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MARIA DA PENHAVAI À ESCOLA

apresenta

PREVENÇÃO E ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA NO NAMORO


ORIENTAÇÕES PARA PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO
QU E P R EC I SA M O S FA L AR EU ESCOLHO A ROUPA
POR QUE VOU USAR E

V IO LÊ N C I A NO N AM ORO ? A COR DO MEU BATOM!


SOBRE
NÃO
E É
A desigualdade de gênero se expressa cotidianamente em nossa so- DE M NÃO!
O PO R
N Ã SA I
ciedade e legitima a violência contra as mulheres em diferentes con- O C Ê R DE OS !
V I B I M I G
O
PR EUS A
textos. Na adolescência, quando se estabelecem as primeiras relações M
COM
de namoro, as desigualdades de gênero também se fazem presentes,
M E U
podendo acarretar situações de violência. Vale ressaltar que a Lei H A D O PARE
S E N T E M DE ME
TE R A N Ã O A ! E DE M SEGUI
Maria da Penha também acolhe as situações de violência no namoro. L A R IA N Ç E PER R
C E LU C O N F SEGUI
C O M R!
V E R
Estas são as formas de violência definidas na lei: psicológica, física, A

sexual, patrimonial e moral.


FIQUE ATENTA/O!

ESTÁ E M M A I OR RI SCO ?
QUE M NÃO BANALIZE A VIOLÊNCIA

A literatura que trata sobre o tema aponta que adolescentes expostas

às seguintes circunstâncias se apresentam em maior risco de viven-


ciar situações de violência no namoro:

★ Adolescentes que possuem modelos de casais violentos na família; ★ Gravidez e maternidade na adolescência;
★ Sofrer ou ter sofrido violência doméstica e/ou familiar; ★ Contextos de maior vulnerabilidade social, especialmente
diante dos limites das políticas públicas que possam garantir
★ Estar inserida/o em meio social que tolera ou naturaliza a violência;
direitos e proteção à infância e a juventude;
★ Desconhecimento sobre seus direitos;
★ Adolescentes que não tiveram educação sexual na escola e
★ Pessoas com rede de apoio restrita; na família.
M PAR AM A DO L E SC E NTES
LEIS QUE A SAIBA MAIS!
S IT UAÇ ÃO DE VI OL Ê N CI A
E M Além dessas importantes legislações,
há ainda a Lei 14.132/2021, que prevê
Legislações como o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei Maria da Penha
o crime de perseguição (também co-
e a Lei 13.431/2017, dentre outras, representam um importante aparato nor- nhecido como stalking), incluindo-o no
mativo na prevenção e no enfrentamento à violência contra crianças, adolescen- Código Penal, Art 147-A, nos seguintes
termos: “Perseguir alguém, reiterada-
tes, meninas e mulheres. Dentre as muitas garantias previstas nessas legisla-
mente e por qualquer meio, ameaçan-
ções, podem-se destacar a abordagem sobre diferentes formas de violência, as
do-lhe a integridade física ou psicológi-
medidas de proteção e o Sistema de Garantia de Direitos. Ademais, há que se ca, restringindo-lhe a capacidade de lo-
ressaltar a importância da rede de proteção composta por instituições que comoção ou, de qualquer forma, inva-
dindo ou perturbando sua esfera de li-
atuam na proteção e promoção dos direitos das crianças e adolescentes, e ainda,
berdade ou privacidade”.
na responsabilização de possíveis autores/as de violência.

LEI MARIA ESTATUTO DA CRIANÇA LEI


DA PENHA E DO ADOLESCENTE 13431/2017
★ Protege contra formas de violência física, ★ Dispõe sobre a proteção integral à ★ Trata sobre a proteção à escuta da
sexual, psicológica, patrimonial e moral; criança e ao adolescente; criança e da/o adolescente vítima ou
testemunha de violência;
★ Prevê medidas protetivas; ★ Ressalta que é dever de todos preve-
nir a ocorrência de ameaça ou viola- ★ Normatiza e organiza o Sistema de
★Dá celeridade às etapas de proteção do
ção dos direitos da criança e da/o Garantia de Direitos;
processo;
adolescente; ★Prevê sanções nos casos de violência
★Protege meninas e mulheres da violên-
★ Institui a política de atendimento à institucional, inclusive a revitimiza-
cia cometida pela família, no âmbito do-
criança e à/ao adolescente. ção pelas instituições.
méstico ou por parceiros/as amoro-
sos/as, inclusive (ex) namorados/as,
(ex) ficantes, (ex)crushs...
CASAM E NTO I N FANTI L
IMPORTANTE!
A Lei distrital nº 7.049/2022 ressalta que “as ins-
Segundo definição da ONU, casamento infantil é o casamento
tituições de ensino públicas e privadas devem co-
formal ou união informal antes da idade de 18 anos. O casamento municar ao Ministério Público, à Polícia Civil, à se-
infantil, com frequência, é a porta de entrada para uma longa tra- cretaria da área de desenvolvimento social, crian-
ça e juventude, à Secretaria de Educação e ao
jetória de violência que pode se tornar intergeracional.
Conselho Tutelar local a existência de gravidez de
aluna com menos de 14 anos de idade, para que
PRINCIPAIS CIRCUNSTÂNCIAS QUE sejam adotadas as medidas legais cabíveis”.
CONTRIBUEM PARAO CASAMENTO INFANTIL

