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3 - Os Espaços Organizados Pela CONCEITOS/ NOÇÕES BÁSICAS

População Acessibilidade; Área funcional; Área metropolitana


Área periurbana; Área suburbana; CBD/ Baixa
CONTEÚDOS: Centro urbano/cidade; Descentralização
Desconcentração; Diferenciação funcional
Diferenciação social; Espaço intra-urbano
3.2 – As áreas urbanas: dinâmicas internas
Espaço urbano; Especulação fundiária
Expansão urbana; Factor de localização industrial
3.2.1 - A organização das áreas urbanas Função rara/vulgar; Função urbana
. as áreas terciárias Migração pendular; Ordenamento territorial
. as áreas residenciais Padrão de localização: . Concentrado; . difuso
. a implantação da indústria PDM (Plano Director Municipal)
PER ( Programa Especial de Realojamento)
3.2.2 - A expansão urbana Periurbanização; Planeamento territorial
. os subúrbios e as áreas periurbanas POLIS (Programa de Requalificação Urbana e
. as áreas metropolitanas de Valorização Ambiental das Cidades)
de Lisboa e do Porto Pólo de atracção; População urbana
PP ( Plano de Pormenor)
3.2.3 - Problemas urbanos PRAUD ( Programa de Recuperação das Áreas
. as questões urbanísticas e ambientais Urbanas Degradadas)
. as condições de vida urbana PU (Plano de Urbanização); Reabilitação urbana; Renda
locativa; Renovação urbana;
Requalificação urbana; Rurbanização;
Segregação funcional; Segregação social;
24 aulas de 90 minutos Solo expectante; Suburbanização; Terciarização
3 - Os Espaços Organizados Pela População
No final deste subtema o aluno deve ser capaz de:
. Diferenciar espaço rural de espaço urbano;
. Reflectir sobre a dificuldade em definir cidade e centro urbano;
. Relacionar a diferenciação do espaço urbano com os transportes urbanos;
. Caracterizar as áreas funcionais do espaço urbano;
. Relacionar a localização das diferentes funções urbanas com o valor do solo;
. Explicar o papel das actividades terciárias na organização do espaço urbano;
. Explicar a interdependência locativa das diferentes funções;
. Explicar a diferenciação social das áreas residenciais;
. Relacionar as principais funções das diferentes áreas urbanas com as características
da população;
. Relacionar o crescimento das áreas suburbanas e periurbanas com o dinamismo demográfico e
funcional dos centros urbanos;
. Problematizar os impactos territoriais resultantes da progressiva substituição do solo agrícola por
usos urbanos e industriais;
. Referir as heterogeneidades funcionais e sociais das áreas urbanas periféricas;
. Explicar o processo de formação das áreas metropolitanas;
. Identificar os principais efeitos polarizadores das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do
Porto, a nível nacional e regional;
. Explicar o papel da indústria no desenvolvimento das áreas onde se implanta;
. Equacionar os principais problemas urbanos;
. Discutir medidas de recuperação da qualidade de vida urbana propostas e/ou adoptadas
pelos órgãos de decisão.
3 - Os Espaços Organizados Pela População
3.2 – As áreas urbanas: dinâmicas internas
3.2.3 - Problemas urbanos
 Quais os principais problemas que afectam as condições de vida urbana?
 Como recuperar a qualidade de vida nas cidades?
 Qual a importância do planeamento na valorização das cidades?
 Que medidas permitirão humanizar os espaços urbanos?
3.2.3 - Problemas urbanos 3 - Os Espaços Organizados Pela População
. as questões urbanísticas e ambientais
. as condições de vida urbana Problemas urbanos... e condições de vida urbana

Principais problemas urbanos (%)

7
9
12
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13
8
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29
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0 5 10 15 20 25 30 35 40
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. as questões urbanísticas e ambientais
. as condições de vida urbana

Problemas urbanos... e condições de vida urbana

Os problemas resultam do seu crescimento excessivo e, por vezes, mal planeado, que impede
o ajustamento entre as infra-estruturas urbanas e as necessidades da população, colocando
problemas de sustentabilidade e reduzindo a qualidade de vida.
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. as condições de vida urbana

Problemas urbanos... e condições de vida urbana

SATURAÇÃO DAS INFRA-ESTRUTURAS

O crescimento da população conduz, a uma saturação do espaço e à incapacidade de resposta


das infra-estruturas físicas, como:
 as redes de distribuição de água e energia,
 de saneamento e de transportes,
 congestionamentos e problemas de trânsito, bem como de estacionamento.

e sociais:
 tribunais, as finanças, as escolas, os hospitais ou os centros de dia para idosos.
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Problemas urbanos... e condições de vida urbana

HABITAÇÃO E HABITABILIDADE

Fatores da degradação de muitos edifícios nas áreas mais antigas das cidades:
Grande parte dos prédios do centro das cidades (os mais antigos) são arrendados.

