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2- gêneros
literários
Profa. Sueli B. Salles
• categorias de divisão e subdivisão da
Literatura;
• a necessidade de classificação das obras
literárias pelo que elas têm em comum, pelo
gêneros que distingue um grupo de obras de outro;
• famílias de obras, cujas características sejam
literários iguais ou semelhantes.
Gêneros: • a poesia épica: que une os dois tipos anteriores e é própria das epopeias.
lírico, épico • Epopeia vem do termo grego épos, que significava palavra, narração e também um tipo de verso
(hexâmetro) empregado em poemas longos que exaltavam os feitos heroicos das divindades ou
homens ilustres. Tal forma passou a designar um tipo de poesia, a épica, chamada também de
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5jMokQt4VgA
• • cantada com acompanhamento de um instrumento
musical, a lira;
• • possui textos mais curtos do que os de outros gêneros;
• • apresenta grande unidade e limita‑se à exploração de
um único estado de espírito; temática: sentimentos
pessoais, como o amor ou a mágoa; sentimentos
públicos, como a admiração patriótica de heróis
nacionais ou a reverência a deuses ou a Deus.
Lírica • • há a expressão direta do eu lírico, quer como pessoa
ou como indivíduo social.
• O termo gênero nos estudos da Literatura é usado para a classificação dos textos literários.
• Tradicionalmente, a definição dos gêneros dramático, lírico e épico baseia‑se nos conceitos de
Platão e Aristóteles. Assim, pertence:
• ao gênero lírico: a poesia lírica (poema curto, com musicalidade e que expressa a subjetividade do
artista). Exemplo: ode, soneto, rondel etc.;
• ao gênero épico narrativo ou de ficção: obras em que um narrador apresenta personagens e conta
uma história. Exemplo: a epopeia, o romance, a novela, o conto etc.;
• ao gênero dramático: obras dialogadas, em que os personagens atuam por meio de gestos e
discursos, sem a intervenção de um narrador, procurando representar o conflito entre homens e seu
mundo (o texto de teatro). Exemplo: a tragédia, a comédia, o drama etc.
• A tradição clássica dividia os gêneros em três tipos: dramático, épico
e lírico. Com o tempo, essa classificação foi sendo desenvolvida e
aprimorada com a aparição de novos tipos de textos literários que não
se “encaixavam” nas características dos gêneros literários.
• Mas foi só o Romantismo que mudou as regras do jogo, e os gêneros
caíram por terra. A partir dele, as concepções clássicas foram
repensadas, substituídas e/ou adaptadas. Isso pode ser entendido
como fruto do espírito de liberdade, liberalismo e relativismo desse
Alterações período.
• Como marco, então, a classificação dos textos literários deixa de ser
rígida e impositiva. O poeta passa a possuir a liberdade de
com o tempo experimentação e invenção de novos tipos literários.
• Massaud Moisés (1970, p. 32) ressalta, citando René Wellek, que, com
o Romantismo:
• o gênero deixa de ser entendido como preexistente, pois ‘a moderna teoria dos
gêneros é manifestamente descritiva. Não limita o número de possíveis gêneros
nem dita regras aos autores. Supõe que os gêneros tradicionais podem ‘mesmo
clarear‑se’ e produzir um novo gênero (como a tragicomédia).
1. Épico: o molde do gênero épico é a epopeia: narração poética,
em que se celebram ações heroicas, de caráter legendário ou
histórico
Já no final do 2. Lírico: o que essencialmente distingue a poesia lírica da poesia
século XIX, por épica é o seu caráter subjetivo. O gênero épico é impessoal; o
lírico é pessoal.
exemplo, Olavo
3. Dramático: as principais formas d’este gênero poético são a
Bilac classificava tragédia e a comédia, ambas de origem grega.
apenas os 4. Satírico: é uma composição poética, em que se atacam e
gêneros poéticos ridicularizam os vícios, a hipocrisia, a petulância dos homens,
ou os costumes, os defeitos, as tolices de uma época.
em cinco 5. Didático: este gênero literário pertence mais à prosa do que à
categorias: épico, poesia. Ainda assim, é necessário abrir‑lhe lugar nesta rápida
enumeração dos gêneros poéticos, para poder classificar as
lírico, dramático, máximas, os apólogos e as fábulas em verso.
satírico e didático. 1. A Máxima é uma curta sentença, que encerra uma lição filosófica ou moral.
