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História da Educação

Prof. Julina Valentini


juliana.Valentini@ifpr.edu.br

Instituto Federal do Paraná


IFPR

Aula
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AULA PASSADA...
1549 – 1759
Período Jesuítico

1.Educação com caráter catequizador.


2.Ensino básico nas “escolas de ler, escrever e contar”.
3.Ensino para os índios a língua portuguesa e ofícios e instruia os filhos da classe dominante.
4.Excluídos da educação: Escravos, pobres e mulheres.

REFORMAS POMBALINAS – MUDANÇAS


Expulsou os jesuítas de Portugal e colônias –1759
Tanto em Portugal, quanto em suas colônias, apenas no reinado de D. José I, foi que a educação passou a
receber uma atenção maior do Estado. Isso foi necessário para a o progresso do Estado, assim como a reforma
educacional que formaria homens capazes para a burocracia estatal, homens estes portadores de uma
mentalidade transformada e reformada.
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Desenvolveram-se em dois momentos distintos, que se
O ALVARÁ DE 1759
iniciam respectivamente com a promulgação do alvará
NA GÊNESE DA
régio de 28 de junho de 1759, que cria as aulas régias de
FRAGMENTAÇÃO
gramática latina, retórica e grego.
PROFISSIONAL

Reforma dos estudos menores


Havia ainda o privilégio da nobreza, outorgado desde o
início da reforma, já com o Alvará de 1759, quando O Rei
estabelece que os professores “terão o privilégio de
nobres, incorporados em direito comum”.

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O próprio diretor geral da Reforma arrola os
motivos de seu fracasso:

1. Insuficiência de professores régios;

2. Falta de aulas de retórica;

3. Falta de livros didáticos;

4. Escassez de verbas para aplicar a reforma;

5. Baixos salários dos professores;

6. Atraso nos pagamentos.


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O que eram as Aulas Régias?

Aulas que pertenciam ao Estado e não à Igreja

OS LIMITES DA REFORMA POMBALINA

“Os primeiros professores régios, em número de quatro para as aulas de latim e dois para as aulas de
retórica, foram nomeados e 15 de agosto de 1759. Até 1761 o diretor-geral só conseguira do rei a nomeação
dos primeiros professores régios para as cidades de Lisboa, Coimbra, Évora e Porto. O ritmo de
implantação da reforma estava sendo, pois, muito lento, conforme reconhecia o próprio diretor de
estudos” (SAVIANI, 2019, p. 89).

“No Brasil, o primeiro concurso para admissão de professores régios foi realizado no Recife em 20 de
março de 1760. Em 7 de maio do mesmo ano se realizariam os exames para professores régios de
gramática latina no Rio de Janeiro. Não obstante a realização desses exames, as nomeações demoravam a
acontecer. [...] „em 1765 ainda não havia sido nomeado nenhum professor público no Brasil, embora o
concurso já houvesse acontecido há cinco anos ‟”. (p. 89)

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Três objetivos:

A CARTA DE LEI DE 1772


•Reformar os estudos maiores, substituindo

Surge diante do fracasso da primeira fase na implantação os antigos Estatutos da Universidade de

das aulas régias a lei de 6 de novembro de 1772, que Coimbra.

cria as aulas régias de leitura, escrita e cálculo, além das


cadeiras de filosofia. •A criação de um imposto específico, o do
subsídio literário, para financiar as
reformas então em andamento no campo da

Essas Reformas, acentuando a atuação do Estado no educação, principalmente as relacionadas

sentido de uma fragmentação dos estudos têm aos estudos menores.

consequências bastante duradouras na forma como a


profissão se organiza até os dias de hoje. •Relançar na prática, em todo o reino, o
sistema de ensino criado com as aulas
régias. 7
• Propõe estender escolas de
primeiras letras, mas deixa claro
que seu caráter não é universal.

• “nem todos os indivíduos destes


Reinos e seus Domínios se hão de
educar com o destino dos Estudos
Maiores”.

• Para alguns, sobretudo


trabalhadores fabris, bastariam “as
Brasil, previsto 43 mestres, assim distribuídos: instruções dos Párocos”.

• “bastará a uns que se contenham


nos exercícios de ler, escrever e
contar”. (SAVIANI, p. 96)

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A vigência das Aulas Régias

É nessa conjuntura que entra a criação de um novo sistema de ensino, que vai
perdurar, no Brasil, de 1759 até 1834, e em Portugal até 1860.

A lei de 15 de outubro de 1827 previa a criação de escolas de ensino mútuo e


escolas de meninas nas vilas e cidades mais populosas.

