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Curso de Psicologia
Disciplina de Teoria e técnica em Psicologia Cognitivo
Comportamental
HABILIDADES
SOCIAIS
Caroline Costa – 45908
Andrea Lourenço - 45917
O QUE SÃO HABILIDADES
SOCIAIS?
Definir o que é um comportamento socialmente
hábil apresenta grandes problemas; foram dadas
inúmeras definições, sem que se tenha chegado a
um acordo explícito sobre o que o constitui.
(Caballo, 2006)
O QUE SÃO HABILIDADES
SOCIAIS?
Definições são inúmeras, mas todas giram em torno de
um mesmo eixo: habilidade de expressar-se
honestamente causando o mínimo de incômodo
possível aos outros e a si mesmo.
(Caballo, 2006)
A infância tem sido apontada como um período crítico para a
aprendizagem de habilidades interpessoais.
(Caballo, 2006)
Elementos diferenciadores entre indivíduos de alta e baixa
habilidade social segundo freqüência, quantidade ou duração:
(Caballo, 2006)
Elementos diferenciadores entre indivíduos
de alta e baixa habilidade social segundo sua
adequação:
Alta Habilidade Baixa Habilidade
Expressão facial Carência de continuidade de conversação
Silêncios Falta de controle na interação
Postura Temas de conversação estereotipados
Volume Pouco interesse pela outra pessoa
Tom
Clareza
Velocidade
Duração
Inflexação
Espontaneidade
Forma de conversação
Iniciativa de conversações
(Caballo, 2006)
Diferenças cognitivas encontradas entre
sujeitos de alta e baixa habilidade social:
Alta Habilidade Baixa Habilidade
Expectativas mais precisas sobre o Mais autoverbalizações negativas
comportamento das outras pessoas Mais idéias irracionais
Expectativa de conseqüências mais positivas Menos confiança em si mesmo
Consideração de uma maior probabilidade Consideração de uma maior probabilidade
de conseqüências favoráveis de que ocorram conseqüências
Mais autoverbalizações positivas desfavoráveis
Visão de situações a partir de múltiplas Avaliação das situações pouco razoáveis
perspectivas como mais legítimas
Mais tolerantes com relação aos conflitos Maior consciência de si mesmos
Maior conhecimento de conteúdo assertivo Maior lembrança de retroalimentação
Confiam mais em padrões internos do que negativa do que positiva
externos para resolução de problemas Padrões de atuação excessivos
Deficiência na decodificação das mensagens
a partir da comunicação não verbal
(Caballo, 2006)
A partir das tabelas podemos constatar que os
sujeitos de alta habilidade social se diferenciam
principalmente, em sua auto-eficácia geral e
social, no temor à avaliação negativa, em
pensamentos negativos e/ou obsessivos, na
percepção do grau de felicidade que
experimentam, em pensamentos negativos
relacionados com diferentes dimensões das
habilidades sociais e nas autoverbalizações
durante a interação com outra pessoa em uma
situação social.
(Caballo, 2006)
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DAS
HABILIDADES SOCIAIS
(Caballo, 2006)
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DAS
HABILIDADES SOCIAIS
A utilização de mais de um método é
recomendada porque se houver discrepâncias
entre eles, podem servir para indicar a
necessidade de mais pesquisas. Por exemplo, se
o paciente informa uma atuação pobre, mas as
entrevistas com a família e a avaliação de um
colaborador indicam uma atuação adequada,
poderíamos considerar, então, que o problema
do paciente seria uma avaliação cognitiva
errônea, em vez de um déficit na sua atuação.
Essa escala foi criticada por alguns autores por tender a confundir
asserção com agressão.
Provavelmente a escala mais utilizada e a partir dela surgiram outras.
2. ESCALA DE AUTO- EXPRESSÃO
UNIVERSITÁRIA (GALASSI, DELO,
GALASSI E BASTIEN, 1974)
Foi desenvolvida com o fim de obter uma medida de
“auto- asserção” em uma população universitária.
