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Vírus

Vírus da febre aftosa


Baculovírus

Vírus da Poliomielite
Vírus
• São seres muitos simples formados
basicamente por uma cápsula protéica
(capsídeo) envolvendo seu material genético;
• O conjunto capsídeo mais material genético
formam o nucleocapsídeo. Dependendo do
tipo de vírus , o material genético pode ser o
DNA ou RNA;
• Os vírus são menores que as menores
bactérias conhecidas;
Vírus
• Todos os vírus são endoparasitas
celulares e dependem de substâncias das
células parasitadas para sua reprodução;
• Alguns vírus são chamados de
envelopados porque possuem um
envelope lipoprotéico proveniente da
membrana plasmática da célula
hospedeira;
Vírus
• Esse envelope envolve uma ou mais cápsulas
protéicas que o vírus pode apresentar;
• Exemplo: Vírus HIV;
• O HIV é um vírus de RNA e possui moléculas
inativas de certas enzimas em seu interior.
• Geralmente, o grupo de éllulas que um tipo
de vírus infecta é bastante restrito, e a
infecção viral começa com a adesão da
proteína viral.
Um vírus pode parasitar qualquer tipo
de célula?
 Cada vírus pode parasitar apenas
determinados tipos de células e
isso depende das proteínas que
eles possuem no capsídeo.
 Assim, de acordo com os seres
vivos que parasitam, podemos
considerar quatro grupos de vírus;
• Bacteriófagos – parasitam
bactérias;
• Micófagos – parasitam
fungos;
• Vírus de animais – parasitam
animais
• Vírus de plantas - parasitam
plantas
Bacteriófagos

Os bacteriófagos
são vírus que
infectam bactérias.
Os mais estudados
são os que
infectam a bactéria
Escherichia coli,
conhecidos como
fagos T.
• Existem basicamente dois tipos de
ciclos reprodutivos: o ciclo lítico e o
ciclo lisogênico. Esses dois ciclos
iniciam-se quando o vírus adere à
superfície da célula hospedeira e
introduz na célula o material genético
viral.
• A partir desse momento, começa a
diferenciação entre ciclo lítico e ciclo
liso gênico.
Vírus de • A imensa maioria dos vírus de
plantas plantas tem como material
genético o RNA e não possui
envelope, mas existem vírus
não-envelopados de DNA e
vírus envelopados de RNA;
• A Virologia, ciência que estuda
os vírus, recebeu uma das mais
importantes contribuições
científicas de Wendel Stanley
(1904-1971), com o trabalho
Vírus do mosaico do sobre o vírus do mosaico do
tabaco
tabaco (TMV).
• Esse vírus provoca uma doença caracterizada por
mosaicos de manchas verde-claras ou amarelas,
de diversos tamanhos, nas folhas ou na planta
toda.
• Wendel Stanley descobriu que o TMV pode ser
cristalizado e que esses cristais inanimados, ao
entrarem em contato com plantas sadias de
tabaco, produzem infecções.
• Posteriormente, com o uso de microscopia
eletrônica, constatou-se que esse vírus é
formado por proteínas dispostas de modo
helicoidal ao redor de uma molécula de RNA.
• O efeito mais comum das infecções virais nas
plantas é o declínio na taxa de crescimento:
as plantas infectadas crescem menos que as
sadias;
• A transmissão dos vírus das plantas pode ser
feita por um vetor (agente que inocula uma
doença), como um inseto, um fungo ou um
verme nematódeo;
• No entanto alguns vírus são transmitidos
através do pólen, das sementes e mesmo de
um mecanismo denominado difusão
mecânica.
• Difusão mecânica transmissão que
ocorre quando uma pessoa manipula uma
planta infectada e a seguir manipula outra
sadia, ou quando os vírus permanecem
cristalizados sobre equipamentos
agrícolas, que os introduzem nas plantas
ao serem empregados.
• O vírus do mosaico do tabaco, por exemplo,
é trasmitido por difusão mecânica;
• O vírus da batata é transmitido através da
picada de inseto.
Vírus de • Esse vírus podem ser de DNA ou
de RNA, envelopados ou não. A
animais maior parte deles, ao infectar
uma célula animal, penetra nela
com a cápsula e o ácido nucléico
diferindo dos bacteriófagos que
só introduzem nas bactérias o
ácido nucléico.
• Se o vírus for envelopado
incorpora-se a membrana
Vírus Influenza plasmática da célula hospedeira.
No interior dessa célula a cápsula
protéica rompe-se liberando o
ácido nucléico.
• As seguintes situações podem ocorrer,
dependendo do tipo de ácido nucléico do vírus:
1ª Quando o ácido nucléico é o DNA, o processo de
transcrição e tradução é o tradicional. É o caso do
adenovírus e dos vírus da varíola, do herpes e da
hepatite.