Mesmo quando os moradores são proprietários, tratando-se muitas vezes de idosos, possuem
fracos rendimentos e pouca motivação para proceder a obras de beneficiação das habitações.
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Problemas urbanos... e condições de vida urbana

HABITAÇÃO E HABITABILIDADE

Fatores da degradação de muitos edifícios nas áreas mais antigas das cidades:
População de baixos recursos habita os bairros de lata, formando bolsas de habitação
precária, onde se associam a pobreza e a marginalidade .
Nos bairros clandestinos, as condições de vida são afetadas pela ausência de planeamento na
sua construção.

Casal Ventoso
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. as condições de vida urbana Problemas urbanos... e condições de vida urbana
ENVELHECIMENTO E SOLIDÃO...
O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO acompanha o dos edifícios e levanta problemas sociais de
ABANDONO E DE SOLIDÃO.
Nas cidades e, principalmente, nas áreas suburbanas, são as CRIANÇAS E OS ADOLESCENTES
que sofrem de outro tipo de solidão ­A AUSÊNCIA DOS PAIS.

As DESLOCAÇÕES PENDULARES, efetuadas a longas distâncias, originam


STRESS E DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO, pois além da FADIGA, DA DESPESA, DA IRRITAÇÃO
que causam as filas de trânsito, acresce a preocupação com o cumprimento dos horários
(emprego, infantários, escolas...).
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Problemas urbanos... e condições de vida urbana
... DESEMPREGO E POBREZA
O DESEMPREGO PROLONGADO - a sobrevivência das famílias depende totalmente dos
salários, inclusive para a habitação.

O desemprego provoca a diminuição dos contactos sociais, do respeito por si próprio e da


auto-estima, levando a consequências psicológicas, como situações de frustração e depressão, e
ao aumento da pobreza e da exclusão social.

A pobreza é outro problema urbano que afeta, sobretudo:

 os idosos com baixas pensões de reforma;


 os trabalhadores de empregos mal remunerados;
 os grupos étnicos e culturais minoritários;
 as famílias monoparentais, na sua maioria femininas;
 os sem-abrigo.

As situações de ABANDONO E DE POBREZA PROPICIAM A CRIMINALIDADE e, com ela, a


INSEGURANÇA DOS CIDADÃOS
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. as condições de vida urbana Problemas urbanos... e condições de vida urbana
PRESSÃO AMBIENTAL

Os NÍVEIS DE POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA E SONORA, provocam DOENÇAS RESPIRATÓRIAS E


DERMATOLÓGICAS .
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PRESSÃO AMBIENTAL

A forte CONCENTRAÇÃO DE GASES POLUENTES provoca uma SUBIDA DA TEMPERATURA,


agravada pelos materiais de construção com grande capacidade de absorção da radiação solar,
pela densificação das construções, pelo calor libertado pelos transportes, iluminação e
sistemas de climatização artificial, e pela impermeabilização dos solos.
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PRESSÃO AMBIENTAL

A PRODUÇÃO DE RESÍDUOS URBANOS.

Este aumento obriga à construção de


equipamentos de deposição e de tratamento de
lixos e águas residuais (aterros sanitários,
incineradoras e ETAR).
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PRESSÃO AMBIENTAL

A EXPANSÃO URBANA INVADE ESPAÇOS cada vez mais vastos:

 Zonas ribeirinhas e leitos de cheia,


 encostas íngremes,
 regiões costeiras,
 de solos com elevada aptidão agrícola.

A forte construção, leva, à FALTA DE ZONAS VERDES, que


possibilitem o lazer e o convívio da população,
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. as condições de vida urbana
PRESSÃO AMBIENTAL

A própria expansão urbana invade zonas ribeirinhas e leitos de cheia


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A RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA URBANA O PAPEL DO PLANEAMENTO
ESCALAS FIGURAS do PLANO
NACIONAL PDR - Decorre da adesão à CE e de Portugal ser um País menos
Orgão de poder:
- O Governo
desenvolvido. Estas ajudas financeiras (subsídios a fundo perdido e
empréstimos) têm-se processado nos Quadros comunitários de apoio, que
financiam os Planos de Desenvolvimento Regional, apresentado por
Portugal em Bruxelas. O primeiro decorreu de 1989 a 1993 e o segundo
vai de 1994 a 1999.
REGIONAL PROT - São instrumentos de carácter programático e normativo a uma escala
Orgão de poder: intermédia entre a nacional e a local (intermunicipal e que abrange uma região com
- Comissões de Cordenação problemas comuns específicos).
EXS: PROTAM (Plano regional de ordenamento do território do alto Mondego) -
PROZED (Plano, .., da zona envolvente do Douro)