(Caballo, 2006)
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO
HABILIDADES SOCIAIS: A
AVALIAÇÃO PELOS OUTROS
Consiste basicamente, na avaliação das
habilidades do sujeito por parte de seus
amigos e conhecidos. Porém, essas avaliações
estão limitadas pelo fato de que os pares
observam somente uma parte pequena e
limitada de comportamento social do sujeito,
e estão abertas à possibilidade de desvio se
tratam de apresentar uma boa imagem dele.
(Arkowitz, 1977)
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO
HABILIDADES SOCIAIS: O AUTO
REGISTRO
O observador escreve em um diário, faz anotações,
gravações etc. ao mesmo tempo em que ocorre o
comportamento. Esse método serve para observar e
registrar o comportamento tanto manifesto quanto
encoberto.
Os sujeitos costumam registrar informações sobre os
encontros, as pessoas com as quais interagem, quem
começou o contato social, a quantidade de tempo
que estiveram juntos, tarefas realizadas em comum
e etc.
(Caballo, 2006)
O TREINAMENTO EM
HABILIDADES SOCIAIS
Encontra-se entre as técnicas mais potentes e
mais frequentemente utilizadas para o
tratamento dos problemas psicológicos, para a
melhoria da efetividade interpessoal e para a
melhoria geral da qualidade de vida.
(Caballo, 2006)
O FORMATO DO TREINAMENTO
EM HABILIDADES SOCIAIS:
Primeira etapa: identificar com o paciente as áreas
específicas nas quais tem mais dificuldade. Obter
exemplos.
(Caballo, 2006)
O FORMATO DO TREINAMENTO
EM HABILIDADES SOCIAIS:
Em alguns casos pode ser necessário ensinar o indivíduo a
determinar seu nível de ansiedade e a relaxar, antes de
abordar determinadas situações problemáticas.
(Caballo, 2006)
O FORMATO DO TREINAMENTO
EM HABILIDADES SOCIAIS:
A quarta e mais importante etapa é o ensaio
comportamental das respostas socialmente
adequadas em situações determinadas.
(Caballo, 2006)
THS EM GRUPO
O perfil de grupo mais empregado e recomendado para
THS :
8 a 12 membros;
Uma vez por semana;
8 a 12 semanas;
2 horas por sessão.
(Caballo, 2006)
THS EM GRUPO DE CRIANÇAS
Exibição de cenas de filmes infantis e discussão.
(Caballo, 2006)
A MODELAÇÃO
A exposição do paciente a um modelo que mostre corretamente o
comportamento objetivo do treinamento permitirá a aprendizagem
observacional desse modo de atuação.
(Caballo, 2006)
A MODELAÇÃO
É mais indicada quando:
(Caballo, 2006)
INSTRUÇÕES/ ENSINO
Dar informações gerais e específicas sobre o programa
e sobre os componentes que serão trabalhados em cada
sessão.
Exercício de relaxamento:
- Requer uma prática regular em casa, se quiser que
seja útil para ajudar a aliviar posteriormente a
ansiedade.
- Cada grupo muscular é tensionado por 10 segundos e
logo relaxado. Tensiona-se outra vez e torna a relaxar
tornando as sensações de relaxamento mais profundas.
(Caballo, 2006)
ESTRATÉGIAS PARA O THS
Exercícios para os direitos humanos básicos:
(Caballo, 2006)
ESTRATÉGIAS PARA O THS
Exercícios para os direitos humanos básicos:
A seguir o terapeuta pede que imaginem que já não tem esse direito
e como sua vida mudaria comparada ao que era minutos atrás, como
se comportariam, sentiriam... Essa fantasia também dura 2 minutos.
(Caballo, 2006)
TAREFAS PRA CASA
Faça um elogio ao seu pai ou sua mãe.
