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Universidade Estadual de Santa Cruz

Mestrado de Cultura e Turismo

Metodologia Científica
HÉLIO ESTRELA BARROCO

(Apontamentos de Aula)
1. RESUMOS

Resumo é uma apresentação concisa dos pontos


relevantes de um texto. Visa oferecer elementos
capazes de permitir ao leitor, decidir sobre consultar ou
não o texto original.
• Deve vir antes do texto – quando na língua nacional;
• Após o texto – quando traduzido;
• Independente do texto - em periódicos após a
referencia bibliográfica ( ver NBR 6023 );
• Deve ser composto de: objetivo, métodos, resultados e
conclusões.
1. RESUMOS

• As técnicas de abordagem (metodologia) devem ser


descritas de forma concisa.
• Deve ainda ressaltar fatos novos, descobertas
significativas, contradições, relações e efeitos
verificados.
• Indicar os limites de precisão e prazos de validade.
• Indicar se as hipóteses foram ou não rejeitadas.
• Os resultados e conclusões podem ser reunidos para
evitar redundâncias, mas acentuando a distinção entre
eles.
1.1 Extensão e formato

• Para notas e explicações breves - 100 palavras;


• Para monografias e artigos – 250 palavras;
• Para relatórios, dissertações e teses – até 500
palavras
• Não deve ser redigido por tópicos - deve ser
composto de uma seqüência lógica. Não usar
parágrafos (ver manual UESC p. 29-31.
• A primeira frase deve ser significativa, explicando o
tema principal.
1.1 Extensão e formato

• Deve-se usar as terceiras pessoas do singular e o


verbo na voz ativa.
• Fazer palavras chaves;
• Não usar equações, gráficos, tabelas;
• Sem recuo de parágrafo e espaço simples.
1.2 Tipos de resumos

• Indicativo - aquele que relaciona apenas os pontos


principais do texto, não apresentando dados
qualitativos, quantitativos, etc. É adequado à literatura
de prospectos ( catálogo de editora e livrarias)

• Informativo - aquele que informa suficientemente,


para que o leitor possa tomar a decisão de ler ou não
o texto inteiro. Expõe finalidades, metodologia,
resultados e conclusões.
1.2 Tipos de resumos

• Informativo / Indicativo - combinação dos citados.

• Crítico (também conhecido como resenha) é aquele


redigido por especialistas com análise interpretativa
de um documento.
2. PLANEJAMENTO DE DISSERTAÇÃO E TESES

A estrutura de trabalhos acadêmicos é composta de


elementos obrigatórios e opcionais. Ver Manual
UESC (2006), p. 18-25 – Elementos pré-textuais.
3. INTRODUÇÃO

Na introdução o leitor colhe a primeira imagem do


trabalho. Apresentação do assunto tratado por meio
de uma definição objetiva do tema e finalidade da
pesquisa, justificando a escolha do assunto, métodos
empregados, delimitação das fronteiras da pesquisa
em relação ao campo e períodos abrangidos. Não se
deve apresentar os resultados obtidos.
3. INTRODUÇÃO

Esta parte deve lembrar a imagem de um funil:


começa pelo problema mais amplo seguido da
argumentação com base na análise das lacunas e
pontos controvertidos na bibliografia, levando o leitor à
necessidade de investigar o assunto.
4. PROBLEMA / JUSTIFICATIVA

Fato ou fenômeno que ainda não possui resposta ou


explicação. Deve-se escolher um problema que
chame atenção e que precise de uma resposta.
Analise o mercado local, regional, estadual etc.
O problema diz respeito à relação entre um elemento
real e um elemento explicativo concorrentes do
mesmo fato.
É uma questão sem solução, objeto de discussão e
estudos e que só pode ser respondido pela pesquisa
e requer conhecimento teórico (um modelo para
interpretação).
4. PROBLEMA / JUSTIFICATIVA

Um mesmo tema pode ser enquadrado em


problemáticas diferentes Ex.: Na saúde – AIDS –
problemática de medicina, social ou política.

Um problema coerente, exige do pesquisador


conhecimentos teóricos e da realidade a ser
pesquisada. Muitas vezes para se formular um
problema corretamente, torna-se necessário realizar
uma pesquisa exploratória para a busca do
conhecimento.
4. PROBLEMA / JUSTIFICATIVA

Responde sempre às questões: O que fazer? Por que


fazer? Convém que o pesquisador comece a fazer
uma relação de seus constructos.

Escreva sobre: antecedentes do problema,


tendências, pontos críticos, justificativas, relevância
do assunto/tema.
4. PROBLEMA / JUSTIFICATIVA

 Não existe regra para se escolher um assunto-tema,


contudo não deve se enquadrar: no “senso comum”,
conhecimento acrítico, imediatista ou crédulo, falta
de profundidade , de rigor lógico, ideologias
(tendencioso pois se fundamenta no caráter
justificador de posições sociais vantajosas).
 Deve ser original, importante e viável.

 Regras práticas para formatação do problema (GIL,


1990, p. 52-53):
4. PROBLEMA / JUSTIFICATIVA

O problema deve ser formulado com uma pergunta


(ter-se-á um problema mais explícito). Ex: Qual a
proporção de mulheres no mercado de trabalho...)

O problema deve ser delimitado a uma dimensão


visível. (não queira fazer ou resolver todos os
problemas sobre o assunto).

