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Profª. Adriana Figueiredo


RETA FINAL PETROBRAS –
Pós-Edital
Profª. Adriana Figueiredo
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados.
2. Reconhecimento de tipos textuais: narração, descrição, dissertação.
3. Domínio da ortografia oficial.
4. Emprego das classes de palavras: substantivos, adjetivos, verbos, conjunções,
preposições, pronomes, advérbios.
5. Reconhecimento e emprego das estruturas morfossintáticas do texto.
5.1. Relações de regência entre termos.
5.2. Relações de concordância entre termos.
5.3. Sinais de pontuação.
6. Reescritura de frases e parágrafos do texto.

Profª Adriana Figueiredo


CADERNO 1
Profª. Adriana Figueiredo
CADERNO DE PROVA
Profª. Adriana Figueiredo
CESPE / CEBRASPE - 2023 -
PO-AL - Perito
Profª. Adriana Figueiredo
01. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

Texto 1A1

A obrigatoriedade do fornecimento do DNA e a submissão daqueles ainda não


condenados e em liberdade condicional à entrega de seu material genético foram
assuntos bastante discutidos no cenário estadunidense. A grande abrangência dos
crimes que autorizam a extração do DNA assim como a permanência da informação
por tempo indeterminado no índice também são questões controversas. O foco é a
privacidade e a intimidade do indivíduo.

Profª Adriana Figueiredo


01. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

Prevê a Constituição estadunidense direito à inviolabilidade da intimidade e da


privacidade da pessoa, de modo a obstar buscas e apreensões desarrazoadas e sem
mandados pelo Estado. O propósito básico da quarta emenda constitucional
estadunidense é proteger a privacidade e a segurança dos indivíduos contra
invasões arbitrárias de autoridades governamentais. Assim, para surtir efeito, um
mandado de busca e apreensão deve ser motivado por uma causa provável (suspeita
individualizada da prática de um delito) e deferido, antes da execução, por um juiz
imparcial.

Profª Adriana Figueiredo


01. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

A coleta de sangue ou outro material biológico deve atender aos ditames da


quarta emenda (procedida mediante mandado/decisão motivada), sob pena de
ilegalidade. Ocorre que, para a inclusão do DNA no banco de dados nacional, nem
sempre há suspeita individualizada da prática de crime: a coleta ocorre quando o
sujeito já foi condenado, está detido ou está sendo processado por algum crime,
mas o material será armazenado em banco de dados para esclarecer crimes futuros
e não será necessariamente utilizado para o esclarecimento do crime atual —
diferentemente, por exemplo, de um mandado de busca e apreensão com o fim de
apreender drogas, em que há suspeita individualizada da existência de
entorpecentes e de que o sujeito pratica mercancia, ocasião em que se expede
mandado.

Profª Adriana Figueiredo


01. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

Então, para a coleta de sangue ou outro material biológico pelo Estado não
representar uma ofensa a esse direito constitucional — que proíbe buscas e
apreensões desarrazoadas —, é necessária a existência de uma necessidade especial
ou um interesse do Estado predominante ao interesse do jurisdicionado. Essas são
as exceções reconhecidas pela Corte Suprema estadunidense para que haja busca e
apreensão sem mandado: quando houver uma razão especial, além da normal
necessidade da aplicação da lei, ou quando os interesses do Estado superarem os do
particular.

Internet: <www.revistadoutrina.trf4.jus.br> (com adaptações).

Profª Adriana Figueiredo


01. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

De acordo com o texto, a coleta de material genético, quando o indivíduo já foi


condenado, consiste em ação que contradiz o propósito constitucional
estadunidense de proteger a privacidade e a segurança dos indivíduos contra
invasões arbitrárias de autoridades governamentais

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


02. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

1º PARÁGRAFO

A obrigatoriedade do fornecimento do DNA e a submissão daqueles ainda não


condenados e em liberdade condicional à entrega de seu material genético foram
assuntos bastante discutidos no cenário estadunidense. A grande abrangência dos
crimes que autorizam a extração do DNA assim como a permanência da informação
por tempo indeterminado no índice também são questões controversas. O foco é a
privacidade e a intimidade do indivíduo.

