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Propriedades

Mecânicas
O que significa?
Capacidade que um
determinado material de
resistir a esforços externos

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Tipos de esforços

 Estático – baixa velocidade – carga gradual e lenta


 Torção de uma barra
 Estiramento de um cabo de aço
 Compressão de um pilar
 Um barco flutuando no mar.

 Dinâmico – alta velocidade – carga de forma


repentina
– Impacto de um carro
– Barra de direção (fadiga)
Tensões Básicas
Tração Torção
Compressão
Cisalhament
o
Tipos de Tensões.
Propriedades Mecânicas
 Resistência mecânica
 Elasticidade
Cada uma dessas
 Plasticidade
propriedades está
 Ductilidade associada à
 Fragilidade habilidade do
 Resiliência material de resistir
 Tenacidade
às forças mecânicas
e/ou de transmiti-las
 Dureza
Resistência Mecânica
Propriedade que o material apresenta
em resistir a esforços externos sem se
romper.
É uma propriedade fortemente
dependente da estrutura; e nos metais,
a deformação ocorre ao longo de
certas direções cristalinas, sobre
planos específicos do cristal.
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Resistência Mecânica
 Isso é comprovado para estruturas
compactas, como o cubo de faces
centradas e o hexagonal compacto. A
força requerida para mover uma
camada de átomos sobre a outra
corresponde em princípio à resistência
teórica do metal.
Como determinar as
propriedades mecânicas?
 A determinação das propriedades
mecânicas é feita através de ensaios
mecânicos.
 Utiliza-se normalmente corpos de prova
(amostra representativa do material)
para o ensaio mecânico, já que por
razões técnicas e econômicas não é
praticável realizar o ensaio na própria
peça, que seria o ideal.
continuação
 Geralmente, usa-se normas técnicas
para o procedimento das medidas e
confecção do corpo de prova para garantir
que os resultados sejam comparáveis.
NORMAS TÉCNICAS
As normas técnicas mais comuns são
elaboradas pelas:

 ASTM (American Society for Testing and


Materials)
 ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas)
TESTES MAIS COMUNS PARA SE
DETERMINAR AS PROPRIEDADES
MECÂNICAS DOS METAIS
 Resistência à tração (+ comum,
determina a elongação)
 Resistência à compressão
 Resistência à torção
 Resistência ao choque

 Resistência ao desgaste
 Resistência à fadiga

 Dureza
Ensaio de Tração

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Ensaio de Tração
 Gráfico Tensão x Deformação
Cálculo da tensão

 = F/Ao Kgf/cm2 ou Kgf/mm2 ou N/ mm2

Área inicial da seção reta transversal


Força ou carga
Como efeito da aplicação de uma tensão tem-se a
deformação (variação dimensional).

Como efeito da aplicação de uma tensão tem-se a


deformação (variação dimensional).

A deformação pode ser


lo= comprimento inicial
expressa: lf= comprimento final
•O número de milímetrosa de deformação
por milímetros de comprimento
• O comprimento deformado como uma
percentagem do comprimento original
Comportamento dos metais quando
submetidos à tração

Resistência à tração

Dentro de certos limites,


a deformação é proporcional

à tensão (a lei de Hooke é


obedecida)

Lei de Hooke:  = E 

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A deformação pode ser:

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Deformação Elástica e Plástica

DEFORMAÇÃO ELÁSTICA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA


 Prescede à deformação plástica
 É reversível  É provocada por tensões que ultrapassam
 Desaparece quando a tensão é o limite de elasticidade
removida  É irreversível porque é resultado do
 É praticamente proporcional à deslocamento permanente dos átomos e
tensão aplicada (obedece a lei de portanto não desaparece quando a tensão
Hooke) é removida

Elástica Plástica

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Módulo de elasticidade ou
Módulo de Young
E= /  =Kgf/mm2

• É o quociente entre a tensão


aplicada e a deformação
elástica resultante. A lei de Hooke só é
P válida até este ponto
•Está relacionado com a rigidez
do material ou à resist. à
deformação elástica Tg = E
•Está relacionado

diretamente com as forças
das ligações interatômicas

Lei de Hooke:  = 20E 


Módulo de Elasticidade para
alguns metais
Quanto maior o módulo de elasticidade mais rígido é o material ou
menor é a sua deformação elástica quando aplicada uma dada tensão

