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Operações Unitárias

em Processos
Químicos

Instrutora: Josiane Cristina de Carvalho

Operações Unitárias
Mecânicas

Bombas
2
Transporte de Fluidos

 Em geral entende-se por transporte o deslocamento
de um fluido de um estado de baixa energia
potencial ( baixa altura ou baixa pressão), a um nível
de energia mais alto.

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Fluido

Densidade viscosidade
 Gás
Equiptos.: ventiladores, sopradores ou
compressores

Densidade viscosidade
 Líquido
Equiptos.: Bombas

4
Bombas

 Para deslocar um fluido ou mantê-lo em escoamento é
necessário adicionarmos energia,  o equipamento
capaz de fornecer essa energia ao escoamento do
fluido é  denominamos de Bomba. 

 São equipamentos mecânicos destinados á


transferência de líquidos de um ponto para outro com
auxílio de tubulações, fornecendo-lhe um acréscimo
de energia.
5
Bombas

 Essa transferência ocorre em função da bomba
receber energia de uma fonte motora qualquer e
ceder parte dessa energia ao fluido na forma de
energia de pressão (aumentam a pressão do líquido),
cinética (aumentam a velocidade do líquido) ou
ambas.

6
Bombas

A energia adicionada:
 compensa perdas por atrito; 
 contribui para aumento da velocidade, pressão ou altura do
fluido.

Esta energia depende:


 da altura que o fluido é elevado; 
 do comprimento da tubulação; 
 do diâmetro da tubulação; 
 da vazão; 
 propriedades físicas do fluido.
7
Bombas

 Outras máquinas destinadas a adicionar energia aos
fluidos na forma de vapor e gases só são chamadas de
bombas apenas eventualmente.

 Como exemplos, há a bomba de vácuo, destinada a esgotar


ar e gases, e a bomba manual de ar, destinada a encher
pneumáticos, bolas de futebol, brinquedos e botes infláveis,
etc.

 As máquinas que se destinam a manusear ar, gases ou


vapores são normalmente chamadas pelos técnicos de
ventiladores ou ventoinhas, sopradores ou compressores. 8
Equipamentos para
bombeamento de fluidos

 Os líquidos usados nas industrias químicas diferem
consideravelmente em propriedades físicas e
químicas e foi necessário criar uma grande variedade
de equipamentos de bombeamento.

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Equipamentos para
bombeamento de fluidos

 A escolha de uma bomba para uma determinada
operação é influenciada pelos seguintes fatores:

- A quantidade de líquido a transportar.


- A carga contra a qual há que bombear o líquido.
- A natureza do líquido a bombear.
- A natureza da fonte de energia.
- Se a bomba é utilizada apenas intermitente.

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Bombas

As bombas mais usadas na indústria química (em
ordem decrescente de importância) são:
 Bomba de pistão
 Bomba centrífuga
 Bomba rotativa
 Bomba helicoidal
 Bomba parafuso
 Trompa
 Deslocamento Positivo
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Classificação

 Volumétricas ou de Deslocamento Positivo
(bombas de êmbolo ou pistão e bombas diafragma)

São aquelas em que a movimentação do líquido é causada


diretamente pela movimentação de um dispositivo mecânico
da bomba, que induz ao líquido um movimento na direção do
deslocamento do citado dispositivo, em quantidades
intermitentes, de acordo com a capacidade de
armazenamento da bomba, promovendo enchimentos e
esvaziamentos sucessivos, provocando, assim, o
deslocamento do líquido no sentido previsto.
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Tipos de Bombas de deslocamento
positivo:
Engrenagens ( para óleos);

Rotores lobulares:
bastante usada em
alimentos;

Parafusos helicoidais
(maiores pressões);
Palhetas: fluidos
Peristálticas: pequenas
pouco viscosos e
vazões, permite
lubrificantes; 13
transporte asséptico
Tipos de Bombas de deslocamento
positivo:

Centrífugas

Rotativas Alternativas 14
Comparativo
CENTRIFUGAS ALTERNATIVAS ROTATIVAS
Melhor rendimento que as bombas
Ausência de ponto morto Ausência de ponto morto
centrifugas


São indicadas para trabalharem com
Menor preço de aquisição Ocupam espaço reduzido
baixa vazão e alta pressão

Baixo custo de manutenção Não há necessidades de escovamento Vazão uniforme


VANTAGENS

Ocupa menor espaço físico Baixa vibração

Não possuem válvulas Necessitam de fundações simples

Mais eficiente que as bombas


Menor vibração
centrífugas
Necessitam de fundações mais simples

Bombeiam liquido com impurezas como


lodo, lama e etc
Vazão pulsátil e função do seu Não são aconselháveis para líquidos
Menor rendimento
movimento retilíneo alternado abrasivos
Aspiração mais difícil Ocupam grande espaço Contra indicadas para grandes vazões
DESVANTAGENS

Requer manutenção mais freqüente que


Escorvamento Requer fundações mais rígidas
as bombas centrífugas
Não é aconselhável para trabalhar com
Possuem válvulas internamente
pequenas vazões e altas pressões.
Vibram muito, mesmo que em marcha
lenta
Mais alto custo de aquisição e
manutenção 15
Classificação

 Turbo-Bombas, Hidrodinâmicas ou Rotodinâmicas
(bombas centrifugas)

São máquinas nas quais a movimentação do líquido é


desenvolvida por forças que se desenvolvem na massa
líquida em consequência da rotação de uma peça
interna (ou conjunto dessas peças) dotada de pás ou
aletas chamada de roto;

16
Classificação

17
BOMBAS DE PISTÃO

 Fornece energia ao fluido em forma de pressão.

 Uma porção de fluido é presa numa câmara, e pela


ação de um pistão ou peças rotativas o fluido é
impulsionado para fora.

18
BOMBAS DE PISTÃO

Funcionam através da ação
de um pistão sob uma
porção de fluido presa em
uma câmara.
Quando o pistão se move, o
fluido é impulsionado para
fora. Desse modo, a energia
do pistão é transferida para
o fluido.
19
BOMBAS DE PISTÃO

CARACTERISTICAS

 A taxa de fornecimento (vazão) depende do volume varrido


pelo pistão e do número de golpes por unidade de tempo
 A vazão de descarga do fluido varia com tempo em virtude da
natureza periódica do pistão
 Vazão real pode ser menor que o volume varrido do pistão
devido a ocorrência de vazamentos ou enchimento incompleto
do cilindro (ηvol)

20
BOMBAS DE PISTÃO

INDICAÇÕES PRÁTICAS

 Não tem limite de pressão. Atualmente são


construídas para fornecer mais de 1000 atm.

 A velocidade do pistão é em geral, de 12 a 40 m/min


dependendo do curso, que pode variar de 7,5 a 60cm.

21
BOMBAS DE PISTÃO

Quando são utilizadas?

 São recomendadas para bombeamento de água de


alimentação em caldeiras, óleo e fluidos em geral que não
contenham sólidos abrasivos, que podem danificar as
superfícies torneadas do cilindro e do pistão
 Utilizadas quando um fluido vaporiza, ou pode
eventualmente vaporizar nas condições do processo;
 Com altas pressões de descarga, atingindo valores bem
acima das bombas centrífugas : até 2.000 atm ;
 Como bombas dosadoras.
22
BOMBAS DE PISTÃO

Funcionamento de uma bomba com pistão


(www.animatedsoftware.com) 23
TURBO-BOMBAS, HIDRODINÂMICAS
OU ROTODINÂMICAS

 São caracterizadas por possuírem um órgão rotatório
dotado de pás, chamado de rotor (ou impulsor), que
comunica aceleração à massa líquida, transformando
a energia mecânica de que está dotado, em energia
cinética.

 Descarga depende: características da bomba,


número de rotações, características do sistema de
transporte.

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TURBO-BOMBAS, HIDRODINÂMICAS
OU ROTODINÂMICAS

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

 O eixo do rotor funciona como um propulsor do fluido que


é lançado para a periferia pela ação da força centrífuga.

