1) O documento descreve o portfólio de habilidades de comunicação de uma aluna de medicina.
2) Ele inclui relatos de várias atividades de interpretação dramática e discussões em grupo sobre temas médicos.
3) As atividades ajudaram a aluna a desenvolver novas perspectivas sobre comunicação médica e como dar más notícias aos pacientes.
1) O documento descreve o portfólio de habilidades de comunicação de uma aluna de medicina.
2) Ele inclui relatos de várias atividades de interpretação dramática e discussões em grupo sobre temas médicos.
3) As atividades ajudaram a aluna a desenvolver novas perspectivas sobre comunicação médica e como dar más notícias aos pacientes.
1) O documento descreve o portfólio de habilidades de comunicação de uma aluna de medicina.
2) Ele inclui relatos de várias atividades de interpretação dramática e discussões em grupo sobre temas médicos.
3) As atividades ajudaram a aluna a desenvolver novas perspectivas sobre comunicação médica e como dar más notícias aos pacientes.
Portfólio de Habilidades de Comunicação JULIA SCARPA CARDOSO RA: 7170137 2ª ETAPA
DOCENTES: WALDIR GREC E
FERNANDA PIOTTO FRALLONARDO Introdução Quando vi que teríamos habilidades de comunicação pensei que fosse como as aulas do semestre passado que sentávamos, liamos algumas coisas, analisávamos as trazendo para o dia a dia e entendíamos como deveríamos agir mas não, desde o início se mostrou como uma proposta diferente sendo realizada com jogos dramáticos. Nossos professores nos fizeram entender que não se tratava de “realizar teatro” e sim alguns alunos poderiam atuar em algumas cenas sobre acontecimentos médicos e trazer isso para o cotidiano. Essa aula na faculdade ainda com outro professor mas veio trazendo resultados incríveis e que poderiam ser incríveis para nós também. Acredito que essa matéria nesse formato vai me ajudar ainda mais a conseguir me colocar no lugar do outro e encarar situações com diferentes perspectivas mas conseguindo enxergar qual deveria ser a melhor Entrega do teste de HIV Eu participei dessa aula como uma das “atrizes”. A cena era a seguinte: eu estaria indo com o meu marido para uma consulta médica e insistia em permanecer dentro da sala do médico que, impaciente, também permitiu que eu ficasse sem que meu marido quisesse. O médico não tinha empatia nenhuma pelo paciente e sequer tratou o paciente como paciente e sim como apenas um numero. No decorrer da consulta descobri que meu marido tinha HIV e surto com ele entre palavras homofóbicas que ele tinha AIDS, partindo daquele pré-julgamento de que quem tem HIV tem AIDS e se é um homem que tem AIDS é por ter feito relações sexuais com outro homem. O doutor não se preocupou em manter o sigilo medico paciente e nem em como aquele resultado poderia afetar o paciente, foi muito triste, ele acabou nos mandando embora do consultório dizendo que poderia ter dado um falso positivo no teste. Foi difícil querer atuar pensando em todo esse contexto mas você parar na análise geral do grupo é ainda pior, são tantas coisas que eu ficava “nossa, imagina se isso fosse real?” e muitas vezes pode acabar sendo! E isso destrói pessoas, famílias por um descuido do médico. Os professores analisaram cena por cena do que aconteceu para que a gente pudesse entender profundamente tudo que estava acontecendo ali. Idoso com cancer e protocolo SPIKES O professor Grec levou três alunos para ensaiarem a cena que nos seria mostrada e enquanto isso falamos sobre o protocolo SPIKES com a Fernanda. Esse protocolo vê uma maneira melhor de você conseguir dizer notícias ruins a uma outra pessoa, nele, você deve seguir seis passos para conseguir estabelecer uma boa relação com o paciente e faze-lo compreender a notícia ruim de uma forma mais “leve”, isso é, sem que isso acabe com a saúde mental dele. Tivemos uma interpretação entre três alunos em que você tem um idoso (paciente), uma filha que sempre o acompanhava e o médico. A cena se passou no consultório e lá a filha tentava sinalizar para o médico que ele não deveria dizer ao pai dela que ele tinha câncer o que confundia o médico e fazia o paciente insistir em saber. A filha consegue tirar o idoso da sala e fica com o médico e conversa dizendo que a família optou por não contar ao idoso que se encontrava no fim da vida que ele estava com câncer pois seria um sofrimento desnecessário a ele. O médico discorda e diz que deveria sim dizer ao paciente que ele estava com a doença porque era algo que dizia respeito a ele e não a família. A discussão sobre esse tema não teve tantas opiniões diferentes como teve na aula anterior mas mesmo assim nos abriu um leque de muitas informações, inclusive, falando sobre o estatuto do idoso que eu não tinha conhecimento algum e busquei entender mais depois. Foi bem interessante pensar nessa cena porque eu conseguia me colocar bem no papel da filha do paciente