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PSICOPATOLOGIA GERAL

PSICOSES
Uma proposta de método para a psicoterapia de psicóticos.

Massaro, G. Loucura uma proposta de ação. São Paulo: Agora,


1994. Cap. III. pg. 115 - 155.

Prof. Dr. José Raimundo E. da Costa


raievan@yahoo.com.br
UMA PROPOSTA DE MÉTODO PARA
A PSICOTERAPIA DE PSICÓTICOS
Fase de surto
• Selecionar – aspectos que dificilmente viriam à tona
noutras circunstâncias;

• Angústia e sofrimento...

• A disponibilidade do psi pode fazer com que o


paciente se sinta mais aceito...

• O vínculo...
Que tenha circularidade
• o início do processo deverá ocorrer sempre na
chegada do paciente, independente do estado
do paciente...

• Acolhimento...

• PTS...
Na clínica psiquiátrica
• Regime fechado e integral...

• O paciente é acompanhado e supervisionado


24h.
Outros mecanismo de tratamento

• Uso de psicofármacos.

• Remissão dos sintomas.

• Equipe Técnica.
OBJETIVO DUMA
PSICOTERAPIA DE PSICÓTICOS

• Funcionamento sócio-ocupacional;

• Relacionamento familiar;

• Convivência social;

• Ocorrência de novos surtos;

• Etc.
Fase de vinculação
• Sem vinculação a psicoterapia não ocorrerá.

• Todo paciente traz uma proposta de relação. No


caso do psicótico, as duas propostas mais
frequentes são, ou a reusa total ao tratamento,
ou a sua aceitação integral.

• Quando o paciente é levado a tratamento é


comum existir ansiedade familiar.
Dificuldades do paciente
• Isolamento social;

• Características do psicótico;

• Resistência aos dados da realidade;

• Recusa ao tratamento.
Dificuldades do psicoterapeuta
• Dificuldade em dimensionar a loucura –
intensidade e riscos;

• O envolvimento emocional do profissional


(medo, raiva, angústia, etc);
Dificuldades oriundas do mundo exterior

• Dificuldades presentes no hospital;

• A questão familiar;

• Articulação com a Rede de Atenção


Psicossocial.
Fase de autoquestionamento
• O questionamento do profissional costuma
afastar paciente, mesmo porque é
inquestionável o delírio do psicótico.

• Através de perguntas, o profissional deve fazer


com que a “conversa” dirija-se cada vez mais
para um significado compreensível... Levar o
paciente a raciocinar sobre um referencial mais
universal...
FASE DE ESTABILIZAÇÃO

• Melhora clínica;

• Podem persistir alguns sintomas da doença, embora


com menor intensidade;

• Participar ativamente das atividades (psicologia, TO,


educação física, musicoterapia, etc);

• Restabelece a crítica.
RECAÍDAS
SINAIS DE RECAÍDAS
Comportamento estranho ou bizarro
Agitação, agressividade ou medo
Isolamento, recusa em sair de casa ou de estar com os outros
Abandono do trabalho ou da escola
Descuido da higiene pessoal ou da aparência
Insônia ou perturbações do sono
Ideias estranhas ou discurso incoerente
Excessivas preocupações religiosas
Abuso do álcool ou outras substâncias psicoativas
• A principal causa de recaída na esquizofrenia
encontra-se associada à não adesão à
medicação psicotrópica.

• Somente 40 a 50% dos doentes com


esquizofrenia tomam regularmente os
medicamentos.

(KISSILING, 1991 apud AFONSO, 2010).


Motivos de descumprimento terapêutico
Efeitos secundários da medicação (diminuição da libido, etc)
Remissão dos sintomas
Dificuldades na relação Médico-família-doente
Consumo de substâncias psicoativas
Falta de informação
Ausência de crítica
Receio de ficar dependentes de medicamentos
Ideias delirantes relativamente aos fármacos (veneno)
INTERNAÇÃO: Lei 10.216 – 06.04.2001

• Art. 4o A internação, em qualquer de suas


modalidades, só será indicada quando os
recursos extra-hospitalares se mostrarem
insuficientes.

• § 1o O tratamento visará, como finalidade


permanente, a reinserção social do paciente
em seu meio.
INTERNAÇÃO: Lei 10.216 –
06.04.2001
• § 2o O tratamento em regime de internação
será estruturado de forma a oferecer
assistência integral à pessoa portadora de
transtornos mentais, incluindo serviços
médicos, de assistência social, psicológicos,
ocupacionais, de lazer, e outros.

• § 3o É vedada a internação de pacientes


portadores de transtornos mentais em
instituições com características asilares.
INTERNAÇÃO: Lei 10.216 – 06.04.2001
• Art. 6o A internação psiquiátrica somente será
realizada mediante laudo médico
circunstanciado que caracterize os seus
motivos.
• Parágrafo único. São considerados os seguintes
tipos de internação psiquiátrica:
• I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento
do usuário;
• II - internação involuntária: aquela que se dá sem o
consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e
• III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.
O paciente pode ser internado se:

• a) Em função da doença mental se coloque,


por seu comportamento em situação de risco
para sua integridade física;

• b) Em função da doença mental, coloque e em


risco a integridade de terceiros (nestes
terceiros se incluem vizinhos, pessoas
próximas, familiares, dependentes ou outros)
Indicações de Internação
• Risco de suicídio;
• Risco de agressão;
• Risco de homicídio;
• Autonegligência grave;
• Refratariedade e patologia de difícil controle;
• Outras situações.
ATENDIMENTO PSICOLÓGICO INDIVIDUAL

• Melhorar os sintomas;
• Prevenir as recaídas;
• Evitar a institucionalização;
• Restaurar a capacidade para cuidar de si = autonomia;
• Ajudar o paciente a conviver com a esquizofrenia -
sintomas;
• Recuperar e promover a auto-estima, a auto-imagem e a
auto-confiança;
• Qualidade de vida;
• Etc.
Bruscato, 2001
PSICOEDUCAÇÃO É uma técnica
que visa
melhorar a
compreensão
da doença
pelos doentes e
suas famílias...

OBJETIVOS DA PSICOEDUCAÇÃO
Melhorar o autoconhecimento face à doença
Melhorar a adesão à terapêutica
Diminuir o risco de recaídas
Adotar estratégias concretas durante a crise psicótica
Os programas de psicoeducação podem ser
realizados em sessões modulares englobando
tópicos como:

• Diagnóstico;
• Evolução;
• Terapêutica;
• Consumo e abuso de substâncias psicoativas;
• Sinais de recaída;
• Internação, CAPS, consultas, psicoterapia;
• Etc.
• A Alta Hospitalar não significa o fim do
tratamento;
• ... A fase crítica da doença foi superada;
• Continuar tratamento no CAPS...

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