MODO OPERACIONAL

 A energia cinética do fluido aumenta do centro do rotor


para a ponta das pás que é transformada em energia de
pressão, quando o fluido sai do rotor e entra na
carcaça(voluta) ou difusor.
25
TURBO-BOMBAS, HIDRODINÂMICAS
OU ROTODINÂMICAS

CARACTERÍSTICAS:

 São as mais usadas na indústria química –modelo


simplificado, pequeno custo, manutenção barata e
flexível para aplicação(ampla faixa de pressão e
vazão)
 Nos modelos usuais necessita ser previamente
preenchida com o líquido a ser bombeado(as folgas
entre o rotor e o restante da carcaça)

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TURBO-BOMBAS, HIDRODINÂMICAS
OU ROTODINÂMICAS

INDICAÇÕE S PRÁTICAS

Operam tanto a baixas e altas vazões ou pressões
Dimensionamento

Operam com diferentes tipos de fluidos


Configuração específica para cada tipo de
fluido
•Simplicidade de projeto e construção
VANTAGENS: •Ocupam pouco espaço
•Peso reduzido
•Fácil controle de descarga
•Poucas partes móveis(fácil manutenção) 27
Bombas Centrifugas

 Bombas Centrífugas são
bombas hidráulicas que têm
como princípio de
funcionamento a força
centrífuga através de palhetas
e impulsores que giram no
interior de uma carcaça
estanque, jogando líquido do
centro para a periferia do
conjunto girante.
28
Bombas Centrifugas

 A energia fornecida ao líquido é
primordialmente do tipo
cinética, sendo posteriormente
convertida em grande parte em
energia de pressão

 Portanto, funcionam através do


movimento rotativo de
engrenagens ( lóbulos, palhetas
ou fusos ) , que retém o fluido
no espaço formado entre a
carcaça e as engrenagens. 29
Bombas Centrifugas

 Os principais requisitos para  Condições de perda de fluxo, :
que uma bomba centrífuga  Problemas de vedação
tenha um desempenho  Problemas relacionados a partes
satisfatório: da bomba ou do motor:
 Perda de lubrificação
 Instalação correta,
 Refrigeração
 Operação com os devidos
 Contaminação por óleo
cuidados e,
 Vazamentos na carcaça da
 Manutenção adequada
bomba
Qualquer operador que deseje  Níveis de ruído e vibração
proteger suas bombas de falhas muito altos
freqüentes, além de um bom  Problemas relacionados ao
entendimento do processo, também mecanismo motriz (turbina ou
deverá ter um bom conhecimento motor)
30
da mecânica das bombas
Bombas Centrifugas

• Constam de uma câmara
fechada, carcaça, dentro da qual
gira uma peça, o rotor, que é um
conjunto de palhetas que
impulsionam o líquido através
da voluta. O rotor é fixado no
eixo da bomba, este contínuo ao
transmissor de energia mecânica
do motor.

31
Bombas Centrifugas

 Para uma bomba centrífuga funcionar é preciso que a carcaça esteja
completamente cheia de líquido que, recebendo através das pás o
movimento de rotação do impelidor, fica sujeito à força centrífuga que faz
com que o líquido se desloque para a periferia do rotor causando uma
baixa pressão no centro o que faz com que mais líquido seja admitido na
bomba.

 O fluido a alta velocidade (energia cinética elevada) é lançado para a


periferia do impelidor onde o aumento progressivo da área de escoamento
faz com que a velocidade diminua, transformando energia cinética em
energia de pressão.

 As bombas centrífugas caracterizam-se por operarem com vazões


elevadas, pressões moderadas e fluxo contínuo 32

33
Bombas Centrifugas

 Princípios de Funcionamento

 Uma bomba centrífuga é, na maioria das vezes, o


equipamento mais simples em qualquer planta de
processo.

 Seu propósito, é converter a energia de uma fonte motriz


principal (um motor elétrico ou turbina), a princípio, em
velocidade ou energia cinética, e então, em energia de
pressão do fluido que está sendo bombeado.

34
Bombas Centrifugas

 As transformações de energia acontecem em virtude de duas
partes principais da bomba: o impulsor e a voluta, ou difusor.

 O impulsor é a parte giratória que converte a energia do motor


em energia cinética.

 A voluta ou difusor, é a parte estacionária que converte a


energia cinética em energia de pressão.

 Observação: Todas as formas de energia envolvidas em um


sistema de fluxo de líquido, são expressas em termos de altura
da coluna do líquido, isto é, carga. 35
Bombas Centrífugas

Princípios de Funcionamento

 O líquido entra no bocal de sucção e no


centro de um dispositivo rotativo
conhecido como impulsor.
 Quando o impulsor gira, ele imprime
uma rotação ao líquido situado nas
cavidades entre as palhetas externas,
proporcionando-lhe uma aceleração
centrífuga.
 Cria-se uma área de baixa-pressão no
olho do impulsor causando mais fluxo de
líquido através da entrada.
 Como as lâminas do impulsor são
curvas, o fluido é impulsionado nas
direções radial e tangencial pela força
36
centrífuga.
Bombas Centrífugas
Princípios de Funcionamento


Todo o funcionamento da bomba se baseia na criação de um diferencial de
pressão no seu interior

1. Escorvamento
2. Rotação (centrípeta)
3. Vácuo Centro
4. Crescimento da área de
liquido na periferia
5. Diminuição da velocidade
6. Aumento Pressão

37
Bombas Centrifugas

Partes da Bomba: Dependente do Projeto

38
Bombas Centrifugas
Partes da Bomba

 Rotor: órgão móvel que fornece energia ao fluido. É
responsável pela formação de uma depressão no seu
centro para aspirar o fluido e de uma sobre pressão
na periferia para recalcá-lo.

• Rotor fechado: altas pressões e líquidos limpos


• Rotor semi-fechado: operações gerais
• Rotor aberto: baixas pressões, pequenas vazões e
líquidos contendo pastas, lama, areia

39
Bombas Centrifugas
Partes da Bomba
 Rotor:

 A escolha do tipo de rotor depende das características
do bombeamento.

 Para fluidos muito viscosos ou sujos usam-se,


preferencialmente, os rotores abertos ou semi-abertos.

 Nestes casos, os rotores fechados não são


recomendados devido ao risco de obstrução
40
Exemplos:

Bombas Centrifugas

Rotor de Palheta reta
Rotor de Sucção dupla

Rotor semi-aberto
Rotor não-bloqueável

41
Rotor aberto Rotor de escoamento misto

42
Bombas Centrifugas
Partes da Bomba

 Carcaça: tem a função principal de transformar a energia
cinética impressa ao fluido pelo rotor em carga de
pressão.
 Serve como contentor para o fluido. Podem ser do tipo
espiral(voluta) ou circular (difusor).

A carcaça circular tem palhetas


A voluta é tipo um funil
defletoras estacionárias, em
encurvado que aumenta a
volta do impulsor, que
área no ponto de descarga
convertem a energia de
velocidade em energia de
pressão. 43
Bombas Centrifugas
Partes da Bomba

 Difusor: canal de seção crescente que recebe o fluido
vindo do rotor e o encaminha à tubulação de recalque.
Possui seção crescente no sentido do escoamento com a
finalidade de transformar a energia cinética em energia
de pressão; ou seja, são aletas estacionárias que oferecem
ao fluido um canal de área crescente desde o rotor até a
carcaça.

