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TRABALHANDO A RELAÇÃO ENTRE

CINEMA E HISTÓRIA: UMA EXPERIÊNCIA


DO RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA

João Pedro dos Santos, Jorge Luiz Domiciano


Residência Pedagógica
Instituição de fomento: CAPES
Orientadora: Taíse Ferreira da Conceição Nishikawa
Introdução

• O subprojeto de História do programa Residência


Pedagógica;
• Atividades desenvolvidas durante o primeiro
semestre;
• Instituição escolar atendida pelo programa: IFPR;
• As unidades curriculares;
• Películas do tempo: as relações entre Cinema e
História.
Introdução

• Objetivos: compreender a linguagem


cinematográfica e a interpretação histórica do
documento fílmico; problematizar a diferenciação
entre fato e representação; compreender a função
político-ideológica do Cinema; compreender os
elementos socioculturais que constituem as
identidades e as memórias coletivas a partir da
análise do caso do cinema mexicano; Reconhecer
os jogos de poder em torno das representações dos
eventos históricos.
Metodologia

• O uso de fonte como meio de se desenvolver o


conhecimento histórico:
• O contato com as fontes históricas facilita a
familiarização do aluno com formas de
representação das realidades do passado e do
presente, habituando-o a associar o conceito
histórico à análise que o origina e fortalecendo sua
capacidade de raciocinar baseado em uma situação
dada (CAINELLI; SCHMIDT, 2009, p. 116).
Metodologia

• A fonte escolhida foi o filme El Compadre Mendoza


(1934);
• Nossa base teórica foi Marcel Martin, com A
linguagem cinematográfica (2007);
• O filme constrói seu sentido pelo sequenciamento
de imagens. Cada recurso narrativo escolhido para
isso é conscientemente deliberado pelo autor.
Portanto, não há filme inocente.
• O filme em questão é relevante por construir uma
narrativa sobre a Revolução Mexicana favorável ao
setor dominante no país na década de 1930;
EL COMPADRE
MENDOZA

País: México
Idioma: espanhol
Direção: Fernando de
Fuentes
Roteiro: Juan Bustillo Oro
Ano de lançamento: 1934
Duração: 85 minutos
Resultados e discussão

• Como sequenciamos a aula:


• 1) apresentação de cenas selecionadas aos alunos;
• 2) exposição sobre as características da linguagem
fílmica;
• 3) contextualização da Revolução Mexicana;
• 4) retomada das cenas iniciais, mas com
questionamentos direcionados;
Resultados e discussão

• A resposta dos estudantes foi muito positiva, houve


muita participação durante todo o período da aula,
principalmente com a problematização das fontes
históricas.
• Ao tratar da intencionalidade presente na
construção das obras fílmicas, os alunos
relacionaram isso aos produtos culturais
consumidos em seu cotidiano;
Conclusões

• A experiência relatada foi de grande valia por


oportunizar uma abordagem mais significativa do
ensino de História;
• Quais são as maneiras pelas quais as relações de
poder atravessam nossa percepção da realidade?
Qual a versão hegemônica temos hoje sobre a
História? Quem a determina? Foram estas as
perguntas que nortearam nossa atividade;
• Em linhas gerais. Pelo retorno que tivemos em
classe, e até fora dela, acreditamos que obtivemos
êxito.
Agradecimentos

Agradecemos acima de tudo à UENP, a principal


condição de existência deste trabalho. Agradecemos à
CAPES pela bolsa de Residência Pedagógica. E com
muita satisfação, agradecemos também ao IFPR-
Jacarezinho, que nos deu total liberdade na
elaboração de nossa Unidade Curricular.
Referências
CAINELLI, Marlene; SCHMIDT, Maria Auxiliadora. As
fontes históricas e o ensino da História. In: Ensinar
História. 2. ed. São Paulo: Scipione, p. 147-157, 2009.
 
EL COMPADRE Mendoza. Produção 1933. Direção:
Fernando de Fuentes. Fotografia: Alex Phillips. Edição:
Aniceto Ortega. Artistas: Alfredo del Diestro, Carmen
Guerrero, Antonio R. Frausto, Luis G. Barriero, Emma
Roldán. Duração: 85 min.
 
MARTIN, Marcel. A Linguagem cinematográfica. São
Paulo: Brasiliense, 2007.

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