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Descaminho e contrabando

Antes da lei 13.008/2014


CP - Art 334 : “Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no
todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela
entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.”
Descaminho
Art. 334.  Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido
pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 
§ 1o  Incorre na mesma pena quem:  
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;  
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho; 
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País
ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina
no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem; 
Descaminho
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no
exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de
procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal ou
acompanhada de documentos que sabe serem falsos.  
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo,
qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias
estrangeiras, inclusive o exercido em residências. 
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é praticado
em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.”
Classificação
• Bem jurídico tutelado
• Sujeitos: Ativo e passivo
• Tipo objetivo – adequação típica
• Tipo subjetivo
• Consumação e tentativa
• Causas de aumento de pena
• Classificação doutrinária
• Competência para julgamento
Princípio da insignificância e limite fiscal
Lei 10.522/2002
Art. 20. Serão arquivados, sem baixa na distribuição, mediante
requerimento do Procurador da Fazenda Nacional, os autos das
execuções fiscais de débitos inscritos como Dívida Ativa da União pela
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, de valor
consolidado igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).    
§ 1o Os autos de execução a que se refere este artigo serão reativados
quando os valores dos débitos ultrapassarem os limites indicados.
• Portaria nº 75/2012
Art 1º [...] II - o não ajuizamento de execuções fiscais de débitos com a
Fazenda Nacional, cujo valor consolidado seja igual ou inferior a R$
20.000,00 (vinte mil reais).
Art. 337-A
Sonegação de contribuição
previdenciária
 
Constituição Federal
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade
mediante recursos provenientes das seguintes contribuições sociais:   
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma
da lei, incidentes sobre:                          
a)a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou
creditados;                          
b) a receita ou o faturamento;                    
c) o lucro; 
II - do trabalhador
 Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e
qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: 
        I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de
informações previsto pela legislação previdenciária segurados
empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou
a este equiparado que lhe prestem serviços; 

  Lei 8.212/91 Decreto 3.048 de Maio de 1999


      
Art. 225. A empresa é também obrigada a:
        I - preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a
todos os segurados a seu serviço;
IV - informar mensalmente ao INSS, por intermédio da Guia de Recolhimento
do FGTS e Informações à Previdência Social, na forma por ele estabelecida, dados
cadastrais, todos os fatos geradores de contribuição previdenciária e outras
informações de interesse daquele Instituto;
 II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da
contabilidade da empresa as quantias descontadas dos
segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de
serviços
Decreto 3.048 de Maio de 1999
 Art. 225. A empresa é também obrigada a:
II - lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de
forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o
montante das quantias descontadas, as contribuições da empresa e os
totais recolhidos;
§ 13  registrar, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de
contribuições previdenciárias
  III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos,
remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de
contribuições sociais previdenciárias
CLASSIFICAÇÃO

• Sujeito ativo
• Sujeito passivo
• Bem jurídico protegido
• Consumação
• Tentativa (Nucci e Greco X Regis Prado e Mirabete )
• Modalidade culposa
Extinção da punibilidade
 

§ 1o É extinta a punibilidade se o agente,


espontaneamente, declara e confessa as
contribuições, importâncias ou valores e presta as
informações devidas à previdência social, na forma
definida em lei ou regulamento, antes do início da
ação fiscal.
Perdão judicial
ou aplicação exclusiva da pena pecuniária

§ 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou


aplicar somente a de multa se o agente for primário e de
bons antecedentes, desde que :
 II – o valor das contribuições devidas, inclusive
acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela
previdência social, administrativamente, como sendo o
mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.
Memorando Circular do INSS 36 estabelece o valor mínimo em R$ 5.000,00.
Redução da pena
ou aplicação exclusiva da pena pecuniária

 § 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha


de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um
mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena
de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa
Pena e ação penal

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