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AULA 2

Prof: Isabela Lima


Um sistema é um conjunto de
elementos interdependentes de modo a
formar um todo organizado. 
Dessa forma, podemos dizer que o
sistema imunológico é uma
organização de células e moléculas com
funções especializadas na defesa do
corpo.
Na figura abaixo, representamos alguns destes
componentes, onde cada um deles possui células do
sistema imunológico.
As amígdalas:
As amígdalas são estruturas
localizadas entre o final da
boca e o início do nariz e
garganta, cuja função é
combater as bactérias e
agentes infecciosos em geral
que tentam entrar no
organismo. Atuam,
portanto, como importantes
aliadas do sistema
imunológico.
Devido à sua localização estratégica – na
encruzilhada entre a boca, o nariz e a
garganta -, as amígdalas acabam
percebendo e processando todas as
bactérias que invadem o organismo, pelo ar
ou pelos alimentos. “Sua principal função é
desenvolver anticorpos para combater
bactérias específicas, para que o corpo
consiga se defender rapidamente e crie
imunidade caso seja atacado pela mesma
bactéria numa próxima.
Até o final da década de 70, quando ainda se
desconhecia a utilidade das amígdalas, era
comum a cirurgia para retirá-las. O objetivo era
livrar-se das amigdalites: inflamações
corriqueiras, causadas pelas próprias bactérias
com que as amígdalas entravam em contato
para defender o organismo. Em certas pessoas,
isso pode se tornar constante, o que os médicos
chamam de amigdalite recorrente.
Outra enfermidade comum é a
hiperplasia, quando as amígdalas
crescem demais, dificultando a
respiração e a ingestão dos alimentos.
Hoje em dia, os antibióticos dão conta de
grande parte das amigdalites. Por isso, a
remoção só ocorre quando há realmente
necessidade.
Quais seriam esses casos?
①Na hiperplasia , resultar em
dificuldade em respirar, falar e
engolir alimentos e no
desenvolvimento da apneia do sono .
② Na amigdalite crônica caseosa,
essa situação faz com que o paciente
tenha mau hálito ocasionado pelo
acúmulo de alimentos decompostos
nas amígdalas. Esses casos,
entretanto, são considerados
indicações relativas, pois, não
implicam na saúdo do paciente, mas
sim em um desconforto.
 ③ No abscesso periamigdaliano. A
condição se origina quando um
quadro de amigdalite evolui para a
formação de secreção purulenta (pus)
na região próxima às amígdalas.
Os linfonodos:
Linfonodos, também
chamados de gânglios
linfáticos, são órgãos
formados por tecido
linfoide e estão
distribuídos por todo
nosso corpo. Eles
estão localizados, por
exemplo, nas axilas,
na virilha e no pescoço
e estão ligados a
 vasos linfáticos.
→ Características dos
linfonodos
Os linfonodos possuem ta
manhos variados, alguns
têm cerca de 1mm de
comprimento e outros
têm até 2 cm. Apresentam,
de maneira geral,
um formato que se
assemelha ao de um
feijão.
Nos linfonodos, encontramos diferentes células,
tais como linfócitos B, plasmócitos,
macrófagos, células reticulares e células
foliculares dendríticas. Os plasmócitos,
normalmente, encontram-se em maior número
na medula, se comparados com a quantidade
em que se apresentam na região cortical.
Podemos concluir, então, que os linfonodos
estão relacionados com nosso sistema imune.
Função dos linfonodos
A função dos linfonodos é filtrar a linfa (líquido
incolor com composição semelhante à do plasma
sanguíneo), garantindo, assim, a remoção de
partículas estranhas e evitando que estas entrem no
sistema circulatório quando a linfa retornar. A
remoção de partículas estranhas acontece graças às
células do sistema imunológico que estão presentes no
órgão.
 Aumento dos linfonodos
O aumento dos
linfonodos indica que algo não
está bem no nosso corpo. Esse
inchaço indica que o linfonodo
está filtrando a linfa e retirando
dela partículas estranhas. Vale
salientar que, quando os
linfonodos estão combatendo
infecções, tornam-se doloridos.
Pelo fato de os linfonodos
aumentarem de
tamanho durante infecções, é
comum que
os médicos procurem por
esse sinal quando um paciente
está doente.
O Timo:
O timo é uma glândula que participa da
regulação da defesa imunológica do organismo.
É considerado um órgão linfoide .
Onde se localiza:
O timo localiza-se no tórax,
entre os pulmões e a frente do
coração.
Ele muda de tamanho
conforme as fases da vida. Do
nascimento até a adolescência,
o timo atinge até 40 gramas.
A partir daí, começa a diminuir
de tamanho até a fase idosa.
Porém, mesmo com a sua
diminuição, as funções não são
perdidas.
Função
A principal função do timo é a maturação dos
linfócitos T.