44
Bombas Centrifugas

Carcaça de bomba centrífuga, com


Carcaça de bomba centrifuga, com
voluta (espiral)
difusor (redutor de velocidade)
45
Bombas Centrifugas

46
Seleção:

A escolha do tipo de bomba é influenciada pelos
seguintes fatores:

•Vazão (quantidade de líquido a bombear): determina


o tamanho e o número de bombas

•Carga a ser vencida (HB)

•Natureza do fluido (viscosidade, corrosividade,


presença de sólidos em suspensão)
47
Definição de Termos Importantes

 Os parâmetros chaves de desempenho de bombas
centrífugas são:
 Capacidade
 Carga
 NPSH
 BHP (potência de freio)
 BEP (ponto de melhor eficiência)
 Velocidade específica
 Leis de Afinidade
 As curvas de bomba provêm a janela operacional dentro da
qual estes parâmetros podem ser variados para operação
satisfatória da bomba satisfatória. 48
Definição de Termos Importantes
Capacidade 
 Capacidade significa a taxa de fluxo (vazão volumétrica)
com que o líquido é movido ou é empurrado pela
bomba ao ponto desejado no processo.
 A capacidade depende de vários fatores como:
 Características do líquido de processo, isto é, densidade,
viscosidade, etc.
 Tamanho da bomba e de suas seções de entrada e de saída
 Tamanho do impulsor
 Velocidade de rotação do impulsor RPM
 Tamanho e forma das cavidades entre as palhetas
 Condições de temperatura e pressão da sucção e descarga
49
Definição de Termos Importantes
Carga 
 A pressão em um ponto qualquer de um líquido pode ser
imaginada como sendo causada pelo peso de uma coluna vertical
do líquido. A altura desta coluna é chamada de carga estática e é
expressa em termos de pés de líquido.
 Carga estática de sucção, hS
 Carga estática de descarga, hd
 Carga de Fricção, hf
 Carga de pressão de vapor, hvp
 Carga de Pressão, hp
 Carga de Velocidade, hv
 Carga Total de Sucção HS
 Carga Total de Descarga Hd
 Carga Diferencial Total HT
 Carga de Sucção Positiva Líquida Requerida NPSHr
 Carga de Sucção Positiva Líquida Disponível NPSHd 50
Definição de Termos Importantes
Carga Total 
 A carga total, H, desenvolvida por uma bomba
é determinada por

 Onde
 H = carga total desenvolvida pela bomba em
metros de coluna do líquido bombeado
 pd, p1 = pressões na zona de descarga e na zona
de sucção, respectivamente, Pascal
 Hg = altura geométrica a qual o líquido é
elevado, m
 h = carga requerida para criar uma velocidade e
para superar a resistência do atrito nos tubos e
obstáculos locais nas linhas de sucção e
descarga, m
 g = 9,81 m/s2 = aceleração da gravidade 51
NPSH

 São as iniciais do termo em inglês NET POSITIVE
SUCTION HEAD, cuja tradução para o Português,
seria o equivalente a “Altura Livre Positiva de
Sucção “.

 É a diferença entre a energia absoluta e a pressão de


vapor do líquido à temperatura de bombeamento, na
entrada da sucção.

52
NPSH

  NPSH requerido : pressão requerida pela bomba
para que a mesma funcione.

  NPSH disponível : pressão com que o fluido


chega até a entrada da bomba (energia que o tipo de
instalação fornece ao fluido).

Obs.: para que a bomba funcione sem cavitação é


necessário que o NPSH disponível seja 10% maior que o
NPSH requerido.
53
Definição de Termos Importantes
Potência e eficiência

 Potência de Freio (BHP = break horse power): É o
trabalho executado por uma bomba; é função da carga
total e do peso do líquido bombeado, em um
determinado período de tempo.

 Potência de Entrada da Bomba ou potência de freio


(BHP) é a potência real entregue ao eixo da bomba.

 Produção da Bomba, ou Potência Hidráulica, ou


Potência de água (WHP) é a potência do líquido
entregue pela bomba. 54
Definição de Termos Importantes
Potência e eficiência

 O B.E.P. (ponto de melhor eficiência) é a área na curva
onde a conversão de energia de velocidade em
energia de pressão a uma determinada vazão, é ótima;
em essência, é o ponto onde a bomba é mais eficiente.
 No dimensionamento e seleção de bombas centrífugas
para uma determinada aplicação, a eficiência da
bomba é levada em conta no projeto.
 A eficiência de bombas centrífugas é tomada como
uma porcentagem e representa uma unidade de
medida que descreve a conversão da força centrífuga
em energia de pressão. 55
OPERAÇÃO DAS BOMBAS

 PARTIDA: - Se a bomba estiver partindo pela primeira
vez:

 verificar o nível do lubrificante ;


 verificar se o aterramento está conectado ;
 verificar se a proteção do acoplamento está instalada;
 verificar se a drenagem da base está desobstruída ;
 verificar o sistema de selagem ;
 se o trabalho for a quente, abrir o sistema de
aquecimento. 56
OPERAÇÃO DAS BOMBAS
Antes da partida :

  - Verificar a tendência do fluido de cristalizar e em caso
afirmativo, manter abertas as linhas de aquecimento e de
resfriamento da selagem por 15 minutos ;
 - abrir toda a válvula de sucção ;
 - verificar a presença de líquido na bomba ;
 - partir a bomba com a válvula de descarga fechada e
observar a elevação da pressão ( SOMENTE PARA
BOMBAS CENTRÍFUGAS ) ;
 - abrir lentamente a válvula de descarga, evitando mantê-
la fechada por muito tempo ( SOMENTE PARA BOMBAS
CENTRÍFUGAS ) . 57
OPERAÇÃO DAS BOMBAS

Após a partida

 - verificar se há vazamentos na vedação ;


 - verificar se há ruídos anormais, principalmente na
região do selo ;
 - verificar se há vibrações anormais.

58
OPERAÇÃO DAS BOMBAS

VAZÃO MÍNIMA DE OPERAÇÃO
 Para bombas centrífugas, a recomendação é de valores
em torno de 50% do BEP ( Best Efficiency Point – Ponto
de Melhor Eficiência ). Entretanto, muitos fabricantes
estabelecem valores em torno de 5 a 20% da vazão do
BEP.

 Se uma bomba operar continuamente com vazões


abaixo dos valores mínimos recomendados, haverá
danos mecânicos na bomba produzido pela elevação da
temperatura até a vaporização do fluido. 59
OPERAÇÃO DAS BOMBAS

ESCORVA:
 As bombas centrífugas não são capazes,
normalmente, de aspirar o fluido quando esse se
encontra abaixo da sua linha. Nesse caso é necessário
encher a bomba manualmente antes da partida. Esse
procedimento chama-se escorva.

 Para que a escorva seja realizada é preciso que exista


uma válvula de retenção no início da tubulação.

60
OPERAÇÃO DAS BOMBAS

PRESSÃO DE VAPOR :
 A temperatura na qual um líquido ferve é chamada de
Ponto de Ebulição (PE) . O ponto de ebulição por sua
vez, varia com a pressão atmosférica. Assim, quanto
menor a pressão, menor o PE.

 Então, a fervura de qualquer líquido varia com a


pressão atmosférica. Sendo assim se a pressão de
sucção abaixar, o líquido bombeado pode ferver e se
tornar vapor;
61
OPERAÇÃO DAS
BOMBAS
 CAVITAÇÃO:

 Como qualquer outro líquido, a água tem a
propriedade de vaporizar-se em determinadas
condições de temperatura e pressão. E assim sendo
temos, que um certo fluido entra em ebulição sob a
pressão atmosférica local a uma determinada
temperatura, por exemplo, a nível do mar a ebulição
acontece a 100°C. A medida que a pressão diminui a
temperatura de ebulição também se reduz.
62
OPERAÇÃO DAS BOMBAS

 Chama-se de cavitação o fenômeno que decorre da ebulição
da água no interior dos condutos, quando as condições de
pressão caem a valores inferiores a pressão de vaporização.
 No interior das bombas, no deslocamento das pás, ocorrem
inevitavelmente rarefações no líquido, isto é, pressões
reduzidas devidas à própria natureza do escoamento ou ao
movimento de impulsão recebido pelo líquido, tornando
possível a ocorrência do fenômeno e, isto acontecendo,
formar-se-ão bolhas de vapor prejudiciais ao seu
funcionamento, caso a pressão do líquido na linha de
sucção caia abaixo da pressão de vapor (ou tensão de vapor)
originando bolsas de ar que são arrastadas pelo fluxo.
63
Vaporização do líquido