O problema deve ter clareza (deixar explícito o


significado dos termos utilizados)
4. PROBLEMA / JUSTIFICATIVA

O problema deve ser preciso (deixar claro os limites


de sua aplicabilidade). Ex: População de baixa renda
– precisão do conceito – que população é de baixa
renda?

O problema deve ser objetivo (não se deixar envolver


por preferências pessoais).
4.1 Justificativa

Nesta parte faz-se uma narração sucinta, porém


completa, dos aspectos de ordem teórica e prática
que se fazem necessários para a realização da
pesquisa. Deve ficar claro a preferência pela escolha
do assunto e sua importância em relação a outros.

A justificativa destaca a importância do tema


abordado, levando-se em consideração o estágio
atual da ciência, sua divergências ou contribuições
sobre o problema abordado.
4.1 Justificativa

Envolve aspectos de ordem teórica quando se faz


uma reflexão crítica, e aspectos de ordem pessoal,
que engloba o interesse e a finalidade da pesquisa.

Recomenda-se um único tópico:


problema/justificativa, para facilitar e evitar repetições.
5. OBJETIVOS

O objetivo e o problema possuem relações estreitas e


em muitos casos se repetem, estando a diferença no
caráter afirmativo dos objetivos. Ele define de modo
claro e direto que aspecto da problemática constitui o
interesse central da pesquisa.

Segundo Dencker (2000, p. 71) “[... Os objetivos


podem ser reformulados, abandonados ou acrescidos
de outros no decorrer do trabalho”.
5. OBJETIVOS

No momento de elaborar os objetivos (principalmente


os específicos) o pesquisador deve procurar as
informações que são necessárias para resolver seu
problema.
Os objetivos evidencia a existência de relações entre
as variáveis.
5.1 Objetivo geral

Vinculados às implicações práticas e teóricas do


problema da pesquisa e sua solução. Indica uma
ação ampla do problema
5.2 Objetivo específicos

• Detalhamento do problema de pesquisa no processo de


investigação.

• Em geral deve responder as questões - Para quem? Para


que? Para que fazer?

• Nos objetivos específicos deve-se usar o verbo no


infinitivo: Caracterizar, determinar, busca, aplicar, avaliar,
danificar, descrever, distingui, enumerar, exemplificar,
reconhecer, explicar, selecionar, etc.
5.2 Objetivo específicos

• Exige síntese e reflexão - que informações básicas


são necessárias para resolver o problema de
pesquisa?

• São determinados para trazer as informações que


solucionam o problema de pesquisa.

• São eles que darão o norte à pesquisa.


6. HIPÓTESE(S)

 A hipótese deve ser formulada em termos claros e


concisos, sem ambigüidade gramatical e designar os
elementos dos quais seja possível apresentar fatos
concretos, favoráveis ou não ao objeto da pesquisa, e
passíveis de verificação.
 Seu enunciado deve estar correlacionado com as variáveis
independentes (fator conhecido, a causa), e as variáveis
dependentes (efeito, o que se quer medir, provar)
 É uma proposição que pode ser colocada à prova para
determinar sua validade. Neste sentido, é uma “suposta
resposta” ao problema em estudo.
6. HIPÓTESE(S)

6.1 Básica – resposta provisória para a questão


pesquisada com relação as variáveis.
6.2 Secundária(s) – respostas provisórias relativas
ao detalhamento do problema ou aos objetivos
específicos.
Tem importante papel na organização da pesquisa.

À partir de sua formulação o pesquisador tem


condições de identificar as informações necessárias,
evitar a dispersão, focalizar determinadas segmentos
do campo de observação, selecionar dados etc.
6. HIPÓTESE(S)

Existem 3 tipos de hipóteses:

 Casuísticas – referentes à freqüência de


acontecimentos - Ex.: Pesquisas em história, porque
os acontecimentos são ímpares. “Sócrates não
existiu”.
 As que tentam demonstrar a intensidade de
determinados fenômenos. Ex.: o hábito de fumar é
mais intenso entre as pessoas das grandes cidades.
Os alunos que irão elaborar hipóteses, recomenda-se ler
Dencker (2000, p. 72-78), ou outro autor de sua preferência.
7. QUADRO OU REFERENCIAL TEÓRICO

Nenhuma pesquisa se inicia do nada. Toda


investigação é parte de um processo cumulativo de
conhecimentos e se enquadra em um modelo teórico
a partir de qual se fazem deduções.

Segundo Dencker (2000, p. 68) “as pesquisas não


podem ser unicamente indutivas, pois a partir do
momento em que o pesquisador define o fato que vai
verificar, o faz partir de uma idéia a respeito da
realidade”.
7. QUADRO OU REFERENCIAL TEÓRICO

 Estabelece uma ponte entre os conceitos e as


observações, atribuindo significado a um constructo
ou variável, especificando as operações necessárias
para medi-lo ou manipulá-lo.

 É importante e necessário para a condução eficiente


da pesquisa. Ajudam o pesquisador a se aproximar
da realidade comportamental.
7. QUADRO OU REFERENCIAL TEÓRICO

É uma avaliação dos conhecimentos documentais e


bibliográficas a fim de garantir a evolução do
processo de conhecimento, mediante a revisão da
literatura existente, pesquisas similares sobre o tema,
explicações e modelos teóricos existentes com o
objetivo de situar o estudo no contexto geral do
conhecimento.