Os linfócitos imaturos são produzidos na 


médula óssea e migram até o timo, onde
amadurecem e transformam-se em linfócitos T.
Do timo, eles entram na corrente sanguínea e
chegam aos tecidos linfoides.
O timo só libera os linfócitos T após
reconhecer que estes não irão reagir
contra proteínas ou antígenos naturais
do organismo. Assim, ele realiza
uma seleção dos linfócitos T a serem
liberados na corrente sanguínea.
Essa função do timo garante o correto
funcionamento do sistema imunológico. Quando
existem poucos linfócitos T no organismo
aumentam as chances de se adquirir doenças.
O timo também é responsável pela produção do
hormônio timosina, que estimula a maturação
dos linfócitos T.
O timo é dividido em dois lobos
unidos e numerosos lóbulos de
formas e tamanhos diferentes. Os dois
lobos costumam variar em tamanho e
forma. É comum o lobo direito ser
menor do que o lobo esquerdo.
O timo é revestido por uma cápsula
de tecido conjuntivo.
Cada lóbulo do timo possui duas
partes:
Córtex: Região periférica e com
grande número de linfócitos. É a área
de intensa produção dos linfócitos;
Medula: Região central com poucos
linfócitos maduros.
As células que compõem o timo são em
grande parte linfócitos, mas existem
também células reticulares e macrófagos.
Os linfócitos que não são selecionados
pelo timo morrem e são destruídos pelos
macrófagos.
Baço:
O baço é um pequeno órgão
que está localizado na parte
superior esquerda do abdômen,
atrás do estômago e debaixo do
diafragma.
Ele possui aproximadamente 13
cm de comprimento e até 200 g
de peso. Apresenta coloração
vermelha-escura e consistência
mole e esponjosa.
É muito importante para filtrar
o sangue e remover os glóbulos
vermelhos lesionados, assim
como produzir e armazenar
células brancas para o sistema
imune.
Funções do baço
As principais funções do baço são:
Filtrar microrganismos e partículas estranhas
do sangue, como vírus e bactérias. Ele atua
como uma "esponja" na filtragem do sangue.
Produzir linfócitos e plasmócitos que
sintetizam anticorpos.
Realizar reserva de sangue, para o caso de
hemorragia intensa. O órgão pode armazenar
até 250 ml de sangue.
Remover as hemácias danificadas ou
envelhecidas.
O baço é revestido por uma
cápsula fibrosa e formado pela
polpa esplênica, onde
encontram-se a polpa branca e
a polpa vermelha.
Polpa branca: Formada por
tecidos linfoides, produz os
glóbulos brancos (linfócitos T e
B) que participam do sistema
imunológico do organismo.
Polpa vermelha: Formada por
tecido sanguíneo que filtra o
sangue e remove partículas
estranhas e microrganismos.
O que causa dor no baço?
Em alguns quadros infecciosos o baço pode inchar
e causar dores. Um exemplo é da doença
mononucleose, quando na tentativa de expulsar
os vírus do organismo, o baço aumenta a produção
de linfócitos, tornando-se maior e causando o
inchaço.
Outras doenças também podem afetar o baço e
comprometer o seu funcionamento e integridade.
Exemplos:
Doenças do sangue
Cirrose
Distúrbios nos órgãos
linfáticos
Linfoma
Câncer
Anemia
Hepatite
Leucemia
Curiosidade sobre o baço
O baço não é um órgão vital ao
organismo. Em casos de doenças, ele
