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ENVELHECIMENTO

CICLOS DE VIDA 2

Helena Akemi Wada Watanabe


2018
1
Envelhecer
 https://www.youtube.com/watch?
v=MHgcQ76vRM8

2
Velho
 O que vem à sua mente quando dizemos
“velho”?

3
Você já se perguntou como
será quando envelhecer?
 Como você se imagina aos 85 anos?

4
2900 A.C.

2016 D.C.

2013 D.C.
Sebastião Salgado
http://www.techway.com.br/techway/revista_ido
so/fotos/fotos.htm

Sebastião
Salgadohttp://www.techway.com.br/techway/re
vista_idoso/fotos/fotos.htm
200 países, 200 anos em 4
minutos
 https://www.youtube.com/watch?
v=Qe9Lw_nlFQU

7
Processo de envelhecimento nos países
em desenvolvimento

8
9
10
11
12
13
https://image.slidesharecdn.com/conassenvejecimientoysaludportugues-brasil-160824181758/95/8-assembleia-do- 14
conass-envelhecimento-e-sade-no-brasil-desafios-e-oportunidades-11-638.jpg?cb=1472063319
15
16
17
Um quadro de saúde pública para o envelhecimento saudável:
oportunidades para ação de saúde pública durante o curso da vida

18
Fonte:OMS Relatório mundial de envelhecimento e saúde, 2015
Dinâmica demográfica
brasileira
Durante a maior parte de sua História, o Brasil se
caracterizou como país jovem, rural e pouco povoado.
 1980 - 2016, a expectativa de vida dos brasileiros
passou de 62,52 anos para 75,5 anos (IBGE).
 2015 – 14,3% da população tinha 60 anos ou mais
 2017 – PNAD estima que no país haviam mais de 30,2
milhões de idosos, (56% mulheres). Nos últimos cinco
anos, caiu de 14,1% para 12,9% o número de crianças
de 0 a 9 anos de idade no total da população   
 2025 teremos quase 32 milhões de idosos, 15% da
população,
 2060 - 33,7%.
 Depois de 2030, esse grupo de pessoas será maior que
o de crianças com até 14 anos. Em 2055, sua
participação na população total será maior que a de 19
crianças e jovens com até 29 anos.
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Brasil envelhecendo
 Segundo o IBGE o índice de
envelhecimento, (proporção de pessoas
com 60 anos e mais para cada 100
indivíduos de 0 a 15 anos de idade):
- 1995: 24 idosos p/ 100 jovens
- 2001: 31,7% - 2010 44,8%
- 2011: 51,8% - 2020: 58 %
- 2025: 74 %
21
Closs VE, Schwanke CHA. A evolução do índice de envelhecimento no Brasil, nas suas regiões e unidades federativas no período de 1970 a
2010. Rev. bras. geriatr. gerontol.  [Internet]. 2012  Sep [cited  2017  May  28] ;  15( 3 ): 443-458. Available from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232012000300006&lng=en.  http://dx.doi.org/10.1590/S1809-
22
98232012000300006.
Fonte: IESS, 2013

23
Fonte: IESS, 2013

24
Fonte: IESS, 2013

25
Pessoas com mais de 65 anos irão sobrepor as
com menos de 5 anos de idade
Transição demográfica
 O termo se refere a um processo
gradual em que a fertilidade e a
mortalidade de um país passa de alta
para baixa. Essa transição se
caracteriza inicialmente pelo declínio da
mortalidade infantil, seguida pela queda
na fertilidade, e na mortalidade em
todas as idades.

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Queda nas taxas de fecundidade e de
mortalidade

Em São
Paulo, 1,76
(2016), mas
em alguns
bairros
como a
Consolação
era de 0,4
Mortalidade proporcional por causa,
Brasil,1930-2004

29
Características epidemiológicas dos
países em desenvolvimento
 aumento da frequência de problemas relacionados
com condutas não saudáveis: consumo de drogas,
violência, sedentarismo e dieta inadequada; e
 persistência e, em alguns casos, aumento das
doenças infecciosas : cólera, malária, AIDS,
tuberculose e em grupos com maiores índices de
pobreza, deficiências nutricionais
 Mas não devemos nos esquecer que as condições de
vida e de trabalho têm enorme influência no
processo saúde doença