(Caballo, 2006)
FAZER E RECUSAR PEDIDOS
O paciente precisa dar-se conta de que um pedido não é um
sinônimo de exigência e reconhecer o direito da outra pessoa a
recusar seu pedido.
(Caballo, 2006)
Antes de recusar um pedido, precisamos estar certo
de que entendemos perfeitamente o que nos pedem.
Caso contrário, pedir que o outro esclareça.
As recusas devem ser acompanhadas por razões e
nunca por pretextos.
Razão: Um fato que, se mudasse, mudaria a
resposta. Ex: Não posso ir, atendo um paciente nesse
horário.
Pretexto: Um fato que, se mudasse, não mudaria a
resposta. Ex: Não posso ir, o paciente cancelou, mas
ainda tenho que estudar.
(Caballo, 2006)
RECOMENDAÇÕES PRA RECUSAR PEDIDOS:
Dizer simplesmente não. Pode-se dar uma razão,
mas não há obrigação.
Pedir tempo para pensar sobre o pedido.
Pedir mais informações/esclarecimentos.
Arcar com a responsabilidade das próprias
decisões.
Ao se sentir pressionado, usar frases como “Não
quero fazê-lo, por isso agradeceria se não
tornasse a pedir. Minha resposta continua sendo
a mesma”.Se a pessoa ainda insistir, pode ser
ignorada.
(Caballo, 2006)
TAREFAS PRA CASA
Perguntar as horas a uma pessoa que passa na
rua.
Pedir a um amigo que lhe empreste algum
dinheiro e devolver, sem pretextos, em dois ou
três dias.
Convidar um amigo para ir ao cinema ou tomar
um café, sem se importar se ele responder “não”.
Ir a um supermercado, selecionar um produto e
pedir a uma pessoa com o carrinho cheio que o
deixe passar na sua frente.
(Caballo, 2006)
EXPRESSÃO DE INCÔMODO,
DESAGRADO, DESGOSTO
Determinar se vale a pena criticar determinado comportamento;
Ser breve. Uma vez exposto o que se quer dizer, não é preciso
fazer rodeios;
Evitar acusações, dirigindo a crítica ao comportamento, e não à
pessoa.
Pedir uma mudança de um comportamento específico;
Expressar os sentimentos negativos em termos de nossos próprios
sentimentos, em primeira pessoa, e não em termos absolutos;
Quando seja possível, começar e terminar a conversa em tom
positivo;
Estar disposto a escutar o ponto de vista da outra pessoa.
Terminar a conversação quando esta pode terminar em atrito.
(Caballo, 2006)
ENFRENTAR CRÍTICAS
Como abordar a crítica de forma construtiva:
Pedir detalhes com objetivo de se inteirar exatamente
de quais são as objeções da outra pessoa.
Se vamos mudar em resposta à crítica, temos de estar
de acordo com a verdade e expressar logo o que
pensamos fazer de maneira diferente, algo que
normalmente restaurará a harmonia.
Quando estamos totalmente em desacordo com a
crítica podemos expressá-lo.
As vezes pode ser necessário utilizar “procedimentos
defensivos” ou de proteção.
(Caballo, 2006)
PROCEDIMENTOS DEFENSIVOS
Costumam ser empregados quando procuramos
recusar algo, defendermo-nos de outro indivíduo
(defender nosso espaço, tempo, etc.) ou
interromper um padrão de interação destrutivo
e injusto, substituindo-o por uma comunicação
justa e mutuamente respeitosa.
Devem ser temporários.
Caso a outra pessoa não queira se adaptar a uma
relação mais equitativa, o relacionamento
provavelmente acabará.
(Caballo, 2006)
PROCEDIMENTOS DEFENSIVOS
O disco riscado
Utilizado para fazer pedidos e/ou recusar um
pedido não queremos atender. Consiste na
repetição contínua de um ponto principal que
queremos expressar. O indivíduo escuta, mas não
responde a algo que saia fora da questão que
deseja tratar. Não deve dar explicações ou
desculpas acerca do seu comportamento.
