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A progressão da COVID-19 no estado de Santa Catarina: indicadores

epidemiológicos e medidas normativas nos três primeiros semestres da


pandemia

Kamille Feltrin Ronsoni


Curso de medicina - UFSC
INTRODUÇÃO
Introdução

Em 30 de janeiro de 2020: OMS decreta Emergência em Saúde Pública de


Importância Internacional.
No Brasil: em fevereiro de 2020 é publicado o plano de contingência: Alerta,
perigo iminente, ESPIN, bem como a lei federal 13979, que trata das medidas
de enfrentamento à COVID-19.
Ausência de liderança coerente na condução das medidas de enfrentamento no
âmbito federal.
Introdução
Indicadores por semestre:
Primeiro semestre: 57 mil óbitos acumulados.
Segundo semestre: 193 mil óbitos acumulados. (Primeira onda da doença)
Terceiro semestre: 518 mil óbitos acumulados. (Segunda onda da doença)
Junho de 2021 (terceiro semestre): Brasil é o terceiro país no mundo com maior
número de casos acumulados de COVID-19.
Principal forma de controle da doença: medidas não farmacológicas =
distanciamento social.
Adotadas no âmbito estadual e municipal.
Introdução
Em Santa Catarina: Observou-se flexibilização nas medidas de isolamento social
em momentos não oportunos de acordo com os indicadores epidemiológicos.
Medidas restritivas adotadas somente concomitantes a grande aumento no
número de casos e óbitos.
Qual a importância da adoção de medidas de distanciamiento social no
momento oportuno?
Houve adequação na tomada de decisão política
por parte do Governo Estadual, em seu papel de
frear a disseminação do SARS-CoV-2, aos
indicadores epidemiológicos da COVID-19 em
Santa Catarina?
Objetivo

Descrever os indicadores epidemiológicos e os decretos estaduais


relacionados à COVID-19 nos três primeiros semestres da
Pandemia em Santa Catarina, Brasil.
MÉTODOS
Métodos
Estudo ecológico.
Unidade de análise: Santa Catarina
Período: 1 de janeiro de 2020 a 30 de junho de 2021, em 3
semestres:
1) 1 de janeiro a 30 de junho de 2020.
2) 1 de julho de 2020 a 31 de dezembro de 2020.
3) 1 de janeiro a 30 de junho de 2021.
Métodos
Indicadores analisados:
- Numero total de casos novos de COVID 19 no semestre.
- Número total de óbitos por COVID 19 no semestre.
- Taxa de mortalidade por COVID 19 no semestre.
- Taxa de incidência de casos de COVID 19 no semestre.
- Média diária do número de casos novos por semestre.
- Média diária do número de óbitos por semestre.
Métodos - Análise dos decretos

- Foram analisados os decretos estaduais relacionados à pandemia de


COVID-19, disponíveis na plataforma de dados abertos do estado de
Santa Catarina no período entre 01 de janeiro de 2020 e 30 de
junho de 2021.
- Objetivo: Avaliar as medidas de distanciamento social presentes nos
decretos.
- Variáveis analisadas: data de publicação, tipo de decreto, medida de
distanciamento social, duração, abrangência e duração.
Métodos - Análise dos decretos
Categorias analisadas:
- Ensino presencial
- Comércio de bebidas e alimentos não essenciais
- Transporte de pessoas
- Rede Hoteleira
- Comércio de produtos
- Comércio de alimentos essenciais.
- Permanência em praças e locais públicos
- Cultos religiosos
- Aglomeração de pessoas
Métodos - Análise dos decretos
Novas categorias:
- Academias
- Casas noturnas.
- Cinemas e teatros.
- Competições esportivas.
- Eventos científicos e culturais (feiras, congressos, exposições).
- Parques temáticos e zoológicos.
Métodos - Análise dos decretos

Classificação dos decretos de acordo com repercussão:

a) Restrição: Repercussão provocada por decreto cujo texto apresenta medidas


restritivas iniciais para a categoria ou medidas cujos efeitos restritivos superam
aqueles em vigor anteriormente.

b) Restrição autolimitada: Repercussão provocada por decreto em que o teor


restritivo percebe-se aumentado, contudo com duração pré-determinada menor
que 5 dias corridos.
Métodos - Análise dos decretos

c) Manutenção: Considerou-se quando novo decreto prorroga o prazo de


vigência de medidas restritivas de decretos anteriores, com produção de iguais
efeitos;

d) Flexibilização: Categoria destinada a decretos cujo impacto do teor restritivo


percebe-se diminuído em relação ao decreto anterior; ou ao decreto que
transcorre o prazo de vigência do anterior, sem adicionar novas restrições.
RESULTADOS
Resultados - Análise dos decretos
- Foram analisados 62 decretos estaduais relacionados à
pandemia de COVID-19 (6 legislativos e 56 executivos). 32
deles tratavam sobre as medidas de distanciamento social
relevantes para este estudo.

- 24 decretos no primeiro semestre, 15 decretos no segundo


semestre, 23 no terceiro semestre.
1º SEMESTRE - 01/01/20 - 30/06/20
Dos 24 decretos:
13 não tratam de medidas de distanciamento social.
Dos 11 decretos relevantes para este estudo:

- 24 restrições, todas no mês de março.


- 11 flexibilizações entre os meses de abril, maio e junho.
2º SEMESTRE - 01/07/20 a 31/12/20
Dos 15 decretos:
8 decretos não tratam de medidas isolamento social.
Dentre os 7 decretos relevantes para este estudo:

- 7 restrições ( 2 em julho, 5 em dezembro)


- 7 flexibilizações, todas no mês de dezembro, após a maioria
das restrições, inclusive ensino presencial).
3º SEMESTRE - 01/01/21 a 30/06/21
Dos 23 decretos:

10 deles não tratam de medidas de distanciamento social.

Dos 13 decretos relevantes para este estudo:


- Primeiro decreto contendo medidas de restrição: 25 de fevereiro de
2021: 23 restrições a partir desse momento.
- 18 restrições mais rigorosas autolimitadas ( final de fevereiro - início de
março).
- 22 flexibilizações (a maioria a partir de abril).
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Classificação geral dos decretos.

Modelos de gráfico.

Novas categorias.

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