Profª Adriana Figueiredo


02. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

A coerência do primeiro parágrafo do texto seria mantida caso o segundo e o


terceiro períodos fossem unidos em um só, empregando-se, entre eles, a conjunção
portanto, da seguinte forma: A grande abrangência dos crimes que autorizam a
extração do DNA assim como a permanência da informação por tempo
indeterminado no índice também são questões controversas, portanto o foco é a
privacidade e a intimidade do indivíduo.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


03. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito
3º PARÁGRAFO

A coleta de sangue ou outro material biológico deve atender aos ditames da


quarta emenda (procedida mediante mandado/decisão motivada), sob pena de
ilegalidade. Ocorre que, para a inclusão do DNA no banco de dados nacional, nem
sempre há suspeita individualizada da prática de crime: a coleta ocorre quando o
sujeito já foi condenado, está detido ou está sendo processado por algum crime,
mas o material será armazenado em banco de dados para esclarecer crimes futuros
e não será necessariamente utilizado para o esclarecimento do crime atual —
diferentemente, por exemplo, de um mandado de busca e apreensão com o fim de
apreender drogas, em que há suspeita individualizada da existência de
entorpecentes e de que o sujeito pratica mercancia, ocasião em que se expede
mandado.
Profª Adriana Figueiredo
03. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

A substituição do trecho “procedida mediante” (primeiro período do terceiro


parágrafo) por precedida de manteria a correção e a coerência do texto, embora
alterasse seu sentido.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


01. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

ÚLTIMO PARÁGRAFO

Então, para a coleta de sangue ou outro material biológico pelo Estado não
representar uma ofensa a esse direito constitucional — que proíbe buscas e
apreensões desarrazoadas —, é necessária a existência de uma necessidade especial
ou um interesse do Estado predominante ao interesse do jurisdicionado. Essas são
as exceções reconhecidas pela Corte Suprema estadunidense para que haja busca e
apreensão sem mandado: quando houver uma razão especial, além da normal
necessidade da aplicação da lei, ou quando os interesses do Estado superarem os do
particular.

Profª Adriana Figueiredo


04. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

No último parágrafo do texto, o trecho que segue os dois pontos — “quando houver
(...) particular” — apresenta duas das possíveis exceções apontadas no período para
a inexigibilidade de mandado de busca e apreensão.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


05. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

4º PARÁGRAFO

Então, para a coleta de sangue ou outro material biológico pelo Estado não
representar uma ofensa a esse direito constitucional — que proíbe buscas e
apreensões desarrazoadas —, é necessária a existência de uma necessidade especial
ou um interesse do Estado predominante ao interesse do jurisdicionado. Essas são
as exceções reconhecidas pela Corte Suprema estadunidense para que haja busca e
apreensão sem mandado: quando houver uma razão especial, além da normal
necessidade da aplicação da lei, ou quando os interesses do Estado superarem os do
particular.

Profª Adriana Figueiredo


05. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

Um possível sentido para o vocábulo “desarrazoadas” (primeiro período do quarto


parágrafo) é injustas.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


06. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

1º PARÁGRAFO

A obrigatoriedade do fornecimento do DNA e a submissão daqueles ainda não


condenados e em liberdade condicional à entrega de seu material genético foram
assuntos bastante discutidos no cenário estadunidense. A grande abrangência dos
crimes que autorizam a extração do DNA assim como a permanência da informação
por tempo indeterminado no índice também são questões controversas. O foco é a
privacidade e a intimidade do indivíduo.

Profª Adriana Figueiredo


06. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

No primeiro período do primeiro parágrafo, o emprego do sinal indicativo de crase


em “à entrega” deve-se à regência do nome “submissão” e à determinação do
vocábulo “entrega” por artigo definido.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


07. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

2º PARÁGRAFO

Prevê a Constituição estadunidense direito à inviolabilidade da intimidade e


da privacidade da pessoa, de modo a obstar buscas e apreensões desarrazoadas e
sem mandados pelo Estado. O propósito básico da quarta emenda constitucional
estadunidense é proteger a privacidade e a segurança dos indivíduos contra
invasões arbitrárias de autoridades governamentais. Assim, para surtir efeito, um
mandado de busca e apreensão deve ser motivado por uma causa provável (suspeita
individualizada da prática de um delito) e deferido, antes da execução, por um juiz
imparcial.

Profª Adriana Figueiredo


07. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

A correção gramatical do texto seria mantida caso se empregassem vírgulas para


isolar a expressão “a Constituição estadunidense” (primeiro período do segundo
parágrafo)..

