas gotas, denominado nebulização
(atomização), que posteriormente mistura-se ao comburente (ar na
maioria das vezes), proporcionando condições para a combustão, que
ocorre ao nível das gotas.
 Difere dos combustíveis gasosos pré-misturados, pois não apresenta
composição uniforme.
QUEIMADORES LÍQUIDOS
Processo de queima com pulverização (Sprays):

 O ‘’spray’’ constituído de gotas de combustível pode ter uma larga faixa de


tamanhos de gotas que podem se mover em diferentes direções e
velocidades em relação ao fluxo gasoso.
 Esta ausência de uniformidade provoca irregularidades na propagação de
chama e a zona de combustão não se apresenta geometricamente bem
definida.
 No interior de câmaras de combustão ocorrem diversos fenômenos como
escoamento de misturas complexas multifásicas, trocas de calor entre
chama e invólucro, entre outros, que tornam o processo bastante complexo.
QUEIMADORES LÍQUIDOS
Princípios de Nebulização

Os vários princípios e dispositivos de nebulização utilizados industrialmente,


geralmente são classificados segundo a fonte de energia utilizada para a injeção
do líquido através do bocal, e são divididos em três princípios fundamentais;
 Por pressão de líquido;
 Com fluido auxiliar ou pneumática (ar ou vapor);
 Híbridos ou combinados (de pressão de líquido e pneumática) e mecânica
com copo rotativo.
Há outros princípios e dispositivos existentes alternativos a estes como choque
de jatos, ultrasom, vibrações. Entretanto ainda não tem utilização industrial
significativa.
QUEIMADORES LÍQUIDOS
Nebulização por pressão de líquido - Bocais de simples orifícios

A película à saída do bocal neste caso é obtida mediante a injeção do líquido


sob pressões relativamente elevadas, 20 a 60 kgf/cm² e em alguns casos mais
elevadas, através de bocais de pequenas dimensões, portanto, a altas
velocidades.
A formação e desintegração da película à saída do bocal, depende
essencialmente dos seguintes fatores:
 Características geométricas do bocal injetor;
 Pressão de injeção do líquido;
 Propriedades físicas do líquido (viscosidade, tensão superficial);
 Pressão do meio em que está sendo injetado.
QUEIMADORES LÍQUIDOS
Podem ser obtidos sprays de diversos formatos,

Película que se
expande
Cone oco
radialmente
Cone cheio: O líquido é
descarregado na forma de um
jato cilíndrico
QUEIMADORES LÍQUIDOS
Bocais do tipo câmara de rotação (“Pressure Swirl”)

 Neste tipo de bocal nebulizador o líquido é introduzido


tangencialmente numa câmara situada imediatamente à montante do
orifício de descarga, deixando este na forma de ume película que se
expande na forma de um cone oco.

 Esta película à medida que se expande tem sua espessura reduzida,


desintegra-se à frente em gotas segundo os mecanismos citados
anteriormente, gerando uma névoa de gotas que constitui o “spray”.
QUEIMADORES LÍQUIDOS

Estágios do desenvolvimento do spray com o aumento da


pressão de injeção do líquido
QUEIMADORES LÍQUIDOS
Nebulização com fluido auxiliar ou pneumática

 Na nebulização com fluido auxiliar ou pneumática a injeção do líquido


é feita com pressões relativamente mais baixas do que na nebulização
por pressão, com auxílio de um fluido gasoso (ar ou vapor) que
transfere quantidade de movimento ao líquido que está sendo
nebulizado.

 Neste tipo de nebulização os mecanismos descritos anteriormente para


a desintegração da película são desencadeados pelo fluido auxiliar,
iniciando-se em muitos casos, ainda no interior do próprio bocal.
QUEIMADORES LÍQUIDOS
Nebulização com fluido auxiliar ou pneumática

Existem bocais em que a mistura líquido-fluido auxiliar é feita externamente ao


bocal nebulizador, como é o caso dos bocais da figura abaixo.

Bocais de nebulização com fluido auxiliar de baixa


pressão e média pressão. 1 – líquido; 2 – ar
QUEIMADORES LÍQUIDOS
Bocais nebulizadores híbridos

 Existem bocais onde os dois princípios de nebulização, por pressão


de líquido e com fluido auxiliar, são combinados ou denominados
híbridos.