A pesquisa bibliográfica não deve ser confundida com


pesquisa documental. Ela é mais ampla, embora
possa ser realizada conjuntamente.
7. QUADRO OU REFERENCIAL TEÓRICO

• A pesquisa bibliográfica tem por finalidade


conhecer as diferentes formas de contribuição
científica que já foram realizadas sobre
determinado assunto.

• A revisão da literatura deve ser sintética e crítica,


indicando as lacunas e falhas metodológicas dos
resultados anteriores, bem como os conceitos e
explicações.
8. METODOLOGIA, MÉTODOS E
TÉCNICAS DE PESQUISA

8.1 Método e Técnica


Método é a forma de proceder ao longo do caminho.
Trata de um conjunto de processos pelas quais se torna
possível conhecer determinada realidade. Nos leva a
identificas a forma pela qual se alcançar determinado
fim ou objetivo.

O método se faz acompanhador da técnica, que é o


suporte físico. São os instrumentos que auxiliam para
que se possa chegar a determinado resultado: ensino
aprendizado, investigação
8.1 Método e técnica

A técnica é a parte material e prática que desenvolve


a prática de ensinar, aprender, descobrir etc.

Ex: Ensino da língua portuguesa

Método: Verbalização, exercícios, leitura, escrita


Técnica: Uso de giz, retroprojetor, data show

 Conforme se viu, existem vários métodos: Indutivo,


dedutivo, cartesiano, fenomenológico, “brainstormig”,
estatístico etc. (ver Quadro 5.5, p. 65) - outros métodos
e suas aplicações: Oliveira (1997, p. 65-66)
8.1 Método e técnica

Em turismo por exemplo a coleta de dados pode ser


feita:

a) pela técnica de observação (observar a realidade e o


registro do fato no momento que ocorre). Nos estudos
qualitativos a observação é não estruturada
(assistemática), onde registra-se os fenômenos como
e na medida que ocorrem.

b) b) Técnica de entrevista (nas pesquisas qualitativas


são estruturadas). Ver Dencker (2000, p. 107-109).
8.1 Método e técnica

8.1.1 Pesquisa quanto aos procedimentos técnicos


Pesquisa bibliográfica (a partir de material já elaborado)
Pesquisa documental (a partir de material que ainda não
recebeu tratamento analítico) Ex: documentos de
primeira mão em arquivos públicos, relatórios de viagens
etc.
Pesquisa experimental – verifica as alterações causadas
por uma mudança no objeto escolhido. Mais usada em
física, química etc.
Pesquisa exaustiva e profunda – estudo de caso
8.1.1 Pesquisa quanto aos
procedimentos técnicos

Pesquisa descritiva – descrevem situação do mercado a


partir de dados primários.
Pesquisa descritiva estatística – são realizadas a partir
de uma amostra da população e utiliza-se estatística
(médias, percentuais etc.)
Pesquisa explicativa – tem como preocupação central
identificar fatos que determinam ou contribuem para a
ocorrência do fenômeno. Explica a razão, o porque das
coisas.
8.1.1 Pesquisa quanto aos
procedimentos técnicos

Pesquisa exploratórias - objetiva um aprofundamento


maior sobre o tema com o qual o pesquisador não
esteja muito familiarizado, ou que possua pouca
informação, criando as condições de formulação de
hipóteses
Pesquisa quantitativa – procura descobrir e classificar
a relação entre variáveis, assim como na investigação
da relação de causalidade entre os fenômenos,
através da quantificação de opiniões e dados, usando
para tanto recursos e técnicas estatísticas;
8.1.1 Pesquisa quanto aos
procedimentos técnicos

 Pesquisa qualitativa – tendo como pressuposto de


que uma relação dinâmica entre o mundo real e o
sujeito, visa descrever a complexidade de certos
fenômenos sociais, históricos, antropológicos não
captáveis por abordagens quantitativas;
8.1.2 Pesquisa quanto a finalidade

 Pura - objetiva ampliar generalizações, definir leis


mais amplas, estruturar sistemas e modelos.

 Aplicada – pesquisar, comprovar ou rejeitar hipóteses


à luz de modelos teóricos aplicando seus resultados
em benefício das necessidades humanas.
8.2 Procedimentos Metodológicos

8.2.1 Área estudada

Neste item, deve-se incluir informações sobre o local e


ou região a ser estudada, como população,
localização no estado ou município, estradas,
comunicações, sistema bancários, portos, aeroportos
etc. Dados sócio econômicos em algumas situações
também são colocados.
8.2 Procedimentos Metodológicos

8.2.2 Dados
A pesquisa bibliográfica é o primeiro passo para
qualquer tipo de trabalho científico. Pode ser
independente ou complementada por outras
modalidades de pesquisas, como: de campo, de
laboratório e documental entre outras.
No caso de execução de levantamentos de dados
primários (ou de campo), deve-se fazer uma descrição
da população a ser pesquisada para delimitação da
amostragem se for o caso.
8.2 Procedimentos Metodológicos

Indicar também instrumento de pesquisa utilizado,


como questionários, formulários, entrevistas, etc.

Estas orientações não se enquadram em todos os


projetos, pois dependerá da temática e dos objetivos
da pesquisa.
8.2.3 Coleta de dados primários

O questionário e a entrevista são técnicas


semelhantes e se fundamentam na interrogação.