pode ser retirado por uma cirurgia
denominada esplenectomia.
Quando isto acontece, outros órgãos
passam a desempenhar algumas das
funções do baço. Entretanto, a função de
eliminar microrganismos e impurezas do
sangue pode ficar seriamente
comprometida.
Placa de peyer:
Placas de Peyer ou Conglomerados
Linfonodulares Ileais são agregados de 
nódulos linfáticos que constituem um
componente principal do tecido linfático
 associado ao intestino e são
particularmente grandes no Íleo, onde se
encontram principalmente na parte do
intestino oposta ao mesentério.
O mesentério é uma dobra dupla do peritônio - como se chama o
revestimento da cavidade abdominal - que une o intestino com a
parede do abdômen e permite que ele se mantenha no lugar.
Como parte do sistema imunológico, temos
a parte intestinal que constitui a parte mais
extensa e complexa de todo o aparato
defensivo do corpo. O intestino coleta
diariamente a maior entrada de patógenos
invasivos e, portanto, deve ser capaz de
reconhecer os patógenos dos inócuos que
vêm de fora através da comida. Para isso,
possui mecanismos e barreiras de defesa e
essas barreiras são formadas por enzimas 
digestivas pancreáticas, pela flora intestinal
e pelo epitélio intestina
Elas são sensibilizadas e especializadas
na identificação de antígenos associados
à passagem de alimentos através do
trato digestivo e são responsáveis ​por
decidir se as bactérias inofensivas ou
nocivos ou a tentativa de colonizar no
corpo são células ativas.
Função
Uma vez que o trato gastrointestinal é
constantemente exposto a agentes externos, e
com agentes patogênicos potencialmente
perigosos que devem ser reduzidas.
Por isso, essas placas destacam-se por sua
vigilância imunológica do que entra de fora
para o intestino e também facilita a geração
da resposta do sistema imunológico dentro
da mucosa. Além disso, as placas de Peyer
podem aprender a identificar novos
antígenos para o armazenamento dessas
informações para o futuro, para que o
sistema imunológico seja mais eficaz.
Doenças associadas
Às vezes sabemos que o sistema
imunológico está errado e pode
erroneamente identificar uma proteína
presente em um alimento, como um
antígeno nocivo desencadeando
respostas de alarme, produzindo
inflamação antes do invasor. O sistema
imunológico fica confuso e age. Estas
são alergias alimentares cujas reações
podem ser leves e até fatais.
As placas de Peyer possuem alguns
centímetros, logo podem ser
identificados mesmo sem ajuda de
instrumentos. São tecidos ovalados e
densos localizados na membrana
mucosa do intestino, formando áreas
alongadas e a sua superfície está livre
das vilosidades e que caracterizam a
parede intestinal.
Normalmente, há apenas 30 a 40
manchas em cada indivíduo
(Compartimentos Foliculares). Em
adultos jovens costumam ser mais
numerosos, mas conforme a pessoa
envelhece eles tendem a desaparecer aos
poucos deixando o intestino cada vez
mais vulnerável a infecções.
Na febre tifoide, essas manchas
podem tornar-se locais de
inflamação, no caso em que podem
evoluir para ulcerações,
hemorragias ou perfurações.
Apêndice:

O apêndice é uma bolsa com formato de


tubo que fica localizado na região inferior
direita da barriga. Ele recebe também outras
denominações como: apêndice cecal,
apêndice vermiforme e apêndice vermicular.
Não é considerado essencial para o
organismo, porém sua inflamação pode
causar problemas à saúde.
O apêndice é uma pequena extensão tubular
que termina em fundo cego. Com formato de
uma pequena bolsa, ele possui cerca de 10 cm
e apresenta ligação com a primeira parte do
intestino grosso.
Ele está localizado na região inferior direita
do abdômen, no ceco, que por sua vez está
ligado à primeira porção do intestino grosso.
Para que serve o apêndice?
Por muito tempo buscou-se entender a
função do apêndice no organismo, no qual
chegou-se a acreditar que o apêndice seria
um órgão vestigial, ou seja, que com a 
evolução ficaram fora de uso devido à
adaptação aos novos estilos de vida,
diferentes dos antepassados mais
primitivos.
Hoje, sabe-se que o apêndice serve de
abrigo para bactérias intestinais que
auxiliam na digestão e evitam infecções.
Essa conclusão surgiu depois de estudos e
pesquisas que consideraram a hipótese de
que o apêndice era utilizado na digestão de
vegetais.
Hoje, sabe-se que o apêndice serve de
abrigo para bactérias intestinais que
auxiliam na digestão e evitam infecções.
Essa conclusão surgiu depois de estudos e
pesquisas consideraram a hipótese de
que o apêndice era utilizado na digestão
de vegetais.
Pesquisadores apontam ainda que no
interior do apêndice existe uma grande
concentração de linfócitos, que são as
células de defesa, indicando sua relação
com o sistema imunológico.
Entretanto, se o apêndice for retirado, a
sua ausência não causa nenhum
prejuízo, anomalia ou deficiência ao
organismo, sendo este um dos 
órgãos do corpo humano sem os quais v
ocê pode sobreviver
.
A apendicite é a inflamação do apêndice e
acontece com frequência em crianças,
adolescentes e adultos jovens.
As suas causas ainda não são bem
esclarecidas. Porém, acredita-se que a
obstrução do intestino com fezes ou gordura
resulte no desenvolvimento da inflamação e
inchaço do apêndice.
Com a inflamação do apêndice sem
tratamento é possível que ele sofra uma
ruptura, que pode provocar uma infecção
grave e causar risco à vida.
O local de origem das células do sistema imune
A origem das células do sistema imune
As células do sistema imune
nascem de um único tipo de
células, as chamadas células
tronco hematopoiéticas.
Hemato vem de sangue e
poiética ou poiese significa repor,
ou seja, células tronco
hematopoiéticas são células que
se multiplicam e se transformam
em qualquer célula do sangue.
Os eritrócitos são as únicas células que não
participam da nossa imunidade. Elas são
também denominadas glóbulos vermelhos
do sangue, e tem como principal função o
transporte de gases no sangue. Os leucócitos
ou glóbulos brancos participam do nosso
sistema imunológico e as plaquetas, que são
fragmentos de células, participam da
coagulação sanguínea.
Vasos linfáticos:
Os vasos linfáticos são canais,
distribuídos pelo organismo, os
quais possuem válvulas que
transportam a linfa na corrente
sanguínea num único sentido,
impedindo assim o refluxo.
Eles atuam no sistema de
defesa do organismo, visto que
retiram células mortas e
transportam os linfócitos
(glóbulos brancos) que
combatem as infecções no
organismo.
Funcionamento:
Cerca de 10% do
plasma, a fração
transparente do sangue,
escapa dos vasos
sanguíneos. Ele vai
parar em meio às
células, mas é captado
depois pelos capilares,
vasos fininhos que
ficam em contato direto
com o meio celular.
Aí, os capilares se ligam a vasos linfáticos cada vez
maiores e mais complexos, que percorrem o corpo
carregando a linfa – nome que o plasma recebe depois
de absorvido – juntamente com as partículas
coletadas. É difícil identificá-los a olho nu porque,
diferentemente do sangue, o líquido ali dentro é
transparente.
No percurso dessa rede, os vasos
linfáticos encontram linfonodos, ou
gânglios. Eles filtram a linfa, retirando
componentes nocivos, e acionam
células de defesa para combater vírus e
bactérias.
Doenças associadas:
Elefantíase
A filaríase ou filariose é conhecida como “doença
tropical infecciosa” e corresponde à inflamação dos
vasos linfáticos transmitida por inseto 
Linfedema
Caracterizada pela inflamação e obstrução dos vasos
linfáticos, a linfedema leva ao inchaço excessivo dos
membros.
Curiosidades sobre o sistema linfático
Outras doenças associadas ao sistema
linfático são a celulite (acúmulo de gordura),
amenizada com o tratamento da drenagem
linfática; a íngua (inchaço dos gânglios
linfáticos) e alguns tipos de câncer
(linfoma), por exemplo o câncer de mama.
No corpo humano, a linfa é mais abundante
do que o sangue
Os órgãos do sistema imune se classificam
em primários em secundários.
Órgãos imunitários primários – são
assim denominados por serem os
principais locais de formação e
amadurecimento dos linfócitos. São
constituídos pela medula óssea e pelo
timo.
Órgãos imunitários secundários – são
representados pelos linfonodos, placa
de peyer, baço, apêndice e vasos
linfáticos.

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