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SINAIS VITAIS

SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR I
SINAIS VITAIS

 São parâmetros regulados por órgãos vitais;

 Sua variação de valores pode indicar problemas;

 Forma rápida e eficiente de monitorização e


avaliação da resposta ao tratamento e diagnóstico;

 Suas técnicas básicas incluem: inspeção, palpação e


ausculta;
OS SINAIS VITAIS DEVEM SER MENSURADOS
 Na admissão do cliente;
 Na prestação de cuidados rotineiros;

 Durante uma consulta;

 Antes ou depois de procedimentos invasivos;

 Nos períodos pré, intra e pós-operatório;

 Antes e depois da administração de medicamentos


cardiovasculares e/ou respiratórios e de produtos
hemoterápicos;
 Sempre que o Enfermeiro julgar necessário.
QUAIS SÃO OS SSVV????
Mensuráveis

 TEMPERATURA T (ºC)
 PULSO P (bpm)
 RESPIRAÇÃO R (irpm)

 PRESSÃO ARTERIAL PA (mmHg)


TEMPERATURA CORPORAL
(MATERIAL DIDÁTICO PG 434)

É a diferença entre a quantidade de calor


produzida pelos processos corporais e a
quantidade de calor perdida para o
ambiente externo.
TIPOS DE TERMÔMETROS
 Locais: axila, cavidade oral, reto e mais raramente a
prega inguinal.
TEMPERATURA

Febre – é o aumento da temperatura


corporal em que a produção de calor
excede a perda de calor acelerando o
metabolismo.

Limites letais oscilam entre 22º e


42ºC
A MÉDIA NORMAL DE TEMPERATURA PARA ADULTOS
CONSIDERADOS NORMAIS É DE 36°C A 37°C É VARIÁVEL DE
ACORDO COM O LOCAL EM QUE FOR TOMADA:

 Valor normal no adulto


 AXILAR = 35,8º A 37,0ºC

 ORAL = 36,5º A 37,5ºC

 INGUINAL= 36°C A 36,8°C

 RETAL = 37º A 38,1ºC

 TIMPÂNICA = 36,8ºC A 37,9ºC

 BUCAL (36,8°C A 37°C );


CLASSIFICAÇÃO
 Estado febril: 37,5 a 39ºC
 Pirexia: 39,1 a 40ºC

 Hiperpirexia: 40,1 a 41ºC

 Hipotermia: abaixo de 36ºC
Febre

 Causada por alterações do centro termo regulador ou por


substâncias que interferem com o mesmo;
 Muitas proteínas ou produtos como as toxinas de
bactérias causam elevação da temperatura e são
chamadas de substâncias pirogênicas;
 Portanto, a elevação da temperatura pode ocorrer por
infecções, lesões teciduais, processos inflamatórios e
neoplasias entre as mais importantes.
TEMPERATURA CORPORAL
 Unidade:
 Centígrados: ºC.

 Material
 Termômetro
 Algodão
 Álcool à 70%
 Impresso
 Caneta
 Bandeja

 Considerações:
- Axila deve estar seca;
- Paciente em repouso;
- Não tocar no bulbo;
- Controlar influência ambiental
TEMPERATURA CORPORAL
 Técnica
 Escolher o local
 Arrumar o material
 Lavar as mãos
 Orientar o paciente quanto ao procedimento
 Colocar o biombo
 Realizar a assepsia do instrumento
 Colocar o termômetro (oral, axilar, retal)
TEMPERATURA CORPORAL
 Técnica (cont.)
 Esperar o tempo necessário
 Fazer a leitura da temperatura
 Anotar
 Arrumar a unidade do paciente
 Realizar a assepsia e guardar todo o material
 Lavar s mãos
 Anotar no impresso (prontuário do paciente)
Pulso Arterial

 Com a contração do ventrículo esquerdo há uma ejeção


de um volume de sangue na aorta, e dali, para a árvore
arterial;
 Uma onda de pressão desloca-se rapidamente pelo
sistema arterial, onde pode ser percebida como pulso
arterial.
 As características do pulso incluem: frequência, ritmo e
a qualidade.
Pulso

 O número de sensações de pulsação acontecendo em 1


minuto é a frequência cardíaca
 Coração do adulto= 5,5 litros de sangue por minuto
 RN = 250ml a 300ml
 O volume de sangue bombeado pelo coração em 1
minuto é o débito cardíaco.
Características do pulso

 Frequência (número de pulsações por


minuto);
 Ritmo (regularidade);
 Qualidade (força de pulsação palpada)
Frequência
 Nº de batimentos por minuto
 Varia com idade do paciente
 Lactentes: 110 a 130 bpm;
 Idade inferior a 7 anos: 80 a 120 bpm;
 Idade superior a 7 anos: 70 a 90 bpm;
 No adulto: 60 a 100 bpm
PULSO
Nomenclatura para alterações na freqüência.
Potter e Perry (2004)

