Você está na página 1de 18

PROSTATITES

HUJM – Hospital Universitário Júlio Muller


Liga Acadêmica de Urologia

Lucas Silva Dias


(Acadêmico de Medicina-UC6)
Tema Sugerido: Luiz Fernando Molina
INTRODUÇÃO

⮚Processos inflamatórios da glândula prostática;

⮚Bacterianas ou não-bacterianas;

⮚Prevalência de 10-15%;

⮚Diagnóstico de exclusão.

Lima, 2014
Rhoden, 2009
INTRODUÇÃO

AGUDA

BACTERIANA

CRÔNICA

PROSTATITE
INFLAMATÓRIA
SÍNDROME DA
DOR PELVICA
NÃO NÃO
BACTERIANA INFLAMATÓRIA
ASSINTOMÁTICA

Lima, 2014
Rhoden, 2009
ETIOPATOGENIA
⮚Prostatites bacterianas:
⮚Bactérias chegam à próstata por via ascendente ou urina
infectada para os ductos prostáticos.
• Cálculos prostáticos;

• pH alcalino da secreção prostática;

• Comprometimento do epitélio prostático;

• Uso inadequado de antimicrobianos;

Lima, 2014
Rhoden, 2009
ETIOPATOGENIA
⮚80% são causadas por bactérias Gram-negativas aeróbicas
(enterobactérias):
• 80% dos casos por Escherichia coli;

• Outros agentes: Pseudomonas aeruginosa, Serratia, Klebsiella, Proteus,


Enterococos.

Lima, 2014
Rhoden, 2009
ETIOPATOGENIA
⮚Prostatites não bacterianas:
⮚ Diversas teorias de origem;
⮚ Por microorganismos não detectáveis em exames laboratoriais
comuns (citomegalovírus, HIV, micobactérias, Candida albicans);
⮚ Resposta inflamatória ao refluxo intraprostático de urina na
síndrome dolorosa inflamatória pélvica
⮚ Tensão muscular no assoalho pélvico na síndrome dolorosa pélvica
não inflamatória

Lima, 2014
Rhoden, 2009
QUADRO
Quadro CLÍNICO
clínico

⮚ Prostatite bacteriana aguda:

• Manifestações abruptas locais e sistêmicas;


• Bexiga facilmente palpável caso haja retenção urinária aguda;
• Toque retal, introdução de instrumentos e cateterismo uretral
devem ser evitados na fase inicial;
• DST: corrimento uretral

Lima, 2014
Rhoden, 2009
QUADRO CLÍNICO
⮚Prostatite bacteriana crônica:
• Sintomas mais sutis e apresenta ITU recorrente;

• Dor pouco intensa nas regiões lombar, perineal, retal ou testicular;

• Algúria, polaciúria, urgência e noctúria (hematúria e hematospermia);

• Próstata normal ou endurecida por cálculos prostáticos.

Lima, 2014
Rhoden, 2009
QUADRO CLÍNICO

⮚Síndrome da dor pélvica crônica:


• Semelhante à prostatite bacteriana crônica, sem ITU recorrente;

• Desconforto ejaculatório;

• Períodos de exacerbação e calmaria;

• Impacto negativo na qualidade de vida.

Lima, 2014
Rhoden, 2009
QUADRO CLÍNICO
⮚Prostatite inflamatória assintomática:
• Pacientes assintomáticos;

• Presença de leucócitos na secreção prostática ou na biópsia de


próstata.

Lima, 2014
Rhoden, 2009
EXAMES LABORATORIAIS

⮚Teste de Meares-Stamey:
• Também conhecido como teste de quatro-frascos;
• Padrão-ouro por muitos anos;

Lima, 2014
Porto & Porto. Semiologia Médica. 2016 Rhoden, 2009
EXAMES LABORATORIAIS
⮚Teste de dois frascos:
• Mais simples e econômico, resultados semelhantes;

⮚Outros exames:
• Hemograma, urina rotina e urocultura;
• Dosagem de PSA não obrigatória;
• Exames de imagem não solicitados de rotina.

Lima, 2014
Rhoden, 2009
TRATAMENTO
⮚Prostatite bacteriana aguda:
• Antimicrobianos;

• Sepse: internação com antimicrobianos por via endovenosa;

✔ Fluoroquinolonas ou cefalospirinas (endovenoso, e após, oral por até 8


semanas).

• Retenção urinária aguda: drenagem suprapúbica por cistostomia;

• Abscesso prostático: drenagem

• Cuidados com a evacuação;

Lima, 2014
Rhoden, 2009
TRATAMENTO
⮚Prostatite bacteriana crônica:
• Tratamento demorado, difícil e frequentemente frustrante;

• 1ª opção: fluoroquinolona (4-8 semanas);

• 2ª opção: sulfametoxazol-trimetoprima (3 meses);

• Tratamento cirúrgico por ineficiência dos antimicrobianos ou complicações;

Lima, 2014
Rhoden, 2009
TRATAMENTO
⮚Prostatite não bacteriana crônica:
• Tratamento antimicrobiano (controverso):

✔ Fluoroquinolona (2-6 semanas) ou sulfametoxazol-trimetoprima (2 semanas


a 3 meses).

• Antinflamatórios, fitoterápicos, relaxantes musculares e alfa-bloqueadores;

• Tratamento psicológico.

Lima, 2014
Rhoden, 2009
TRATAMENTO
⮚Prostatite inflamatória assintomática:
• PSA elevado: antimicrobianos (4 semanas) para normalização.

• PSA persiste elevado:indica-se biópsia prostática.

• Antimicrobiano pode melhorar a qualidade do sêmen.

Lima, 2014
Rhoden, 2009
REFERÊNCIAS

1. Lima DX, Câmara FD, Fonseca CEC. Urologia: Bases do Diagnóstico e


Tratamento. 1. ed. São Paulo, SP: Atheneu; 2014.

2. Rhoden E, Calado AA et al. Urologia: No Consultório. Porto Alegre: Artmed,


2009.
OBRIGADO!

Você também pode gostar