Gravidez na adolescência; perspectiva de futuro comprometida


tendo em vista a falta de acesso a direitos sociais; família de
origem violenta ou desprotetiva; falta de espaços de educação
sexual, dentre outros.

VOCÊ SABIA
Que, dentre os 20 países com maior
número absoluto de casamentos de meni-
nas, o Brasil ocupa o quarto lugar? (aqui
são preponderantes as uniões informais)
UAL O PAPEL DA ESCOLA?
Q
Alguns aspectos são importantes de serem observados na

prevenção e no enfrentamento à violência no namoro:

PREVENÇÃO
★ Busque falar do tema cotidianamente e desenvol-

ver estratégias que aproximem as/os adolescentes

desta discussão, questionando especialmente as

formas de violência naturalizadas socialmente;

★ Fale com as/os adolescentes sobre consentimento e

sobre o direito de decidir em relação ao próprio corpo; ENFRENTAMENTO


★ Empenhe esforços em evitar a evasão escolar das ★ Estabeleça um fluxo de encaminhamento das situa-

adolescentes em situação, ou em risco, de casa- ções no âmbito da escola a fim de garantir um con-

mento infantil; texto de proteção para as/os alunas/os e, ainda, dar

maior segurança às/aos profissionais de educação;


★ Realize capacitações nas temáticas de gênero, ado-

lescência, violência, educação sexual, dentre outros, ★ Aproxime-se dos órgãos da rede de atendimento para

no sentido de desnaturalizar os papéis de gênero e, que seja possível trabalhar em parceria;

ainda, de superar a banalização das diferentes ★ Acione o Conselho Tutelar em situações de suspeita
formas de violência contra meninas e mulheres; de violência.
LEMBRE-SE! FIQUEM ATENTAS/OS!
★ As/os profissionais de educação são responsáveis pela proteção
A PREVENÇÃO É A
e cuidado, mas não são responsáveis pela investigação dos fatos.
MELHOR ESTRATÉGIA!
Por isso, ATENÇÃO! Diante da mera suspeita, DENUNCIE aos
órgãos competentes.
As redes de ensino deverão
★ Em situação de revelação de uma situação de violência, estas/es
contribuir para o enfrentamen-
profissionais devem ouvir atentamente, sem interrupção. Acolha,
to das vulnerabilidades que
mas não prolongue a fala da/do adolescente. Explique seus direitos,
possam comprometer o pleno
acione os órgãos de responsabilização de acordo com as respectivas
desenvolvimento escolar da
competências e SEMPRE encaminhe ao Conselho Tutelar;
criança e adolescente por meio
★ Atenção à violência institucional: entendida como a praticada por
de implementação de progra-
instituição pública ou conveniada, as quais possam gerar revitimi-
mas de prevenção à violência.
zação. NÃO ESQUEÇA: Não é papel da escola investigar, pergunte
o estritamente necessário para o encaminhamento da situação;

★ É fundamental o trabalho em rede. Busque parcerias; conheça


as instituições que atuam em sua região; compartilhe suas po-
tencialidades e dificuldades;