MÓDULO DE ELASTICIDADE
[E]
GPa 106 Psi
Magnésio 45 6.5
AlumÍnio 69 10
Latão 97 14
Titânio 107 15.5
Cobre 110 16
Níquel 204 30
Aço 207 30
Tungstênio 407 59
Resistência à Tração - sT
 Resistência à Tração - sT (Kgf/mm2 )
Corresponde à tensão máxima aplicada ao
material antes da ruptura.
 É calculada dividindo-se a carga máxima
suportada pelo material pela área de seção
reta inicial.
 Tensão de Ruptura - sR (Kgf/mm2) -
Corresponde à tensão que promove a ruptura
do material. O limite de ruptura é geralmente
inferior ao limite de resistência em virtude de
que a área da seção reta para um material dúctil
reduz-se antes da ruptura.
sT sR
Comportamento não-linear
 Alguns metais como
ferro fundido cinzento,
concreto e muitos
polímeros apresentam
um comportamento
não linear na parte
elástica da curva
tensão x deformação

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Considerações gerais sobre
módulo de elasticidade
Anisotropia no Módulo de
Elasticidade
O COEFICIENTE DE POISSON PARA
ELONGAÇÃO OU COMPRESSÃO
• Qualquer
elongação ou
compressão de
uma estrutura
cristalina em
uma direção,
causada por
uma força
uniaxial, produz
um ajustamento
nas dimensões z
perpendiculares
à direção da
força
x
O COEFICIENTE DE POISSON PARA
TENSÕES DE CISALHAMENTO

• Tensões de Módulo de
cisalhamento Cisalhamento ou de
produzem rigidez
deslocamento
de um plano de
átomos em
relação ao plano
adjacente
•A deformação
elástica de
cisalhamento é
dada ( ):

= tg
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Como para metais ~0,3 G~0,4E
Exercícios
1) Um pedaço de cobre originalmente com 305 mm
de comprimento é puxado em tração com uma tensão
de 276 Mpa. Se a sua deformação é inteiramente
elástica, qual será o alongamento resultante? Dados:
Ecobre= 110 GPa
2) Uma tensão de tração deve ser aplicada ao longo
do eixo referente ao comprimento de um bastão
cilíndrico de latão, que possui um diâmetro de 10
mm. Determine o valor da carga exigida para produzir
uma alteração de 2,5 x 10 -3 mm no diâmetro. A
deformação é puramente elástica.
Dados: coeficiente de Poisson para o latão: 0,34(Ʋ)
Modulo de elasticidade= 97 GPa(E)
Solução dos exercícios

2)
Plasticidade
 É a propriedade que o
material apresenta
 Exemplo:
quando submetido a um  conformação
carregamento se mecânica, como
deformar após a retirada prensagem (carroceria
da carga, o mesmo de caminhão),
continuar deformado, em laminação (fabricação
virtude de um de chapas), extrusão
deslocamento (fabricação de tubos).
permanente dos átomos
que constituem este
material, sem sofrer
rupturas
Ductilidade
 Capacidade que  Observação:
alguns materiais  Os materiais não
possuem de se dúcteis são chamados
deformarem antes da de frágeis.
ruptura, quando
sujeito à tensões
muito elevadas
Corresponde à elongação total do material devido
à deformação plástica
%elongação= (lf-lo/lo)x100 (Onde lf corresponde ao
comprimento final após a ruptura)
Característica da fratura
 Material dúctil  Material frágil

Fratura ductil

Fratura frágil
Comportamento da tensão x
deformação de materiais dúcteis e frágeis

Materiais dúcteis
• Material que possa ser submetido a grandes
deformações antes de sofrer ruptura é denominado
material dúctil.
Ex: aço, Al, Cu, bronze, Ni, latão entre outros

Materiais frágeis
• Materiais que exibem pouco ou nenhum
escoamento antes da falha são denominados
materiais frágeis
Ex: Concreto, vidro, porcelana, cerâmica, gesso,
baquelite, acrílico, entre outros
Resiliência
 É a capacidade de um material absorver energia quando
deformado elasticamente (região elástica) devido a
esforços externos dinâmicos (choques, impacto) e
devolvê-la, quando retirado o esforço que provocou a
deformação, sem sofrer rupturas.
 Materiais resilientes são aqueles que têm alto limite de
elasticidade e baixo módulo de elasticidade (como os
materiais utilizados para molas)

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Resiliência

Esforços
externos
Volta à
Região elástica dinâmicos
condição inicial
(choque,
impacto)

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Tenacidade
 É a capacidade que o material tem de absorver energia
mecânica até a ruptura no regime elástico e plástico
 Pode-se definir como sendo a habilidade do material em
resistir à propagação de trincas ( região elástica e plástica)
 Podendo ser medida pela quantidade de trabalho por
unidade de volume necessário para levar o material à
ruptura sob a ação de carga estática. A tenacidade pode ser
expressa em Joules/m3.

