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DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
E A INTERSETORIALIDADE
Autoras:
Alice Menezes e Gabriela Barreto
Apresentação:
Alice Menezes
CLÍNICA AMPLIADA
E PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR
OBJETIVO
• Apresentar os conceitos de Clínica Ampliada e Projeto
Terapêutico Singular.
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CLÍNICA AMPLIADA
INTRODUÇÃO
Clínica tradicional - é o ato médico de prescrever remédios
ou solicitar exames para comprovar ou refutar a hipótese de
que a pessoa tem certa doença.
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CLÍNICA AMPLIADA
INTRODUÇÃO
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CLÍNICA AMPLIADA
INTRODUÇÃO
• Na Saúde Mental, a pirâmide é inversa: quando o
paciente está internado em hospital psiquiátrico,
quando está contido a situação se torna menos
complexa e quando mais se opera no território, no local
onde as pessoas moram e nas culturas em que as
pessoas existem, quando há que conectar recursos que a
comunidade tem ou se deparar com a desconexão de
diversas políticas públicas, quando se encontram pessoas
em prisão domiciliar ou que não procuram ajuda e estão
em risco de morte, quando mais se transita pelo
território a complexidade aumenta.
(Lancetti, 2006)
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CLÍNICA AMPLIADA
INTRODUÇÃO
• Decorrente dessa complexidade, as ações acontecidas
no território são ricas em possibilidades e, quando
operadas em redes quentes mostram maior
potencialidade terapêutica e de produção de direitos.
(Lancetti, 2006)
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CLÍNICA AMPLIADA
INTRODUÇÃO
• O diagnóstico parte de princípio universalizante e
generalizável. Supõe regularidade e produz igualdade.
• O diagnóstico opera como um rótulo. Logo, pode definir
uma “carreira de doente mental” e assim definir
determinadas ontologias, subjetividades.
• Frequentemente, pessoas com diagnóstico de transtornos
mentais são descriminadas, estigmatizadas e excluídas
pela sociedade.
• O sofrimento gerado pelo estigma afeta não só paciente,
mas também sua família e comunidade.
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CLÍNICA AMPLIADA
INTRODUÇÃO
• É preciso modificar o olhar da clínica e o modo como o
sistema de saúde disponibiliza o cuidado.
• Além do que o sujeito apresenta de “igual”, é preciso
compreender o que ele apresenta de “diferente”, de
singular.
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CLÍNICA AMPLIADA
O QUE É SAÚDE?
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CLÍNICA AMPLIADA
EIXOS:
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CLÍNICA AMPLIADA
EIXOS:
1. Compreensão ampliada do processo saúde-doença
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CLÍNICA AMPLIADA
EIXOS:
2. Construção compartilhada de diagnósticos e terapêuticas
EIXOS:
3. Ampliação do objeto de trabalho
EIXOS:
4. Transformação dos meios ou instrumentos de trabalho
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CLÍNICA AMPLIADA
EIXOS:
5. Suporte para os profissionais de saúde
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CLÍNICA AMPLIADA
EIXOS:
5. Suporte para os profissionais de saúde
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CLÍNICA AMPLIADA
NA PRÁTICA:
• Assumir um compromisso ético com a vida, a doença não
pode ser a única preocupação.
• Valorizar a escuta.
• Estabelecer vínculos e afetos => assumir
responsabilidade pelo usuário.
• Evitar infantilizar ou culpabilizar o usuário.
• Usar o diálogo e a informação como ferramentas de ação.
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CLÍNICA AMPLIADA
NA PRÁTICA:
• Reconhecer os limites do conhecimento dos profissionais
de saúde e das tecnologias empregadas num setor.
• Buscar conhecimento em outras especialidades da saúde
= trabalhar colaborativamente em Equipe de Referência e
de Apoio Matricial.
• Buscar conhecimento em diferentes setores =
INTERSETORIALIDADE.
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PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR
CONCEITO:
• Conjunto de propostas de condutas terapêuticas
articuladas não somente no plano biológico, para um
sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão
coletiva de uma equipe interdisciplinar, com apoio
matricial se necessário.
• Indicado para situações mais complexas.
• Variação da discussão de “caso clínico”.