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


08. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

ÚLTIMO PARÁGRAFO

Então, para a coleta de sangue ou outro material biológico pelo Estado não
representar uma ofensa a esse direito constitucional — que proíbe buscas e
apreensões desarrazoadas —, é necessária a existência de uma necessidade especial
ou um interesse do Estado predominante ao interesse do jurisdicionado. Essas são
as exceções reconhecidas pela Corte Suprema estadunidense para que haja busca e
apreensão sem mandado: quando houver uma razão especial, além da normal
necessidade da aplicação da lei, ou quando os interesses do Estado superarem os do
particular.

Profª Adriana Figueiredo


08. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

O primeiro período do último parágrafo poderia ser reescrito, com manutenção das
ideias e da correção gramatical do texto, da seguinte forma: Assim, para que a coleta
de sangue ou outro material biológico pelo Estado não represente uma ofensa, a
esse direito constitucional que proíbe buscas e apreensões desarrazoadas, é
necessário a existência de uma necessidade especial ou um interesse do Estado
predominante ao interesse do jurisdicionado.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


09. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito
3º PARÁGRAFO

A coleta de sangue ou outro material biológico deve atender aos ditames


da quarta emenda (procedida mediante mandado/decisão motivada), sob pena de
ilegalidade. Ocorre que, para a inclusão do DNA no banco de dados nacional, nem
sempre há suspeita individualizada da prática de crime: a coleta ocorre quando o
sujeito já foi condenado, está detido ou está sendo processado por algum crime,
mas o material será armazenado em banco de dados para esclarecer crimes futuros
e não será necessariamente utilizado para o esclarecimento do crime atual —
diferentemente, por exemplo, de um mandado de busca e apreensão com o fim de
apreender drogas, em que há suspeita individualizada da existência de
entorpecentes e de que o sujeito pratica mercancia, ocasião em que se expede
mandado.
Profª Adriana Figueiredo
09. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

No trecho “em que há suspeita individualizada da existência de entorpecentes”


(segundo período do terceiro parágrafo), a substituição de “em que” por onde
prejudicaria a correção do texto.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


10. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito
3º PARÁGRAFO

A coleta de sangue ou outro material biológico deve atender aos ditames


da quarta emenda (procedida mediante mandado/decisão motivada), sob pena de
ilegalidade. Ocorre que, para a inclusão do DNA no banco de dados nacional, nem
sempre há suspeita individualizada da prática de crime: a coleta ocorre quando o
sujeito já foi condenado, está detido ou está sendo processado por algum crime,
mas o material será armazenado em banco de dados para esclarecer crimes futuros
e não será necessariamente utilizado para o esclarecimento do crime atual —
diferentemente, por exemplo, de um mandado de busca e apreensão com o fim de
apreender drogas, em que há suspeita individualizada da existência de
entorpecentes e de que o sujeito pratica mercancia, ocasião em que se expede
mandado.
Profª Adriana Figueiredo
10. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito

Haveria prejuízo da correção gramatical do texto caso o trecho “em que se expede
mandado” (segundo período do terceiro parágrafo) fosse reescrito como em que
expede-se mandado.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


CEBRASPE – 2023 – CN MP -
Analista do CNMP

Profª Adriana Figueiredo


01. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Texto CB1A1

A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições


Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem qualquer
instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o Decreto n.º 3.912
delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização das comunidades
“remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à definição colonial da
Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º 4.887/2003, que, por sua vez,
aboliu a exigência de permanência no território e, com base no critério de autodefinição previsto na
Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a
categoria “remanescentes de quilombos” como “grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com
presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”
(Decreto n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação
das áreas reivindicadas por particulares, bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e
impediu a alienação das propriedades tituladas.
Profª Adriana Figueiredo
01. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

A previsão de autodefinição é de suma relevância porquanto parte do


pressuposto de que não cabe ao poder público, nem a nenhum pesquisador, imputar
identidades sociais. Esse princípio vai de par com o Decreto Federal n.º 6.040/2007,
que instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais, definindo-os como “grupos culturalmente diferenciados e
que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social,
que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua
reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando
conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.

F. Vieira et al. Sob o rufar dos ng’oma: o judiciário em disputa pelos quilombolas.
Revista Direito e Práxis, v. 8, jan. 2017, p. 560–1 (com adaptações).