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Velhice
 Velhice é uma categoria natural e é:
 Fato universal e natural: ciclo biológico
 Fato social e histórico
 Fato político
 Fato econômico
MAS AFINAL, O QUE É ENVELHECER?
“Envelhecer é um processo sequencial,
individual, acumulativo, irreversível,
universal, não patológico, de deterioração
de um organismo maduro, próprio a todos os
membros de uma espécie de maneira que o
tempo o torne menos capaz de fazer frente
ao estresse do meio-ambiente e portanto
aumente sua possibilidade de morte”.
(OPAS)
 Segundo a OMS, em países em
desenvolvimento a velhice começa aos
60 anos e nos países desenvolvidos, 65
anos.

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Queda Funcional Fisiológica
(Senescência)
Senescência
 Processo normal de envelhecimento:
capacidade de adaptação do indivíduo
aos rigores e agressões do meio
ambiente
Queda Funcional Patológica
(Senilidade)
ENVELHECER:
a melhor coisa que pode
te acontecer ...

é só pensar na alternativa!
A abordagem do
“envelhecimento e
saúde” sob a ótica
do curso de vida
As crianças
de Ontem
são os
adultos de
Hoje, os
idosos
de Amanhã
16,5 milhões
independentes
para o auto-
cuidado 5,5 milhões
1,7 milhão
vive em com alguma
instituições incapacidade

Os 13,2 milhões
660 mil idosos com alguma
acamados do doença
Brasil crônica

Giacomin, 2012
Cerca de 9
milhões de idosos
necessitando de
cuidados de longa
duração
 O envelhecimento da sociedade pode
afetar o crescimento econômico e
muitas outras áreas, incluindo a
sustentabilidade das famílias, a
capacidade dos Estados e das
comunidades de prover recursos para os
cidadãos idosos e até mesmo relações
internacionais
Perfil de pessoas com dependência
Área PSF – Município S. Paulo - 2003
(Obs. Inquérito da SMS/SP)

 17 totalmente dependentes / 10.000


hab
 30 a 50 pessoas acamadas / área
abrangência de UBS padrão
 Maioria é de idosos

(Fonte: Paschoal, SMP. Mesa redonda Política Nacional de


Saúde da Pessoa Idosa,São Paulo, 2007)
44
Hoje
 12% da população é idosa
 15 a 50% deles tem alguma
incapacidade.
 A chance de um velho pobre ficar
dependente é 7 vezes maior que a de
um velho não pobre.
 Doenças e incapacidades semelhantes,
recursos muito diferentes (Giacomin, 2015)
 12,6% dos idosos vivem sós
Envelhecimento social
 Mudança de papéis sociais ao longo da
vida
 Infância e adolescência: brincar e estudar
 Adulto: estudar, trabalhar, reproduzir,
criar os filhos, prover a família
 Idoso: aposentadoria, tempo livre(?), ...
 Mudança de papéis sociais
 Reinserção no mercado de trabalho, nova
carreira
IMPLICAÇÕES
PARA A
ATENÇÃO AOS
IDOSOS
TENDÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI

CUIDADO
GERONTOLÓGICO Muito
rápido

envelhecimento
populacional

Aumento das doenças


e condições crônicas

mudanças nos
Cuidados
inovadores modelos assistenciais
CUIDADO DA PESSOA IDOSA
Compreende a avaliação das
condições funcionais e de
saúde das pessoas idosas;
diagnóstico, planejamento e
implementação de serviços e
cuidados à saúde que
atendam as necessidades
identificadas dessa
população além da avaliação
da efetividade de cada
cuidado.
Doenças crônicas %
Número de doenças
Nenhuma 16,6
Distribuição Uma 28,0
(%) dos idosos Duas ou mais 55,4
Doenças crônicas
segundo referidas
doenças Hipertensão 67,0
crônicas Diabetes 25,0
DPOC 9,2
referidas. Doença cardiovascular 22,9
São Paulo, Estudo SABE,
2010 . Acidente vascular 7,0
cerebral
Doença osteoarticular 31,9