DNA RNA Síntese protéica


2ª Quando o ácido nucléico é o RNA, duas
situações podem ocorrer, dependendo do
tipo de vírus:
a) O RNA é transcrito em várias outras
moléculas de RNA, que passarão a
comandar a síntese protéica. É o caso dos
vírus da gripe, da raiva, da encefalite e da
poliomelite.
RNA RNA Síntese protéica
b) O RNA é inicialmente transcrito em DNA por
meio de uma enzima especial denominada
transcriptase reversa, inativa no vírus mas que se
torna ativa na célula hospedeira. Uma vez
formadas as moléculas de DNA, elas incorporam-
se ao DNA da célula e podem ser transcritas em
moléculas de RNA, que passarão a comandar a
síntese protéica. Esses são os retrovírus. Como é
o caso da AIDS.
RNA DNA RNA Proteína
Vírus e saúde humana
• Vivendo como parasita no
interior das células dos outros
seres vivos, os vírus provocam
numerosas doenças. As
doenças provocadas por vírus
são conhecidas como viroses.
PRINCIPAIS VIROSES HUMANAS
Doença Transmissão Sintomas Observações
Sarampo – Contato direto Tosse seca,
Há vacina
e gotículas de fotofobia e
RNA secreções manchas
vermelhas na pele
nasais. (exantema)

Rubéola – Contato direto Febre, dor de Malformações


cabeça dores em fetos (surdez,
e secreções
RNA nasobucais
articulares,
linfonodos inchados
catarata).
e exantema. Há vacina

Caxumba – Contato Febre, dor de cabeça Complicação:


e inflamação das (inflamação dos
RNA direto e glândulas parótidas
testículos.
(salivares).
saliva Há vacina
Catapora ( Contato Febre, dor de As manchas
cabeça, se tornam
varicela) – direto e linfonodos vesículas
DNA secreção inchados e
exantema. com líquido.
nasal.

Gripe Contato Febre, tosse,


dor de cabeça
Epidemias.
( vírus direto e e dores Há Vacinas
influenza) gotículas musculares.
– RNA de saliva.

Poliomielite Afeta os
– RNA Fecal- neurônios
motores,
Vacinas Salk
e Sabin.
oral. causando
paralisia muscular
Erradicadas
no Brasil
e respiratória.
Hidrofobia Mordidas Febre, espasmos
musculares,
Há vacina
(raiva) - (saliva): cão, deglutição difícil,
RNA gato e paralisia e coma
morcego.

Herpes Saliva e Lesões labiais


(herpes labial)
Não há vacina.
Recorrente por
– DNA relação e genitais
(herpes
trauma,
estresse e luz
sexual genital). solar.