Tanto no questionário como na entrevista, o


pesquisador deve traduzir os objetos específicos da
pesquisa em itens bem redigidos.

Quando o pesquisador utiliza-se de dados existentes


(secundários) consulta arquivos, relatórios, índices
publicados, revistas científicas etc.
8.2.3 Coleta de dados primários

Os questionários podem ter perguntas abertas e


fechadas segundo os objetivos e hipóteses
formuladas, e pode apresentar um roteiro
estruturado. Os questionários prontos devem ser
testados para ajustes. Perguntas abertas são
aquelas que oferecem liberdade de resposta, mas
são difíceis de trabalhar e analisar. Perguntas
fechadas são aquelas que oferecem diversas
alternativas para o entrevistado escolher.
8.2.3 Coleta de dados primários

As entrevistas podem ser semi-estruturada ou não


estruturada, mas todas as variáveis objetos do estudo
devem ser contempladas.
Entrevista estruturada ou estandardizadas é aquela
em que são feitas precisamente as mesmas
perguntas para cada entrevistado, na mesma
seqüencia e com as mesmas palavras. Deve-se ter
cuidados com a linguagem usada para que seja
compreendida.
8.2.3 Coleta de dados primários

Na entrevista não-estruturada as perguntas não são


pré-estabelecida e não são feitas na mesma ordem. O
pesquisador encoraja o entrevistado para falar
livremente. Pode-se direcionar a entrevista mas não
induzí-lo.
Deve-se ter em mãos uma lista dos tópicos e de
assuntos sobre o qual a entrevista deverá ser
desenvolvida.
Uso de escalas – Ver Samara (1997, p. 52-59); Bêrni
(2002, p. 145-146)
8.2.4 Variáveis

As variáveis são delineadas ao longo do problema e


conseqüentemente são explicitadas nos objetivos
específicos e hipóteses. São definidas como:

Variáveis-objetivo – aquelas que pretendem explicar.


Correspondem as variáveis dependentes, ou seja,
aquelas que sofre a ação da variável independente.
Já a variável independente - aquela que existe
naturalmente, em decorrência da hipótese ou não. Ela
afeta a variável dependente.
8.2.4 Variáveis

Variáveis-instrumento – aquelas que interferem de


alguma forma nas variáveis-objetivo. Podem ser
segundo Dencker (2000, p. 46):

 Exógenas – ainda que focalizada fora do sistema


incidem sobre ela.

 Endógenas retardadas – aquelas que explicam os


processos de ajuste do sistema
8.2.4 Variáveis

 Falsas – aquelas que recolhem informações dos


indivíduos: sexo, raça
 Aproximadas – aquelas que não são mensuráveis,
mas podem ser ordenadas
 Latentes – aquelas conhecidas e que condicionam
certa decisão do indivíduo
 Aleatórios – aquelas que não podem ser computadas.
8.3 Delimitação do universo

Quando se necessita levantar informações sobre um


ou mais aspectos de um grupo numeroso, na maioria
das vezes é impossível fazer um levantamento de
TODO O UNIVERSO, devido ao tempo, recursos
financeiros e humanos etc.
Então deve-se decidir se a pesquisa se fará sobre
todo o universo ou sobre uma amostra representativa
ou significativa. O universo a ser pesquisado
depende do assunto a ser investigado e dos
objetivos.
8.3 Delimitação do universo

Conceitualmente, o universo é um “conjunto de


seres inanimados ou animados que apresentam,
pelo menos, uma característica em comum”
(OLIVEIRA, 1997, P. 160). Sendo N o número total
de elementos do universo representado por X, tem-
se que XN = X1, X2, ... XN.
8.3 Delimitação do universo

Segundo Fachin ( 2001), o universo é o conjunto de


fenômenos, apresentando uma característica
comum, e população é o conjunto de números
obtidos, medindo-se ou contando-se certos
atributos dos fenômenos ou fatos que compõem o
universo. Desse modo, pode-se retirar várias
populações de um mesmo universo segundo os
atributos que se deseja estudar.
8.3 Delimitação do universo

Bêrni (2002, p. 152) informa que “chama-se de


população a um conjunto de elementos passíveis de
serem mensurados com respeito às características
que se pretende levantar”. Este conjunto é limitado
pela abrangência da pesquisa. Pode ser formado
por estabelecimentos agroindustriais, palavras com a
letra B etc., depende do objeto da pesquisa.

Exemplo: grupo ou conjunto de turista em um hotel do sexo


masculino, residente em São Paulo.
8.3 Delimitação do universo

Desse modo, a primeira etapa do pesquisador


consiste, quando não vai fazer uso do universo, na
delimitação da população a ser pesquisada.
8.4 Amostragem

Problemas de cadastro e de estatísticas


desatualizadas fazem com que o universo ou a
população a ser estudado seja estimado em função
de dados do passado.
Em turismo, existe ainda o problema da
sazonalidade, fato que se leva a ter consumidores
com perfis diferentes à cada temporada. Desse
modo, a amostragem é calculada em função do tipo
de investigação que se pretende realizar.
8.4 Amostragem

O problema da amostragem é, portanto, escolher


parte (ou amostra), de tal forma que ela seja a mais
representativa possível do todo, e a partir dos
resultados obtidos, relativos a essa parte, poder
inferir (generalizar, estimar), o mais legitimamente
possível, os resultados da população total (ou do
universo), se esta fosse verificada.
8.4 Amostragem

