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A VIGILÂNCIA COMO

INSTRUMENTO DE
SAÚDE PÚBLICA
Profª.Ma. Luana Donadel
OBJETIVOS DOS SISTEMAS DE
VIGILÂNCIA

• Identificar novos problemas de saúde pública.


• Detectar epidemias.
• Documentar a disseminação de doenças.
• Estimar a magnitude da morbidade e mortalidade causadas
por determinados agravos.
• Identificar fatores de risco que envolvem a ocorrência de
doenças.
OBJETIVOS DOS SISTEMAS DE
VIGILÂNCIA

• Recomendar as medidas necessárias para prevenir ou


controlar a ocorrência de específicos agravos à saúde.
• Avaliar o impacto de medidas de intervenção por meio de
coleta e análise sistemática de informações relativas ao
específico agravo.
• Avaliar a adequação de táticas e estratégias de medidas de
intervenção.
• Revisar práticas antigas e atuais de sistemas de vigilância com
o objetivo de discutir prioridades em saúde pública e propor
novos instrumentos metodológicos.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS
SISTEMAS DE VIGILÂNCIA
1. Os sistemas de vigilância devem ser simples e contínuos.
2. Os sistemas de vigilância apresentarão, obrigatoriamente, três
componentes:
• coleta de dados;
• análise;
• ampla distribuição das informações analisadas a todos aqueles
que as geraram e que delas necessitam tomar conhecimento. O
instrumento de divulgação das informações analisadas será o
Boletim Epidemiológico.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS
SISTEMAS DE VIGILÂNCIA
3. Deve ser entendida como um pré-requisito para a elaboração
de programas de saúde e um instrumento para avaliação do seu
impacto.
4. Identificar fatores de risco e das populações vulneráveis à
exposição ao risco, de forma a tornar mais efetivas as medidas de
controle.
5. Submeter-se a avaliações frequentes
6. Cada sistema de vigilância será responsável pelo
acompanhamento contínuo de específicos eventos adversos à
saúde.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS
SISTEMAS DE VIGILÂNCIA
7. Os sistemas de vigilância de específicos eventos adversos à
saúde são pré-requisitos para a elaboração e instrumento para a
avaliação e reformulação periódica de programas de controle de
agravos à saúde.
8. Os sistemas de vigilância devem ser adequados,
periodicamente, às condições da estrutura e grau de
desenvolvimento e complexidade tecnológica do Sistema
Nacional de Saúde (SNS).
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS
SISTEMAS DE VIGILÂNCIA
9. Os sistemas de vigilância constituem o elo de ligação entre o
subsistema de serviços de saúde e o de pesquisa do SNS.
10. O SNS deverá desenvolver sistemas de vigilância para eventos
adversos à saúde e os sistemas locais de saúde poderão ou não
aderir a cada um desses sistemas, conforme suas prioridades e
recursos disponíveis para desenvolver os programas de controle
dos agravos correspondentes. Constituem exceções as doenças
de notificação compulsória.
Tipos de sistemas de vigilância
• Sistemas passivos : tem como fonte de informação a
notificação espontânea; apresentam menor custo e maior
simplicidade.
• Desvantagem: ser menos sensível, ou seja, é mais vulnerável à
subnotificação, portanto menos representativo, apresentando
maior dificuldade para a padronização da definição de caso.
Tipos de sistemas de
vigilância
• Sistemas ativos : estabelece um contato direto, a intervalos
regulares, entre a equipe da vigilância e as fontes de
informação, geralmente constituídas por clínicas públicas e
privadas, laboratórios e hospitais.
• Desvantagem: são geralmente mais dispendiosos, pois
necessitam de uma melhor infraestrutura dos serviços de saúde.
Fontes de dados para sistemas de
vigilância
• Vigilância com base em sistemas de notificações de doenças
• Vigilância com base em sistemas articulados de laboratórios
• Vigilância com base em dados hospitalares
• Vigilância com base em "eventos sentinelas"
• Vigilância com base em informações obtidas de "médicos
sentinelas"
• Vigilância com base em informações obtidas em unidade de
assistência primária à saúde
Avaliação de sistemas de
vigilância
• 1. Critérios para a identificação de prioridades para o
desenvolvimento de sistemas de vigilância
• analisar a relevância do evento sob vigilância
• 2. Identificação do objetivo do sistema de vigilância
• 3. Avaliação da compatibilidade da definição de caso com os
objetivos do sistema
• 4. Descrição dos componentes do sistema
Avaliação de sistemas de
vigilância
• 5. Avaliação do sistema de vigilância segundo os seguintes
atributos:

• utilidade;
• oportunidade;
• aceitabilidade;
• simplicidade;
• flexibilidade;
• representatividade;
• sensibilidade;
• valor preditivo positivo.
Utilidade
• Se o sistema está alcançando seus objetivos
Oportunidade
• agilidade do sistema em cumprir todas as suas etapas
Aceitabilidade
• disposição favorável dos profissionais e das instituições que
conduzem o sistema.
Simplicidade
• quando simples, são fáceis de compreender e de implementar
e pouco dispendiosos .
Flexibilidade
• habilidade de um sistema de vigilância adaptar-se facilmente a
novas necessidades em resposta às mudanças da natureza ou
da importância de um evento adverso à saúde
Representatividade
• descreve com exatidão a ocorrência de um evento adverso à
saúde ao longo do tempo, segundo os atributos da população
e a distribuição espacial dos casos.
Sensibilidade
• capacidade de um sistema de vigilância identificar casos
verdadeiros do evento adverso à saúde que tem por objetivo
acompanhar e analisar .
Valor Preditivo Positivo
(VPP)
• O VPP pode ser entendido como a proporção de indivíduos
identificados como casos pelo sistema de vigilância e que de
fato o são.
LIMITAÇÕES DE SISTEMAS DE
NOTIFICAÇÕES DE DOENÇAS

• Subnotificação: nem todos os casos são notificados


• Baixa representatividade: falta de homogeneidade da
subnotificação, dificultando a identificação de tendências
• Baixo grau de oportunidade: ineficiência dos programas de
notificação, demora na análise
• Inconsistência da definição de caso: leva a vigilância a
confirmar os casos aceitando o diagnóstico dos clínicos,
independentemente da forma como eles foram efetuados

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