2. O Apólogo é uma parábola, ou alegoria, na qual transparece um
ensinamento moral.
3. A Fábula é a narração poética e simples de um fato atribuído
ordinariamente a seres distintos do homem, – a animais privados da razão
e da palavra –, e da qual se tira uma lição moral.
Poesia e prosa • Das teorias modernas, a mais consensual entre os
críticos e professores da área de Literatura é
estabelecer dois grandes eixos: poesia e prosa.
• Poesia: predominantemente escrita em versos (e
estrofes) e com conteúdo subjetivo;
• Prosa: predominantemente escrita em frases e
parágrafos, com conteúdo mais objetivo (e
denotativo).
Variações de poesia e prosa
• Na poesia épica, por meio da subjetividade do poeta, reflete‑se sobre um povo, uma raça, ou até
mesmo sobre a humanidade.
• Na poesia lírica, têm‑se as reflexões de um “eu” central, o poeta expressa seu mundo interior,
manifesta seu estado de alma, de modo que se configura no poema um caráter confessional.
• As formas são moldes estruturais (métrica, estrofação, estilo da construção do texto), que
podem ser adotadas por qualquer espécie, mas, em geral, devido à sua especificidade, são
mais valorizadas pelo gênero poesia, que prima pelas formas e conteúdos.
• A prosa apresenta variados tipos e modalidades, como os contos, novelas e romances.
Clássico x moderno
• Em síntese, a teoria clássica estabelece três gêneros: o lírico, o épico e o dramático,
separados com certo rigor por sua estrutura e natureza.
• Após o Romantismo, a maioria dos estudiosos da literatura entendem os gêneros da
seguinte forma: poesia, prosa/ficção, teatro/drama.
• Mas a teoria moderna sobre os gêneros propõe um critério aberto para sua classificação,
admitindo‑os como categorias dinâmicas e sujeitas a variações, contaminações e
interpenetrações, uma vez que:
• “As tradicionais modalidades das narrativas de ficção, bem como as manifestações em
verso, vêm modernamente perdendo os contornos; as formas vêm‑se
descaracterizando como tal e novos modelos surgem desafiando a argúcia e a ciência
dos estudiosos” (PROENÇA FILHO, 1999, p. 68).
• O texto literário manifesta‑se em prosa e em verso , que seriam as duas maneiras que
o artista emprega para expressar sua cosmovisão. Assim, “os gêneros seriam a
expressão, a estrutura de dois modos fundamentais de ver o mundo: o voltado para
fora – a prosa –, e o voltado para dentro – a poesia” (MOISÉS, 1970, p. 69).
Prosa e poesia- limites?
Amor é um
Amor é um livro Sexo é dois
Sexo é esporte Sexo antes,
Sexo é escolha Amor depois
Amor é sorte
Amor é pensamento, teorema Sexo vem dos
Amor é novela outros,
Sexo é cinema E vai embora
Amor vem de
Sexo é imaginação, fantasia nós,
Amor é prosa E demora
Sexo é poesia
O amor nos torna patéticos Amor é isso,
Sexo é uma selva de Sexo é aquilo
epiléticos E coisa e tal.
E tal e coisa.
Amor é cristão
Sexo é pagão Ah, o amor...
Amor é latifúndio Hum, o sexo...
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Atividade
Explique as associações entre:
AMOR SEXO
• PROSA • POESIA
• LIVRO • ESPORTE
• SORTE • ESCOLHA
• NOVELA • CINEMA
• LATIFÚNDIO • INVASÃO
• DIVINO • ANIMAL
• DO BEM... AH • DO BOM... HUM
O gênero lírico: a evolução do
gênero, as características e as
diferentes formas de liricidade (ode,
cantiga, redondilha, soneto, formas
livres etc.)..
Elementos estruturais do poema e
PRÓXIMA sua construção estética (verso,
estrofe, metro, rima, função e
AULA linguagem poética).