Osteoporose 19,4
FUNCIONALIDADE
FUNCIONALIDAD
E de “funcionamento”
Níveis
(função) de uma pessoa em
diferentes áreas como:
integridade física, autocuidado,
desempenho de papéis, estado
intelectual, atividades sociais,
atitude em relação a si mesmo e
estado emocional”
(Lawton, 1971)
FUNCIONALIDAD
E
E
ENVELHECIMENT
O
ISSO É IMPORTANTE?
Pergunte a qualquer pessoa como
gostaria de morrer:
Pergunte a qualquer pessoa como
gostaria de morrer:
“...de repente”
Pergunte a qualquer pessoa como
gostaria de morrer:
“...de repente”

Pergunte às pessoas idosas o que


elas mais temem no futuro:
“... ficar
dependente”
Capacidade funcional (Pnad 2003,
2008)
 A proporção de pessoas de 60 anos ou mais de
idade que não conseguiam ou tinham grande
dificuldade de caminhar 100 metros era de
12,2% em 2003 , passando, em 2008, para
13,6%.
 Influência do gênero: 15,9% das mulheres
tinham dificuldade de caminhar 100 metros,
contra 10,9% dos homens
 Renda per capta: Quanto maior a renda, menor
a declaração de incapacidade

58
POLÍTICA NACIONAL DE
SAÚDE DA PESSOA IDOSA
18/10/2006
CAPACIDADE FUNCIONAL
Idosos vulneráveis
à fragilização

Idosos Independentes Dr. José Luiz Telles - MS


ESTRATÉGIAS DIFERENCIADAS DE AÇÃO
LINHA DE CUIDADO AO
IDOS O

Ate nç ã o Dom ic ilia r

INTERS ETORIALIDADE
Re a b ilita ç ã o
P re ve nç ã o s e c und á r ia
FRÁGIL ILP Is

P ro mo ç ã o
P re ve n ç ã o
INDEP ENDENTE Re a b ilita ç ã o P re ve n tiva
Ate n ç ã o Bá s ic a
S u p o r te S o c ia l

Ministério da Saúde, 2006


NECESSIDADE DE AUXILIO
PARA O DESEMPENHO DE
ATIVIDADES COTIDIANAS
ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DE VIDA DIÁRIA

I AR
MIL
FA
IC A
ÂM
DI N
DA
à O
A Ç
N IZ
R GA
REO
ATIVIDADES BÁSICAS DE VIDA DIÁRIA

I A L
ENC
ES
PR
DOR
I DA
CU
DE
DE
I DA
ES S
NEC
AVALIAÇÃO
FUNCIONAL

INDEPENDENTE
PARCIALMENTE DEPENDENTE
TOTALMENTE DEPENDENTE
CAPACIDADE
FUNCIONAL
O que ocorre ao
longo da vida?
Um “novo paradigma”: capacidade
funcional
 Capacidade que a pessoa tem para realizara atividades
físicas e mentais necessárias para a manutenção de
suas atividades básicas: tomar banho, vestir-se,
realizar a higiene pessoal, transferir-se, alimentar-se,
manter a continência) e instrumentais (fazer compras,
cozinhar, tomar remédios, arrumar a casa, usar o
transporte coletivo, o telefone, caminhar certa
distância)
67
68
ESCALONAMENTO HIERÁRQUICO DE GUTTMAN
RELACIONADO À FUNCIONALIDADE DAS PESSOAS
IDOSAS EM 2010

Vestir (21,4%)
NECESSIDADE
Usar transporte
(17,6%)
MÍNIMA
Mobilizar-se
(17,0%)

Compras (13,4%)

Tomar medicamento NECESSIDADE


(12,3%) MODERADA
Administrar $
(9,3%)
Ir ao Banheiro
(8,6%)

Andar (8,6%)
ESTUDO SABE
Tomar banho NECESSIDADE
NECESSIDADE (8,2%) MÁXIMA
BRITO; NUNES; LEBRÃO; DUARTE,
2010 modificado de RAMOS, et al., DE CUIDADO Comer(2,9%)
1993
Distribuição (%) dos idosos segundo
necessidade de cuidado. São Paulo. Estudo
SABE, 2010. 11.7
37.1

43.5
7.6

Autocuidado Necessidade mínima Necessidade moderada Necessidade máxima


AVALIAÇÃO DA PESSOA IDOSA
ENVELHECIMENTO
Início - 2a Década de vida
(pouco perceptível)