Normal ou sinusal ............................de 60 a 100 bpm


Taquicardia ou taquisfigmia..........maior que 100 bpm
Bradicardia ou bradisfigmia ..........menor que 60 bpm

Nomenclatura para alterações no ritmo


Regular ou rítmico = intervalos de tempo regulares entre as batidas
cardíacas

Irregular ou arrítmico = intervalos de tempo irregulares entre as


batidas cardíacas
PULSO

Nomenclatura para alterações na amplitude. JAVIS, (2002)


 Cheio ou forte
 Fino ou filiforme ou fraco
PULSO
 As artérias mais usuais para palpação do pulso:

 Apical (quinto espaço intercostal, linha medioclavicular)


- lactentes, crianças, ou quando a impossibilidade de se
utilizar a radial ou Braquial (com esteto);

 Braquial (entre sulco dos Mm bíceps e tríceps na face


interna do braço)

 Radial (no lado do polegar da face interna do punho) -


escolha
PULSO
 Carótida - agravo clinico
 Femoral (face anterior, medial da coxa, abaixo do
ligamento inguinal): palpação profunda
 Poplítea (atrás do joelho na face lateral da fossa poplítea)
Regiões de Exame
Procedimento relacionado a mensuração do pulso

 Observação:
Não usar o polegar para verificar o pulso.
Aquecer as mãos
Em caso de dúvida repetir a contagem
Não fazer pressão forte sobre a artéria
Fatores que afetam a frequência do pulso

 Idade

 Sistema nervoso (simpático: frequência


aumentada; parassimpático: frequência
diminuída)
 Medicamentos
Cuidados de enfermagem na verificação do
pulso
 Lavar as mãos;
 Preparar o cliente emocionalmente;
 Preparar o material;
 O cliente é posicionado deitado, sentado,
ou semi-sentado, mantendo o braço
confortável.
 Usar as pontas de dois dos dedos da mão
sobre a artéria radial, fazendo ligeira
pressão.
 Observar o relógio e contar durante 1
minuto.
Cuidados de enfermagem na verificação do
pulso
 Técnica: palpação
PRESSÃO ARTERIAL

 É a força que o sangue exerce contra as paredes dos


vasos sanguíneos.
 - é declarada em milímetros de mercúrio

 Pressão Máxima (ventrículos do coração se contraem):


Sístole (ejeção do sangue)

 Pressão Mínima (relaxamento ventricular): Diástole


(relaxamento)
PRESSÃO ARTERIAL
 Unidade:
 mmHg.

 Material:
 Esfignomanômetro

 Estetoscópio.
MATERIAL
Esfigmomanômetro

manômetro de pressão
Estetoscópio
Observações importantes:
 Os Comitês especializados (AMERICAN HEART ASSOCIATION AND THE CARDIAC
SOCIETY OF GREAT BRITAIN AND IRELAND, 1939; BORDLEY III et al., 1951; KIRKENDALL et al., 1967;
não destacam nenhum
KIRKENDALL et al., 1980; FROHLICH et al., 1988; PERLOFF et al., 1993)

braço que favoreça valores mais precisos, mas recomendam


que, durante a primeira medida de pressão arterial, sejam
efetuadas verificações em ambos os braços e as medidas não
devam ter mais de 10 mmHg de diferença.

 Não usar a extremidade que tiver uma lesão ferida, pois pode
causar lesões futuras, potencializar trombos em dispositivos
permanentes.
AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

 Paciente deve estar em repouso há pelo menos 5 minutos


 Não deve tomar café nem fumar há pelo menos meia hora.
 Em pé, sentado ou deitado, deve ter a artéria braquial ao
nível do coração.
 Ninguém tira a pressão!
A largura do manguito deve corresponder a 40% da
circunferência braquial e seu comprimento a 80%.
AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
Métodos de Aferição

 Certificar-se
que o paciente não está com a
bexiga cheia, não praticou exercícios
físicos 60 a 90 minutos antes, não ingeriu
bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou
fumou até 30 minutos antes da medida;
Termos corretos

 Normotenso: pressão arterial normal


 Hipertenso: acima dos valores normais

 Hipotenso: abaixo dos valores normais


 Método Palpatório:
 Aferição da PA Sistólica por palpação da artéria radial.
 M. Auscultatório:
 Aferição da PA Sistólica e Diastólica por ausculta dos
sons de Korotkoff (sons diferentes ouvidos sobre as
artérias).
Fonte: Ministério da Saúde, 2013
Procedimento para a medida da pressão arterial

 1. Explicar o procedimento ao paciente, orientando que não


fale e descanse por 5-10 minutos em ambiente calmo, com
temperatura agradável. Promover relaxamento, para atenuar o
efeito do avental branco (elevação da pressão arterial pela
tensão provocada pela simples presença do profissional de
saúde, particularmente do médico).
 2. Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia;
não praticou exercícios físicos há 60-90 minutos; não ingeriu
bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos
antes; e não está com as pernas cruzadas.
 3. Utilizar manguito de tamanho adequado ao braço do paciente,
cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a
bolsa de borracha sobre a artéria braquial.