Verrugas na
Papiloma Contato ´pele, papilomas
O HPV16
(HPV) – de pele e (HPV 1 a 4) e causa
verrugas genitais câncer
DNA genital. (HPV 6 e 11)
uterino
FEBRE AMARELA
• Partes afetadas no corpo: Lesões em
diversos tecidos principalmente nas células
do fígado.
• Formas: Febre amarela urbana – Transmitida
pela picada da fêmea do mosquito Aedes
aegypti, comum nas cidades.
Febre amarela silvestre – A mais comum no
Brasil, transmitida por mosquitos que vivem
em matas, como os do gênero Haemagogus.
• Sintomas principais:
- Febre alta;
- Náuseas e vômitos;
- Dores no corpo;
- Icterícia (amarelamento da pele e
dos olhos pelo acúmulo de uma
proteína liberada pelo fígado);
- Sangramentos em gengivas, nariz,
trato intestinal e trato renal;
• Tratamento: Há tratamento para o
alívio dos sintomas. É fatal em
grande parte dos casos.
• Vacinação: Existe vacina que pode
ser aplicada a partir dos 6 meses
de idade e é recomendada a quem
viaja ou vive nas áreas de
ocorrência da doença. Tem
validade por 10 anos.
DENGUE
• Partes afetadas: Células do baço, do fígado e da
medula óssea, entre outras.
• Formas: Dengue clássica – geralmente os
sintomas amenizam a partir do 7º dia.
Dengue hemorrágica – após o 7º dia, surgem
sintomas mais graves, como as hemorragias.
As duas formas de dengue são transmitidas
pela fêmea do mosquito Aedes aegypti. Pode
ocorrer a transmissão por sangue durante a
gestação.
• Sintomas principais:
- Febre alta;
- Dores no corpo, principalmente nas
articulações e na região dos olhos;
- Fraqueza;
- Pequenas manchas avermelhadas na
pele;
- Náuseas e vômitos
- Sangramentos nas mucosas (na dengue
hemorrágica)
• Tratamento: Há tratamento
para alívio dos sintomas. A
dengue hemorrágica pode ser
fatal.
• Vacinação: Não há vacinação,
mas existem pesquisas em
andamento (dados de 2016).
AIDS
• A AIDS é causada pelo vírus HIV, que é
um retrovírus envelopado;
• Essa síndrome é caracteriza-se por um
conjunto de infecções oportunistas que
surgem devido à queda da imunidade;
• Essa queda é ocasionada principalmente
pela redução no número de um tipo de
linfócito do sangue, chamado linfócito T
auxiliador que é destruído pelo HIV.
• O HIV usualmente não manifesta sintomas de
sua presença logo que se instala no organismo.
Pessoas infectadas por esses vírus podem ficar
sem sintomas por até cerca de 10 anos, mas
transmitem o vírus.
• Assim, a diagnose precoce da infecção permite
que se esclareça ao portador do HIV que ele
deve tomar certos cuidados para não transmitir
o vírus a pessoas sadias, além de permitir ao
paciente o início do tratamento antes mesmo do
surgimento dos primeiros sintomas,
aumentando sua chance de sobrevivência.
• Quando o HIV se manifesta, surgem vários sintomas
iniciais, tais como fadiga, febre, inchaço crônico dos
glângios linfáticos, surgimento de pequenos pontos
vermelhos na pele e distúrbios do sistema nervoso
central (desde fortes dores de cabeça até encefalite)
• Em estágios mais avançados da síndrome, diversas
doenças oportunistas podem acabar levando o
indivíduo à morte. Algumas das mais comuns são
Herpes simples, infecção pelo fungo Candida
albicans, turbeculose, câncer dos glângios linfáticos,
infecção do fígado e da medula óssea.
• Surgimento de câncer de pele denominado sarcoma
Kaposi.
A transmissão do vírus da AIDS pode ocorrer das
seguintes maneiras:
• Por contato sexual com pessoa portadora do HIV;
• Por transfusão de sangue ou transplante de órgão
contaminados pelo HIV;
• Pelo uso de seringa ou outro material cirúrgico ou
cortante não-esterilizado;
• De mãe para filho, no caso de mulheres grávidas
contaminadas pelo HIV, que podem transmitir o vírus
para o filho no momento do parto ou na
amamentação;
• Por inseminação artificial com sêmen contaminado
pelo HIV.
• A prevenção da contaminação pelo HIV é
feita pelo uso de seringas descartáveis e
de materiais cirúrgicos esterilizados e pela
prática do chamado “sexo seguro”, que
inclui, além de outras recomendações, a
redução no número de parceiros e o uso
da camisinha em todas as relações sexuais.
Deve-se evitar também o contato direto
com o sangue de outras pessoas, mesmo
quando se trata de machucados na pele
ou sangramentos pelo nariz. O uso de
luvas é indicado nesses casos.
Referências
• Mendonça,Vivian L. Biologia: os seres vivos:
volume 2: ensino médio. 3. ed. São Paulo.
Editora AJS, 2016
• Lopes, S.; Rosso S. Biologia: volume único. 1.
ed. São Paulo. Saraiva, 2005
• Silva Júnior, César da.; Sasson S. Biologia: seres
vivos – estrutura e função: volume 2: 2ª série.
8. ed. São Paulo. Saraiva, 2005

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