Rita era conhecida por fazer birra e gritar por qualquer coisa. Seus colegas começaram a evitá-la. Um dia, durante um jogo, Rita estoura um balão ao invés de gritar. Ela percebe que pode lidar com problemas sem gritar e passa a ser mais aceita pelos outros.
Rita era conhecida por fazer birra e gritar por qualquer coisa. Seus colegas começaram a evitá-la. Um dia, durante um jogo, Rita estoura um balão ao invés de gritar. Ela percebe que pode lidar com problemas sem gritar e passa a ser mais aceita pelos outros.
Rita era conhecida por fazer birra e gritar por qualquer coisa. Seus colegas começaram a evitá-la. Um dia, durante um jogo, Rita estoura um balão ao invés de gritar. Ela percebe que pode lidar com problemas sem gritar e passa a ser mais aceita pelos outros.
FLÁVIA MUNIZ Implicava com tudo, Ilustrações de batia o pé por qualquer coisa, gritava à toa. WALTER ONO Por quase nada abria um bocão. Era tão chata, que ninguém agüentava mais! Daí os colegas resolveram dar um jeito nela. Leia a história e veja o que aconteceu com a Rita. Esta é a história de uma menina. Esta Rita magricela, Vou contar como ela era. a tal da cara magrela, Seu nome é Rita Magrela. tem uma mania esquisita: vive fazendo birra! Além de ser gritadeira, A confusão logo começa já no café com pão: Rita é muito tagarela. se Rita quer mais geléia e a mãe lhe diz que não, A tal Rita magricela pronto!... Já abre aquele bocão. tem o nariz arrebitado, sardas por todo o lado e o cabelo espetado amarrado com fita amarela. Depois de feita a merenda, Sua mãe vive pedindo: a chateação continua, - Rita, não grita! pois Rita escolhe a roupa Mas a Rita nem dá bola que usa ao brincar na rua: e sai danada da vida; - O short amarelo está rasgado, e novamente na escola o vermelho, amarrotado, continua a fazer birra. no tênis falta um cordão! Bastou esquecer a borracha É tanta reclamação ou a ponta do lápis quebrar, que até a mãe fica tonta, Rita já perde a paciência com a Rita fazendo fita, e recomeça a gritar. que bate com os pés no chão, Os colegas avisam, dizendo: de novo abrindo o bocão, - Rita, não grita! com aquela choração. Mas a magrela nem dá bola para os colegas da escola. Nas brincadeiras do recreio, Os amigos já não agüentavam os outros não tinham vez. tanta arruaça da Rita Não podiam bater-cara e resolveram dar um fim e nem contar até três! naquela mania esquisita. Rita queria tudo primeiro, Um plano combinaram então queria ser a melhor... para a próxima vez E pra quem desconfiasse que houvesse gritação. ou até dissesse: Não! lá vinha mais berração! Logo no dia seguinte, E a Rita magricela a turma brincava de amarelinha ficou com o berro abafado, quando a pedrinha ficou com o grito engasgado. sem querer, na vez da Rita, Não tinha com quem gritar, caiu pra fora da linha. não podia espernear. Daí a Rita avermelhou, Ficou muito chateada, arregalou o olhão, com aquele berro grosso encheu as bochechas de ar entalado no pescoço. e já ia estourar... quando a turma se mandou. Sumiu. Desapareceu. A partir daquele dia, Foi daí que a vovó chegou, a magrela foi percebendo o que acontecia. trazendo o lindo presente: Na escola, pra brincar de pega, um jogo de caixa e bola. esconde-esconde, polícia e ladrão, E a Rita pulou de contente: não convidavam mais a Rita, não. - Oba! Agora os meus amigos Nem pra pular corda, pra jogar peteca vão querer brincar comigo! ou fazer bolhas de sabão. E então o novo brinquedo Ela podia espernear, berrar, abrir o bocão saiu correndo a mostrar. que ninguém prestava atenção. Logo juntou criança E a Rita sozinha, sem jeito, com vontade de brincar. com aquela falta de graça enroscada dentro do peito, foi ficando triste, doente, emburrada, sem querer conversa, comida e nem nada. A brincadeira da bola maluca Na vez de Rita - que azar! - era gozada, era de assustar. o palito encostou e... B U M !! Cada um espetava o palito na caixa fez a bola estourar. onde estava o balão escondido, Então, desanimados, e ele não podia estourar. os colegas ficaram esperando Primeiro foi o João o que já estavam acostumados: que escapou de raspão! o bocão aberto da Rita, Depois foi a Beatriz gritando por todo lado. que escapuliu por um triz! Mas daí aconteceu A Rita magricela pensou num jeito esperto a surpresa boa, engraçada. de não ficar tão zangada com o que não dava certo. Ao invés de fazer isso, E hoje cada vez que acontece de algo sair errado, Rita arreganhou a boca a Ritinha sardenta, do nariz arrebitado, numa bela gargalhada! não faz pirraça, nem fita, nem grita. E uma risada emendou na outra, Pode até estourar chicletes na cara, a brincadeira foi em frente, derrubar a sopa na saia, com todos se divertindo, arranhar os joelhos no chão. com todos muito contentes. Ela acha engraçado e leva tudo na gozação. E para as coisas mais difíceis. procura a melhor solução. A tal Rita magrela, do nariz arrebitado, que usa fita amarela no cabelo espetado, continua tagarela. Mas deixou pra lá a mania esquisita de gritar à toa. Descobriu que sabe também resolver as coisas numa boa.