À partir de 1835, no Brasil, o ensino secundário passou a reunir as aulas, ou


cadeiras avulsas, em estabelecimentos de instrução secundária denominados
liceus.
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Resumo
As Reformas Pombalinas da instrução pública, que no Brasil estenderam seus efeitos de 1759 a
1834 tiveram as seguintes características básicas:

1. Estatização e secularização da administração do ensino.


2. Estatização e secularização do magistério.
3. Estatização e secularização dos conteúdos de ensino.
4. Estatização e secularização da estrutura organizacional dos estudos.
5. Estatização e secularização dos estudos superiores.
6. Em síntese, as Reformas Pombalinas se contrapõe ao predomínio das ideias religiosas,
com base em ideias laicas do Iluminismo.
7. Procurava instituir o privilégio do Estado em matéria de Instrução.

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FINS DO SÉCULO XVIII
Revolução Francesa –1789
Inglaterra: Revolução Gloriosa –1688 ➭Revolução Industrial um século depois 1760**
Hegemonia Inglesa sobre Portugal recém-liberto da Espanha (União Ibérica)

INÍCIO DO SÉCULO XIX


Vinda da família Real portuguesa para o Brasil – 1808

Proclamação da Independência: 1822


Instalação da Constituinte: 1823 – Laica e Pública - debates
No discurso de abertura da Constituinte, o Imperador D. Pedro I destacou a necessidade de legislação especial sobre a
instrução pública.

Constituição outorgada em 1824 - no inciso 32, do artigo 179, título VIII:


“Sistema nacional de educação” “Princípio da instrução primária e gratuita a todos os cidadãos”.

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EDUCAÇÃO
NO
BRASIL
IMPÉRIO
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Lei de 15 de
outubro de 1827 ➭1ª
lei de educação do
Brasil Independente

➭determinava a
criação de “Escolas
de Primeiras
Letras”
Não era universal
Determinava o
método do “ensino
mútuo”.
Tentava garantir
acesso aos
“rudimentos” do
saber.

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Trechos da lei de 1827: currículo escolar mais enxuto para as meninas
ATO ADICIONAL DE 1834 –
Descentralização da Educação

1. Descentraliza a educação para as províncias.

2. A lei de 1827 não se cumpre totalmente.

3. Desobriga o governo central com a educação


Método Mutuo - Joseph Lancaster Elementar e Secundário
• Instrução e disciplina
4. Não realiza a ideia de SISTEMA DE
• Castigos
EDUCAÇÃO
• Atende a muitos com poucos professores
5. Cria enormes desigualdades, tendo em vista as
desigualdades econômicas das províncias.

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• Ginásio Pernambucano;
• Atheneu Norte-Rio grandense
• O Colégio Pedro II – Rio de Janeiro 1837 – Colégio Elementar e
Secundário bancado pela COROA
• Colégios particulares e religiosos

Reforma Couto Ferraz


Reforma Leôncio de Carvalho – 1879
Reformas, reformas e reformas... Por quê?
Descontinuidade ➭marcou a educação no Império.
As iniciativas eram começadas, abandonadas, e logo
iniciavam-se outras...
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Debates sobre educação feminina no século
XIX: Nísia Floresta

Até o século XVIII as famílias reservavam a escolarização


e o letramento aos meninos, por serem tais atributos
consideradas incompatíveis com a "identidade feminina",
afirmada a partir do distanciamento em relação à
alfabetização, leitura, produção de textos,
profissionalização e participação na vida pública.

Nísia Floresta, considerada nossa primeira feminista.

O conceito de direitos das mulheres quase não recebeu


atenção, nem mesmo no contexto das revoluções
Francesa ou Americana o status das mulheres foi
alterado, as leis limitavam seus direitos, e pensava-se
que eram "moralmente senão intelectualmente
dependentes dos pais ou maridos.

https://www.youtube.com/watch?v=-fqz5fsFssE – Dionísia Gonçalves Pinto.


Documentário

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UNIDADE 1

ENTREGUES PENDENTES
Agata Vitoria DOUGLAS RAFAEL WOLF
Amanda tomazoni EDUARDO RECH DELARIS
Ariani Andreta FERNANDA CAMARGO
Cristina Oliveira GUILHERME VINICIUS PASINATO ORZECHOWSKI
Flávia Diana Bataiólli RAFAELA DE BORBA
Ingrid Maria RAYANA DE BORBA CAMARGO
Steffany Hryciuk ROBSON LANGE
RODRIGO EMANUEL ALMADA

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