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Teste de avaliação – 11.

o Ano
Versão 1

Nome ______________________________________________ Ano _________Turma __________ N.o _______

Grupo I
Apresenta as tuas respostas de forma bem estruturada.

PARTE A
Lê o texto.
CENA III
MADALENA, TELMO, MARIA

Maria (entrando com umas flores na mão, encontra-se com Telmo, e o faz tornar para a cena) […]
– Que é do romance que me prometestes? Não é o da batalha, não é o que diz:
Postos estão, frente a frente,
Os dois valorosos campos;
5 é o outro, é o da ilha encoberta onde está el-rei D. Sebastião, que não morreu e que há de vir, um
dia de névoa muito cerrada… Que ele não morreu; não é assim, minha mãe?
Madalena – Minha querida filha, tu dizes coisas! Pois não tens ouvido, a teu tio Frei Jorge e a teu
tio Lopo de Sousa, contar tantas vezes como aquilo foi? O povo, coitado, imagina essas quimeras para
se consolar na desgraça.
10 Maria – Voz do povo, voz de Deus, minha senhora mãe: eles que andam tão crentes nisto, alguma
coisa há de ser. Mas ora o que me dá que pensar é ver que, tirado aqui o meu bom velho Telmo (chega-
se toda para ele, acarinhando-o), ninguém nesta casa gosta de ouvir falar em que escapasse o nosso
bravo rei, o nosso santo rei D. Sebastião. – Meu pai, que é tão bom português, que não pode sofrer
estes castelhanos, e que até às vezes dizem que é de mais o que ele faz e o que ele fala... em ouvindo
15 duvidar da morte do meu querido rei D. Sebastião… ninguém tal há de dizer, mas põe-se logo outro,
muda de semblante, fica pensativo e carrancudo: parece que o vinha afrontar, se voltasse, o pobre do
rei. – Ó minha mãe, pois ele não é por D. Filipe; não é, não?
Madalena – Minha querida Maria, que tu hás de estar sempre a imaginar nessas coisas que são
tão pouco para a tua idade! Isso é o que nos aflige, a teu pai e a mim; queria-te ver mais alegre, folgar
20 mais, e com coisas menos…
Maria – Então, minha mãe, então! – Veem, veem?... também minha mãe não gosta. Oh! essa
ainda é pior, que se aflige, chora… ela aí está a chorar… (Vai-se abraçar com a mãe, que chora.) Minha
querida mãe, ora pois então! – Vai-te embora, Telmo, vai-te: não quero mais falar, nem ouvir falar de
tal batalha, nem de tais histórias, nem de coisa nenhuma dessas. – Minha querida mãe!
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa, 3.ª edição, Lisboa, Editorial Comunicação, 1994, pp. 103-107.

1. Explica a evolução do estado de espírito de D. Madalena ao longo desta cena.

2. Justifica o espanto de Maria perante a contradição das atitudes do pai.

3. Explicita dois dos traços que caracterizam a jovem, justificando a resposta com elementos textuais
pertinentes.
PARTE B
Lê o texto.
Mas para que da admiração de uma tão grande virtude vossa passemos ao louvor, ou inveja de
outra não menor; admirável é igualmente a qualidade daqueloutro peixezinho a que os Latinos
chamaram Torpedo. […] Está o pescador com a cana na mão, o anzol no fundo e a boia sobre a água,
e em lhe picando na isca a Torpedo, começa a lhe tremer o braço. Pode haver maior, mais breve, e
5 mais admirável efeito? De maneira que num momento passa a virtude do peixezinho, da boca ao anzol,
do anzol à linha, da linha à cana, e da cana ao braço do pescador. Com muita razão disse que este
vosso louvor o havia de referir com inveja. Quem dera aos pescadores do nosso elemento, ou quem
lhes pusera esta qualidade tremente, em tudo o que pescam na terra! Muito pescam; mas não me
espanto do muito: o que me espanta é que pesquem tanto, e que tremam tão pouco. Tanto pescar, e
10 tão pouco tremer? Pudera-se fazer problema: onde há mais pescadores, e mais modos, e traças de
pescar, se no mar, ou na terra. E é certo que na terra. Não quero discorrer por eles, ainda que fora
grande consolação para os peixes: baste fazer a comparação com a cana, pois é o instrumento do nosso
caso. No mar pescam as canas, na terra pescam as varas (e tanta sorte de varas), pescam as ginetas,
pescam as bengalas, pescam os bastões, e até os cetros pescam, e pescam mais que todos, porque
15 pescam Cidades, e Reinos inteiros. Pois é possível que pescando os homens coisas de tanto peso lhes
não trema a mão, e o braço? Se eu pregara aos homens, e tivera a língua de Santo António, eu os fizera
tremer. Vinte e dois pescadores destes se acharam acaso a um Sermão de Santo António, e as palavras
do Santo os fizeram tremer a todos de sorte, que todos tremendo se lançaram a seus pés, todos
tremendo confessaram seus furtos, todos tremendo restituíram o que podiam (que isto é o que faz
20 tremer mais neste pecado, que nos outros), todos enfim mudaram de vida, e de ofício, e se
emendaram.
Padre António Vieira, Obra completa (dir. de José Eduardo Franco e Pedro Calafate), capítulo III, tomo II, volume X:
Sermões Hagiográficos I, Lisboa, Círculo de Leitores, 2013, pp. 146-147.