LOCAL PDM - Fixam as linhas gerais da estrutura e ocupação de toda a área do


Orgão de poder:
- Câmaras Municipais
Município: definem; áreas de expansão dos aglomerados, localizam os
PMOT recursos naturais, áreas destinadas à agricultura, definem os espaços
(Planos Municipais do Ordenamento do verdes, definem equipamentos e infra-estruturas a construir, protegem o
Território) património cultural edificado.
PGU - determinam o que e como se constrói, o esquema da rede de infra-
estruturas(água, electricidade), equipamentos sociais (escola,...)
PLANO DE PORMENOR
Definem e quantificam as áreas para construir, destinadas a vias de acesso
e estacionamento e o traçado das redes de infra-estruturas.
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A RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA URBANA RECUPERAR E REVITALIZAR AS CIDADES

Repovoamento do centro das cidades;


A reabilitação urbana - intervenção em áreas degradadas para o melhoramento das condições
físicas do património edificado, mantendo-se o uso e o estatuto dos residentes e das atividades
aí instaladas. Envolve o restauro ou conservação dos imóveis e tem vindo a ser implementada
em várias cidades do nosso País, com o apoio de diversos programas e incentivos, como sejam:

PRAUD ­ Programa de Reabilitação das Áreas Urbanas


Degradadas, concede ajudas, através das autarquias
locais, para apoiar a reabilitação ou recuperação de áreas
urbanas degradadas, incluindo a sua preparação e
acompanhamento;

RECRIA, REHABITA, RECRIPH e SOLARH, incentivos que


apoiam financeiramente o restauro e a conservação de
edifícios degradados com ocupação residencial nas áreas
antigas das cidades, pretendendo fazer face ao problema
da degradação de edifícios com rendas baixas.
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A RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA URBANA RECUPERAR E REVITALIZAR AS CIDADES

Um importante apoio à requalificação urbana foi o Programa POLIS ­Programa Nacional de


Requalificação Urbana e Valorização Ambiental das Cidades ­, dirigido preferencialmente às
cidades com um papel importante no sistema urbano nacional. Criado em 2000, teve como
objectivo principal melhorar a qualidade de vida urbana, apoiando intervenções urbanísticas e
ambientais.
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A RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA URBANA

HUMANIZAR OS ESPAÇOS DE VIVÊNCIA


Por vezes, as intervenções são mais profundas, procedendo-se à renovação urbana ­
demolição total ou parcial de edifícios e estruturas, de uma determinada área que é reocupada
com novas funções e por uma classe mais favorecida.
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A RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA URBANA

HUMANIZAR OS ESPAÇOS DE VIVÊNCIA

Nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, foi criado, em 1993, um Plano Especial de
Realojamento ­ PER . Promove a erradicação de bairros de habitação precária, proporcionando
apoios aos municípios para o realojamento das famílias em habitações de custos controlados.
Para complementar e acelerar o processo, foi criado o PER-FAMÍLIAS, que apoia as famílias na
compra de casa própria ou na realização de obras de reabilitação numa habitação noutro local,
por exemplo o local de origem.

Portugal, algumas áreas urbanas degradadas beneficiaram da iniciativa comunitária URBAN.


Lançada em 1994, foi particularmente vocacionada para intervir nas áreas urbanas mais críticas
do ponto de vista socioeconómico, com problemas de desemprego, pobreza, exclusão social,
criminalidade e delinquência, entre outros.

O realojamento dos moradores dos bairros de habitação precária é também uma forma de
combater a marginalidade.
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A RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA URBANA

HUMANIZAR OS ESPAÇOS DE VIVÊNCIA

Outras AÇÕES de incidência social poderão também contribuir PARA MELHORAR A QUALIDADE
DE VIDA NO ESPAÇO URBANO. São exemplos:

 a melhoria da gestão do tráfego urbano;

 o alargamento dos serviços de acompanhamento das crianças e jovens;

 o desenvolvimento de serviços de apoio à população idosa;

 o aumento do número de espaços verdes, a promoção da melhoria dos já existentes e a


construção e optimização de equipamentos coletivos.
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