Profª Adriana Figueiredo


01. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Conforme exposto no texto, compete ao Estado fixar critérios rígidos que definam o
pertencimento de uma pessoa a grupos étnico-raciais.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


02. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Texto CB1A1

A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições


Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem qualquer
instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o Decreto n.º 3.912
delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização das comunidades
“remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à definição colonial da
Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º 4.887/2003, que, por sua vez,
aboliu a exigência de permanência no território e, com base no critério de autodefinição previsto na
Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a
categoria “remanescentes de quilombos” como “grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com
presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”
(Decreto n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação
das áreas reivindicadas por particulares, bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e
impediu a alienação das propriedades tituladas.
Profª Adriana Figueiredo
02. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

A previsão de autodefinição é de suma relevância porquanto parte do


pressuposto de que não cabe ao poder público, nem a nenhum pesquisador, imputar
identidades sociais. Esse princípio vai de par com o Decreto Federal n.º 6.040/2007,
que instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais, definindo-os como “grupos culturalmente diferenciados e
que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social,
que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua
reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando
conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.

F. Vieira et al. Sob o rufar dos ng’oma: o judiciário em disputa pelos quilombolas.
Revista Direito e Práxis, v. 8, jan. 2017, p. 560–1 (com adaptações).

Profª Adriana Figueiredo


02. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Depreende-se da leitura do texto que seus autores apoiam a adoção da


autodefinição como critério de caracterização dos povos e comunidades tradicionais.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


03. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Texto CB1A1

A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições


Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem qualquer
instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o Decreto n.º 3.912
delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização das comunidades
“remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à definição colonial da
Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º 4.887/2003, que, por sua vez,
aboliu a exigência de permanência no território e, com base no critério de autodefinição previsto na
Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a
categoria “remanescentes de quilombos” como “grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com
presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”
(Decreto n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação
das áreas reivindicadas por particulares, bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e
impediu a alienação das propriedades tituladas.
Profª Adriana Figueiredo
03. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

A previsão de autodefinição é de suma relevância porquanto parte do


pressuposto de que não cabe ao poder público, nem a nenhum pesquisador, imputar
identidades sociais. Esse princípio vai de par com o Decreto Federal n.º 6.040/2007,
que instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais, definindo-os como “grupos culturalmente diferenciados e
que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social,
que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua
reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando
conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.

F. Vieira et al. Sob o rufar dos ng’oma: o judiciário em disputa pelos quilombolas.
Revista Direito e Práxis, v. 8, jan. 2017, p. 560–1 (com adaptações).

Profª Adriana Figueiredo


03. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Entende-se da leitura do texto que o Decreto n.º 4.887/2003 revogou o Decreto n.º
3.912/2001 com o intuito de atualizar a definição de “remanescentes de quilombos”.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


04. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Texto CB1A1

A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições


Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem qualquer
instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o Decreto n.º 3.912
delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização das comunidades
“remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à definição colonial da
Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º 4.887/2003, que, por sua vez,
aboliu a exigência de permanência no território e, com base no critério de autodefinição previsto na
Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a
categoria “remanescentes de quilombos” como “grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com
presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”
(Decreto n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação
das áreas reivindicadas por particulares, bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e
impediu a alienação das propriedades tituladas.
Profª Adriana Figueiredo
04. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

A previsão de autodefinição é de suma relevância porquanto parte do


pressuposto de que não cabe ao poder público, nem a nenhum pesquisador, imputar
identidades sociais. Esse princípio vai de par com o Decreto Federal n.º 6.040/2007,
que instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais, definindo-os como “grupos culturalmente diferenciados e
que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social,
que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua
reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando
conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.

F. Vieira et al. Sob o rufar dos ng’oma: o judiciário em disputa pelos quilombolas.
Revista Direito e Práxis, v. 8, jan. 2017, p. 560–1 (com adaptações).

Profª Adriana Figueiredo


04. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Da leitura do texto conclui-se que o Decreto n.º 6.040/2007 trata de comunidades


que mantêm inalteradas suas tradições socioculturais.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


05. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Texto CB1A1

A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições


Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem qualquer
instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o Decreto n.º 3.912
delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização das comunidades
“remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à definição colonial da
Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º 4.887/2003, que, por sua vez,
aboliu a exigência de permanência no território e, com base no critério de autodefinição previsto na
Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a
categoria “remanescentes de quilombos” como “grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com
presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”
(Decreto n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação
das áreas reivindicadas por particulares, bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e
impediu a alienação das propriedades tituladas.
Profª Adriana Figueiredo
05. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

A previsão de autodefinição é de suma relevância porquanto parte do


pressuposto de que não cabe ao poder público, nem a nenhum pesquisador, imputar
identidades sociais. Esse princípio vai de par com o Decreto Federal n.º 6.040/2007,
que instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais, definindo-os como “grupos culturalmente diferenciados e
que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social,
que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua
reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando
conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.