Formação de bolhas de gás

Condução para região de maior


pressão
Resumindo:
Colapsam e causam deterioração
do rotor

CAVITAÇÃO 64
OPERAÇÃO DAS BOMBAS

 Quando ocorre a cavitação são ouvidos ruídos e
vibrações característicos e quanto maior for a bomba,
maiores serão estes efeitos. Além de provocar o desgaste
progressivo até a deformação irreversível dos rotores e
das paredes internas da bomba, simultaneamente esta
apresentará uma progressiva queda de rendimento, caso
o problema não seja corrigido.
 Nas bombas a cavitação geralmente ocorre por altura
inadequada da sucção (problema geométrico), por
velocidades de escoamento excessivas (problema
hidráulico) ou por escorvamento incorreto (problema
operacional). 65
OPERAÇÃO DAS BOMBAS

EFEITOS DA CAVITAÇÃO

66
Corrosão das palhetas da bomba
OPERAÇÃO DAS BOMBAS

CARACTERÍSTICAS DE UMA BOMBA EM CAVITAÇÃO
 Queda de rendimento
 Marcha irregular
 Vibração provocada pelo desbalanceamento
 Ruído provocado pela implosão das bolhas
 

COMO EVITAR A CAVITAÇÃO


 Primeiramente, elaborando-se um bom projeto para a linha de
sucção. Segundo, aplicando-se uma manutenção preventiva.
67
Associação de Bombas

Muitas razões, técnicas e econômicas, levam à necessidade de se
efetuar a associação de bombas.

Por exemplo :
 Inexistência no mercado, de bombas que possam ,
isoladamente atender a vazão de demanda ;

 Inexistência no mercado, de bombas que possam, isoladamente


atender a altura manométrica do projeto ;

 Aumento da demanda ( vazão ) com o decorrer do tempo.


68
Associação de Bombas

 As bombas são associadas em série e paralelo.
 A associação de bombas em série é uma opção quando, para dada vazão
desejada, a altura manométrica do sistema é muito elevada, acima dos
limites alcançados por uma única bomba.

 Já a associação em paralelo é fundamentalmente utilizada quando a vazão


desejada excede os limites de capacidade das bombas adaptáveis a um
determinado sistema.

69
Associação de Bombas em Paralelo

 Todas as bombas hidráulicas succionam líquido do mesmo
reservatório e o entregam no mesmo ponto, o barrilete.
 Portanto todas as máquinas funciona sob a mesma
diferença de pressões. Por outro lado, a vazão que sai do
barrilete é a soma das vazões que passa por cada bomba.

70
Associação de Bombas em Paralelo

 É considerada quando é necessário um aumento de vazão.

 O acréscimo na vazão não é linear com o aumento do


número de bombas.

 A curva característica de uma associação em paralelo é


obtida das curvas originais de cada bomba pela soma das
vazões unitárias para uma mesma pressão.

71
Associação de Bombas em Série

 É considerada em sistemas de grande desnível
geométrico, quando mantém-se a vazão e as
pressões são somadas.

 Como neste caso o fluido atravessa as bombas em


série, isto é, a saída de uma bomba está ligada à
entrada da outra, elas transportam a mesma vazão,
então a curva da associação é obtida da soma das
pressões, para uma mesma vazão.

72
Associação de Bombas

 Em resumo :

 Teoricamente temos que bombas em série somam


alturas e bombas em paralelo somam vazões.

 Na prática, nos sistemas de recalque, isto dependerá


do comportamento da curva característica da
bomba e da curva do encanamento, como
estudaremos adiante.

73

Operações Unitárias de
Transferência de Calor

Caldeir
as 74
Introdução

 Caldeira é um equipamento que se destina a gerar
vapor através de uma troca térmica entre o
combustível e a água.

 A finalidade deste equipamento é fazer com que


água se aqueça e passe do estado líquido para o
gasoso, aproveitando o calor liberado pelo
combustível que faz com as partes metálicas da
mesma se aqueça e transfira calor à água
produzindo o vapor.
75
Introdução

 Foram os primeiros engenhos de aplicação prática da
energia potencial do vapor e surgiu por volta do
século dezessete.

 Foi o Dr. Denis Papin, em 1.680, o primeiro a utilizar


o vapor como veículo de aquecimento. Numa
associação das duas aplicações do vapor "Geração de
Energia" e "Calefação de Processos" graças ao grande
surto industrial do século dezoito, se sucederam
notáveis desenvolvimentos desta tecnologia.
76
As Caldeiras

 As caldeiras são equipamentos destinados a
transformar água em vapor.

 A energia necessária à operação, isto é, o fornecimento


de calor sensível à água até alcançar a temperatura de
ebulição, mais o calor latente a fim de vaporizar a água
e mais o calor de superaquecimento para transformá-la
em vapor superaquecido, é dada pela queima de um
combustível.
77
Fluidos Térmicos

 Ar quente, água quente, água sobreaquecida, vapor saturado,
vapor sobreaquecido e óleo térmico, mercúrio, misturas de
sais orgânicos, etc.

 Aquecimento por ação de uma energia exterior: radiação


solar, combustão, eletricidade, nuclear, geotérmica.

 Fluidos térmicos transportadores de energia térmica e


mecânica.
78
Requisitos exigidos a
um fluido
 térmico
 Boa estabilidade térmica
 Não atacar o material onde circula
 Ponto de congelação baixo
 Baixa pressão de vapor
 Viscosidade baixa
 Alta capacidade térmica
 Alta condutibilidade térmica
 Barato e de fácil obtenção
 Não ser tóxico
 Não irritar a pele
 Não ter odor forte
79
Fluidos térmicos mais
comuns

 Ar

 Água

 Vapor

 Óleo térmico

80
AR
VANTAGENS
 Não é tóxico nem
 DESVANTAGENS

 Baixo coeficiente de
inflamável transferência de calor

 Boa estabilidade térmica  Exige ventilador para


circulação
 Reposição muito fácil
 Exige depósito de
 Baixo custo expansão caso
contrário provoca
 Dispensa a presença de aumento da pressão
fogueiro 81
ÁGUA
VANTAGENS
 Boa regulação da
 DESVANTAGENS
 Pressão de vapor elevada
temperatura  Causa mais problemas de
corrosão que o óleo térmico
 Fácil reposição
 Necessita de depósito de
 Não é toxica nem expansão
inflamável  Necessita de bomba de circ.
 Boa estabilidade térmica  Exige tratamento químico
 Elevado coeficiente de  Exige presença de fogueiro
transferência de calor  Exige pressão p/ temp. altas

 Causa menos problemas


de corrosão que o vapor
82
VAPOR
VANTAGENS
 DESVANTAGENS
 Elevado coef. trans. Calor  Mais corrosivo que a água
 Boa estabilidade térmica  Exige tratamento químico
 Não é inflamável nem  Exige altas pressões para
tóxico altas temperaturas
 Reposição barata  Exige sist. de recuperação
 Não requer bomba de de condensados para
circulação diminuir perdas térmicas.
 Não exige depósito de  Perdas térmicas elevadas
Expansão  Exige presença de fogueiro
 Boa relação  Exige exames periódicos à
pressão/temperatura caldeira
83
ÓLEO TÉRMICO
VANTAGENS
 DESVANTAGENS
 Baixo coef. de trans. calor
 É inflamável
 Baixa pressão de vapor  Viscosidade e densidade
 Não causa problemas variam significativamente
com a temperatura
de corrosão
 Exige bomba de circulação
 Dispensa a presença de
 Exige depósito de
fogueiro
expansão
 Coloca problema de
flexibilidade da tubagem
para ∆T alto
 É caro 84
A água como fluido
térmico

 A água é a única substância que pode coexistir na forma de
gelo, água e vapor, em condições de pressão e temperaturas
normais (~100 kPa e 0ºC).

 Absorve elevadas quantidades de calor, para uma dada


elevação de temperatura, mais do que qualquer substância
orgânica comum.

 Expande-se 1600 vezes, quando evapora à pressão


atmosférica.