Frase-chave: “Sim, mas...” ou “mas o fato é
que...”
(Caballo, 2006)
Ignorar seletivamente
Consiste em não atender, seletivamente, a aspectos
específicos do conteúdo da fala da outra pessoa. Por
exemplo, não se responde às manifestações injustas ou
ofensivas, mas se responde somente às expressões que não
sejam destrutivas, produtoras de culpa ou injustas.
Separar os temas
Ex: A outra pessoa pode associar “me empresta o carro”
com “sermos amigos”.
Ao separar os diferentes temas, somos mais capazes de
discriminar o que a outra pessoa nos pede ou as
implicações do que está fazendo, de modo que possamos
formular uma resposta apropriada, sem necessidade de
deixar as coisas sem resolver.
(Caballo, 2006)
Desarmar a ira
Ignorar o conteúdo da mensagem irada e
concentrar nossa atenção e conversação no
fato de que a outra pessoa está aborrecida.
Manter contato visual e empregar tom de voz
moderado.
Ex: “Vejo que você está aborrecido e gostaria
de falar sobre isso. Vamos nos sentar, tomar
um café e conversaremos.”
(Caballo, 2006)
EXPRESSÃO DE AMOR, AGRADO
E AFETO
Frequentemente nas relações íntimas algum
membro do casal supõe que o outro “já sabe que o
ama” e não manifesta o carinho de forma verbal.
Também costuma-se apresentar a objeção de que
não deve ser necessário expressar com palavras o
que as próprias ações transmitem.
(Caballo, 2006)
Um estudo realizado com cinquenta casais, com
idades entre 29 a 69 anos e tempo de união
entre sete e 38 anos apontou forte relação entre
a empatia do cônjuge e a satisfação conjugal,
seguida pela expressão de sentimentos e defesa
dos próprios direitos.
(Gil e cols.,1992)
APLICAÇÕES DO TREINAMENTO
EM HABILIDADES SOCIAIS
A asserção negativa
A asserção positiva
Habilidades de conversação
APLICAÇÕES DO TREINAMENTO
EM HABILIDADES SOCIAIS
(Mueser 1997)
APLICAÇÕES DO TREINAMENTO
EM HABILIDADES SOCIAIS
(Caballo, 2006)
APLICAÇÕES DO TREINAMENTO
EM HABILIDADES SOCIAIS
Transtorno por consumo de substâncias psicoativas: Vários
estudos mostram que os déficits em habilidades sociais
podem ser situacionalmente específicos. Os indivíduos com
pequenos ou moderados problemas de abuso de drogas podem
ser muito hábeis em outras situações. Simplesmente pode ser
que não sejam capazes de resistir a pressão dos colegas para
ingestão de drogas e, assim, seu déficit de habilidades pode
limitar-se a uma falta de assertividade frente a essa coerção.
DEL PRETTE Z. A. P. & DEL PRETTE, A. (2006). Psicologia das habilidades sociais na infância: Teoria e
prática.Petrópolis: Vozes.
DEL PRETTE, Z. A. P.; DEL PRETTE, A. (2001) Inventário de habilidades sociais: manual de aplicação,
apuração e interpretação. São Paulo: Casa do Psicólogo.
LANDAZABAL, M. G. (2006) Psychopathological symptoms, social skills, and personality traits: a study
with adolescents. Span. J. Psychol., v. 9, n. 2, p. 182‑192.
SARDINHA, A.; FALCONE, E. M. O. & FERREIRA, M. C. (2009) As relações entre a satisfação conjugal e as
habilidades sociais percebidas no cônjuge. Psic.: Teor. e Pesq. [online]. vol.25, n.3, pp. 395-402. ISSN
0102-3772.
SEGRIN, C. et al. (2007) Social skills, psychological well‑being, and the mediating role of perceived
stress. Anxiety Stress Coping, v. 20, n. 3, p. 321‑329.