124 Inês é levada à presença do Rei. "horríficos algozes"
O Rei D. Afonso IV hesita em cometer adjetivação um ato tão cruel. expressiva o povo "com falsas e ferozes razões" "tristes e piedosas vozes” convence-o a não desistir da ideia “Do seu príncipe e filhos, que adjetivação D. Inês suplica, teme deixar os filhos e deixava, / Que mais que a D. Pedro. comparação própria morte a magoava” 125 D. Inês, com as mãos atadas, levanta os olhos para o céu, a chorar, olha para os seus filhos e dirige-se a D. Afonso IV, o “avô cruel”. A estrofe acaba com dois pontos, o que sugere o discurso direto de Inês de Castro nas próximas quatro estrofes. discurso direto e argumentação de D. Inês perante D. Afonso IV
● Estâncias 126, 127, 128 e 129
Argumentos de Inês
contraste entre o apela ao exílio
Orfandade dos como alternativa procedimento do rei seus filhos (sem injustiça do ato do e a bondade das à sua execução proteção) Rei e o apelo ao seu "brutas feras" bom senso Rómulo e Rainha Assíria, entre “leões e Remo, cuja mãe a tigres” edificadores Mostrara valentia ao abandonou num (encontrará de Roma, combater os mouros, monte, foi mais foram deveria também ser protegida e humanidade) alimentados clemente e justo com alimentada por ela por uma Recursos expressivos: ● apóstrofe “Ó tu”, para se dirigir ao Rei ● ironia (versos entre parênteses) ● antítese nos versos 2 e 3, da estrofe 128 “A morte sabes dar com fogo e ferro,/ Sabe também dar vicia com clemência” ● hipérbole “Onde em lágrimas viva eternamente”