 Na forma de vapor pode transportar elevas quantidades de 85


energia térmica.
Considerações

 pH
 Dureza
 Concentrações elevadas de OXIGÉNIO, CO2 e
SILICATOS
 Sólidos dissolvidos
 Sólidos em suspensão
 Presença de Compostos orgânicos

86
Considerações

 Se a água de alimentação for dura (sais de cálcio e magnésio) e
não for devidamente tratada quimicamente, promove
incrustações, prejudica a transferência de calor e a eficiência da
caldeira, torna importante aumento de frequência de trabalhos de
limpeza e de manutenção preventiva.

 Se a água contem gases dissolvidos, particularmente oxigênio,


surge a corrosão nas paredes da caldeira e na tubagem.

 Se o pH da água for baixo a solução ácida ataca as superfícies


metálicas. Se o pH for demasiadamente elevado promove o
sugimento de espuma.
87
Considerações

 A pressão do vapor de uma caldeira varia entre (0,5 - 100 bar) e
determina a energia gerada e a capacidade, e também a qualidade da
água de abastecimento.

 A regra geral é que quanto maior for a pressão necessária ao vapor de


água que se quer produzir, mais rigorosa é a qualidade da água.
 Os principais 4 problemas que surgem numa caldeira são:
 Incrustração/Scaling
 Corrosão/Corrosion
 Formação de espuma e Escorva/ Foaming and Priming (gotículas de
água no caudal de vapor)
 Arraste de minerais voláteis/ Carryover
88
Classificação

 Conforme o tipo, as caldeiras podem ser classificadas
em:

 Flamotubulares;

 Aquatubulares.

 Elétricas

89
Caldeiras
Flamotubulares

 Os gases quentes passam por dentro de tubos, ao
redor dos quais está a água a ser aquecida e
evaporada.

 Os tubos são montados à maneira dos feixes de


permutadores de calor, com um ou mais passos dos
gases quentes através do mesmo.

 As caldeiras Flamotubulares são empregadas apenas


para pequenas capacidades e quando se quer apenas
vapor saturado de baixa pressão. 90
Caldeiras
Flamotubulares

91
Caldeiras
Flamotubulares

92
Caldeiras
Aquotubulares

 É o tipo mais empregado. Como o próprio nome
indica, tem circulação de água por dentro dos tubos e
os gases quentes envolvendo-os.

 São usados para instalações de maior porte e na


obtenção de vapor superaquecido.

93
Caldeiras
Aquotubulares

94
Caldeiras Elétricas

 Basicamente a caldeira elétrica é constituída de um vaso de pressão
não sujeito a chama, um sistema de aquecimento elétrico e de um
sistema de água de alimentação. O rendimento deste tipo de
caldeira é bastante elevado já que por efeito joule a troca de calor
ocorre no interior da massa líquida sem perda do calor gerado.

 Estas caldeiras têm aplicabilidade bastante reduzida no setor


industrial, onde a oferta de combustíveis fósseis ainda é muito
elevada e os preços comparativamente vantajosos. Entretanto, em
locais onde há pouca oferta de combustíveis e facilidade de
obtenção de eletricidade, estas caldeiras devem ser consideradas
como opção.

95
Caldeiras Elétricas

96
Caldeiras
Flamotubulares
 - Tipos
 Este tipo de caldeira é o de construção mais simples,
e pode ser classificado quanto à distribuição dos
tubos, que podem ser tubos verticais ou horizontais.

 Caldeiras de Tubos Verticais

 Caldeiras de Tubos Horizontais

97
Caldeiras
Flamotubulares
 - Tipos
 Caldeiras de Tubos Verticais

 Nas caldeiras de tubos verticais, os tubos são


colocados verticalmente num corpo cilíndrico fechado
nas extremidades por placas, chamadas espelhos.
 A fornalha interna fica no corpo cilíndrico logo abaixo
do espelho inferior. Os gases de combustão sobem
através dos tubos, aquecendo e vaporizando a água
que está em volta deles.
 As fornalhas externas são utilizadas principalmente
no aproveitamento da queima de combustíveis de
baixo poder calorífico, tais como: serragem, palha, 98
casca de café e de amendoim e óleo combustível.
Caldeiras
Flamotubulares
 - Tipos
 Caldeiras de Tubos Verticais

99
Caldeiras
Flamotubulares
 - Tipos
 Caldeiras de Tubos Horizontais

 As caldeiras de tubos horizontais abrangem vários modelos,


desde as caldeiras Cornuália e Lancaster, de grande volume
de água, até as modernas unidades compactas.

 As principais caldeiras horizontais apresentam tubulões


internos nos quais ocorre a combustão e através dos quais
passam os gases quentes. Podem ter de 1 a 4 tubulões por
fornalha.

100
Caldeiras
Flamotubulares
 - Tipos
 Caldeiras de Tubos horizontais
a

101
Caldeiras Flamotubulares
Vantagens
 Desvantagens

 Custo de aquisição mais  Baixo rendimento térmico;


baixo;
 Partida lenta devido ao
grande volume interno de
 Exigem pouca água;
alvenaria;
 Limitação de pressão de
 Atendem bem a operação (máx. 15kgf/cm²);
aumentos instantâneos
de demanda de vapor  Baixa taxa de vaporização
(kg de vapor / m².hora);
102
Caldeiras Aquotubulares –
Tipos
 Caldeiras de Cornuália

 Aa caldeiras Cornuália, um dos primeiros modelos
desenvolvidos, é constituída de um tubulão horizontal
ligando a fornalha ao local de saída de gases. É de
funcionamento simples, porém de rendimento muito
baixo.

 Suas principais características são: pressão máxima de


operação de 10 kgf/cm², vaporização específica 12 a 14
kg de vapor/m² e máximo de 100m² de superfície.
103
Caldeiras
Aquotubulares –

Tipos
 Caldeiras de Cornuália

104
Caldeiras Aquotubulares –
Tipos

 Caldeiras Lancaster

 As caldeiras Lancaster são de construção idêntica à anterior,


porém tecnicamente mais evoluída.

 Pode ser constituída de dois a quatro tubulões internos e suas


características são: área de troca térmica de 120 a 140m² e
vaporização de 15 a 18 kg de vapor/m². Algumas delas
apresentam tubos de fogo e de retorno, o que apresenta uma
melhoria de rendimento térmico em relação às anteriores.
105
Caldeiras Aquotubulares –
Tipos

 Caldeiras Lancaster

106
Caldeiras Aquotubulares –
Tipos

 Caldeiras Locomóvel

 Como o sugere o nome, essas caldeiras geram vapor para


movimentar a própria máquina e o restante das composições,
praticamente fora de uso atualmente.

 A caldeira locomóvel é tipo multitubular, apresentando uma


dupla parede metálica, por onde circula a água do próprio corpo.
São de largo emprego pela facilidade de transferência de local e
por proporcionarem acionamento mecânico em lugares
desprovidos de energia elétrica. São construídas para pressão de
até 21kg/cm2 e vapor superaquecido.
107
Caldeiras Aquotubulares –
Tipos

108
Partes de uma caldeira

 ZONA DE FOGO: Por onde passa o fogo (tubulões,
feixe de tubos, espelhos e chaminés.

 ZONA DE ÁGUA: Local onde fica a água + vapor


no interior da caldeira

109
Partes de uma caldeira
• ZONA DE ÁGUA

• Marca D’água para


cima, armazena o vapor

 Marca D’água para


baixo, cobre os tubos
110
Partes de uma caldeira

111
Partes de uma caldeira

112
Partes de uma caldeira
 ZONA DE FOGO

113
O funcionamento

114
Riscos de explosões

 O emprego de caldeiras implica na presença de riscos dos mais
diversos: explosões, incendios, choques elétricos, ferimentos
diversos, etc. Os riscos de explosões são, entretanto, os mais
importantes pelas seguintes razões:]
 Por se encontrar presente durante todo o tempo de funcionamento,
sendo imprescindivel seu controle de forma contínua, ou seja, sem
interrupções.
 Em razão da violencia com que as explosões acontecem. Na maioria
dos casos suas consequencias sçao catatroficas, em virtude da
enorme quantidade de energia liberada instantaneamente.
 Sua prevenção deve ser considerada em todas as fases: projeto,
fabricação, instalação, manutenção, inspeção e outras.

