ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL DO ESTADO PORTUGUÊS Organização política
Portugal é uma República, um Estado
democrático e unitário, cuja parte insular, os arquipélagos dos Açores e Madeira, é constituída por regiões autónomas dotadas de estatutos político-administrativos e órgãos de governo próprios. A Constituição
Com a Constituição da República Portuguesa, data de
1976, Portugal passou a ser um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência dos poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. A Constituição
A validade das leis e dos demais actos do Estado, das
regiões autónomas, do poder local e de quaisquer outras entidades públicas depende da sua conformidade com a Constituição.
A soberania, una e indivisível, reside no povo que a
exerce segundo as formas previstas na Constituição. Órgãos de soberania
Os Órgãos de soberania são independentes uns
dos outros, mas têm o dever de colaborar entre si. Órgãos de soberania
Os órgãos de soberania, através dos quais se
exerce o poder, são: O Presidente da República A Assembleia da República O Governo Os Tribunais Presidente da Republica
É o órgão máximo da nação, que representa
a República Portuguesa e garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas. Assembleia da República
É o órgão representativo de todos os
cidadãos portugueses, detendo poderes político e legislativo e exercendo funções de fiscalização dos actos do Governo e da Administração. Assembleia da República
A Assembleia da República faz Leis, enquanto o
Governo faz Decretos-Leis e outros diplomas.
Mas há leis que só podem ser feitas pela
Assembleia. Assembleia da República
A Assembleia da República não pode impedir o Governo de
legislar. Tratando-se de assuntos reservados ao Governo, a Assembleia da República nada pode fazer; Tratando-se de assuntos em que Assembleia da República ou Governo têm competência, também não, mas poderá, posteriormente, revogar essa lei, substituindo-a por outra, ou não. O Governo
É o órgão a quem compete a condução da
política geral do país e da administração
pública, detendo competências aos níveis
político, legislativo e administrativo.
O Governo
O Governo tem funções políticas, legislativas e administrativas, isto é, entre
outras coisas: Negociar com outros estados ou organizações internacionais,
Propor leis à assembleia da república,
Estudar problemas e decidir sobre eles (normalmente fazendo leis),
Fazer regulamentos técnicos para que as leis possam ser cumpridas,
Decidir onde se gasta o dinheiro público,
Tomar decisões administrativas para o bem comum, de acordo com a lei .
O Governo
• O Governo forma-se após as eleições para a Assembleia da
República ou a demissão do Governo anterior, o Presidente da República ouve todos os partidos que elegeram deputados à Assembleia e, tendo em conta os resultados das eleições legislativas, convida uma pessoa para formar Governo. O Governo
• O Primeiro-Ministro, nomeado pelo Presidente da República,
convida as pessoas que entende. • O Presidente da República dá posse ao Primeiro-Ministro e ao Governo que, seguidamente, faz o respectivo Programa, apresentando-o à Assembleia da República. O Governo
• O Programa do Governo é um documento
do qual constam as principais orientações políticas e as medidas a adoptar ou a propor para governar Portugal. O Governo
• O Conselho de Ministros é o órgão colegial do
Governo, presidido pelo Primeiro-Ministro, em que têm assento todos os Ministros e também os Secretários de Estado que o Primeiro-Ministro entenda convocar. O Governo
As funções do Primeiro-Ministro são dirigir o
Governo, coordenar a acção dos ministros, representar o Governo junto dos outros órgãos de soberania, prestar contas à Assembleia da República, manter o Presidente da República informado. O Governo
Não há limite para o número de mandatos como
Primeiro-Ministro. Os Ministros dependem do Primeiro-Ministro. O Governo
Quem pode demitir um Ministro ou um Secretário de
Estado é o Presidente da República, a pedido do Primeiro Ministro ou, em certos casos especiais, os Tribunais.
Quem nomeia os Ministros e os Secretários de Estado é o
Presidente da República, sob proposta do Primeiro- Ministro. O Governo
QUANDO TERMINA O GOVERNO:
O Governo
Quando o Mandato do Governo termina quatro anos
após as eleições para a Assembleia da República, que terão dado origem a esse Governo, quando o novo Governo toma posse, mesmo que seja composto pelas mesmas pessoas que o Governo anterior. O Governo
Quando o Governo apresenta um voto de confiança ao
Parlamento e este o rejeita. Quando a maioria absoluta dos deputados aprova uma moção de censura ao Governo. Quando o Programa do Governo não é aprovado pela Assembleia da República. O Governo
Quando o Presidente da República entende dever demiti-lo para
assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas portuguesas.
Quando o Primeiro-Ministro apresenta a demissão, falece ou se
encontra em impossibilidade física duradoura. O Governo
Quando termina o mandato do Governo o Presidente
da República nomeia um novo Primeiro-Ministro, depois de ouvir os partidos representados na Assembleia da República, ou convoca novas eleições legislativas para a Assembleia da República. O Governo
A relação entre o Governo e o Presidente da
República é de responsabilidade institucional e política do Governo perante o Presidente da República. O Governo responde perante o Presidente da República através do Primeiro-Ministro. O Governo
O Governo responde politicamente perante a
Assembleia da República, através designadamente da prestação de contas da sua actuação política. É esta a relação entre o Governo e a Assembleia da República. Os Tribunais
São os órgãos com competência para
administrar a justiça, existindo várias categorias, designadamente o Tribunal Constitucional, os tribunais judiciais, os administrativos e fiscais e o Tribunal de Contas. Os Tribunais
Os Tribunais não podem obrigar o Governo a revogar uma Lei.
Mas o Tribunal Constitucional pode declarar a
inconstitucionalidade de uma lei, determinando a sua anulação. Além disto, qualquer tribunal deve desaplicar uma lei que considere contrária à Constituição, em decisão judicial que tenha de tomar. Os Tribunais
A relação entre os Tribunais e o Governo é a do
respeito pela independência e execução das decisões judiciais e disponibilização dos meios humanos e materiais para que os Tribunais exerçam a sua função. Os Tribunais
Com excepção dos Tribunais, os órgãos
de soberania são eleitos por sufrágio, directo, secreto e periódico, pelo povo. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA é, em sentido
orgânico ou subjectivo, o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado, bem como das demais pessoas colectivas públicas (tais como as autarquias locais) que asseguram a satisfação de necessidades colectivas variadas, tais como a segurança, a cultura e o bem estar das populações. O Poder Local
A organização democrática do Estado
compreende a existência de autarquias locais que visam a prossecução de interesses próprios das populações respectivas.
Tese 2019 Unicap - o Papel Do Supremo Tribunal Federal No Sistema de Justiça Penal e A Teoria Dos Precedentes Obrigatórios Uma Análise Comparada Com A Suprema Corte Dos Estados Unidos