Para que um estudo seja bem sucedido, é


necessário que a amostra tomada como base para
as observações, seja realmente representativa. Ela
não é escolhida numa base acidental (por exemplo
10% da população), mas através de planejamento é
calculada, procurando-se incluir todos os fatos
prováveis.
O problema nas pesquisas sobre turismo/cultura é
que raramente encontra-se relações de indivíduos
discriminados pelas categorias que se deseja
estudar.
8.4 Amostragem

Amostra é uma porção ou parcela, convenientemente


selecionada do universo ou da população: é um
subconjunto do universo. Sendo n o número de
elementos da amostra, esta pode ser representada por
x, tal que xn = x1; x2; ... xn onde xn menor que XN onde
n menor ou igual a N.
A amostra é desse modo, uma porção ou parcela do
universo ou da população, obtida por técnica específica,
a qual será submetida a verificação. Quando
determinada a amostra, esta passa a ser uma parte de
um universo ou da população, com as mesmas
características delas.
8.4 Amostragem

Uma das vantagens de se trabalhar com amostras é


que, dependendo da proporção da população em
estudo, é praticamente impossível pesquisar todo o
universo. Ela permite um custo menor, tempo
reduzido para o levantamento dos dados e dados
fidedignos, pois cada elemento da amostra possui as
mesmas características da população/universo
estudado.
8.4 Amostragem

8.4.1 Vantagens da amostra

 Custo reduzido – os dados são obtidos por uma fração


da população ou do universo
 Rapidez – os dados coletados são mais rápidos do
que nos censos.
 Amplitude – em censos há necessidade de pessoa
altamente qualificados e de equipamentos
 Exatidão – existe maior controle na supervisão dos
trabalhos
8.5 Classificação das amostras

8.5.1 Amostras probabilística simples


Através de conceitos estatísticos, obtêm-se esse tipo
de amostra, onde todos os elementos da população
têm igual probabilidade diferente de zero, de serem
selecionados para compor a amostra.

Em turismo, segundo Dencker (2000) esse tipo de


amostragem apresenta custo elevado, e inexistência
de listas atualizadas da população ou universo.
8.5.1 Amostras probabilística simples

Os resultados de uma pesquisa, obtidos por amostras


probabilísticas, podem ser estimados ou extrapolados
(generalizados) para o universo ou população da qual
a amostra foi selecionada.

EXEMPLO: Para se obter uma amostra junto à publicitários de


uma determinada cidade, calcula-se a amostra
independentemente de outros fatores, bastando o
entrevistado ser publicitário
8.5.1 Amostras probabilística simples

É a técnica mais perfeita para se obter uma amostra


representativa do universo ou da população, porém
impraticável quando a população é muito grande, pois
não permite a aplicação de números aleatórios.
8.5.2 Amostra probabilística estratificada

Consiste na subdivisão(ou estratificação do universo


ou da população) em grupos mutuamente exclusivos,
mas que em conjunto, incluem todos os itens do
universo. Em seguida, faz-se uma amostra
probabilística simples a qual é independentemente
escolhida em cada grupo ou estrato.

Este tipo de amostra proporciona quase sempre


estimativas mais seguras do que as amostras
probabilísticas simples.
8.5.2 Amostra probabilística estratificada

8.5.2.1 Razões para a estratificação


 conduz a estimativas mais confiáveis, porque todas as
partes do universo são incluídas na amostra, o que nem
sempre ocorre na amostra probabilística simples;
 permite a obtenção de informações sobre partes do
universo de maneira diferenciada.
 Aplica-se este tipo de amostra, quando há necessidade
de subdividir a população em estratos homogêneos,
como por exemplo, por classe social, idade, sexo,
nacionalidade, profissão, renda, grau de instrução, nível
socioeconômico etc.
8.5.2 Amostra probabilística estratificada

 8.5.2.2 Critérios para a estratificação

 a homogeneidade de cada estrato deve ser bem


definida;
 as diferenças entre os estratos devem ser as maiores
possíveis.

Exemplo: estratificação de turistas estrangeiros – pode-se


fazer pela categoria do meio de hospedagem utilizado.
8.5.3 Amostra por conglomerado ou
por área (Cluster)

Esta técnica exige a utilização de mapas detalhados


da região, estado, município ou cidades, pois, para a
seleção da amostra, existe a necessidade de
subdivisão da área a ser pesquisada, por bairros,
quarteirões e domicílios, que serão sorteados para a
composição dos elementos da amostra, e a pesquisa
será realizada de forma sistemática para que não
ocorra interferência nas informações.
8.5.3 Amostra por conglomerado ou
por aérea (Cluster)

Exemplo: Pesquisa do Bairro A – divide-se o bairro em


quarteirões, identifica-se a população de cada quarteirão e
assim então estabelece-se o intervalo por meio de fórmula
dada.
8.5.3 Amostra por conglomerado ou
por aérea (Cluster)

Neste caso, os hotéis localizados dentro das áreas


sorteadas é que serão sorteados.

Vantagem: custo menor que a probabilidade


simples, porém pode conduzir a resultados menos
exatos em relação ao universo.