4. Explica o sentido da expressão «Tanto pescar, e tão pouco tremer?» (linhas 9 e 10), considerando a
comparação entre o mar e a terra.

5. Explicita a analogia estabelecida pelo Padre António Vieira entre o peixe Torpedo e Santo António.

6. Completa as afirmações abaixo apresentadas, selecionando da tabela a opção adequada a cada espaço.
Neste excerto, são utilizados alguns recursos expressivos frequentes no «Sermão de Santo António»:
na expressão «Tanto pescar, e tão pouco tremer?» (linhas 9-10), está presente uma ____a)____; a
metáfora ocorre, por exemplo, em ____b)____.

a) b)
1. personificação 1. «começa a lhe tremer o braço» (linha 4)
2. antítese 2. «Pode haver maior, mais breve, e mais
admirável efeito?» (linhas 4-5)
3. metáfora
3. «pescadores do nosso elemento» (linha 7)
4. comparação
4. «é o instrumento do nosso caso» (linhas 12-13)
PARTE C

7. Lê o excerto seguinte da obra Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett.


«Mas ora o que me dá que pensar é ver que, tirado aqui o meu bom velho Telmo (chega-se toda para
ele, acarinhando-o), ninguém nesta casa gosta de ouvir falar em que escapasse o nosso bravo rei, o
nosso santo rei D. Sebastião.»

Escreve uma breve exposição na qual comproves que D. Sebastião é a figura do passado desejada por
uns e receada por outros.

A tua exposição deve incluir:


• uma introdução ao tema;

• um desenvolvimento no qual explicites um aspeto por que D. Sebastião é desejado e outro aspeto
por que é receado, fundamentando cada um deles com uma referência pertinente à obra;
• uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
Grupo II

Nas respostas aos itens de escolha múltipla, seleciona a opção correta.


Escreve, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

Lê o texto.

Frei Luís de Sousa regressa ao Teatro D. Maria ao fim de 20 anos


Um «monumento» que «deve estar disponível de tempos a tempos para ser visitado pelo público»,
é como o encenador Miguel Loureiro classifica Frei Luís de Sousa, que estreia nova versão, no Teatro
D. Maria, em Lisboa.
Admirador confesso da obra de Almeida Garrett (1789-1854), tanto da literatura de viagens como
5 da dramaturgia e da lírica «mais lamechas», Miguel Loureiro encena a peça que subiu pela primeira
vez ao palco em 1843 e é baseada na vida de Frei Luís de Sousa (1555-1632), o nome adotado pelo
frade Manuel de Sousa Coutinho.
Considerando que a peça tem «uma escrita muito bonita», e que é «um exercício de português
absolutamente maravilhoso para um palco», Miguel Loureiro afirmou à imprensa que a peça que leva
10 a cena «segue absolutamente o cânone». Assegura que pegou neste drama em três atos, «acreditando
na lenda que está por trás dele, acreditando nas linhas de pensamento que o texto tem sobre a questão
do sebastianismo, a questão da saudade, a questão de uma projeção de Portugal que se cumpre ou
não, sobre um projeto político diferente para o país».
Excetuando «duas ou três frases mais pietistas» e «um ou outro gesto mais expressivo», a
15 encenação de Miguel Loureiro de Frei Luís de Sousa não se excede em lamúrias, choros ou gritos,
pautando-se antes pelo comedimento e contenção. «Sem trair o espírito do texto original, das fábulas
e das fantasmagorias que contém», Miguel Loureiro disse ter tentado «tocar nas teclas todas» do
drama garrettiano, «sem carregar muito na tecla político-nacionalista que a peça tem».
Acrescentou ter seguido mais «pela zona de uma certa sombra, de uma certa névoa», o que está
20 também patente na cenografia de André Guedes, assim como na cena em que Manuel de Sousa
Coutinho deita fogo à própria casa, em Almada, para que os governadores do reino não se
apoderassem dela para escapar à peste negra que grassava em Lisboa na época.
A ação da peça de Almeida Garrett decorre em pleno domínio dos Filipes de Espanha em Portugal,
época em que o mito do sebastianismo ainda estava muito presente na sequência do desaparecimento
25 do rei na Batalha de Alcácer Quibir.
Esta peça surge de um desafio que José Luís Ferreira, antigo diretor do S. Luiz, lançou a Miguel
Loureiro, disse o encenador. O diretor do D. Maria II achou que seria bom fazê-lo na sala Garrett, já
que foi o autor romântico que propôs a edificação daquele teatro no Rossio.
Vinte anos depois da última encenação desta peça de Almeida Garrett no D. Maria II – a de Carlos
30 Avilez, em 1999 –, Tiago Rodrigues, diretor artístico do Teatro Nacional, achou que era tempo de a
fazer aqui, argumentou Miguel Loureiro.
Agência Lusa, «Frei Luís de Sousa regressa ao Teatro D. Maria ao fim de 20 anos»,
disponível em https://www.dn.pt/lusa (texto com adaptações e supressões,
consultado em outubro de 2019).
1. No primeiro parágrafo do texto, o uso das aspas serve para
(A) introduzir o discurso direto e uma ironia.
(B) assinalar a presença do discurso indireto e de uma hipérbole.
(C) reproduzir o diálogo e destacar uma alegoria.
(D) delimitar uma citação e uma metáfora.