Ao final da 3a Década - 1as


Alterações funcionais e/ou
estruturais

A partir da 4a Década há
uma perda aproximada de
1% da função /ano nos
diferentes sistemas
orgânicos.
COM O ENVELHECIMENTO
OCORREM AS SEGUINTES
MODIFICAÇÕES GERAIS NO
ORGANISMO:

 do tecido adiposo em
MMSS e MMII e uma >
concentração da
gordura abdominal
 da altura total
 da elasticidade dos
tecidos corporais
alongamento
progressivo das orelhas
e nariz
HIPERCIFOSE TORÁCIA

CIFOESCOLIOSE

↓ DISCOS INTERVERTEBRAIS
(achatamento)

ALTURA
↓ 1cm (homens) e 1,5cm
(mulheres)/ década a partir dos
40-50 anos
ÁGUA
70% na criança
60% no adulto jovem
52% no idoso

Frente a perdas
moderadas de
líquidos já apresenta
DESIDRATAÇÃO
EVIDENTE
TERMORREGULAÇÃO
TERMORREGULAÇÃO
Regulação da temperatura
Habilidade de adaptação térmica
comprometida
 Disfunção hipotalâmica
 Lentificação da resposta aos pirogênios
 Dificuldade da produção e conservação do
calor
 Redução da gordura subcutânea
 Lentificação da vasoconstrição periférica
Temperatura basal é mais baixa que nos + jovens

Alterações de 1,3oC na temperatura basal (habitualmente


medida) deve ser considerado diagnóstico de febre,
independente do local onde foi feita

Nas infecções a febre está ausente em cerca de 30% dos


casos.

Quando presente, está associada à doença viral


ou bacteriana grave

9 a 10% dos idosos com infecção apresentam


Hipotermia e 80% desses entram em choque séptico.
ALTERAÇÕES NA TERMORREGULAÇÃO

Dieta inadequada
Doenças crônicas
↓ mobilidade
Perda de massa magra
< isolamento térmico (↓ tec adiposo subcutâneo e ↓ da água
corporal - < 60%
↓ taxa metabólica
↓ reflexo de tremor
↓ vasoconstrição periférica
↓ capacidade de detectar a temperatura ambiente
Falha na resposta adaptativa ao frio
MODIFICAÇÕES
MODIFICAÇÕES DO SISTEMA TEGUMENTAR
DO SISTEMA
Modificações ndo sistema
tegumentar
 Achatamento e junção da derme
 Lentificação da renovação epidérmica
 Adelgaçamento da derme
 Degeneração das fibras de elastina
 da elasticidade da pele
 Perda de gordura subcutânea e das glândulas sebáceas
 e distribuição alterada de melanócitos
 Alteração na consistência, distribuição e coloração de
pelos
 Crescimento lentificado das unhas (mais frágeis e
quebradiças)
81
CORAÇÃO E SISTEMA
VASCULAR
MODIFICAÇÕES NO SISTEMA
CARDIOVASCULAR:

•  da força e da eficiência do mm.


cardíaco leva a uma  do débito
cardíaco sob condições de estresse
fisiológico
• as válvulas atrioventriculares
tornam-se mais espessas e rígidas
•  do coração não está associado
somente com a idade
•  da força contrátil do músculo
cardíaco não é compensada pelo
 da eficiência dessa contração
CORAÇÃO
Diminuição do débito cardíaco por diminuição da força
contrátil do miocárdio. Tal diminuição procura ser
compensada pelo aumento da FC durante o exercício que
demora mais tempo para se normalizar após cessação do
estímulo.