F. Vieira et al. Sob o rufar dos ng’oma: o judiciário em disputa pelos quilombolas.
Revista Direito e Práxis, v. 8, jan. 2017, p. 560–1 (com adaptações).

Profª Adriana Figueiredo


05. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Pelos argumentos apresentados no texto, entende-se que o requisito de


“permanência no território” para a caracterização das comunidades “remanescentes
de quilombos” fere o pressuposto que respalda a adoção do critério de
autodefinição dessas comunidades.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


06. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Texto CB1A1

A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições


Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem qualquer
instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o Decreto n.º 3.912
delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização das comunidades
“remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à definição colonial da
Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º 4.887/2003, que, por sua vez,
aboliu a exigência de permanência no território e, com base no critério de autodefinição previsto na
Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a
categoria “remanescentes de quilombos” como “grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com
presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”
(Decreto n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação
das áreas reivindicadas por particulares, bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e
impediu a alienação das propriedades tituladas.
Profª Adriana Figueiredo
06. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

No primeiro período do primeiro parágrafo, o vocábulo “sua” está empregado em


referência a “A regulamentação do direito quilombola”.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


07. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

A previsão de autodefinição é de suma relevância porquanto parte do


pressuposto de que não cabe ao poder público, nem a nenhum pesquisador, imputar
identidades sociais. Esse princípio vai de par com o Decreto Federal n.º 6.040/2007,
que instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais, definindo-os como “grupos culturalmente diferenciados e
que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social,
que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua
reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando
conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.

F. Vieira et al. Sob o rufar dos ng’oma: o judiciário em disputa pelos quilombolas.
Revista Direito e Práxis, v. 8, jan. 2017, p. 560–1 (com adaptações).

Profª Adriana Figueiredo


07. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

No último período do último parágrafo, o vocábulo “que” em “que ocupam e usam


territórios e recursos naturais” retoma “formas próprias de organização social”.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


08. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Texto CB1A1

A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições


Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem qualquer
instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o Decreto n.º 3.912
delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização das comunidades
“remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à definição colonial da
Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º 4.887/2003, que, por sua vez,
aboliu a exigência de permanência no território e, com base no critério de autodefinição previsto na
Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a
categoria “remanescentes de quilombos” como “grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com
presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”
(Decreto n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação
das áreas reivindicadas por particulares, bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e
impediu a alienação das propriedades tituladas.
Profª Adriana Figueiredo
08. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

A previsão de autodefinição é de suma relevância porquanto parte do pressuposto de


que não cabe ao poder público, nem a nenhum pesquisador, imputar identidades sociais. Esse
princípio vai de par com o Decreto Federal n.º 6.040/2007, que instituiu a Política Nacional de
Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, definindo-os como
“grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas
próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como
condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando
conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.

F. Vieira et al. Sob o rufar dos ng’oma: o judiciário em disputa pelos quilombolas.
Revista Direito e Práxis, v. 8, jan. 2017, p. 560–1 (com adaptações).

Profª Adriana Figueiredo


08. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

A coerência e a correção gramatical do texto seriam mantidas caso o segundo


parágrafo fosse assim iniciado: No entanto, a previsão (...).

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


09. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

A previsão de autodefinição é de suma relevância porquanto parte do


pressuposto de que não cabe ao poder público, nem a nenhum pesquisador, imputar
identidades sociais. Esse princípio vai de par com o Decreto Federal n.º 6.040/2007,
que instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais, definindo-os como “grupos culturalmente diferenciados e
que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social,
que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua
reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando
conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.

F. Vieira et al. Sob o rufar dos ng’oma: o judiciário em disputa pelos quilombolas.
Revista Direito e Práxis, v. 8, jan. 2017, p. 560–1 (com adaptações).