2. A encenação de Miguel Loureiro de Frei Luís de Sousa


(A) excede-se em lamúrias, contendo várias frases pietistas, muito choro e gritos.
(B) rege-se por um tom moderado, excetuando alguns apontamentos mais dramáticos.
(C) pauta-se pelo comedimento, já que segue absolutamente o cânone trágico.
(D) configura-se lamechas, embora as cenas pietistas, o choro e os gritos sejam pontuais.

3. A opção do encenador «pela zona de uma certa sombra, de uma certa névoa» (linha 19)
(A) evidencia a importância dada à vertente político-nacionalista da obra.
(B) homenageia o mito do sebastianismo, que percorre a obra.
(C) traduz-se no cenário ou, por exemplo, na cena do incêndio do palácio de Almada.
(D) glorifica o contexto da obra em que o desaparecimento de D. Sebastião era recente.

4. Nos contextos em que ocorrem, as palavras destacadas em «pautando-se antes pelo comedimento e
contenção» (linha 16) contribuem para a coesão
(A) lexical por sinonímia.
(B) lexical por repetição.
(C) gramatical referencial.
(D) gramatical frásica.

5. As orações subordinadas introduzidas por que em «Miguel Loureiro afirmou à imprensa que a peça que
leva a cena segue absolutamente o cânone» (linhas 9 e 10) são
(A) adjetiva relativa restritiva e substantiva completiva, respetivamente.
(B) substantiva completiva e adjetiva relativa restritiva, respetivamente.
(C) substantiva relativa e adjetiva relativa restritiva, respetivamente.
(D) ambas adjetivas relativas restritivas.

6. Indica os referentes das palavras sublinhadas.


a) «a de Carlos Avilez» (linhas 29 e 30).
b) «achou que era tempo de a fazer aqui» (linhas 30 e 31).

7. Identifica a função sintática do constituinte «Admirador confesso da obra de Almeida Garrett (1789--
1854)» (linha 4).
Grupo III

Observa o cartoon de Nardi, A força da resistência, 2018.

Redige uma apreciação crítica do cartoon, bem


estruturada, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas palavras.

No teu texto deves abordar os seguintes tópicos, entre


outros:
– descrição objetiva do cartoon;
– simbolismo da imagem e a pertinência do título;
– relação com a atitude de Manuel de Sousa
Coutinho, no final do Ato I de Frei Luís de Sousa;
– comentário crítico, devidamente fundamentado.

Observações:

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma
única palavra, independentemente do número de algarismos que o constituam (ex.: /2019/).

2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – entre duzentas e trezentas e cinquenta palavras –, há
que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto
produzido;
– um texto com extensão inferior a oitenta palavras é classificado com zero pontos.

Critérios de classificação do Teste de Português – 11.o Ano


(Frei Luís de Sousa e «Sermão de Santo António»)

Grupo I ..................................................................................................................................................... 104 pontos

1. .................................................................................................................................................................. 16 pontos
Devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:

– inicialmente, D. Madalena age naturalmente, apresentando argumentos para contrariar as crenças de


Maria;
– depois, perante a insistência da filha, revela angústia (por associar o regresso de D. Sebastião ao de D.
João de Portugal), começando a chorar.
• Aspetos de conteúdo (C) ........................................................................................................ 10 pontos

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação


Explica a evolução do estado de espírito de D. Madalena, abordando dois tópicos de
4 10
resposta adequadamente.
Explica a evolução do estado de espírito de D. Madalena, abordando um tópico de
3 8
resposta adequadamente e outro com pequenas imprecisões e/ou omissões.
Explica a evolução do estado de espírito de D. Madalena, abordando dois tópicos de
resposta, ambos com pequenas imprecisões e/ou omissões.
2 OU 5
Explica a evolução do estado de espírito de D. Madalena, abordando, adequadamente,
apenas um dos tópicos de resposta.
Explica a evolução do estado de espírito de D. Madalena, abordando, com pequenas
1 3
imprecisões e/ou omissões, apenas um dos tópicos de resposta.