 No bocal da figura o líquido é injetado por uma câmara de rotação e


a desintegração do jato produzido por um bocal nebulizador do tipo
câmara de rotação é assistida externamente por um jato de fluido
auxiliar (ar ou vapor)
QUEIMADORES LÍQUIDOS
Bocais nebulizadores híbridos
QUEIMADORES LÍQUIDOS
Bocais nebulizadores híbridos

 Este tipo de bocal geralmente é utilizado quando a vazão de líquido é


bastante alta (p.ex. 5 t/h de óleo), onde o diâmetro do orifício de
descarga do líquido é da ordem de centímetro, o que produziria gotas
de diâmetros da ordem de milímetro. Neste caso a desintegração da
película assistida por jato de fluido auxiliar melhora
significativamente a qualidade do processo de nebulização.
QUEIMADORES LÍQUIDOS
Nebulização com copo rotativo

 Na nebulização com copo rotativo o líquido é depositado nas


paredes internas de um copo na forma de um tronco de cone. A
película se forma na parede interna mediante a rotação do copo,
expandindo na medida em que, sob a ação da força centrífuga, se
desloca em direção à borda interna do copo.
QUEIMADORES LÍQUIDOS
Nebulização com copo rotativo
QUEIMADORES LÍQUIDOS
Nebulização com copo rotativo

 a) quando a vazão de líquido é baixa, chamado regime de gotas, as


gotas formam-se a partir das cristas das ondas provocadas por
distúrbios decorrentes de instabilidades e vibrações do próprio copo;
 (b) quando a vazão de líquido aumenta, no regime de ligamentos,
formam-se ligamentos que ao se alongar rompem-se em gotas nas
suas extremidades
 (c) no regime de película para vazões de líquido ainda mais elevadas,
o líquido deixa a borda do copo como uma película, que, na
sequência rompem-se em ligamentos e subsequentemente em gotas.
QUEIMADORES SÓLIDO
QUEIMADORES SÓLIDO

 Aquecimento;

 Secagem;

 Pirólise;

 Combustão.
QUEIMADORES SÓLIDO

 Para a biomassa, com teores de umidade elevados, todas as etapas


apresentadas são importantes;

 Já para uma partícula de coque, com baixo teor de umidade, somente


as etapas de aquecimento e combustão são relevantes.
QUEIMADORES SÓLIDO

Independente do tipo de aplicação (caldeiras, fornalhas etc.) os processos


de combustão de sólidos podem ser divididos em três tipos principais:

 Combustão em grelha;
 Combustão em leito fluidizado;
 Combustão em suspensão.
QUEIMADORES SÓLIDO

As granulometrias do combustível sólido normalmente empregadas em


cada um deles variam de:

 0,01 a 0,05 m para combustão em grelha;


 0,001 a 0,025 m para combustão em leito fluidizado;
 1,0 a 100 µm para queima em suspensão.
QUEIMADORES SÓLIDO
QUEIMADORES SÓLIDO
Processo de Combustão de um Sólido

AQUECIMENTO

 Uma partícula inicialmente troca calor por convecção e radiação com


os gases quentes ao seu redor e se aquece;

 Dentro de uma câmara de combustão ela também troca calor por


radiação com as paredes da câmara.
QUEIMADORES SÓLIDO
QUEIMADORES SÓLIDO
Processo de Combustão de um Sólido

SECAGEM

 Quando a temperatura da superfície atinge a temperatura de saturação da


água presente no sólido, inicia-se a etapa de secagem.

 Conforme a frente de secagem vai caminhando para o centro da


partícula, a temperatura da região seca vai se elevando, mas de forma
lenta. Isto se deve ao vapor de água que se forma na frente de secagem,
que atua como um freio para o aquecimento da camada seca partícula.
QUEIMADORES SÓLIDO
QUEIMADORES SÓLIDO
Processo de Combustão de um Sólido

PIRÓLISE

 A região seca, ao sofrer aquecimento contínuo, começa a sofrer


decomposição térmica a partir de uma certa temperatura;

 Os combustível sólido se decompõem em compostos gasosos de baixo


peso molecular (CO2, H2O, CH4, H2, CO etc.) e vapores complexos
de peso molecular mais elevado, conhecidos como alcatrão.
QUEIMADORES SÓLIDO
QUEIMADORES SÓLIDO
Processo de Combustão de um Sólido

COMBUSTÃO

 O mecanismo predominante, nesta etapa é o de difusão dos gases


reagentes para dentro do resíduo carbonoso.
 Estes gases, primeiramente, têm de atravessar a camada limite de
gases existentes em torno da partícula e dela passar ao seu interior,
como representado na figura.
QUEIMADORES SÓLIDO

Ex: Carvões Ex: Biomassa


Minerais

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