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Observação
 A tenacidade é um termo mecânico que é usado
em vários contextos; representando, em termos
gerais, uma medida da habilidade de um material
em absorver energia até a sua fratura. Para que
um material seja TENAZ, ele deve apresentar tanto
resiliência como ductilidade; e frequentemente
materiais dúcteis são mais tenazes do que
materiais frágeis.

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Tenacidade

Esforços
externos
Região elástica Não volta à
estáticos
e plástica condição inicial
(tração,
compressão)

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Regiões de Resiliência e de
Tenacidade

Região elástica

Região Plástica
Como medir algumas delas
 Máquina de ensaio universal (ensaio de tração)

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Gráfico Tensão x
Deformação

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• Comportamento
elástico
 A tensão é proporcional à
deformação.
 O material é linearmente
elástico.
 Limite de elasticidade:
ponto máximo que o material
voltará a sua forma original, se
a carga for removida
• Escoamento
 Um pequeno aumento na
tensão acima do limite de
elasticidade resultará no
colapso do material
 Material se deforma
permanentemente
Endurecimento por
deformação
Quando o escoamento
tiver terminado, pode-se
aplicar uma carga adicional
ao corpo de prova, o que
resulta em uma curva que
cresce continuamente,
mas torna-se mais
achatada até atingir uma
tensão máxima denominada
limite de resistência.
Endurecimento por deformação
Estricção
No limite de resistência,
a área da seção
transversal começa a
diminuir em uma região
localizada do corpo de
prova.
O corpo de prova
quebra quando
atinge a tensão de
ruptura.
Dureza
 É a medida da resistência de um material a uma
deformação plástica localizada ou a penetração
(por exemplo, uma pequena impressão ou um
risco).

Quanto mais macio o


material, maior e mais
profunda é a impressão e
menor é o número índice
de dureza.

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Como medir a dureza?
 Utilizando um durômetro
Conceito (Ver arquivo detalhado)

Dureza é uma resposta do


material a uma certa carga e
método de teste, sendo calculada
com base na resposta do material
testado à esta carga.
Conceito
Dureza
- Propriedade de um material que
permite a ele resistir à deformação
plástica (permanente), usualmente por
penetração.
• O termo dureza também pode ser
associado à resistência à flexão,
risco, abrasão ou corte.
Objetivos dos Ensaios de
Dureza
Conhecimento dada resistência ao
desgaste
Conhecimento aproximado dada
resistência mecânica através do uso de
tabelas de correlação
Controle de qualidade de tratamentos
térmicos
Objetivos dos Ensaios de
Dureza

Controle de qualidade em processos de


conformação plástica e em processos
de ligação.
Pesquisa e desenvolvimento de novas
ligas e materiais.
Principais Tipos dos Ensaios de
Dureza
1)Por risco = Dureza Mohs
2)Por choque ou ressalto = Dureza Shore
3)Por penetração
3.1) Dureza Brinell
3.2) Dureza Meyer
3.3) Dureza Vickers
3.4) Dureza Rockwell
 O ensaio de dureza é considerado não
destrutivo; deixa uma pequena marca no
material, não comprometendo a utilização da
peça ou corpo de prova.
Propriedades Térmicas

Determinam o
comportamento dos
materiais quando são
submetidos a variações de
temperatura.

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Propriedades Térmicas
Propriedades térmicas
 Ponto de Fusão – refere-se à temperatura em que
o material passa do estado sólido para o estado
líquido.
 Ponto de Ebulição – é a temperatura em que o
material passa do estado líquido para o estado
gasoso.
 Capacidade Térmica – é a propriedade que indica
a aptidão que um material tem de absorver calor
do meio externo. Representa a quantidade de
energia necessária para aumentar a temperatura
de uma unidade.
Propriedades térmicas
 Dilatação ou Expansão Térmica – É a variação
de dimensões durante o resfriamento ou
aquecimento, porém sem que ocorra mudança de
fases.
 Condutividade Térmica – é o fenômeno pelo qual
ocorre o transporte de calor de uma região de alta
temperatura para uma de baixa temperatura.
Desta forma, podemos dizer que é a capacidade
que um material tem de transferir calor. A Tabela
2.3 pode ser observada a condutividades térmicas
de diversos materiais, dadas em W.m1.K1.
Condutividades térmicas de
diversos materiais, dadas em
W.m1.K1.
Material Condutividade térmica, k Material Condutividade térmica, k (W.m1.K1)
W.m1.K1