• Aspetos de estruturação do discurso e correção linguística (F) ...................................... 6 pontos


• Estruturação do discurso1 .................................................................................... 2 pontos

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação


Os mecanismos de coesão textual utilizados asseguram, adequadamente, a
2 2
progressão e o encadeamento das ideias.
Os mecanismos de coesão textual utilizados asseguram, com alguma
1 1
descontinuidade, a progressão e o encadeamento das ideias.

• Correção linguística1 ............................................................................................. 4 pontos

1
Os descritores de desempenho definidos para este parâmetro devem ser considerados em articulação com os
Critérios Gerais de Classificação relativos à estruturação do discurso (p. 9).
2. .................................................................................................................................................................. 16 pontos
Devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:

– por um lado, Manuel de Sousa Coutinho revela, em palavras e ações, nacionalismo e patriotismo
(«Meu pai, que é tão bom português, que não pode sofrer estes castelhanos, e que até às vezes
dizem que é de mais o que ele faz e o que ele fala...», linhas 13-14);
– por outro, revela desagrado quando se menciona D. Sebastião, cujo regresso representaria
a recuperação da independência de Portugal («em ouvindo duvidar da morte do meu querido rei
D. Sebastião… ninguém tal há de dizer, mas põe-se logo outro, muda de semblante, fica pensativo
e carrancudo: parece que o vinha afrontar, se voltasse, o pobre do rei», linhas 14-17).
• Aspetos de conteúdo (C) ....................................................................................................... 10 pontos

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação


Justifica o espanto de Maria perante a contradição das atitudes do pai, abordando
4 10
dois tópicos de resposta adequadamente.
Justifica o espanto de Maria perante a contradição das atitudes do pai, abordando um
3 tópico de resposta adequadamente e outro com pequenas imprecisões e/ou 8
omissões.
Justifica o espanto de Maria perante a contradição das atitudes do pai, abordando dois
tópicos de resposta, ambos com pequenas imprecisões e/ou omissões.
2 OU 5
Justifica o espanto de Maria perante a contradição das atitudes do pai, abordando,
adequadamente, apenas um dos tópicos de resposta.
Justifica o espanto de Maria perante a contradição das atitudes do pai, abordando,
1 3
com pequenas imprecisões e/ou omissões, apenas um dos tópicos de resposta.

• Aspetos de estruturação do discurso e correção linguística (F) ...................................... 6 pontos


• Estruturação do discurso2 .................................................................................... 2 pontos

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação


Os mecanismos de coesão textual utilizados asseguram, adequadamente,
2 2
a progressão e o encadeamento das ideias.
Os mecanismos de coesão textual utilizados asseguram, com alguma
1 1
descontinuidade, a progressão e o encadeamento das ideias.

• Correção linguística1 .............................................................................................. 4 pontos

2
Os descritores de desempenho definidos para este parâmetro devem ser considerados em articulação com os
Critérios Gerais de Classificação relativos à estruturação do discurso (p. 9).
Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 11.o ano 1
3. .................................................................................................................................................................. 16 pontos
Devem ser abordados dois dos tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:

– Maria manifesta interesse por temas impróprios para a sua idade, nomeadamente por romances
populares sobre D. Sebastião e a batalha («Que é do romance que me prometestes? Não é o da
batalha, […] é o outro, é o da ilha encoberta onde está el-rei D. Sebastião, que não morreu e que há
de vir, um dia de névoa muito cerrada…», linhas 3-6), em vez de brincar/de cultivar a alegria, como
lhe sugere a mãe («queria-te ver mais alegre, folgar mais, e com coisas menos…», linhas 16-20);
– revela-se patriota/sebastianista, como se depreende da crença no regresso de D. Sebastião («em
que escapasse o nosso bravo rei, o nosso santo rei D. Sebastião.», linhas 12-13), no espanto pela
posição do pai («– Meu pai, que é tão bom português, que não pode sofrer estes castelhanos»,
linhas 13-14);
– apresenta um carácter afetuoso quando abraça a mãe que chora, dirigindo-se-lhe carinhosamente
para a acalmar («(Vai-se abraçar com a mãe, que chora.) Minha querida mãe, ora pois então!»,
linhas 22-23);
– é compreensiva, pois promete não falar mais sobre os assuntos que tanto incomodam a mãe («não
quero mais falar, nem ouvir falar de tal batalha, nem de tais histórias, nem de coisa nenhuma
dessas», linhas 23-24).
• Aspetos de conteúdo (C) ....................................................................................................... 10 pontos

