DEFINIÇÃO É uma doença neurológica inflamatória crônica desmielinizante no Sistema Nervoso Central, que acomete mais frequentemente adultos jovens entre 25 e 35 anos. É mais comum em mulheres 5/1 e em indivíduos de cor branca. Histopatologia • Córtex cerebral normal; • Raramente ocorre atrofia cortical ou subcortical; • Presença de placas acinzentadas irregulares desmielinizantes no centro branco medular, tronco encefálico, cerebelo e medula; • Essas placas predominam em torno dos ventrículos e da medula. Agressão a mielina CLASSIFICAÇÃO • Esclerose múltipla recidivante com remissão: caracterizada por um curso de recidivas recorrentes discretas, entremeadas por períodos de remissão quando a recuperação é completa ou parcial. CLASSIFICAÇÃO • Esclerose múltipla progressiva secundária: depois de um período de recidiva e remissão, a doença entra em uma fase em que há deterioração progressiva. CLASSIFICAÇÃO • Esclerose múltipla progressiva primária: caracterizada por um déficit neurológico progressivo e acumulativo desde o início dos sintomas.
É o tipo mais comum.
ETIOLOGIA • Acredita-se que não exista uma causa única, sendo provável uma combinação de fatores. • É possível que os portadores estejam predispostos a desenvolver a doença por algum fator hereditário. Desta forma, algum fator ambiental desconhecido pode fazer com que o organismo comece a atacar seus próprios neurônios, em um processo denominado “doença auto-imune”. FISIOPATOLOGIA • Caracteriza-se por pequenas placas de desmielinização no encéfalo e medula espinal. • Os glóbulos brancos (monócitos e linfócitos) vindos da circulação alojam-se na massa cerebral. Estes glóbulos vão formar uma reação inflamatória em volta das pequenas vênulas, o que provocará a destruição de algumas células de suporte – os oligodendrócitos. • Os oligodendrócitos destruídos são passivamente substituídos por astrócitos. Forma-se, então, uma reação inflamatória resultante de células plasmáticas, astrócitos e glóbulos brancos, e consequentemente a placa de desmielinização à volta dos axônios, alterando o impulso nervoso. Estas placas encontram-se com maior frequência nos ventrículos, onde existe uma grande drenagem venosa. Sendo assim, conforme for a localização das placas assim são os sinais: Cerebelo: desequilíbrios, ataxia, tremores; Na medula sacral: alterações vesicais, sexuais e intestinais; Lobo frontal: alterações de comportamento; Vias motoras da medula: fraqueza muscular com característica de tônus espástico; Lobo occipital e n. óptico: alterações da visão. Sinais e Sintomas • Fraqueza muscular, parestesias e perda motora • Ainda, distúrbios: de visão cerebelares urinários sensitivos cognitivos Fraqueza Muscular • Paresias: Mono, hemi, para, quadriplegias • Sinais piramidais: TCE (TCEL e TCEA) Hipertonia elástica (espasticidade) evoluindo para plástica (extrapiramidal) Hiperreflexia Clônus Babinski A combinação de nistagismo, fala pastosa e tremor é conhecida como TRÍADE DE CHARCOT Exames Laboratoriais • Líquor: - proteínas - globulinas - imunoglobulina G - pleocitose • Na Ressonância Magnética: - Presença de placas escleróticas - Pouca/nenhuma atrofia cortical cerebral OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO • Normalização do tônus • Ganho de força muscular • Melhora da mobilidade articular e flexibilidade • Treino de equilíbrio, coordenação e marcha • Prevenção de deformidades • Melhora da postura •Aliviar quadros álgicos •Estimular a sensibilidade •Prevenir complicações respiratórias •Melhora dos bem estar geral •Minimizar os efeitos da ataxia •Orientações para a prática regular de atividade física, de forma adequada. Evitar fadiga muscular e buscar melhorar o condicionamento físico ARTIGOS RECENTES O USO DA MACONHA COM FINALIDADE MEDICINAL REDUZIU SIGNIFICATIVAMENTE O TÔNUS E OS ESPASMOS MUSCULARES EM PORTADORES DE ESCLERSOE MÚLTIPLA. OBRIGADA!