115
Riscos de explosões

 O risco de explosão do lado da água está presente em todas as
caldeiras, pois a pressão reinante neste lado é sempre superior
à pressão atmosférica.

 Um outro fator a ser considerado é a grande quantidade de


calor transmitida no processo de vaporização, dada a elevada
quantidade de calor latente e calor sensível absorvida pelo
vapor. Neste sentido, os danos provocados pela explosão de
uma caldeira serão muito maiores com um reservatório
contendo ar. Isto por que parte da energia será liberada na
forma de calor, provocando o aquecimento do ambiente onde a
explosão ocorre.
116

117

118

119

120

121

122

123

124
Exemplos

COSAN - UNIDADE BARRA
BIOENERGIA S.A.

Vazão Maxima de Vapor: 275.000


Kg/h
Pressão de Operação: 65 Barr
Temperatura final do vapor: 515°C
Combustivel: Bagaço de cana
Eficiência térmica (PCI): 88,1%

125
Exemplos

International Papel do
Brasil Ltda. – Três
Lagoas MS

Vazão Maxima de Vapor: 210.000


Kg/h
Pressão de Operação: 87 Barr
Temperatura final do vapor: 485°C
Combustivel: Gás Natural
Eficiência térmica (PCI): 93,22%
126
Exemplos

Usina São Fernando
Açúcar e Alcool –
Dourados MS

Considerada a maior caldeira da


América Latina.

Vazão Maxima de Vapor : 325.000


Kg/h
Pressão de Operação: 100 barr
Temperatura final do vapor: 550°C
Combustive: Bagaço de Cana
Eficiência térmica (PCI): 98,0% 127
Exemplos
Ingenio Mayaguez S.A -
Colombia 

Vazão Maxima de Vapor: 180.000


Kg/h
Pressão de Operação: 67 barr
Temperatura final do vapor: 500°C
Combustive: Carvão Mineral e
Bagaço de Cana
Eficiência térmica (PCI): 88,1% para
o bagaço e 90,3% para o carvão 128

129
Operações Unitárias de
Transferência
 de Calor

Trocadores de Calor

130
Transmissão de calor

 Transmissão de calor é a denominação dada a
passagem de energia térmica (que durante a
transferência recebe o nome de calor) de um corpo
para o outro ou de uma parte para outra de um
mesmo corpo.

131
Operações unitárias de
transferência
 de calor
 São operações de troca térmica entre fluidos.

 Essa troca pode acontecer:


 Condução → Contato entre dois corpos.

 Convecção → Mistura de Fluidos

 Radiação → Ondas de Calor


132
Trocadores de Calor

 Um trocador de energia térmica (calor) ou permutador de energia
térmica, é um .dispositivo que visa à transferência de energia térmica
de forma eficiente de um meio para outro.

 Tem a finalidade de propiciar calor de um fluido para o outro,


encontrando-se estes a temperaturas diferentes.

 Um permutador de calor é normalmente inserido num processo com a


finalidade de arrefecer (resfriar) ou aquecer um determinado fluido.

 São amplamente usados em aquecedores, refrigeração,


condicionamento de ar, usinas de geração de energia, plantas
químicas, plantas petroquímicas, refinaria de petróleo, processamento
133
de gás natural, e tratamento de águas residuais.
Trocadores de Calor

 Um exemplo comum de trocador de calor é o radiador em um
automóvel.
 Um motor moderno aproveita somente algo em torno de 30% da
energia do combustivel para o movimento. Os outros 70% são
eliiminados através do calor.
 A parte de energia do combustivel ransformada em calor no interior
do motor deve ser dissipada para manter o motor a uma
temperatura de trabalho ideal, onde maior eficência e durabilidade
são obtidas.
 O sistema de arrefecimento é o responsável pela troca de calor do
motor com o meio ambiente, regulando sua temperatura de
trabalho. O calor é transmitido ao fluido de arrefecimento que
circula no bloco e cabeçotes do motor e posteriormente dissipado
134
para o ambiente ao passar pelo radiador.

135
Video
Equipamento

136

137
Trocadores de Calor na
Natureza

 Diversas estruturas dos seres vivos comportam-se
como trocadores de calor.

 Estas diversas estruturas desenvolveram-se em forma e


características no processo evolutivo com crescentes
eficiências nos processos térmicos que controlam e nas
trocas térmicas adequadas ao meio que promovem.

138

 Trocadores de calor são encontrados nos mais
diversos processos industriais onde se trabalha com
vapores a altas pressões e temperaturas ou até mesmo
em aplicações domésticas.

 Uma aplicação doméstica para um trocador de calor é


o ar condicionado, o ar a uma temperatura ambiente é
sugado pelo aparelho e posto em contato com um
fluido refrigerante que é responsável por roubar o
calor do ar e devolve-lo a uma temperatura agradável.
139
Trocadores de Calor na
Natureza

Humanos
 Os pulmões humanos, assim como os de diversas espécies
homeotermas como outros mamíferos e as aves, servem como um
trocador de calor extremamente eficiente devido a sua grande
razão de área de superfície por volume.

Elefantes
 As orelhas dos elefantes africanos são um exemplo de estrutura
desenvolvida pelo processo evolutivo com vistas à refrigeração pela
convecção forçada, especialmente quando abanam as orelhas, da
corrente sanguínea, trocando calor com o ar, operando como
trocador de calor líquido-ar em resfriamento do líquido
140
Trocadores de Calor na
Natureza

Peixes e baleias

 Trocadores de calor em "contracorrente" ocorrem naturalmente


no sistema circulatório de peixes e baleias.
 Artérias da pele transportando sangue quente são interligadas
com as veias da pele transportando sangue frio, causando a
troca de calor do sangue arterial quente com o sangue venoso
frio. Isto eduz a perda de calor global em águas frias.

 Trocadores de calor estão presentes também na língua de baleias


como grandes volumes de fluxo de água através de suas bocas.

141
Trocadores de Calor

 Funcionamento:

 Em geral trocadores de calor são constituídos por


diversos tubos.

 Geralmente o fluido refrigerante (menor temperatura)


escoa por tais tubos enquanto o fluido a ser refrigerado
(maior temperatura) flui em torno da área dos tubos
internos, sendo isolado pelo casco do trocador.
142
Trocadores de Calor

Aquecer, resfriar, condensar,
evaporar, ferver, esterilizar,
pasteurizar, congelar, fracionar,
destilar, concentrar, cristalizar,
fundir, secar...

As incontáveis aplicações e os inúmeros processos e


aplicações levam à necessidade de classificar os
trocadores de calor.
143
Classificação

 De uma forma geral podemos classificar os
trocadores de diversas maneiras :

I. Quanto ao modo de troca (processo de


transferência) ;

II. Quanto ao nº de fluidos ;

III. Tipo de construção.


144
Classificação

I. Quanto ao Processo de Transferência

145
Classificação
 CONTATO DIRETO


 Neste trocador, os fluidos se misturam.

 Aplicações comuns de um trocador de contato


direto envolvem transferência de massa além de
transferência de calor, aplicações que envolvem só
transferência de calor são raras.
 Comparado a recuperadores de contato indireto e
regeneradores, são alcançadas taxas de transferência
de calor muito altas. Sua construção é relativamente
barata
146
Classificação
 CONTATO DIRETO

Tais trocadores de calor
podem ser classificados
como:

• Gás– líquido
• Líquido imiscível –
líquido
• Sólido-líquido
• sólido-gás

147
Classificação

 CONTATO INDIRETO

 Neste tipo de trocador, os fluidos permanecem


separados e o calor é transferido continuamente
através de uma parede, pela qual se realiza a
transferência de calor.

 Eles se classificam em trocadores de transferência


direta e de armazenamento.