A presença de hipertensão é comum entre os idosos mas,


apesar disso, não pode ser considerada normal no
envelhecimento uma vez que predispõe o idoso à insuficiência
cardíaca, AVC, doença renal, doença coronariana e doença
vascular periférica.
SISTEMA VASCULAR
COM O ENVELHECIMENTO OCORREM AS SEGUINTES
MODIFICAÇÕES VASCULARES:

• há um  da fibrose, do acúmulo de Ca e lipídios e da


proliferação celular na túnica íntima (camada + interna)
dos vasos contribuindo para o desenvolvimento da
aterosclerose

• há uma  e calcificação das fibras de elastina e  do


colágeno na túnica média (camada intermediária)
ocasionando o enrijecimento dos vasos,  da resistência
periférica e  da PA sistólica

• a túnica adventícia (+ externa) é pouco ou nada afetada


pelo processo de envelhecimento
TÓRAX E PULMÕES
Diminuição da força da musculatura
respiratória,
Calcificação das cartilagens intercostais,
Desenvolvimento de cifose dorsal decorrente de
alterações vertebrais por osteoporose,
Aumento da rigidez torácica,
Diminuição da expansibilidade pulmonar
Diminuição do reflexo de tosse.
MODIFICAÇÕES DO
SISTEMA
GENITURINÁRIO
MODIFICAÇÕES DO SISTEMA
GENITURINÁRIO
 tecido conjuntivo intersticial
 tamanho e peso dos rins - atrofia
 no de néfrons
 função tubular -  reabsorção da glicose (proteinúrias
e glicosúrias podem não ter um significado diagnóstico
importante)
 da filtração glomerular - 45% entre 20 e 90 anos
 do fluxo sanguíneo - 53%
 da filtração tubular - 50% aos 70 anos
Lentificação da excreção de metabólitos
SISTEMA URINÁRIO

A hipertrofia da próstata é
comum entre os homens idosos
deslocando a pressão para o
colo da bexiga e resultando em
retenção urinária, incontinência
e infecção do trato urinário.
Os idosos podem apresentar
dificuldade em iniciar a micção
e na manutenção do jato
urinário.
As mulheres idosas, em especial as multíparas,
podem apresentar incontinência por estresse
ou seja, liberação involuntária de urina quando
do aumento da pressão intra-abdominal (tosse,
espirro, carregar peso, gargalhar, etc) em
decorrência do enfraquecimento da
musculatura pélvica e da bexiga.

Pode ainda ocorrer outros tipos de


incontinência (urgência, funcional, hiperfluxo e
mista) mas isso não deve ser considerada uma
alteração normal do envelhecimento.co
SISTEMA
GENITURINÁRIO
• urgência miccional e nictúria podem estar presentes
entre os idosos
• enfraquecimento dos mm. da bexiga  a capacidade de
retenção de urina
• esvaziamento vesical pode estar dificultado
propiciando a ocorrência de infecções
• enfraquecimento do assoalho pélvico pode ocasionar a
liberação involuntária de urina quando do  da pressão
intra-abdominal
• cerca de metade dos homens idosos tem algum grau de
prostatismo
Consequências
 Uso de fralda (!?)
 Isolamento social
 Diminuição na ingesta de líquidos
 Desidratação
SISTEMA DIGESTÓRIO
A diminuição da peristalse e das
secreções pode levar ao
desenvolvimento de intolerância a
certos alimentos e desconforto devido
ao esvaziamento gástrico retardado.