Profª Adriana Figueiredo


09. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Estariam mantidos os sentidos e a coerência do texto caso se substituísse, no


primeiro período do segundo parágrafo, “porquanto” por logo.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


10. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

A previsão de autodefinição é de suma relevância porquanto parte do


pressuposto de que não cabe ao poder público, nem a nenhum pesquisador, imputar
identidades sociais. Esse princípio vai de par com o Decreto Federal n.º 6.040/2007,
que instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais, definindo-os como “grupos culturalmente diferenciados e
que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social,
que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua
reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando
conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.

F. Vieira et al. Sob o rufar dos ng’oma: o judiciário em disputa pelos quilombolas.
Revista Direito e Práxis, v. 8, jan. 2017, p. 560–1 (com adaptações).

Profª Adriana Figueiredo


10. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

No segundo período do segundo parágrafo, a expressão “Esse princípio” faz


referência ao pressuposto anteriormente citado, o qual, conforme se depreende da
leitura do texto, constitui o fundamento da “previsão de autodefinição”, mencionada
no início do parágrafo.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


11. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Texto CB1A1

A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições


Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem qualquer
instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o Decreto n.º 3.912
delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização das comunidades
“remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à definição colonial da
Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º 4.887/2003, que, por sua vez,
aboliu a exigência de permanência no território e, com base no critério de autodefinição previsto na
Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a
categoria “remanescentes de quilombos” como “grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com
presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”
(Decreto n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação
das áreas reivindicadas por particulares, bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e
impediu a alienação das propriedades tituladas.
Profª Adriana Figueiredo
11. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Estaria preservada a correção gramatical do texto caso os travessões empregados no


primeiro período do primeiro parágrafo fossem substituídos por vírgulas.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


12. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Texto CB1A1

A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições


Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem qualquer
instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o Decreto n.º 3.912
delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização das comunidades
“remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à definição colonial da
Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º 4.887/2003, que, por sua vez,
aboliu a exigência de permanência no território e, com base no critério de autodefinição previsto na
Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a
categoria “remanescentes de quilombos” como “grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com
presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”
(Decreto n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação
das áreas reivindicadas por particulares, bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e
impediu a alienação das propriedades tituladas.
Profª Adriana Figueiredo
12. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

No último período do primeiro parágrafo, a substituição de “a titulação” por da


titulação não prejudicaria a correção gramatical do texto, mas alteraria as relações
sintáticas nele estabelecidas.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


13. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Texto CB1A1

A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições


Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem qualquer
instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o Decreto n.º 3.912
delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização das comunidades
“remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à definição colonial da
Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º 4.887/2003, que, por sua vez,
aboliu a exigência de permanência no território e, com base no critério de autodefinição previsto na
Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a
categoria “remanescentes de quilombos” como “grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com
presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”
(Decreto n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação
das áreas reivindicadas por particulares, bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e
impediu a alienação das propriedades tituladas.
Profª Adriana Figueiredo
13. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

No trecho “com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à


opressão histórica sofrida” (terceiro período do primeiro parágrafo), o emprego da
preposição “com” em sua segunda ocorrência justifica-se pelo necessário
estabelecimento do paralelismo sintático entre as expressões introduzidas pela
referida preposição.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


14. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Não haveria prejuízo da coesão e da coerência textual caso o trecho “sem qualquer
instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação” (primeiro
período do texto) fosse assim reescrito: sem que qualquer instrumento legal de
abrangência nacional guiasse sua efetivação.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


15. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

A previsão de autodefinição é de suma relevância porquanto parte do


pressuposto de que não cabe ao poder público, nem a nenhum pesquisador, imputar
identidades sociais. Esse princípio vai de par com o Decreto Federal n.º 6.040/2007,
que instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais, definindo-os como “grupos culturalmente diferenciados e
que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social,
que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua
reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando
conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.

F. Vieira et al. Sob o rufar dos ng’oma: o judiciário em disputa pelos quilombolas.
Revista Direito e Práxis, v. 8, jan. 2017, p. 560–1 (com adaptações).

Profª Adriana Figueiredo


15. CEBRASPE – 2023 – CN MP - Analista do CNMP

Estariam mantidos os sentidos e a correção do segundo período do último parágrafo


do texto caso o segmento “vai de par com” fosse substituído por segue par à par
com.

Certo
Errado

Profª Adriana Figueiredo


OBRIGADA!
Professora: Adriana Figueiredo
Professora: Adriana Figueiredo

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