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Direitos Liberdades e Garantias

Conceito e Regime

Análise dos art. 16º,17º e 18º da


C.R.P.

Alunos:
Carlos Estanislau – nº 20090719
Josefina Sabugueiro – nº
Enquadramento Historico
Magna Carta - Inglaterra – 1215.

Virginia Bill of Rights - 1776.

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão


Revolução Francesa - 1789.

Declaração Universal dos Direitos do Homem


ONU - após a 2ª Guerra Mundial - 1948
4 Gerações dos direitos fundamentais
Existiram diversos momentos históricos de criação de direitos
fundamentais. A doutrina aponta para a existência de quatro
gerações:
a) Os direitos de liberdade, resultantes da revolução liberal do
século XIX;
b) Os direitos políticos (ou de participação política), típicos das
democracias;
c) Os direitos económicos, sociais e culturais (direitos que carecem
de intervenção do estado), típicos do Estado social;
d) Os novos direitos fundamentais, como por exemplo o direito do
ambiente, defesa do consumidor, direito dos cidadãos face aos
meios de comunicação social.
(Doutora Ana Roque)
A constitucionalização dos direitos fundamentais
tem as seguintes consequências:
a) enquanto normas fundamentais são normas colocadas
num grau superior da ordem jurídica;
b) como normas constitucionais estão submetidas aos
processos agravadas de revisão constitucional;
c) como normas incorporadoras de direitos fundamentais
passam, muitas vezes, a constituir limites materiais
da própria revisão (art. 288/d);
d) como normas dotadas de vincularidade imediata dos
poderes públicos constituem parâmetros materiais de
escolhas, decisões, acções e controlo dos órgãos
legislativos, administrativos e jurisdicionais.
Conceito
Direitos Fundamentais:
São direitos do individuo juridico, positivamente
vigentes numa ordem constitucional, considerados
naturais e inalienáveis.
Dividem-se em:
1 –Direitos, liberdades e garantias.
2 – Direitos económicos, Sociais e Culturais.
3 – Direitos económicos, Sociais e culturais com
natureza análoga aos Direitos, liberdades e
Garantias.
1 – D.L.G.
São Direitos de defesa perante o estado, não
carecem da sua intervenção. Ex: art. 35º e 40º.
2 – D.E.S.C.
São Direitos dependentes da intervenção do
estado. Ex: art. 62º.
3 – D.E.S.C. de natureza analoga aos D.L.G’s.
Estes direitos gozam do regime dos D.L.G’s.Ex: art.
74º nº2 al.a).
D.L.G
Pessoais artº 24 a 47
Participação politica artº 48 a 52
Dos trabalhadores artº 53 a 57
D.E.S.C.
Direitos e deveres económicos artº 58 a 62
Direitos e deveres sociais artº 63 a 72
Direitos e deveres culturais artº 73 a 79
Funções dos Direitos Fundamentais

Defesa ou Liberdade

Pestação social

Protecção perante terceiros

Não descriminação
Regime Geral
(Aplicável a todos os Direitos fundamentais)

1 – Principio da Universalidade – art. 12º.

2 – Principio da igualdade – art. 13º.

3 – Principio de acesso ao Direito e de garantia de


tutela Jurisdicional efectiva – art. 20º.
Artigo 16º
(Âmbito e sentido dos direitos fundamentais)

O âmbito material dos direitos fundamentais não se


encontra simplesmente no elenco na parte 1 dos
direitos fundamentais.
O 16º/1 não limita as fontes de direitos fundamentais
à constituição escrita e estende-as às leis e às
normas de direito internacional.
O 16º/2 estabelece analogia com a declaração
universal dos dtos homem.
Artigo 17º
(Regime dos direitos, liberdades e garantias)
Os DLG constituem dtos de uma dimensão superior.

Menciona uma categoria de direitos – os direitos de


natureza análoga aos direitos, liberdades e
garantias.

Os direitos de natureza análoga são os direitos,


liberdades e garantias, beneficiam de um regime
jurídico-constitucional idêntico ao destes.
Artigo 18º
( Força jurídica)

No nº1 especifica-se a força normativa de todos os


preceitos constitucionais referentes a dtos liberdades
e garantias.

Nos nº2 e nº3 estabelece-se o estatuto global das


leis restritivas.
Artigo 18º
( Força jurídica)

Art. 18/1
No art. 18 nº1 encontram os seguintes Princípios:
 Principio da Aplicabilidade Directa -
não é necessário existir uma lei ou regulamento que
faça aplicar as normas que reconhecem os DLG.
 Princípio da Vinculatividade
Abrange tantas entidades públicas como privadas.
Princípio da autorização constitucional
expressa para a sua restrição
art.º 18º, nº 2 e 3

1ª- Previsão Constitucional expressa


2º- Autorização expressa
3º- Princípio da proporcionalidade
4º - O princípio da salvaguarda do núcleo
essencial (art. 18º/3)
5º- Generalidade e Abstracção
6º- Não retroactividade
7º - Legitimidade legal
Bibliografia
CANOTILHO,J.J.Gomes;MOREIRA,Vital-Constituição
da República Portuguesa anotada,Art 16º a 18º, Vol.
I,4ª ed.,rev.Coimbra, Coimbra Editora, 2007.
ISBN:978-972-32-1462-8.
CANOTILHO,J.J.Gomes – Direito Constitucional e
teoria da constituição, págs. 377 a 528, 7ª ed,
Almedina, 2003, Dep.Legal:203651/03.
ROQUE, Ana – Noções fundamentais de direito,1ª
ed.Quorum,2009.ISBN: 279-972-99434-9-2.
VIEIRA DE ANDRADE, José Carlos – Os direitos
fundamentais na constituição Portuguesa de 1976, 3ª
ed., Almedina, Coimbra, 2007. Dep.Legal:217975/04.

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