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INTERRUPÇÃO DO
CONTRATO DE
TRABALHO
Para os estudos, primeiro leia
atentamente os artigos 471 a 476-A, CLT
1.
GENERALIDADES
As suspensões e interrupções do contrato de emprego são períodos em
As suspensões e interrupções do contrato de emprego são períodos em
que ocorre a sustação dos efeitos das cláusulas contratuais, de forma
absoluta ou parcial. Sempre haverá a sustação da prestação de trabalho.
Mas o mesmo não acontece com a obrigação de pagamento dos salários,
que poderá permanecer íntegra, ser sustada parcialmente ou totalmente.
Durante o período de suspensão não se presta serviço, não se paga salários, não há
recolhimentos fiscais vinculados ao contrato e a sua duração não é computada como
tempo de serviço.
Durante o período de interrupção não se presta serviço, mas se paga salários, efetua-
se, por consequência, os recolhimentos fiscais vinculados ao contrato, e a sua duração
é computada como tempo de serviço.
3.8. Suspensão Disciplinar: uma vez que o empregador detém poder disciplinar na relação
de emprego, pode aplicar penalidades de suspensão disciplinar aos empregados, para
desmotivá-los da prática de atos que representam faltas contratuais graves, descritas no
artigo 482, CLT. O artigo 474, CLT, limita o tempo máximo das suspensões disciplinares a
30 (trinta) dias. Nestes períodos de paralisação da prestação de serviços o empregado
não tem direito de receber salários. Mas se, posteriormente à paralisação dos serviços, o
empregador relevar a falta e pagar salários, ter-se-ia hipótese de interrupção contratual.
3. SUSPENSÃO: HIPÓTESES
TIPIFICADAS
3.9. Diretor de S.A. Recrutado Internamente: o empregado de uma sociedade anônima
que é eleito para o cargo de diretor da companhia tem o seu contrato de emprego
suspenso, nos termos da Súmula 269/TST, pois a relação de emprego deixa de existir pela
ausência do elemento fático-jurídico da subordinação.
3.14. Afastamento por Doença, a Partir do 16° Dia: de acordo com o artigo 60, da Lei
8.213/1991, o benefício previdenciário de auxílio-doença é devido ao segurado
empregado a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade. Assim, nos
primeiros quinze dias de afastamento o empregador continua a pagar os salários devidos
ao empregado (interrupção) e, a partir do 16° dia, começa a viger o benefício de auxílio-
doença, que será pago diretamente pela Previdência Social, desonerando o empregador
(suspensão). Exceção: empregado doméstico, cuja suspensão se dá desde o 1° dia.
3. SUSPENSÃO: HIPÓTESES
TIPIFICADAS
3.15. Aposentadoria por Invalidez: o benefício previdenciário de aposentadoria por
invalidez sempre é provisório e poderá ser cancelado na hipótese de o empregado
recuperar a capacidade laborativa, ou mesmo na hipótese de ele adquirir capacitação para
trabalhar em outros ofícios (Lei 8.213/91, art. 42). Assim, ele não extingue o contrato de
emprego, que fica suspenso durante todo o tempo que o empregado receber o benefício.
3.16. Afastamento por Acidente de Trabalho ou Doença Ocupacional, a Partir do 16° Dia: a
lei 8.213/91, art. 59 c/c art. 60, § 4° c/c art. 476, CLT, estabelece a suspensão do contrato
de emprego no afastamento do empregado em caso de acidente de trabalho, a partir do
16° dia, quando passará a receber auxílio-doença acidentário da Previdência Social. Os 15
primeiros são suportados pelo empregador. Durante o período de afastamento o
empregador tem que recolher o FGTS (Lei 8.036/1990, art. 15, § 5°). A doença
profissional é considerada acidente de trabalho, nos termos do artigo 20, da Lei
8.213/1991.
4. INTERRUPÇÃO: HIPÓTESES
TIPIFICADAS
4.1. Licença Maternidade: como visto anteriormente sobre as suspensões, por regra geral
quem paga o benefício previdenciário de licença maternidade é o empregador, que depois
poderá deduzir o valor do montante as contribuições previdenciárias que deveria
recolher ao INSS. A maioria da doutrina entende que trata-se de hipótese de interrupção
do contrato de trabalho pois o salário é pago pelo empregador (e esta é a obrigação
normal do contrato), sendo certo que a possibilidade de posterior dedução trata-se de
relacionamento jurídico do patrão com o INSS, não envolvendo o empregado.
4.2. Afastamento por Acidente de Trabalho ou Doença Ocupacional, até o 15° Dia:
ocorrendo acidente do trabalho ou constatada doença ocupacional que importem no
afastamento do empregado, os primeiros 15 dias são suportados pelo empregador,
conforme artigo 60, da Lei 8.213/91 c/c arts. 30 e 71, do Decreto 3.048/99.
4. INTERRUPÇÃO: HIPÓTESES
TIPIFICADAS
4.3. Além dessas duas hipóteses destacadas de interrupção do contrato de emprego, nosso
Ordenamento Jurídico possui diversas outras previstas, onde o empregado não prestará
serviços, mas receberá remuneração. São estas as principais hipóteses:
por cinco dias, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana (CLT,
art. 473, III c/c CRFB/88, art. 7°, XIX).
nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para
ingresso em estabelecimento de ensino superior (CLT, art. 473, VII).
pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo (CLT, art. 473,
VIII).
por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica
(CLT, art. 473, XI).
02 (duas) semanas em caso de aborto não criminoso (CLT, arts. 392 e 395).
Paralisação das atividades da empresa, por culta desta (CLT, art. 61, § 3°).