Você está na página 1de 10

BATERIAS DE ÍONS DE LÍTIO

História
O Lítio foi descoberto em 1817, por Johan August Arfwedson (sueco), mas
se encontrava em meio a outras substâncias. O metal alcalino só foi
isolado pela primeira vez em 1855, pelo alemão Robert Wilhem Bunsen.

Johan August Arfwedson Robert Wilhem Bunsen


Quando os pesquisadores começaram a desenvolver a bateria, na década de 1970, eles
optaram pelo uso do lítio exatamente pela reatividade do metal – porém, após alguns testes,
perceberam que teriam que estabilizar o material para evitar possíveis explosões ao
recarregarem a bateria.
Por isso, os pesquisadores decidiram trocar o ânodo – que é o polo negativo – por outro
elemento. Foi John Goodenough quem teve a ideia de utilizar os íons positivos do lítio para
constituir a bateria, o que acarretaria em cerca de 4 volts de potencial.
Assim que começaram a utilizar o cátodo – polo positivo – do metal lítio sugerido por
Goodenough, foi Akira Yoshino que conseguiu desenvolver a primeira bateria que poderia ser
comercializada, a partir de um material feito de carbono que conseguiria armazenar os íons
positivos do lítio. Nesse momento, em 1985, os cientistas estavam deixando de utilizar titânio
na constituição das baterias.
Em 1996, o novo padrão bateria de polímero de íon lítio (lithium ion
polymer) foi lançado. Estas baterias podiam segurar a energia em uma
composição de polímero sólido, ao invés de líquido. Esta novidade
permite a bateria ser envolta em uma embalagem flexível, em vez de uma
caixa de metal rígido, o que significa que essas baterias podem ser
especificamente moldadas em formatos diferenciados para encaixar um
dispositivo específico.
Elas também têm uma maior densidade de energia do que baterias de íon
de lítio normais. Estas vantagens tornaram uma bateria de escolha para
eletrônicos portáteis, como telefones celulares e tablets, uma vez que
permitem para o projeto mais flexível e compacto.
Produção
Após o mineral ser extraído da natureza (de lugares muito específicos, o
que o torna relativamente “raro” e de alto custo) ele passa por diversos
processos. Primeiro, o lítio é misturado a uma espécie de tinta que lhe dá
o aspecto de uma folha de papel alumínio depois de passar por todas as
fases. Depois ele passa por um processo semelhante a laminação, para
deixar as chapas com uma espessura de 0,2 mm e é enrolado

Posteriormente esses rolos são cortados


em pequenas bobinas, cujo tamanho
depende da aplicação da bateria, porém
todos eles recebem aditivos
Nessas bobinas são colocados rolos de filme de propileno, já que o lítio é
“pegajoso” e acabaria grudando em outras bobinas e perdendo sua
eficiência como bateira

Depois eles voltam a máquina


de bobinagem, mas desta vez
o número de voltas depende
da aplicação da bateria.
Aplicação
A criação das baterias de lítio foi uma verdadeira revolução na indústria e
um caminho sem volta na sociedade contemporânea, em todos os lugares
hoje vemos pessoas utilizando celulares, notebooks e outros equipamentos
eletrônicos portáteis, e tudo isso só foi e continua sendo possível graças a
descoberta de que era possível armazenar energia elétrica.
O novo caminho que parece inevitável são os carros elétricos, que levaram
as baterias a um novo patamar de importância e desenvolvimento
Inovação
Pesquisa de universidade canadense promete bateria que alimenta veículo
elétrico por cerca de 1,6 milhão de quilômetros
Em artigo publicado no
The Journal of
Electrochemical Society,
pesquisadores
de baterias de Halifax, na
Universidade de
Dalhousie, no Canadá,
descrevem uma nova
bateria de íons de lítio que
pode alimentar um veículo
elétrico por mais de um
milhão de milhas,
aproximadamente 1,6
milhão de quilômetros.
Conclusão
É difícil imaginar como seria o mundo atualmente sem as baterias de lítio,
essa simples reflexão é o suficiente para entendermos como mudaram o
mundo a partir do momento em que começaram a ser usadas. Além disso, a
tecnologia ainda não chegou no seu limite, e as aplicações dela ainda estão
muito longe disso.

Você também pode gostar