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação


Explicita, adequadamente, dois dos traços que caracterizam a jovem, exemplificando
4 10
cada um deles com uma transcrição pertinente.
Explicita, adequadamente, dois dos traços que caracterizam a jovem, mas apenas
exemplifica um deles com uma transcrição pertinente.
OU
3 8
Explicita dois dos traços que caracterizam a jovem, um adequadamente e outro com
pequenas imprecisões e/ou omissões, exemplificando cada um deles com uma
transcrição pertinente.
Explicita dois dos traços que caracterizam a jovem, um adequadamente e outro com
pequenas imprecisões e/ou omissões, mas apenas exemplifica um deles com uma
transcrição pertinente.
OU
2 Explicita dois dos traços que caracterizam a jovem, ambos com pequenas imprecisões 5
e/ou omissões, exemplificando pelo menos um deles com uma transcrição pertinente.
OU
Explicita, adequadamente, um dos traços que caracterizam a jovem, exemplificando-
o com uma transcrição pertinente.
Explicita, adequadamente, dois dos traços que caracterizam a jovem, sem os
exemplificar com transcrições pertinentes.
1 OU 3
Explicita, com pequenas imprecisões e/ou omissões, um dos traços que caracterizam
a jovem, exemplificando-o com uma transcrição pertinente.

• Aspetos de estruturação do discurso e correção linguística (F) ...................................... 6 pontos


• Estruturação do discurso3 .................................................................................... 2 pontos

3
Os descritores de desempenho definidos para este parâmetro devem ser considerados em articulação com os
Critérios Gerais de Classificação relativos à estruturação do discurso (p. 9).
2 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 11.o ano
Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação
Os mecanismos de coesão textual utilizados asseguram, adequadamente, a
2 2
progressão e o encadeamento das ideias.
Os mecanismos de coesão textual utilizados asseguram, com alguma
1 1
descontinuidade, a progressão e o encadeamento das ideias.

• Correção linguística1 .............................................................................................. 4 pontos

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 11.o ano 3


4. .................................................................................................................................................................. 16 pontos
Devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:
– a oposição presente na expressão «Tanto pescar, e tão pouco tremer?» salienta a dimensão da
exploração existente na terra, a qual é levada a cabo sem qualquer receio ou pudor;
– a comparação entre o mar e a terra exemplifica a dimensão da exploração, pois, se no mar pescam
apenas as canas, na terra são muitos os objetos de pesca, desde a simples vara aos bastões e cetros,
ou seja, aqueles que mais exploram pertencem às classes que ocupam o topo da hierarquia social,
chegando a pescar «Cidades e Reinos inteiros».
• Aspetos de conteúdo (C) ....................................................................................................... 10 pontos

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação


Explica o sentido da expressão, considerando a comparação entre o mar e a terra,
4 10
abordando dois tópicos de resposta adequadamente.
Explica o sentido da expressão, considerando a comparação entre o mar e a terra,
3 abordando um tópico de resposta adequadamente e outro com pequenas imprecisões 8
e/ou omissões.
Explica o sentido da expressão, considerando a comparação entre o mar e a terra,
abordando dois tópicos de resposta, ambos com pequenas imprecisões e/ou omissões.
OU
Explica o sentido da expressão, abordando, adequadamente, o primeiro tópico de
2 5
resposta, mas sem considerar a comparação entre o mar e a terra.
OU
Explica a comparação entre o mar e a terra, abordando, adequadamente, o segundo
tópico de resposta, mas não apresenta o sentido da expressão.
Explica o sentido da expressão, abordando, com pequenas imprecisões e/ou omissões,
o primeiro tópico de resposta, mas sem considerar a comparação entre o mar e a terra.
OU
1 3
Explica a comparação entre o mar e a terra, abordando, com pequenas imprecisões
e/ou omissões, o segundo tópico de resposta, mas não apresenta o sentido da
expressão.

• Aspetos de estruturação do discurso e correção linguística (F) ...................................... 6 pontos


• Estruturação do discurso4 .................................................................................... 2 pontos

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação


Os mecanismos de coesão textual utilizados asseguram, adequadamente,
2 2
a progressão e o encadeamento das ideias.
Os mecanismos de coesão textual utilizados asseguram, com alguma
1 1
descontinuidade, a progressão e o encadeamento das ideias.