148
Classificação

 Trocadores de transferência direta

 Neste tipo , há um fluxo continuo de calor do fluido quente ao


fluido frio através de um parede que os separa.

 Não há mistura entre eles, pois cada corrente permanece em


passagem distintas, e os principais tipos são os de placas de
superfície estendida e os tubulares.

 Este trocador é designado como um trocador de calor de


recuperação, ou simplesmente como um recuperador. Alguns
exemplos de trocadores de transferência direta são trocadores de:
 placa
 tubular
 superfície estendida 149
Classificação
 Trocadores de transferência direta

150
Classificação

 Trocador de armazenamento

 Em um trocador de armazenamento, os ambos fluidos


percorrem alternativamente as mesmas passagens de
troca de calor.
 A superfície de transferência de calor geralmente é de
uma estrutura chamada matriz. Em caso de
aquecimento, o fluido quente atravessa a superfície de
transferência de calor e a energia térmica é armazenada
na matriz.
 Posteriormente, quando o fluido frio passa pelas mesmas
passagens, a matriz “libera” a energia térmica (em
refrigeração o caso é inverso). 151
Classificação

 Trocador de armazenamento

152
Classificação
III. Quanto ao tipo de Construção

153
Tubular

 São geralmente construídos com tubos circulares, existindo uma
variação de acordo com o fabricante.

 São usados para aplicações de transferência de calor


líquido/líquido (uma ou duas fases). Eles trabalham de maneira
ótima em aplicações de transferência de calor gás/gás,
principalmente quando pressões e/ou temperaturas operacionais
são muito altas onde nenhum outro tipo de trocador pode operar.

 Este trocadores podem ser classificados como carcaça e tubo, tubo


duplo e de espiral.

154
Cascos e Tubos
 construído com tubos e
 Este trocador é

uma carcaça. Um dos


fluidos passa por
dentro dos tubos, e o
outro pelo espaço entre
a carcaça e os tubos.

155
Cascos e Tubos

 Trocadores de carcaça e tubo são os mais usados para
quaisquer capacidade e condições operacionais, tais
como pressões e temperaturas altas, atmosferas
altamente corrosivas, fluidos muito viscosos, misturas
de multicomponentes, etc.

 Estes são trocadores muito versáteis, feitos de uma


variedade de materiais e tamanhos e são
extensivamente usados em processos industriais.

156
Cascos e Tubos

 Acomoda expansão térmica, é de fácil limpeza e de


menor custo.

157
Duplo Tubo

 O trocador de tubo duplo consiste de dois tubos concêntricos.
Um dos fluidos escoa pelo tubo interno e o outro pela parte
anular entre tubos, em uma direção de contra fluxo.

Este é talvez o mais


simples de todos os
tipos de trocador de
calor pela fácil
manutenção
envolvida.

É geralmente usado
em aplicações de
pequenas 158

capacidades.
Duplo Tubo

159
Serpentinas

 Este tipo de trocador consiste em uma ou mais serpentina (de
tubos circulares) ordenadas em uma carcaça.

 A transferência de calor associada a um tubo espiral é mais alta


que para um tubo duplo.

 Além disso, uma grande superfície pode ser acomodada em


um determinado espaço utilizando as serpentinas.

 As expansões térmicas não são nenhum problema, mas a


limpeza é muito problemática
160
Serpentinas

161
Placas
  Este tipo de trocador consiste
num pacote de placas metálicas
com aberturas para a passagem
de dois fluidos, entre os quais,
a transferência de calor irá
ocorrer.

Geralmente, este trocador


não pode suportar pressões
muito altas, comparado ao
trocador tubular
162
equivalente.
Placas

163
Placas

 Os meios, na troca de calor, são levados dentro do pacote de placas,


através de canais de comunicação, formados pelos furos nos cantos das
placas, e são admitidos dentro das passagens, entre as placas, por meio
de um certo arranjo de gaxetas.
 Um dos meios é direcionado dentro de cada segunda passagem,
enquanto que o outro é direcionado dentro da passagem do meio. Os
dois meios não podem ser misturados e estão separados por uma placa
fina, através da qual o calor é transferido.
 A corrugação das placas provê uma passagem adequada entre elas,
suportando cada placa contra a adjacente, e a forte turbulência obtida 164

resulta na máxima eficiência de troca de calor.


Fluxo de Calor

 Trocadores de calor não possuem um lado determinado para
entrada e saída do fluido, dessa forma pode-se encontrar o
dispositivo operando em dois regimes de fluxo: paralelo e
contracorrente.

 Em trocadores de fluxo paralelo, os dois fluidos seguem


paralelos dentro do trocador, em outras palavras, ambos os
fluidos entram por um mesmo lado “A” do trocador e saem por
um mesmo lado “B” do trocador.

 Já em regimes de contracorrente temos os fluidos em sentidos


contrários um em relação ao outro, ou seja, um fluido entra pelo
lado “A” e sai pelo lado “B” do trocador, enquanto o outro
fluido entra pelo lado “B” e sai pelo lado “A” do mesmo
165
trocador.
Fluxo em Paralelo

Fluxo em Contra
Corrente

166
Seleção

 Devido às muitas variáveis envolvidas, a seleção
ótima de um trocador de calor é desafiante.
 Cálculos manuais são possíveis, mas muitas
interações são tipicamente necessárias. Assim,
trocadores de calor são mais frequentemente
selecionados através de programas de computador,
que por projetistas de sistemas, que são tipicamente
engenheiros, ou pelos fornecedores de
equipamentos.

167
Seleção

 De maneira a selecionar um trocador de calor apropriado,
os projetistas de sistemas (ou fornecedores dos
equipamentos) em primeiro lugar consideram as limitações
de projeto para cada tipo de trocador de calor. Embora o
custo seja muitas vezes o primeiro critério avaliado, há
vários outros importantes critérios de seleção que incluem:
 Limite de pressão
 Performance térmica
 Faixas de temperatura
 O conjunto de produtos (líquido/líquido, líquidos com
particulados ou alto teor de sólidos)
 Capacidade de fluxo de fluido
 Características de limpeza, manutenção e reparo
 Materiais requeridos para construção 168
Seleção

 A escolha do trocador de calor correto requer algum
conhecimento de diferentes tipos de trocadores de calor,
assim como o ambiente no qual a unidade irá operar.
 Tipicamente na indústria de manufatura, diversos tipos
diferentes de trocadores de calor são usados para apenas um
processo ou sistema para obter-se o produto final.

 Por exemplo, um trocador de calor kettle para pré-


aquecimento, um trocador de tubo duplo para o fluido
transportador e um trocador placa e quadro para resfriamento.
Com suficiente conhecimento de tipos de trocadores de calor
e requerimentos de operação, uma seleção apropriada pode
ser feita para otimizar-se o processo.
169
Aplicação
 Trocadores de calor são largamente usados na indústria tanto para

resfriamento e aquecimento em larga escala em processos
industriais. O tipo de tamanho de trocadores de calor usados pode
ser adaptado a um processo dependendo do tipo de fluido, sua
fase, temperatura, densidade, viscosidade, pressões, composição
química e várias outras propriedades termodinâmicas.

 Trocadores de calor são usados em muitas indústrias, algumas das


quais incluem:

 Tratamento de águas residuais


 Sistemas de refrigeração
 Indústria de vinhos e cervejarias
 Indústria do petróleo.
 Indústria química pesada
170
Aplicação

 Em aeronaves comerciais, trocadores de calor são
usados para tomar calor do suistema de óleo do
motor a aquecer combustível frio.

 Isto melhora a eficiência do combustível, assim como


reduz a possibilidade de água aprisionada no
combustível congelado em componentes

171

Operações Unitárias
no processo de
Beneficiamento do
Minério
172
Introdução

 Para efeito das Normas Reguladoras de Mineração
(NRM) o beneficiamento ou tratamento de minérios
visa preparar granulometricamente, concentrar ou
purificar minérios por métodos físicos ou químicos
sem alteração da constituição química dos minerais.