e do médico e isso me deixava muito confusa sobre o que eu poderia fazer e o que não poderia. Fases do Luto Tivemos aula no auditório pela primeira vez, eu cheguei “em cima da hora” e acabei pegando um lugar apenas no fundo. Foram 5 atores interpretando as 5 fases do luto: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. Por mais que o professor levasse o microfone aos alunos alguns ainda falavam muito baixinho e acredito que isso tenha prejudicado meu entendimento pleno de todas as ações deles, de qualquer forma, pude compreender melhor com a discussão geral da sala. Nessa discussão, todos os alunos puderam ter a chance de falar no microfone sobre as cenas. Eu já havia parado para pensar que as pessoas encaravam a morte com diferentes maneiras mas não sabia que tudo isso compreendia as fases da vivência do luto. Inclusive já fiquei indignada em ver pessoas com perdas terríveis vivendo como se nada tivesse acontecido e aí pude compreender que isso fazia parte do luto. Ou na “negociação” em que eu mesma já me senti assim, quando minha cachorra faleceu, pensando que eu deixei de fazer alguma coisa e que eu poderia ter feito mais para reverter a situação que já deveria acontecer. Foi interessante entender tudo isso e ver as diversas formas que você pode viver o luto. Foi uma aula que me agregou muito e aumentou demais a minha visão sobre algo que parecia tão pequeno Comunicação Alternativa O professor orientou que fizéssemos um trabalho em grupo sobre algum tema de comunicação alternativa após termos assistido ao filme “o escafandro e a borboleta”. No filme, Jean passa a se comunicar apenas com o piscar do olho após perder toda a mobilidade do corpo, ou seja, ele piscava para cada letra do alfabeto que queria dizer, evidenciando um tipo de comunicação alternativa. No começo tivemos que analisar o que era comunicação alternativa, aí entendi, simplificando, que era qualquer forma de comunicação não verbal. Eu e minhas colegas começamos a pesquisar diversas formas de comunicações alternativas mais uma delas foi a que nos chamou mais atenção: Bliss No começo, havíamos lido algo rápido então eu não sabia nada sobre ela mas achei completamente interessante como ela surgiu, visando trazer uma linguagem universal principalmente para crianças que possuíam paralisia cerebral. Eu fiquei muito feliz em poder pesquisar sobre o tema e escutar um pouco sobre o tema dos meus colegas. São muitas linguagens que, sem essa aula e sem essas pesquisas, eu nunca saberia que existiam e nem o quão importante poderiam ser. Fico imaginando o quão desesperador deve ser você ter consciência mas não poder se comunicar com ninguém e, ter tantas opções para que consigam estabelecer contato com os outros é muito feliz! Comunicação Alternativa – meu trabalho Dinâmica de desenho A professora Fernanda pediu para que pegássemos um pedaço de papel e uma caneta e ela nos daria algumas instruções e enquanto ela falasse a gente deveria ir desenhando. Nessa primeira parte ela não deixou que conversássemos entre si e nem com ela então surgiam algumas duvidas do que era que ela queria que desenhasse. A principio eu não estava entendendo o que formaria mas depois vi que era uma galinha e achei engraçado. Ela deu novamente as dicas tirando todas as duvidas dessa vez que surgiram ao longo das ordens para que pudéssemos redesenhar com as mesmas ordens mas entendendo o completo significado das coisas. Só que o mais legal foi entender toda a finalidade do porquê estávamos desenhando aquilo ali e a resposta é: a pessoa dando uma ordem pode gerar várias interpretações diferentes, que é o que aconteceu com os desenhos, surgiram vários desenhos diferentes porque entenderam uma mesma ação de maneira distinta do outro e isso, pensando no dia a dia de um médico é você pensar na consulta. Muitos médicos dão as informações sem se preocupar se o paciente realmente conseguiu assimilar tudo com clareza, seja por pressa, seja por desleixo, mas isso as vezes pode gerar resultados desastrosos. Então a gente tem sempre que se colocar no lugar do outro e ver com clareza se ele conseguiu compreender e, se não, estar disposto a sanar todas as duvidas. Foi uma aula que me surpreendeu MUITO positivamente. Uma das minhas prediletas. Queda de Avião no deserto Nessa aula o professor deu uma lista de objetos e teríamos que escolher alguns que seriam essenciais para pegar caso houvesse uma queda de avião, entre eles: arma, bíblia, celular, lanterna, etc. Cada pessoa colocou uma coisa diferente e eu ficava indignada em ver que a maioria das coisas que eu escolhi seriam erradas, eu ficava me questionando em voz alta dizendo “MAS COMO ASSIM?” até entender o porquê de umas coisas serem melhores que outras e o porquê de umas mesmo parecendo muito uteis poderem se encaixar como perigosas já que poderiam causar conflito no grupo e isso geraria uma grande