Metais 73 Não metais 0,16


Ferro ~ 46 Asbesto 0,63
Aço 210 Tijolo vermelho 0,30
Alumínio 386 Cimento 1,7
Cobre 406 Crosta terrestre 0,036
Prata 293 Feltro 0,8
Ouro 70 Vidro 0,04
Platina 85 Fibra de vidro 2,1
Bronze 0,20 Granito 2,2
Líquidos 0,17 Gelo 0,088
Acetona 8,7 Linho 0,13
Álcool etílico 0,15 Papel 0,14
Mercúrio 0,18 Borracha macia 0,14
Óleo de motor 0,58 Solo seco 0,13
Vaselina Madeira 0,026
Água Gases 0,017
Ar
CO2
Propriedades térmicas
 Convecção - é o fluxo de calor devido a um movimento
macroscópico de matéria, quando partes da substância ou
do material são transportadas de uma região quente para
uma região fria.
 
 Radiação - é a transmissão que ocorre sem contato físico
entre os corpos, através de ondas eletromagnéticas, cujos
comprimentos de onda estão na faixa de 0,75 a 400 µm.
Por radiação, portanto, o calor pode se transmitir no
vácuo. A Tabela 2.4, mostra os valores de emissividade de
diversos materiais, para a temperatura (em °C) na qual
esse parâmetro foi medido.
Emissividade de diversos materiais,
para a temperatura (em °C)
Material T, °C  Material T, °C 

Aço laminado 21 0,66 Latão fosco 200 0,22

Aço oxidado 100 0,74 Latão polido 19 0,05

Alumínio bruto 26 0,07-0,09 Latão polido 300 0,03

Alumínio polido 130 0,056 Madeira aplainada recente 21 0,90

Alumínio polido 230 0,038 Mármore cinza claro polido 22 0,93

Asfalto 4 0,97 Níquel polido 230 0,07

Chapa estanhada 24 0,06-0,09 Níquel polido 380 0,09

Chapa de ferro zincada 28 0,23 Ouro polido 630 0,034

Chumbo polido 130 0,06 Pintura preta 80 0,97

Cobre oxidado 25 0,78 Porcelana lisa 21 0,92

Cobre polido 23 0,05 Prata polida 230 0,02

Concreto 24 0,93 Tijolo vermelho comum 22 0,94

Esmalte branco em chapas 24 0,90 Vidro liso 22 0,94

Granito polido 21 0,85 Zinco polido 230 0,044


Propriedades Elétricas

Estão relacionadas com as


estruturas e microestruturas
dos materiais.
Resistividade Elétrica
 É a resistência que um material oferece à
passagem de uma corrente elétrica.
 Para um corpo cilíndrico de comprimento L e
 

seção transversal de área A, define-se a


RESISTIVIDADE ELÉTRICA (ρ) do material
do qual o corpo é constituído por  

 Unidade SI: ρ =Ohms-metro (Ω.m) = V.m / A


Condutividade Elétrica
 A CONDUTIVIDADE ELÉTRICA (σ) de um
material é uma medida da facilidade com que ele
é capaz de conduzir uma corrente elétrica.
 Define-se a condutividade elétrica como sendo o
inverso da resistividade.
 
1
𝜎=
𝜌
Unidade SI: σ =Ohms-metro (Ω.m)-1
Propriedades elétricas

OBS: A resistência é uma PROPRIEDADE DO


CORPO enquanto a resistividade é uma
PROPRIEDADE DO MATERIAL do qual o
corpo é constituído.
Propriedades Químicas

São as propriedades que


se manifestam quando os
materiais entram em
contato com outros Apresentam-se sob
materiais ou estão no a forma de presença
meio ambiente. ou ausência de
resistência à
corrosão, aos
ácidos, às soluções
alcalinas
Fenômeno químico
 Ocorre a formação de novas  substâncias,
alterando a natureza da matéria,
impedindo a recuperação da substância.

 São chamados também de reações


químicas, representadas graficamente
pelas equações químicas.
Fenômeno químico
Aspectos observados diante de
transformações ou reações químicas: 
• A liberação de gases;  
• Alteração na coloração; 
• Mudança de energia térmica (reações
exotérmicas e endotérmicas); 
• Formação de precipitado. 
Processos Corrosivos Básicos
– Corrosão por Cloretos e
Oxigênio
– Corrosão pelo H2S Ação cooperativa
• Biocorrosão (BRS) de agentes sobre o
– Corrosão pelo CO2 organismo, de tal
– Corrosão Bacteriológica forma que seu
Processos Sinérgicos efeito é maior que
– Interação Corrosão-Fadiga a soma dos efeitos
– Corrosão-Erosão de cada um dos
– Corrosão sob tensão agentes aplicados
– Fragilização pelo Hidrogênio. isoladamente.

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