173
Introdução

Segundo a NRM-18 todo projeto de beneficiamento de
minérios deve:

 Otimizar o processo para obter o máximo


aproveitamento do minério e dos insumos, observadas
as condições de economicidade e de mercado; e

 Desenvolver a atividade com a observância dos


aspectos de segurança, saúde ocupacional e proteção ao
meio ambiente.
174
Beneficiamento do
Minério

 Os minerais constituem os insumos básicos mais
requeridos pela civilização moderna.

 São utilizados nas indústrias:


 do aço (ferro),
 cerâmica (argilas, caulim, calcários, feldspatos, quartzo,
talco, etc.);
 do vidro (quartzo, calcários, feldspatos, etc.); de cimento e
cal (calcários, gipsum, etc.);
 química (cloretos, fosfatos, nitratos, enxofre etc.);
 de papel (caulim, carbonato de cálcio, talco, etc.);
 bem como na construção civil (areia, brita e cascalho),
 além das espécies consideradas insumos da indústria
joalheira (gemas). 175
Beneficiamento de
minério

 Nem sempre esses minerais apresentam-se na natureza na
forma em que serão consumidos pela indústria, quer seja
por suas granulometrias (tamanhos) quer por estarem
associados a outros minerais, que não têm interesse ou são
indesejáveis para o processo industrial a que se destinam.

 É exatamente para a adequação dos minerais aos


processos industriais que se utiliza o beneficiamento dos
minérios.

176
COMINUIÇÃO

 Cominução é o conjunto de operações responsáveis
pela redução do tamanho das partículas minerais.

177
COMINUIÇÃO

178
COMINUIÇÃO

 Os processos de cominuição são basicamente
divididos em 2 classes distintas:

 Britagem (Cominuição Inicial)

 Moagem (Cominuição Final)

179
BRITAGEM

 A britagem consiste da quebra de particulas principalmente pela ação
de esforços compressivos ou de impacto.

 O termo britagem se aplica quando a redução de tamanho envolvida


visa a obtenção de produtos com granulometria superior a 10
milímetros.

 A britagem se envolve em estágios subsequentes denominados


britagem primária, britagem secundária, terciária e eventualmente
quaternária.

 Em cada estágio obtém-se uma determinada relação de redução,


definida pelo quociente da dimensão da alimentação pela dimensão
do produto.

180
A relação ideal é de 4 para 1
A britagem primária pode ser realizada tanto em britadores
de mandíbula de dois eixos quanto em britadores de
impacto


Britador de Mandíbula
 Nos britadores de mandíbula os elementos mecânicos
ativos são uma placa metálica móvel (mandíbula móvel),
que se move em movimento recessivo (aproxima-se e
afasta-se) de uma paca metálica fixa.

 O fragmento de rocha ou de rocha a ser britado é


introduzido no espaço entre as duas mandíbulas e,
durante o movimento de aproximação, é esmagado. Os
fragmentos resultantes escoam para baixo, durante o
movimento de afastamento, cada qual se deslocando até
uma posição em que fique contido pelas mandíbulas e 181
seja novamente esmagado na aproximação seguinte.
Britador de Mandibula
Modo de operação 
 O material é triturado por compressão
 O material torna-se progressivamente menor,
gerando-se pedaços suficientemente pequenos
para
cair pelo fundo da máquina
 O tamanho final dos fragmentos
dependerá do ajuste do britador e da
adequação dos dentes selecionados para
as mandíbulas

182

183
Britador de Mandíbula

 VANTAGENS

 Alta eficiência mecânica (95% da potência do motor é utilizada


para trituração e 5% para movimentação da mandíbula)
menores custos.
 Alta capacidade
 Alta confiabilidade operacional
 Longo tempo operacional e durabilidade
 Ampla variedade de aplicações
 Fácil reposição das partes desgastadas
 Poucos requerimentos de manutenção
184
Britador de Impacto

 Os britadores de impacto convencionais se
caracterizam por desgaste elevado e por isso estão
limitados a materiais não abrasivos. Apresentam
menos investimento de capital e maior rendimento
energético.

 A ação mecânica é o impacto de martelos ou barras de


impactos sobre as partículas e as transformações de
sua energia cinética em fratura.
185

186
 Nas britagens SECUNDÁRIA e TERCIÁRIA são
empregados britadores cônicos (giratórios).

Britador Giratório 
(cônicos)
• É considerado um britador de mandíbulas circulares

187
Britador Giratório
Modo de operação

 O material é triturado por compressão
 O elemento rotor gira ao ser puxado por uma excêntrica,
contra uma carcaça afunilada e imóvel
 O material passa por entre essas peças, sendo triturado
progressivamente até atingir um tamanho
suficientemente pequeno para sair pelo fundo do
britador
 Um pistão hidráulico, localizado na parte inferior da
máquina, permite o ajuste do espaço existente entre o
elemento rotor e a carcaça
 Um sistema automático pode aumentar o espaço entre o
elemento rotor e a carcaça temporariamente, evitando
sobrecargas 188
Britador Giratório

 Vantagens

 Alta capacidade
 Alta razão de redução na etapa de trituração secundária
 Quebra cúbica do material
 Necessidade de poucos reparos
 Rápida reposição das peças
 Longa durabilidade
 Baixos custos de operação e manutenção

189

190
MOAGEM

 O termo moagem se aplica quando a redução de tamanho
envolvida visa a obtenção de produtos com granulometria inferior
a 10 milímetros.

 Os mecanismos envolvidos compreendem basicamente impacto,


cisalhamento e compressão.

 Os equipamentos mais usados são:


 Moinhos tubulares rotativos (bolas e barras);
 Moinhos de discos;
 Moinhos de rolos e
 Moinhos de impacto.
191
MOAGEM

 Em termos de tamanhos os sólidos podem ser classificados como:

 1. Pós → Partículas de 1 μm até 0,5 mm

 2. Sólidos granulares → Partículas de 0,5 a 10 mm

 3. Blocos pequenos → Partículas de 1 a 5 cm.

 4. Blocos médios → Partículas de 5 a 15 cm.

 5. Blocos grandes → Partículas > 15 cm.


192
Moinhos de Bolas

Moagem por impacto

Bolas
1º câmara 90 - 60 mm

2º câmara Bolas
30 - 20 mm
ou Revestimento
cylpbes

193
Moagem por atrito Corpos Moedores
Moinho de Bolas

Moinho de Bolas - Corpos Moedores

Bolas

Cylpbes

194
Moinho de Discos

 Utilizam forças de cisalhamento na redução do
tamanho das partículas.
 No moinho de disco um dos discos sulcados é fixo e o
outro gira em alta velocidade. A distância entre os
discos é ajustável, dependendo do tamanho do
alimento e das características do produto desejado.
Neste equipamento, os discos giram em direções
opostas, proporcionando um maior cisalhamento.

 É ideal para moagem rápida e sem perdas de amostra.


Proporciona em poucos segundos finuras finais abaixo
de 100 μm, com máxima reprodutibilidade. 195
Moinho de Discos

196
Moinho de Rolos
 Mais utilizado na moagem de

cereais em uso caseiro, fornece um
produto de textura mais uniforme.
• Dois ou mais cilindros
pesados giram em direções
contrárias, a velocidades
iguais ou diferentes.

• Partículas na alimentação são


submetidas a forças de
compressão.

• A distância entre os rolos, que


giram em sentidos opostos, é
regulável e deve ser ajustada
às condições da matéria
197
prima, da torrefação e do
próprio sistema de extração.
Moinho de Rolos

198
Moinho de Impacto

 Produzem um material mais fino que o
moinho de rolos.

 Para moagem de cereais destinado à extração de pó


solúvel, o moinho de rolos é o mais indicado, sendo
também utilizados os moinhos de facas e martelos e os
de disco.

 Um rotor de alta velocidade gira no interior de uma capa


cilíndrica. No exterior do rotor é acoplada uma série de
martelos nos pontos de articulação. O material se rompe
pelo impacto dos martelos e se pulveriza ao passar por
199
uma esteira na abertura entre os martelos e a capa.
Moinho de Impacto

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