instabilidade, além de outros trazerem conforto ao grupo como seria o caso da bíblia que era algo que eu nunca escolheria e nem pararia para pensar nos benefícios Além disso o professor nos deu uma grande bronca sobre a questão do horário de entrega dos trabalhos, eu havia entendido que poderia ser entregue até o horário tal mas o que ele quis dizer era para entregar exatamente no horário tal e eu também não havia entendido até ele trazer para o contexto médico visando a necessidade de obedecer regras. Filme: Tempos de Despertar Assistimos ao filme “Tempos de despertar” e tivemos que fazer uma análise sobre o filme. Eu a realizei pelo viés da “comunicação interpessoal”. Eu peguei duas cenas e juntei com alguns artigos que eu li para conseguir fazer uma análise completa do que era a comunicação interpessoal ali. Quando aberta a discussão com os colegas percebi que eu e outros colegas pegamos essa parte mais “humana” sem pensar tanto na parte ética. E eu realmente não havia parado para pensar se a maneira que o Dr. Malcolm agia era correta e se ele poderia fazer tudo o que fez e como fez. Refletindo sobre tudo, esse foi um filme que me trouxe várias emoções: inconformidade em ver como destratavam a senhora achando que o que ela tinha não teria “cura”, felicidade ao ver os pacientes retomando os próprios sentidos e consciência e tristeza ao ver leonard no final voltando para o estado catatônico mas passando um aprendizado incrível como a necessidade de aproveitar dia após dia. Além de todo o viés ético que eu percebi que preciso me atentar mais ao analisar outros filmes, porque não é porque demonstraram e agiram de tal forma que está correto e cabe a mim questionar e ir atrás de maiores informações Maus Tratos Nessa aula tivemos uma encenação: um médico, uma criança e uma mãe. Eles entram na consulta e o tempo todo o médico tenta falar com a criança que estava muito introvertida mas quem respondia por tudo era a mãe que pedia apenas por umas vitaminas para o filho. O médico consegue um momento a sós com a criança para que ela pudesse se manifestar sobre o que estava acontecendo e descobre que o pai tocava nele mas a mãe não deixaria que ele falasse porque o pai ajudava a família a ter dinheiro. Nesse momento todo mundo da sala ficou: uau! Mas surgiram logo as discussões: “toca como?” “você deixa a criança ir embora?” Ficamos analisando passo a passo das cenas para poder pensar nas questões éticas, estávamos em duvida sobre ser ético ou não deixar a mãe ficar fora da sala, mas, entendemos que pode sim ficar a sós e isso foi um alivio para mim que não imaginava me questionar sobre uma situação dessas. Só que mesmo o médico examinando a criança e achando que ela está passando por maus tratos é necessário acionar o conselho tutelar para investigar a situação e, assim, manter a criança e a mãe no local durante isso. É triste pensar que não pode ser algo tão descomplicado e fácil de simplesmente poder afirmar e prender o pai caso fosse culpado, mas entendo que se não houvesse tamanha burocracia abriria brechas para muitos erros (como eles mencionaram já ter ocorrido no Caso Escola Base) Foi um tema bem interessante a ser discutido Questionário “Cara a cara” Essa aula foi uma das mais divertidas! Cada pessoa recebeu um número aleatório num papel que formaria duplas e eu cai com um menino que eu nunca havia sequer conversado mesmo ele sendo da minha sala. Eu sabia que o nome dele mas não sabia muitas características além das visuais. Ressaltei as pintas do rosto dele, os olhos de jabuticaba mas não tinha ideia em saber se ele era uma pessoa sensitivo ou intuitivo. Fui uma das duplas escolhidas a ir na frente da sala ler as opções que colocamos e é constrangedor porque surge aquele pensamento “mas e o que ele vai pensar de eu ter colocado isso?”. Mas no fim estava tudo bem e pude entender um pouco mais do outro. Minha dupla: Vinicius Turri Receita Os professores passaram a aula com uma instrução única de você passar uma receita para o seu colega, podendo criar qualquer situação para que você estivesse prescrevendo aquela receita mas sem qualquer comunicação entre os dois e o resultado foi hilário! Percebi que eu não saberia passar uma receita ainda e cada detalhe que a compõe (tais como: nome do paciente, dosagem, tempo de uso, data). Inclusive o que me chamou mais atenção foi o professor Grec afirmando que passar uma receita com letra ilegível é um crime além de ir contra a ética médica. Além disso, vimos também o porquê das faixas coloridas na caixa dos remédios e eu até então não entendia os motivos até a aula e os tipos de notificação de receitas (separado também por cores e dentro delas tempo e dosagem) o que me deixou mais curiosa ainda porque na minha cabeça um receituário era algo completamente simples de se fazer e não imaginava que existisse uma “burocracia” por trás disso.