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Sermões

do Padre
António
Vieira

Prof. Fernando Brum


Sermões do Padre
António Vieira (1608 – 1697)
CONCEPTISMO (retórica)
ANTÍTESES (oposições)
ORALIDADE (repetição de exemplos)
EXEMPLOS BÍBLICOS E CLÁSSICOS

IMPERADOR DA LÍNGUA PORTUGUESA


QUESTÕES POLÍTICAS DA ÉPOCA
FUNÇÃO DO SERMÃO – DESACOMODAR
CRÍTICA AO PÚBLICO OUVINTE
IRONIA
CIRCUNLÓQUIOS = TEMPO DE COMPREENSÃO
Prof. Fernando Brum
(UFRGS 16/26 LO). Assinale a alternativa correta
sobre os três sermões do Padre Antônio Vieira.

(A) Estão repletos de exemplos do equilíbrio e da


simplicidade, típicos do homem barroco.
(B) São peças exemplares de retórica, com a
finalidade de despertar a consciência moral dos fiéis.
(C) São bastante abstratos, pois se dirigiam a uma
plateia letrada, que dispensava exemplos.
(D) São escritos em linguagem culta com palavras
difíceis, dirigidos à plateia sofisticada que frequentava
a igreja.
(E) Apresentam perguntas retóricas, que geravam um
caloroso debate durante as pregações.
Prof. Fernando Brum
Bom Sucesso Santo António Sexagésima
Bahia - 1640 São Luís - 1654 Lisboa - 1655

Pecadores Colonos Clero


sob ameaça Maranhenses lisboeta (D.)

Fala com Fala com Fala com os


Deus os peixes pregadores

Culpa de Culpa da Culpa do


Deus Terra (povo) pregador
Critica o povo Critica o povo Critica o clero
que peca que não ouve hipócrita
Prof. Fernando Brum
Sermão pelo bom sucesso das armas de
Portugal contra as armas de Holanda - 1640
Texto Base: Salmo 43 (Acorda tu que dormes, ó Senhor!)

Parte I
Repete Davi na sua argumentação com Deus
“Nós somos os pecadores, mas Deus há de se arrepender”
Parte II
Como sendo criatura poderemos reclamar de Deus?
Idolatria no deserto (Moisés = dirão; Vieira = Já dizem)

Parte III
Tirar do católico português – Dar para o herege holandês
Caso de Josué

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Parte IV

Deus não precisa dos homens


Parábola do banquete: Os cegos e mancos são os luteranos e
os calvinistas
Consequências da derrota (vilipêndio da mãe)
Parte V “vence”

Deus Justo Castiga Homem

Deus Misericordioso Perdoa Deus

“vence”

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Sermão de Santo Antônio aos peixes 1654
Texto base: Mt 5,13 – Sal da terra
Parte I Criação da Alegoria (ironia)
Quando o sal não salga x quando a terra não se deixa salgar
História de Santo Antônio em Arímino
Louvores Repreensões
em Parte II Parte IV
geral ouvem e não falam comem uns aos outros
Parte III Parte V
em Tobias: entranhas Roncadores: Arrogância
parti- Rêmora: pequena e forte Pegadores: Oportunismo
cular Torpedo: tremor Voadores: Ambição
Quatro-olhos: cimaXbaixo Polvo: Dissimulação
Parte VI - Peroração
Os peixes estão acima do pregador! Prof. Fernando Brum
Sermão da Sexagésima (1655)
Texto Base - Mateus 13, 3-9 (Parábola do semeador)

Parte I : Desenganado com a pregação – argumento final


Parte II: Retoma a parábola (Mt) e coloca a dúvida
Parte III: Quem falha? Deus? Ouvinte? Pregador?
Parte IV: Circunstâncias da pregação:
Pessoa Ciência Matéria Estilo Voz
Falha de Pessoa: hipocrisia
Parte V: A falha de Estilo
Crítica aos cultismos, ao estilo dificultoso (sem objetivo)
Parte VI: Falha de Matéria
Tomam muitas matérias (assuntos)
Metáfora da árvore Prof. Fernando Brum
Parte VII: Falha de Ciência - Crítica ao plágio
Armas alheias não vencem batalhas (Pátroclo)
Parte VIII: Falha da Voz
O mundo se rege pelos sentidos, não pela razão
Parte IX: Explicação da “verdadeira causa”
Pregam palavras e não a Palavra de Deus
Parte X: retorno ao mote inicial – função do sermão
«Entre dois sujeitos tão grandes não me atrevo a interpor
juízo; só direi uma diferença, que sempre experimento:
quando ouço um, saio do sermão muito contente do pregador;
quando ouço outro, saio muito descontente de mim.»

Prof. Fernando Brum


(UFRGS 16/27 LO). Leia as seguintes afirmações
sobre o Sermão de Santo Antônio aos peixes, de Padre
Antônio Vieira.

I-O Sermão apresenta a estratégia de se dirigir aos


peixes, e não aos homens, estendendo o alcance
crítico à conduta dos colonos maranhenses.
II -O Sermão apresenta elogios aos grandes
pregadores, através de passagens do Novo
Testamento.
III-A sardinha é eleita o símbolo do verdadeiro cristão,
por ter sido o peixe multiplicado por Jesus.

Prof. Fernando Brum

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