• Correção linguística1 .............................................................................................. 4 pontos

4
Os descritores de desempenho definidos para este parâmetro devem ser considerados em articulação com os
Critérios Gerais de Classificação relativos à estruturação do discurso (p. 9).
4 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 11.o ano
5. .................................................................................................................................................................. 16 pontos
Devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:
– o peixe Torpedo e Santo António têm a mesma qualidade «tremente», uma vez que ambos fazem
«tremer» os homens;
– o Torpedo faz tremer o braço do pescador, evitando ser pescado, e Santo António conseguiu fazer
«tremer» vinte e dois pescadores que, ao ouvir a sua pregação, «mudaram de vida e de ofício, e se
emendaram», ou seja, arrependeram-se e converteram-se.
• Aspetos de conteúdo (C) ....................................................................................................... 10 pontos

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação


Explicita a analogia estabelecida entre o peixe Torpedo e Santo António, abordando
4 10
dois tópicos de resposta adequadamente.
Explicita a analogia estabelecida entre o peixe Torpedo e Santo António, abordando
3 um tópico de resposta adequadamente e outro com pequenas imprecisões e/ou 8
omissões.
Explicita a analogia estabelecida entre o peixe Torpedo e Santo António, abordando
dois tópicos de resposta, ambos com pequenas imprecisões e/ou omissões.
2 OU 5
Explicita a analogia estabelecida entre o peixe Torpedo e Santo António, abordando,
adequadamente, apenas um dos tópicos de resposta.
Explicita a analogia estabelecida entre o peixe Torpedo e Santo António, abordando,
1 3
com pequenas imprecisões e/ou omissões, apenas um dos tópicos de resposta.

• Aspetos de estruturação do discurso e correção linguística (F) ...................................... 6 pontos


• Estruturação do discurso5 .................................................................................... 2 pontos

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação


Os mecanismos de coesão textual utilizados asseguram, adequadamente,
2 2
a progressão e o encadeamento das ideias.
Os mecanismos de coesão textual utilizados asseguram, com alguma
1 1
descontinuidade, a progressão e o encadeamento das ideias.

• Correção linguística1 .............................................................................................. 4 pontos

5
Os descritores de desempenho definidos para este parâmetro devem ser considerados em articulação com os
Critérios Gerais de Classificação relativos à estruturação do discurso (p. 9).
Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 11.o ano 5
6. .................................................................................................................................................................... 8 pontos
a) 2; b) 3.

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação


2 Seleciona as duas opções corretas. 8
1 Seleciona uma opção correta. 4

7. .................................................................................................................................................................. 16 pontos
Devem ser abordados dois dos tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes, para comprovar
que D. Sebastião é a figura do passado desejada por uns e receada por outros.
Figura desejada:
− Telmo Pais alimenta o sebastianismo de Maria, emprestando-lhe livros sobre o rei e a
batalha, uma vez que tem esperança de que D. João não tenha morrido na batalha de
Alcácer Quibir e há de regressar, revelando fidelidade ao passado e à ordem familiar, pois
discorda do segundo casamento de D. Madalena com Manuel de Sousa Coutinho.
− Maria, que recebe de Telmo a lição sebastianista e com quem desenvolve uma cumplicidade
que desagrada a D. Madalena, apresenta a crença no regresso do rei por este representar
a recuperação da independência nacional (ignorando o passado de D. Madalena, não
percebe a razão do desagrado dos seus pais ao ouvir falar na possibilidade de D. Sebastião
ter sobrevivido).
Figura receada:
− D. Madalena vive atormentada perante a possibilidade de D. João não ter morrido na
batalha de Alcácer Quibir, dado nunca ter obtido a confirmação da notícia da sua morte,
não obstante todas as diligências efetuadas nesse sentido; por isso, as referências a D.
Sebastião angustiam-na, por representarem a possibilidade de retorno a um passado que
poderá trazer a destruição da sua família.
− Manuel de Sousa Coutinho, apesar de retratado como um homem de consciência tranquila,
revela desagrado e inquietação ao ouvir falar da possibilidade do regresso de D. Sebastião,
pois a associação a D. João é inevitável.

• Aspetos de conteúdo (C) .......................................................................................................... 9 pontos

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação


Explicita, adequadamente, um aspeto por que D. Sebastião é desejado e outro aspeto
4 9
por que é receado, fundamentando cada um deles com uma referência pertinente.
Explicita, adequadamente, um aspeto por que D. Sebastião é desejado e outro aspeto
3 7
por que é receado, mas apenas fundamenta um deles com um exemplo pertinente.

