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FAE – CENTRO

JUNHO [2021]

UNIVERSITÁRIO
APRESENTAÇÃO
Vinícius Nascimento

FAE – CENTRO UNIVERSITÁRIO


GEORGE JUNHO [2021]

QUI? MICHÈLEROSIER
Aluno
Vinícius Nascimento

FAE – CENTRO UNIVERSITÁRIO


JUNHO [2021]

GEORGE QUI? – MICHÈLE


ROSIER
George Sand?
Foi o pseudônimo de Amandine Aurore Lucile Dupin,
baronesa de Dudevant, aclamada romancista e memorialista
francesa, considerada a maior escritora francesa.

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JUNHO [2021]

GEORGE QUI? – MICHÈLE


ROSIER
Direção
Michèle Lazareff Rosier foi uma jornalista e designer de
moda francesa que fundou a marca de roupas esportivas V de
V. Além disso, foi diretora de cinema e roteirista desde 1973.

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GEORGE
QUI? JUNHO [2021]

SOBRE O FILME

O primeiro filme de Michèle Rosier, George qui?, lançado


em 3 de maio de 1973, é um retrato apaixonado, histórico e
contemporâneo, do escritor, amante e grande figura da
emancipação feminina George Sand (1804-1873).
No longa, ao lado de Anne Wiazemsky, que encarna a
mulher das letras, aglomeram-se muitos amigos da diretora,
principalmente diretores de teatro e de cinema (Françoise
Lebrun, Bulle Ogier, Roger Planchon, Jean-Pierre Kalfon,
Jean-Michel Ribes), além do filósofo Gilles Deleuze, que
eterniza sua única aparição no cinema.

Filme fantasiado, George quem? ri de


anacronismos únicos: um 2CV diante de um Austin-
Mini, um caminhão, uma televisão ao fundo; tantas
liberdades que permitem ao diretor fazer uma síntese
entre a revolução de 1848 e as demandas da sociedade
de maio de 1968.

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GEORGE
A PRIMEIRA BIOGRAFIA
QUI? JUNHO[2021]

FILMADA DE GEORGE
SAND
“ Um filme sobre o grande caso de amor de
George Sand com os homens, com a
literatura, com a política, com o campo e,
finalmente, com sua vida! “

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GEORGE
QUI? JUNHO[2021]

CINEMA NOVO

George é curiosa e possui um desejo que não cabe em si,


sendo especialmente fascinada por músicos, poetas e atores.
Segundo a imprensa, Michèle Rosier também consegue
um tour de force estético, revelação digna de uma cineasta
autêntica.
O que caracteriza George Who? é seu valor culminante,
conseguindo sintetizar e incorporar em seu filme todas as boas
relações com a arte em geral, principalmente com a pintura, e
escapando da armadilha da autobiografia direta, que dá a
muitos primeiros filmes um caráter confuso e amarrado.

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GEORGE
QUI? JUNHO[2021]

CINEMA NOVO

“Uma obra cinematográfica consciente


da sua existência como meio e fim
cultural”
Stéphane Sorel – Crítico de Cinema

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GEORGE
QUI? JUNHO[2021]

UMA FIGURA
ETERNA
Por sua biografia de George Sand, Michèle Rosier se
recusa a respeitar a linearidade. Ela utiliza e sublinha a
crítica cinématographe, quebrando continuamente o
desenvolvimento cinebiográfico.
Esta é uma realidade almejada pelo autor, que
também não hesita em introduzir no século XIX as
personagens do nosso tempo, a partir daí a história de
George Sand se confunde completamente com o tempo
atual. Personagens contemporâneos invadem o passado,
como na cena final, George Sand invade o presente.
Aproveitar o momento. É isso que dá a este filme
seu ar natural, simples e de alegria franca.

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GEORGE
QUI? JUNHO[2021]

UM CINEMA
FEMINISTA
Assim que o longa começa, ouvimos Anne
Wiazemsky, que interpreta George Sand, dizer: Você
sabia que existe apenas um osso diferente em homens e
mulheres: o osso do quadril? Já está tudo rodado: o
filme será agressivamente feminista.
O cinema político, militante e o feminismo
exacerbado de Michèle Rosier incomodou, e incomoda,
alguns críticos, tanto mulheres como homens.

“Michèle Rosier é, pelas necessidades da


causa, uma ativista consciente”
Lamenta a crítica Mireille Amiel.

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GEORGE
QUI? JUNHO[2021]

UM CINEMA
FEMINISTA
No início de maio de 1973, o escrito René Quinson
fez a seguinte pergunta sobre o lançamento iminente do
filme: "Mas quem exatamente foi George Sand?“. Um
mês e meio depois, ainda no mesmo jornal, Henry
Chapier oferece uma resposta contundente.

“ Um flagrante delito de incultura ”

Ver em George Sand a imagem do primeiro militante


feminista francês faz dele um personagem anedótico sem
nuances, como se se tratasse de inserir uma colcha de
retalhos em uma peça de linho nobre ou em pura seda.

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GEORGE
QUI? JUNHO[2021]
CINEMA, FILOSOFIA E
DELEUZE
Deleuze escreve alguns livros sobre cinema a
partir da filosofia e cria alguns conceitos próprios
nessa relação: Imagem-movimento e Imagem-
tempo (nome de duas de suas obras).
Na trajetória do filme George qui? há vários
encontros entre personagens e dos personagens
consigo mesmos.
Esses encontros nos servem para perceber o
quanto o cinema é capaz de se livrar das amarras
de determinadas narrativas e nos presentear com o
cinema sublime, o cinema que encontra no
pensamento o seu maior aliado.

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GEORGE
QUI? JUNHO[2021]
CINEMA, FILOSOFIA E
DELEUZE
Para compreender essa transformação que a
imagem do cinema sofre é preciso ir à história do
cinema e a do pensamento em geral e flagrar os
dois regimes: orgânico e cristalino (cinema
clássico e moderno).
Imagem-movimento e imagem-tempo
coexistem em todo filme mas é preciso, verificar o
grau que cada uma ocupa em cada filme para
compor a narrativa; seja para representar uma
imagem pragmática seja elevar-se ao nível da
existência e trazer consigo o vínculo perdido do
homem com o mundo.

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VINÍCIUS
NASCIMENTO JUNHO[2021]

GEORGE QUI?

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