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PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR
CONCEITO:
• O Singular resulta da influência do contexto sobre o
sujeito e também da intervenção do sujeito sobre si
mesmo e sobre o contexto, num processo de co-produção
• O sujeito não se conforma com os ditames da natureza
ou da estrutura social e interfere de forma reflexiva e
deliberada.
• A interferência pode ser em fatores externos (família,
comunidade, cultura, etc.) ou em fatores internos ao
sujeito.
• Ao interferir, interage com outros de modo dialógico.
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PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR
FINALIDADES:
• Qualificação da atenção
• Efetivar a Co-gestão da equipe interdisciplinar e a Clínica
Ampliada
• Facilitar a avaliação e o aprendizado coletivo (aumentar
capacidade de análise e intervenção)
• Possibilitar o apoio matricial à equipe de referência
• Possibilitar uma ação positiva em direção ao paciente, a
partir das diferenças internas e conflitos da equipe
21 (Cunha, 2005)
PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR
ETAPAS:
2) Definição de Objetivos
3) Divisão de responsabilidades, distribuição de tarefas e
prazos
4) Coordenação e Negociação
5) Reavaliação
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PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR
FORMULAÇÃO DE CASO:
• Quem são as pessoas envolvidas no caso?
• Qual a relação entre elas e delas com os profissionais da
equipe?
• De que forma o caso surgiu para a equipe?
• Qual é e como vemos a situação envolvida no caso?
• A que riscos (individuais, políticos, sociais) acreditamos
que essas pessoas estão expostas?
• Que processos de vulnerabilidade essas pessoas estão
vivenciando?
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PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR
FORMULAÇÃO DE CASO:
• Que necessidades de saúde devem ser respondidas nesse
caso?
• O que os usuários consideram como suas necessidades?
• Quais objetivos devem ser alcançados no PTS?
• Quais objetivos os usuários querem alcançar?
• Que hipóteses temos sobre como a problemática se
explica e se soluciona?
• Como o usuário imagina que seu “problema” será
solucionado?
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PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR
FORMULAÇÃO DE CASO:
• Que ações, responsáveis e prazos serão necessários?
• Com quem e como negociaremos e pactuaremos essas
ações?
• Como o usuário e sua família entendem essas ações?
• Qual o papel do(s) usuário(s) no PTS? O que ele(s) acha
de assumir algumas ações?
• Quem é o melhor profissional para assumir o papel de
referência?
• Quando o PTS será rediscutido ou reavaliado?
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PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR
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CLÍNICA AMPLIADA
REFERÊNCIAS:
• AMARANTE, Paulo. Saúde Mental e Atenção Psicossocial. Rio de
Janeiro: Editora Fiocruz, 2007.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS.
Clínica ampliada e compartilhada. Brasília: Ministério da Saúde,
2009.
• CAMPOS, G. W. S. Clínica e saúde coletiva compartilhadas: teoria
paidéia e reformulação ampliada do trabalho em saúde. In: CAMPOS,
G. W. S. et al. (Org.). Tratado de saúde coletiva. São Paulo: Hucitec;
Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2006.
• CUNHA, G.T. A Construção da Clínica Ampliada na Atenção Básica
São Paulo: Hucitec, 2005.
CLÍNICA AMPLIADA
REFERÊNCIAS:
• GAMA, Carlos Alberto Pegolo da; CAMPOS, Rosana Teresa Onocko;
FERRER, Ana Luiza. Saúde mental e vulnerabilidade social: a
direção do tratamento. Rev. latinoam. psicopatol. fundam., São Paulo
, v. 17, n. 1, p. 6984,Mar. 2014.
• LANCETTI, A. A amizade e o acompanhamento terapêutico. In:
SANTOS, R.G. (Org.). Textos, texturas e tessituras no
acompanhamento terapêutico. Equipe de Acompanhantes
Terapêuticos do Instituto A Casa. São Paulo: Hucitec, 2006a. p. 21-
26.
• OLIVEIRA, G. N. O projeto terapêutico singular. In: GUERREIRO, A.
P; CAMPOS, G. W. S. (Org.). Manual de Práticas de Atenção Básica
à Saúde Ampliada e Compartilhada. São Paulo: Hucitec, 2008.
OBRIGADA e BOM ESTUDO!
ALICE MENEZES