6 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 11.o ano


OU
Explicita um aspeto por que D. Sebastião é desejado e outro aspeto por que é receado,
um adequadamente e outro com pequenas imprecisões e/ou omissões,
fundamentando cada um deles com um exemplo pertinente.
Explicita, adequadamente, um aspeto por que D. Sebastião é desejado e outro aspeto
por que é receado, mas sem os fundamentar com exemplos pertinentes.
OU
Explicita um aspeto por que D. Sebastião é desejado e outro aspeto por que é receado,
2 ambos com pequenas imprecisões e/ou omissões, fundamentando cada um deles 5
com um exemplo pertinente.
OU
Explicita, adequadamente, um aspeto por que D. Sebastião é desejado ou um aspeto
por que é receado, fundamentando-o com um exemplo pertinente.
Explicita, adequadamente, um aspeto por que D. Sebastião é desejado ou um aspeto
por que é receado, sem o fundamentar com um exemplo pertinente.
OU
1 3
Explicita, com pequenas imprecisões e/ou omissões, um aspeto por que D. Sebastião
é desejado ou um aspeto por que é receado, fundamentando-o com um exemplo
pertinente.

• Aspetos de estruturação do discurso e correção linguística (F) ...................................... 7 pontos


• Estruturação do discurso6 .................................................................................... 4 pontos

6
Os descritores de desempenho definidos para este parâmetro devem ser considerados em articulação com os
Critérios Gerais de Classificação relativos à estruturação do discurso.
Critérios Gerais de Classificação – estruturação do discurso
Na avaliação da estruturação do discurso, importa considerar o seguinte:
‒ exceto quando tal é expressamente requerido no item, as respostas não têm de apresentar um parágrafo
introdutório nem um parágrafo conclusivo;
‒ apenas deve ser penalizada a ausência dos parágrafos inequivocamente necessários, ou seja, aqueles que
decorrem da introdução de unidades de sentido claramente distintas das anteriores;
‒ a progressão e a clareza das ideias podem estar asseguradas através de diversos mecanismos (nomeadamente
a pontuação e a repetição lexical), sem recurso obrigatório a conectores interfrásicos.
Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 11.o ano 7
Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação
Escreve um texto bem estruturado, constituído por três partes (introdução,
4 desenvolvimento e conclusão) devidamente proporcionadas e assegurando, 4
adequadamente, a progressão e o encadeamento das ideias.
Escreve um texto globalmente bem estruturado, constituído por três partes
(introdução, desenvolvimento e conclusão) com desequilíbrios de proporção ou
3 3
apresentando falhas pontuais no que diz respeito à progressão e ao
encadeamento das ideias.
Escreve um texto suficientemente estruturado, constituído por três partes
(introdução, desenvolvimento e conclusão) com desequilíbrios de proporção e
2 2
apresentando falhas pontuais no que diz respeito à progressão e ao
encadeamento das ideias.
Escreve um texto insuficientemente estruturado, apresentando diversas falhas
1 1
no que diz respeito à progressão e ao encadeamento das ideias.

• Correção linguística1 .............................................................................................................. 3 pontos

8 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 11.o ano


Grupo II ...................................................................................................................................................... 56 pontos

1. a 5. .......................................................................................................................................................... 40 pontos

Chave

Item Versão 1 Versão 2 Pontuação

1. (D) (C) 8

2. (B) (D) 8

3. (C) (B) 8

4. (A) (C) 8

5. (B) (A) 8

6. .................................................................................................................................................................... 8 pontos
a) «[d]a última encenação desta peça de Almeida Garrett» (linha 29); b) «[n]o D. Maria II» (linha 29).

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação


2 Indica dois referentes. 8

1 Indica um referente. 4

7. .................................................................................................................................................................... 8 pontos
• Modificador do nome apositivo.

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação

2 Identifica corretamente a função sintática. 8


Identifica a função sintática de modo incompleto:
1 4
• modificador apositivo.

Nota 1 – A ocorrência de erros ortográficos não implica a desvalorização da resposta.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 11.o ano 9


Grupo III ..................................................................................................................................................... 40 pontos
• Estrutura temática e discursiva (ETD) ............................................................ 24 pontos
• Correção linguística (CL)1................................................................................... 16 pontos

Parâmetro A: Género/Formato Textual

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação


Escreve um texto de acordo com o género/formato solicitado (apreciação crítica),
incluindo:
• apresenta/descreve o objeto de apreciação;
4 • explicita o seu ponto de vista; 8
• fundamenta a perspetiva adotada em, pelo menos, um argumento7;
• formula uma conclusão adequada à argumentação desenvolvida;
• produz um discurso valorativo (desenvolvendo um juízo de valor explícito ou
implícito).
Escreve um texto de acordo com o género/formato solicitado (apreciação crítica), mas
3 6
apresenta falhas em um aspeto em avaliação neste parâmetro.
Escreve um texto de acordo com o género/formato solicitado (apreciação crítica), mas
2 4
apresenta falhas em dois aspetos em avaliação neste parâmetro.
Escreve um texto de acordo com o género/formato solicitado (apreciação crítica), mas
apresenta falhas no conjunto dos aspetos em avaliação neste parâmetro.
1 OU 2
Escreve um texto em que as marcas do género/formato solicitado se misturam, sem
critério nem intencionalidade, com as de outros géneros/formatos.