Gil (1990) apresenta outros tipos de amostras


probabilísticas. Ler páginas 79-84; Bêrni (2002, p.
155-161).
8.5.4 Amostragem Não Probabilística

É aquela que inclui uma variedade grande de


técnicas, possibilitando ao pesquisador a escolha de
um determinado elemento do universo ou da
população. Além disso possibilita se extrair um
elemento de forma totalmente aleatória e não
especificada.
Aplica-se quando a relação de uma amostra
probabilística é muito difícil ou, até mesmo,
impossível, devido a dificuldade de obter uma lista
dos elementos do universo/população.
8.5.4 Amostragem Não Probabilística

Outras vezes por ser mais adequada quando o


pesquisador tem bom conhecimento sobre a
população e pode solucionar casos representativos.

Em geral este tipo de amostra perde um pouco do


rigor quantitativo, não sendo impossível extrapolar ou
generalizar os resultados, ficando especificamente
sobre os elementos pesquisados ou entrevistados.
8.5.5 Amostragem Por Conveniência

É utilizada quando o pesquisador se defronta com um


subconjunto de elementos da população obtido de
forma não aleatória.
Escolhe-se uma pessoa na rua ao acaso. De modo
geral, as pessoas escolhidas são aquelas que estão ao
alcance do pesquisador e dispostas a responder o
questionário. Esta técnica não é conclusiva e é menos
confiável, além de ser simples e de menor custo.

Exemplo: Pesquisa sobre um produto turístico. O pesquisador


no hotel, obtém entrevistas com turistas que sabidamente já
foram visitar o produto.
8.5.6 Amostragem por julgamento

É também conhecida como amostragem por escolhas


racionais ou por escolha deliberada, pois as unidades
selecionadas para entrevistas atendem a critérios de
ordem prática.
O julgamento “definido” pelo pesquisador fica a seu
critério em função de seu problema e de seus objetivos.
Quando o pesquisador considera um melhor estrato da
amostra para o estudo e desenvolvimento da pesquisa.
É também muito usada quando deseja-se saber a
opinião em termos técnicos, de determinado produto
lançado no mercado.
8.5.6 Amostragem por julgamento

Neste caso procura-se entrevistar técnico especialista


no assunto, ou consumidor específico, tipo dona-de-
casa de determinada área geográfica da cidade. A
seleção ou escolha do elemento a ser entrevistado, é
critério de julgamento do pesquisador.
Em geral o pesquisador determina o tempo (dias e
horários) para entrevistar.
8.5.7 Amostragem por cota

Consiste no estabelecimento de um determinado


número de unidades a serem investigadas. Cumprida
esta cota o levantamento está concluída. Este tipo de
amostragem é feita em função de limitação de
recursos e tempo.

Procura-se uma amostra que se identifique em algum


aspecto com o universo. Esta identificação pode estar
ligado a sexo, idade etc. e a quantidade a ser
entrevistada é aleatória
8.5.7 Amostragem por cota

Exemplo: pesquisa de opinião sobre determinado jornal,


em que o pesquisador tenta entrevistar uma quantidade de
pessoas da classe A e B, de faixas etárias entre 30 e 45 anos
e de ambos os sexos.

Inicialmente, na primeira fase este tipo de


amostragem assemelha-a a amostragem estratificada
proporcional, onde a população é dividida em
diversos subgrupos.

Para selecionar a amostra, seleciona-se uma cota de


cada subgrupo, proporcional a seu tamanho.
8.5.8 Amostragem intencional por exaustão

Explicar, segundo pesquisa sobre Perfil da Demanda


Turística da UESC.
8.5.9 Amostragem de voluntários

É constituída por unidades que, voluntariamente,


dispõe-se para entrevistas.

Este procedimento é comum nas ruas quando o


transeunte responde um questionário com dados, cuja
utilidade ele desconhece.
8.5.10 Amostragem acidental

Neste tipo de amostragem, as amostras caracterizam-


se pelo fato de que as unidades investigadas são
obtidas a partir de critérios práticos.

Exemplo: Seleciona-se os 1.000 primeiros turistas a


descer de um transatlântico, independente de sexo,
renda, se fica naquele destino ou não etc.
Segundo Bêrni (2002) considera-se ainda neste grupo
os estudos de caso, pois envolve a seleção de um
único (ou poucos) elementos de uma população, e
quando não se propõe gerar generalizações.
8.5.10 Amostragem acidental

Dencker (2000) diz que o estudo de caso é profundo e


exaustivo de determinado objetos ou situações e
permite o conhecimento em profundidade dos processos
e relações sociais. Não possibilita a generalização dos
resultados.
Pode-se utilizar qualquer técnica para obtenção dos
dados e o objeto de estudo pode ser um indivíduo, um
grupo, uma organização, ou um conjunto de
organização.
Interessados neste tipo de estudo ver Lima (2008, p. 34-
39) ou outro autor preferido.
8.5.11 Amostragem mista

Neste caso tem-se a aplicação de técnicas


probabilísticas e não probabilísticas. Pode-se selecionar
arbitrariamente os locais em que devem ser efetuadas
as entrevistas, e, a seguir, sorteia-se os elementos que
serão pesquisados dentro da área escolhida. Este tipo
de amostra e mais econômica e apresenta a vantagem
de assegurar ao pesquisador que todos os grupos
importantes foram incluídos na amostra.
Ver Gil (1990, p. 83-84) para outros esclarecimentos em
amostragem não probabilística.
8.6 Cálculo amostral