 4. Manter o braço do paciente na altura do coração, livre de


roupas, com a palma da mão voltada para cima e cotovelo
ligeiramente fletido.
 5. Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou
do mostrador do manômetro aneroide

 Localizar a artéria braquial ao longo da face interna superior do braço


palpando-a;
 5. Envolver a braçadeira, suave e confortavelmente, em torno do braço,
centralizando o manguito sobre a artéria braquial

 Manter a margem inferior da braçadeira 2,5cm acima da dobra do cotovelo.


Encontrar o centro do manguito dobrando-o ao meio
 Determinar o nível máximo de insuflação palpando o pulso radial até seu
desaparecimento, registrando o valor (pressão sistólica palpada) e
aumentando mais 30 mmHg;

 Desinsuflar rapidamente o manguito e esperar de 15 a 30 segundos antes de


insuflá-lo de novo;.
 Posicionar o estetoscópio sobre a artéria braquial palpada abaixo do
manguito na fossa antecubital. Deve ser aplicado com leve pressão
assegurando o contato com a pele em todos os pontos. As olivas devem
estar voltadas para frente

 Fechar a válvula da pera e insuflar o manguito rapidamente


até 30 mmHg acima da pressão sistólica registrada;
 9.Identificar a Pressão Sistólica (máxima) em mmHg,
observando no manômetro o ponto correspondente ao
primeiro batimento regular audível (sons de
Korotkoff);

 Identificar
a Pressão Diastólica (,mínima) em mmHg,
observando no manômetro o ponto correspondente ao
último batimento regular audível.
 Desinsuflar totalmente o aparelho com atenção
voltada ao completo desaparecimento dos batimentos;

 Registrara posição do paciente, o tamanho do


manguito, o braço usado para a medida e os menores
valores de pressão arterial Sistólica e Diastólica
encontrados em mmHg.
 Posicionamento adequado:

Meça a PA com o braço ao nível do coração

o Atenção: esperar 2 minutos antes da inflação


sequenciada do manguito em qualquer membro
 Anormalidades :

Material didático página 459

Hipertensão

Hipotensão

Hipotensão ortostática
Respiração
(material didático pg 448)

 É definida pela troca de gases dos pulmões com o meio


exterior, que tem como objetivo a absorção do oxigênio e
eliminação do gás carbônico;
 Deve ser avaliada pela movimentação torácica durante a
respiração;
 O tempo de avaliação deve ser de 60 segundos.

 O padrão normal varia entre os sexos, sendo:

 Mulheres: 12 a 20 irpm;

 Homens: 16 a 20 irpm.
RESPIRAÇÃO

Valores de referência para freqüência respiratória de acordo com a


idade. POTTER e PERRY, (2004)

Neonato ..............................................................30 a 60 irpm


Lactente (seis meses) ..........................................30 a 50 irpm
Pré-escolar (2 anos) ............................................25 a 32 irpm
Criança ...............................................................20 a 30 irpm
Adolescente ........................................................16 a 19 irpm
Adulto ................................................................12 a 20 irpm
Fatores que afetam as respirações
(material didático pg 448 – ler)

 Idade – “Capacidade Pulmonar”


 Medicamentos

 Atividade física

 Altitude – “diminue a oferta de oxigênio”

 Sexo – “homens > capacidade pulmonar”

 Alterações posturais – “posição”

 Febre – “liberação de calor adicional”


Classificações

 Eupnéia: respiração normal;


 Dispnéia: respiração difícil, trabalhosa ou curta;

 Ortopnéia: dispnéia em decúbito dorsal que melhora em


posição ereta;
 Taquipnéia: respiração rápida, freqüentemente pouco
profunda (acima de 20-24 r.p.m);
 Bradipnéia: respiração lenta (abaixo de 12 r.p.m);

 Hiperpnéia: aumento da amplitude da respiração;

 Trepopnéia: dispnéia em decúbito lateral;

 Apnéia: ausência de respiração.


Métodos

 Não comunicar o cliente que será realizado exame


respiratório;

 Avaliar geralmente logo após a verificação do pulso,


enquanto segura a mão do cliente;

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