Parâmetro B: Tema e Pertinência da Informação

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação


Trata o tema proposto sem desvios e escreve um texto com eficácia argumentativa,
assegurando:
4 8
• a mobilização de argumentos pertinentes;
• a progressão da informação de forma coerente;

7
A pertinência do(s) argumento(s) é avaliada no parâmetro B.
10 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 11.o ano
• o recurso a um repertório lexical e a um registo de língua globalmente adequados
ao desenvolvimento do tema, ainda que possam existir esporádicos afastamentos,
justificados pela intencionalidade comunicativa.
Trata o tema proposto sem desvios, mas escreve um texto com falhas pontuais nos
aspetos relativos à eficácia argumentativa.
3 OU 6
Trata o tema proposto com desvios pouco significativos, mas escreve um texto com
eficácia argumentativa (tendo em conta a forma como o tema foi desenvolvido).
Trata o tema proposto com desvios pouco significativos e escreve um texto com falhas
pontuais nos aspetos relativos à eficácia argumentativa.
2 OU 4
Trata o tema proposto sem desvios, mas escreve um texto com falhas significativas
nos aspetos relativos à eficácia argumentativa.
Trata o tema proposto com desvios significativos e escreve um texto com pouca
1 2
eficácia argumentativa, mobilizando muito pouca informação pertinente.

Parâmetro C: Organização e Coesão Textuais

Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação


Escreve um texto bem organizado, evidenciando um bom domínio dos mecanismos
de coesão textual:
• apresenta um texto constituído por diferentes parágrafos, corretamente marcados,
devidamente proporcionados e articulados entre si de modo consistente;
4 • utiliza, adequadamente, mecanismos de articulação interfrásica; 8
• mantém, de forma sistemática, cadeias de referência através de substituições
nominais e pronominais adequadas;
• estabelece conexões adequadas entre coordenadas de enunciação (pessoa, tempo,
espaço) ao longo do texto.
Escreve um texto globalmente bem organizado, em que evidencia domínio dos
3 mecanismos de coesão textual, mas em que apresenta falhas pontuais em um ou dois 6
dos aspetos indicados neste parâmetro.
Escreve um texto satisfatoriamente organizado, em que evidencia um domínio
suficiente dos mecanismos de coesão textual, apresentando falhas pontuais em três
2 4
ou mais dos aspetos indicados neste parâmetro, ou falhas significativas em um ou dois
desses aspetos.
Escreve um texto com uma organização pouco satisfatória, recorrendo a insuficientes
1 2
mecanismos de coesão ou mobilizando-os de forma inadequada.

Sugestão de tópicos (resposta pessoal)

– Trata-se de um cartoon da autoria de Nardi (2018), intitulado A força da resistência. Neste cartoon,
uma mão robusta masculina impõe-se a um ser curvado, que tenta não ser esmagado pela
agressividade do indicador. Se observarmos atentamente, podemos ver que o indivíduo em
desvantagem é constituído por várias pessoas no seu interior, que o ajudam a suster a força bruta
do dedo.
– Simbolicamente, faz-se a leitura de que um individuo pode ser o protagonista de uma luta contra
algo que se quer impor pela violência. Esse indivíduo é o porta-voz da mensagem de oposição de
muitos outros que o apoiam na sua resistência. Nesta linha de pensamento, o título explicita a

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 11.o ano 11


intenção da imagem – a força da resistência não reside num só indivíduo, mas nele enquanto
representante de muitos.
– Relação de semelhança: a atitude de Manuel de Sousa Coutinho foi a de um patriota resistente
contra o domínio filipino, representando todos os que estavam contra esta perda da independência.
O facto de ter incendiado o palácio da sua família, num ato de total despojamento dos bens
materiais, demonstra, simbolicamente, a sua não colaboração com os governantes espanhóis, que
buscavam hospedagem segura em Almada. O seu grito de revolta é explícito: «Há de saber-se no
mundo que ainda há um português em Portugal».
– Comentário crítico: por exemplo, esta temática é intemporal – há de haver sempre quem queira
impor os seus valores através da força e há de sempre existir alguém que represente os oprimidos
e que resista em nome e com a força de todos.

COTAÇÕES
Item
Grupo
Cotação (em pontos)

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
I
16 16 8 16 16 16 16 104

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
II
8 8 8 8 8 8 8 56

III Item único


40
TOTAL 200

12 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 11.o ano

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