Para o cálculo de amostras, assume-se os conceitos


estatísticos de que as populações, e também as
amostras, têm uma distribuição normal de freqüência
(Curva de Gauss), sendo suas principais
características a simetria das freqüências, a presença
das principais medidas de tendência central (média,
mediana e moda), no mesmo ponto e a presença de
desvios padrões (Z) significativos para qualquer curva
normal onde:
8.6 Cálculo amostral

8.6.1 Fatores que determinam a extensão da


amostra
Para que uma amostra probabilística represente com
fidelidade as características do universo ou da
população, deve ter um número suficiente de casos, e
que depende de:
Extensão do universo/população;
Erro máximo permitido;
Porcentagem com o qual o fenômeno se verifica;
Nível de confiança estabelecido.
8.6.1 Fatores que determinam a extensão da amostra

8.6.1.1 Extensão ou amplitude do universo


O universo pode ser finito (não ultrapassar de 1.000.000),
e infinito aqueles superiores a 100.000)

8.6.1.2 Nível de confiança


As informações coletadas a partir de amostras ajusta-se a
“curva de Gauss ou Normal”, a que apresenta valores
centrais elevados e valores externos reduzidos.
8.6.1 Fatores que determinam a extensão da amostra

8.6.1.2 Nível de confiança

O nível de confiança refere-se à área da curva


definida a partir dos desvios padrões em relação a
média.
8.6.1 Fatores que determinam a extensão da amostra

8.6.1.2 Nível de confiança


A área compreendida por um  a direita e um a
esquerda de X corresponde a 68% de seu total, e
sucessivamente:
- 1   + 1   68% da curva total
- 2   + 2   95,5% da curva total
- 3   + 3   99,7% da curva total

Conhecido como nível de confiança


ou de significação estatística
8.6.1 Fatores que determinam a extensão da amostra

Em pesquisa, o número de desvios padrão utilizados


representará a margem de segurança dada ao
cálculo da amostra, influindo diretamente na sua
amplitude, pois, quanto maior a margem de
segurança, ou intervalo de confiança, maior será a
amostra.
8.6.1 Fatores que determinam a extensão da amostra

Erro Máximo Permitido

Os resultados obtidos apresentam um erro de


medição, que diminui a medida que á proporção que
aumenta de tamanho da amostra.
O erro máximo permitido em pesquisa sociais fica
entre 3 e 5%.
8.6.1 Fatores que determinam a extensão da amostra

Percentagem com que o fenômeno se verifica

Essa estimação prévia de percentagem com que se


verifica o fenômeno é muito importante para a
determinação do tamanho da amostra. Ela é
determinada em função do conhecimento do
pesquisador, do fato a ser pesquisado. Em geral é
representada pela letra p.
8.7 Cálculo da extensão da amostra (n)

Fórmula básica:

 2 . p.q.N
n 2
e ( N  1)   . p.q
2

onde:
n = tamanho da amostra
² = nível de confiança escolhido, expresso em desvios –
padrão, ou (Z)
p = percentagem com qual o fenômeno se verifica
q = percentagem complementar = (100 – p )
N = tamanho da população
e² = erro máximo permitido
8.7 Cálculo da extensão da amostra (n)

Ex: suponha que você queira entrevistar funcionários dos


hotéis da Costa do Cacau. O cadastro evidenciou um total
de 10.000 empregados. Qual o número de pessoas a ser
entrevistada considerando-se:
a)percentagem prevista(p) para o número de pessoas a
serem entrevistadas: 30% do total;
b)nível de confiança: 95% (2 desvios-padrão);
c)tolera-se um erro de até 3%;

n = 4 . 30 . 70 . 10.000 = 84.000.000 = 853 pessoas


(3)2 . (9.999) +4 . 30 . 70 98.391
8.7 Cálculo da extensão da amostra (n)

No caso de considerar o número de pessoas (853)


elevado, pode-se reduzir o universo, para uma
população, considerando por exemplo, em vez de
todos os hotéis, somente aqueles abaixo de X leitos,
ou somente os resorts, ou somente os de 3 estrelas
etc. Depois aplica-se a fórmula. Tal proposta fica em
função do problema e objetivos.
8.7 Cálculo da extensão da amostra (n)

Quando a população a ser pesquisada é muito


grande (maior do que 100.000 elementos) considera-
se como infinita. Neste caso a fórmula é:

 . p.q
2
n 2
e
Ex.: Verificar o número de pessoas que trabalham com
turismo e cultura em Ilhéus, mas que são residentes
em Itabuna, que apresenta uma população superior a
100.000.
8.7 Cálculo da extensão da amostra (n)

Considere ainda que estas pessoas situam-se em


torno de 10% (ou seja p=10), logo q=(100-p)=90 e o
nível de confiança desejado é de 99%(muito alto) ou
seja 2 =  = 32 = 9.