★ Não carregue sozinha/o o problema! Todas/os somos responsá-


veis pela proteção!
INFORMAÇÕES ÚTEIS
NÚCLEO JUDICIÁRIO DA MULHER/TJDFT POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL - PMDF CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO
(61)3103-2027 ou 3103-2041 | njm.df@tjdft.jus.br 190 DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CREAS
Realiza orientação e encaminhamento a mulheres, homens e demais en- Ligar em caso de emergência, crime em flagrante (inclusive descumpri- 156, opção 1
volvidos em situação de violência doméstica; desenvolve programas e mento das Medidas Protetivas). Caso se trate de uma situação que neces- Os CREAS oferecem serviços, especializados e continuados a famílias e
projetos relacionados a violência doméstica e familiar contra as mulhe- site de socorro ou algum tipo de intervenção imediata, viaturas serão en- indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos. Compreende
res; realiza articulação interna e externa do Poder Judiciário com órgãos viadas para o local. atenções e orientações direcionadas à promoção de direitos, à preserva-
governamentais e não governamentais que desenvolvam projetos, pro- ção e ao fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e sociais e ao
gramas e ações relacionadas à prevenção e ao enfrentamento à violência fortalecimento da função de proteção das famílias.
doméstica e familiar contra as mulheres. DELEGACIA ELETRÔNICA - PCDF
https://www.pcdf.df.gov.br/servicos/delegacia-eletronica/vio-
lencia-domestica-contra-mulher UBS (UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE) | DIVERSOS
NÚCLEO DE GÊNERO - MPDFT
Para registrar online ocorrências policiais em caso de violência doméstica Serviço de atenção primária à saúde, e a porta de entrada preferencial do
3343 9998 e 99545 5479 | pro-mulher@mpdft.mp.br SUS. Conta com equipe multiprofissional, que atua nas unidades, e
contra as mulheres. O registro só é possível quando: não se trata de situa-
Órgão do Ministério Público que recebe representações, notícias de crime ção em flagrante (ou de risco imediato para a vítima, quando ela precisa ainda, nas residências e comunidades, por meio do Programa Saúde da
e quaisquer outros expedientes relativos à violência contra a mulher, por de atendimento imediato); o autor tem mais de 18 anos; e a comunican- Família e dos Agentes de Saúde.
escrito ou oralmente, reduzindo a termo, se for o caso, e dando-lhe o enca- te/vítima morarem no DF.
minhamento devido.
CENTRO DE ESPECIALIDADES PARA A ATENÇÃO ÀS
DEAM – DELEGACIA DE ATENDIMENTO À MULHER (ASA SUL) PESSOAS EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA SEXUAL,
DISQUE 100 FAMILIAR E DOMÉSTICA - CEPAVS | DIVERSOS
3207-6175 / 6174 / 6195 - Plantão: 98494-9302
É um serviço 24h que recebe, analisa e encaminha denúncias de violações Serviço de Saúde do GDF, presente em 18 unidades em todo o DF. Oferece
Registro e apuração de ocorrência policial relacionada à violência contra
de direitos humanos contra crianças e adolescentes, dentre outros. acolhimento e atendimento multiprofissional individual às pessoas em
as mulheres.
situação de Violência Interpessoal e suas famílias.
CENTRAL DE ATENDIMENTO À MULHER
DEAM – DELEGACIA DE ATENDIMENTO À MULHER (CEILÂNDIA)
180 PRÓ-VÍTIMA
3207-7391
É um serviço 24h que recebe denúncias (inclusive anônimas) de violência Sede: 2104-4289 | Paranoá: 3369-0816 | Taguatinga: 3451-
Registro e apuração de ocorrência policial relacionada à violência contra -2528 | Ceilândia: 2104-1480 | Guará: 99276-3453
contra as mulheres, encaminhando os relatos para os Órgãos e Serviços
as mulheres.
necessários. Além disso, a Central também pode orientar mulheres a res- Programa de atendimento de psicologia e de assistência social voltado a
peito de seus direitos e legislação vigente sobre o tema e a rede de atendi- vítimas de violência doméstica, intrafamiliar, psicológica, física, sexual e
mento e acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade. DPCA – DELEGACIA DE PROTEÇÃO À CRIANÇA institucional, e seus familiares.
E AO ADOLESCENTE
CONSELHO TUTELAR (CISDECA) 3207-4523 CENTRO INTEGRADO 18 DE MAIO
125 Registro e apuração de ocorrência policial relacionada à violência contra 3391-1043
Atualmente o número 125 funciona como uma Central para registro de crianças e adolescentes. Equipamento público de atendimento integrado e humanizado a crianças
violação de direitos da criança e do/a adolescente do Distrito Federal. As e adolescentes vítimas de violência sexual, visando a proteção integral.
denúncias são recebidas pelo CISDECA e repassadas para o Conselho Tu-
telar da região da ocorrência para que tome as medidas cabíveis.

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