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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES - CCHLA


DEPARTAMENTO DE ARTES - DEART
MESTRADO PROFISSIONAL EM ARTES – PROFARTES - UFRN

O som que se faz debaixo d’água

Lina Izabel Sena de Brito

Exame de Qualificação de Dissertação apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Área de Concentração: Processo de Ensino, Aprendizagem e Criação em Artes

Orientador: Dr. Marcilio de Souza Vieira


OBJETIVOS

Sistematizar o processo cênico teatral da encenação “O som que se faz debaixo d’água”;

Compreender como uma criação, na metodologia de um processo colaborativo na


perspectiva de uma experiência de encenação, sensibiliza a prática artística docente;

Refletir os meandros de criação cênica, sua dramaturgia e o corpo do elenco enquanto


receptáculo d’água para a encenação e desague para novas fontes, através do exercício
da prática artística teatral mangueando com a função de professor da citada linguagem
na Educação.
Metodologia

Partimos da pesquisa qualitativa descritiva tendo como abordagem metodológica a


Fenomenologia, em especial a de Maurice Merleau-Ponty, amparada no sensível e no mundo
vivido da pesquisadora e dos artistas intérpretes, além de considerar o processo de criação
como parte da experiência vivida.

Compreendemos a pesquisa qualitativa aberta a interpretações, possibilitando narrativas


ricas nas múltiplas realidades em que o fenômeno é vivenciado. A postura assumida para a
compreensão do objeto estudado parte da Fenomenologia como uma atitude, reconhecendo
o nosso olhar sobre o fenômeno, aquilo que se mostra para nós enquanto sujeitos
pesquisadores, e assumimos o mundo vivido e o sensível como método para se pensar o
fenômeno pesquisado.
JUSTIFICATIVA

De natureza qualitativa descritiva tendo como abordagem metodológica a


Fenomenologia assumindo o sensível e o mundo vivido através do processo
criativo, esta pesquisa se justifica por entender que é possível realizar
trabalhos colaborativos em teatro no espaço escolar e contribuir para se
pensar o Teatro para além de um pensamento hegemônico do
diretor/professor considerando a autonomia criativa do elenco/alunos.

Justifica-se ainda, por considera-la relevante enquanto criação e experiência


cênica com docentes ou futuros professores de Teatro.
Estados d’água/Capítulos

FUSÃO À NASCENTE

Evaporação: DRAMATU(O)RGIAS
EVAporação/ A Encenação e suas Transformações
Pingos de Dramaturgia
Respingo da Dramaturgia do Expectador – Água em vapor na criação
Dramatu(o)rgias: corpos em condensAção

O SOM QUE SE FAZ DEBAIXO D’ÁGUA: INVENTARIO EM ESTADO DE LIQUIDEZ

Chuva/Cena do Estupro
Rosa dos Ventos
Algidez
REFERENCIAS
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