Espera-se ainda que o erro máximo tolerado seja de


2%, logo e2 = 22 = 4

n = 9 . 10 . 90 = 8.100 = 2.025 pessoas


4 4
8.7 Cálculo da extensão da amostra (n)

Se o nível de confiança fosse de 95% (2 desvios) e o


erro de 3% ,ter-se-ia:

n = 4 . 10 . 90 = 3.600 = 400 pessoas


9 9

Observação: A estimativa da percentagem com a qual


o fenômeno se verifica nos exemplos é estabelecida
previamente (no seu caso também). Quando isto não
é possível (por desconhecer a realidade), adota-se o
valor máximo de p = 50 (GIL, 1990, p. 87)
8.8 Determinação da margem de erro da amostra

A margem de erro da amostra varia em função do


valor encontrado. Para defini-la com precisão utiliza-
se a seguinte fórmula, para saber o limite de
confiança:
p.q
= n
= erro padrão ou desvio da % com se verifica o
fenômeno
p = percentagem com se verifica o fenômeno
q = percentagem complementar (100-p)
n = número de elementos incluídos na amostra.
8.8 Determinação da margem de erro da amostra

Ex.: em uma pesquisa efetuada com uma amostra de


1.000 pessoas adultas, verifica-se que 30% das
pessoas beberam café, pelo menos, uma vez por dia.
Qual a probabilidade de que tal resultado seja
verdadeiro para o universo?

30.70
= 1.000 = 1,45

que corresponde a um desvio. Para 2 desvios seria


(2,95) e para 3 desvios seria (4,35).
8.8 Determinação da margem de erro da amostra

No nosso caso, o resultado encontrado indicou que,


com um nível de confiança de 95%(dois ) o resultado
da pesquisa apresentou uma margem de erro de
2,95%(a mais ou a menos).
O erro padrão também é conhecido como desvio
padrão e calcula-se pela fórmula:

 N n
x 
n N 1
8.8 Determinação da margem de erro da amostra

Fórmula para o tamanho mínimo de amostra (BERNI,


2000, p. 171)
4 N 2
n onde e = erro
4 2
 ( N  1)e 2

Quando N é muito grande pode utilizar:

4 2
n onde e = erro
e2
Outras fórmulas ver autor referido, páginas 173-177
8.8 Determinação da margem de erro da amostra

Ex.: deseja-se fazer uma pesquisa para sabe a


aceitação de um novo produto no mercado. Qual o
número de pessoas que devem ser entrevistadas com
7% de erro e 95% de significância?

n=?

N = desconhecido
p = 50%
q = 50%  pois não sabemos a população
8.8 Determinação da margem de erro da amostra

p.q
p  .z
n
p = 7% com 95% significância =  = 1,96

50.50  operacionalizando e
7= .1,96 extraindo-se a raiz quadrada:
n
49 = 50 . 50 . 3,86  49n = 2.500 . 3,84  49n = 9.600
n
 n = 196 pessoas a serem entrevistadas
8.8.1 Outros tipos de fórmulas

Fórmula Estratificada por partilha proporcional


segundo COCHRAN (1977, p.89)

no
n
no  1
1
N
onde:
n = Nº de elementos da amostra
no =Nº arbitrário da Amostra Piloto
N = Nº total do Universo
8.8.2 Fórmulas para variável com população infinita

onde:
( Z . ) 2
d = e(erro)
n z = nível de confiança
d  = desvio-padrão de população.

Pode-se obter de 3 formas:


a)resgatar resultados ou % usadas em estudos
semelhantes;
b)fazer conjecturas sobre possíveis valores;
c)calcular
8.8.3 Fórmulas para variável com população finita

Z . .N
2 2
n 2
e .( N  1)  Z .
2 2

Onde:
z = nível de confiança
 = desvio padrão
N = tamanho da população
e = erro amostral
8.8.3 Fórmulas para variável com população finita

Exemplo: Suponha que a variável escolhida em um estudo


seja o peso de certa peça, e, que a população é infinita.
Sabe-se que o desvio-padrão é de 10 kg. Admitindo-se um
nível de confiança de 95,5% e e= 15 Kg, qual o tamanho de
n?

( Z . ) 2
n
e
( 2.10) 2
n  177,7  178
1,5
8.8.3 Fórmulas para variável com população finita

Exemplo: Admitindo-se os dados do exemplo anterior e


com população finita de 600 peças, qual o valor de n?

2 2
2 .10 .600
n  137,31  138
1,5.(600  1)  2 .10
2 2
8.8.4 Fórmula para amostra estratificada

p.q N 1
p  . z.
n n 1
8.8.4 Fórmula para amostra estratificada

Exemplo: Deseja-se fazer uma pesquisa junto a uma


empresa, com 3.000 funcionários para saber o
interesse deles em fazerem curso no exterior, sendo
1,8 mil com mais de 10 anos na empresa e 1,2 mil
com menos. Qual deve ser o tamanho da amostra
probabilística estratificada, sabendo-se que em cursos
semelhantes 5% dos funcionários acima de 10 anos e
10% com menos de 10 anos na empresa
participaram. Considera 2% de erro com 95,5 de
significância.
8.8.4 Fórmula para amostra estratificada

N = 3.000
N1= 1.800 N2 = 1.200
p1= 5% p2 = 10%
q1 = 95% q2 = 90%
σp = 2 σp = 2
Z=2 Z=2

p.q N 1
p  . z.
n n 1
8.8.4 Fórmula para amostra estratificada

5.95 1.800  n1
N1  2  .2.
n1 1.800  1

5.95 1.800  n
1 . 1.
n1 1.800  1

5.95 1.800  n 5.95 (1.800  n)


1 . 1. 1  . 1.
n1 1.799 n 1.799

1.799 n1 = 475 (1.800 – n)


4,78 n1 = (1.800 – n)  4,78 n1 = 1.800
n1 = 376,5 ou 377
n2 = 515 o mesmo procedimento

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