As alterações do trato
gastrointentinal inferior
podem levar à
obstipação, flatulência
ou diarréia.
Bôca
 Dentes: perda de dentes não é normal
com o envelhecimento.
 Edentulismo parcial ou total
 Uso de dentadura = mastigação de 75 a
85% menos eficiente do que a
mastigação natural diminuição no
consumo de carnes, frutos e vegetais
frescos; dificuldade de higienização, na
adaptação (ulcerações, infecções)
Principais problemas
 Desgaste dental, alteração na mucosa
 Xerostomia (40%), alteração na capacidade
gustativa (80%), língua saburrosa
 Gengivite, doença periodontal (inflamação
gengival, retração, exposição da raiz do dente,
perda de estrutura óssea), disfunção da
articulação temporo-mandibular
 Periodontite é fator de risco para osteoporose,
diabetes, doenças respiratórias e doenças
cardíacas
 Prótese inadequada/mal adaptada
Esôfago
 Com o envelhecimento, a inervação
intrínseca sofre importante redução,
alterando sua motilidade; por vezes há
relaxamento do esfíncter superior,
(assintomático), disfagia
 Limiar de dor esofágica aumentado,
assim queixa de dor esofágica não deve
ser associada à gravidade de lesão nesse
órgão
Estômago
 Discreta a moderada demora no esvaziamento
gástrico, principalmente para líquidos
 Redução na secreção de ácido clorídrico
(manifestação de gastrite atrófica. Em idosos
saudáveis não), de pepsina e de fator
intrínseco para absorção de vit B12.
 Hipocloridria pode levar a redução na
absorção de Ferro, mas não leva à anemia.
 Alteração no muco protetor da mucosa
gástrica
Intestino Delgado
 Redução da superfície mucosa, redução das
vilosidades intestinais. O tempo de trânsito intestinal
não se altera, mas pode haver alterações na
motilidade, que permitem a proliferação de bactérias
( Peso).
 Função absortiva pouco alterada para a maioria dos
nutriente, incluindo açúcares e proteínas. Discreta
redução na absorção de lipídeos
 Redução de absorção de: Vit D, ác. fólico, Vit B12,
cálcio, cobre, zinco, ácidos graxos e colesterol
 Pode haver aumento na absorção de vit A e glicose
Intestino grosso
 Perda de elasticidade da musculatura lisa.
 Aumento na prevalência de constipação
(sedentarismo, dieta pobre em fibras e
líquidos e alterações hormonais), na incidência
de neoplasias e na prevalência de doença
diverticular
 Prevalência de incontinência fecal é maior em
idosos (déficit cognitivo, AVC, neuropatia
diabética, alterações na musculatura do
esfíncter exterior, na elasticidade retal)
SISTEMA NERVOSO
Diminuição neuronal
contínua a partir da
metade da 2ª década
de vida levando, na
velhice, a alterações
funcionais. Menor
sensação de equilíbrio e
respostas motoras
desordenadas podem
ocorrer.
DEMÊNCIA
 Doença degenerativa, progressiva que compromete o cérebro.

 A Doença de Alzheimer e doenças similares ocasionam uma

severa e progressiva perda de memória que atinge pessoas

sadias de meia-idade e idosas, e criam um profundo impacto

nas pessoas com demência e nos membros de suas famílias.

 A Doença de Alzheimer é uma doença do cérebro e não um

envelhecimento normal.
CONCEITO DE DEMÊNCIA

• Alteração progressiva da memória suficiente


para interferir com o dia a dia.
• Alteração associada em outra área da cognição
(p.ex. função executiva ou linguagem).
• Podem haver alterações do comportamento
associadas
• As alterações devem ocorrer com nível de
consciência preservado
A DEMÊNCIA É UMA DOENÇA
COMUNITÁRIA

• Atinge a família inteira, ou seja, a sua


estrutura emocional, organizacional e
financeira.

• Surpreende todos pela falta de conhecimento


da doença, e principalmente, de saber como
cuidar.

• Não importa o tamanho da família.

• Atinge a vida social de todos os membros da


família bem como a comunidade onde vivem.
ALTERAÇÕES NO SONO
As alterações no sono são frequentemente
reportadas pelas pessoas idosas e incluem:
• diminuição do tempo de sono total;
• dificuldade para dormir e para permanecer
dormindo;
• dificuldade para voltar a dormir depois de
acordar;
• despertar muito cedo;
• cochilo diurno excessivo
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS QUE
OCORREM NO ENVELHECIMENTO

INÍCIO DISCRETO E PROGRESSIVO


Não causam insuficiência absoluta do órgão ou
sistema (exceções)

gradativa da reserva funcional;


comprometimento da capacidade de adaptação às
modificações do meio interno e/ou externo
PROGRESSIVA DA CAPACIDADE DE
MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO
HOMEOSTÁTICO

CONDIÇÕES CONDIÇÕES DE
BASAIS SOBRECARGA

não produz distúrbio ↑ risco de


funcional desenvolvimento de
morbidades
Queda Funcional Fisiológica Queda Funcional Patológica
(Senescência) (Senilidade)

Grandes Síndromes
Geriátricas

Epifenômenos e Sintomas Variados


Pneumonia, Infecção, Fraturas, etc
AS GRANDES SÍNDROMES
GERIÁTRICAS
 Incontinência
 Iatrogenia
 Instabilidade postural
 Imobilidade
 Insuficiência
cognitiva
 Insuficiência familiar
 Fragilidade Guimarães, 2004
Instabilidade
Instabilidade

Imobilidade
Imobilidade
Se
ni
lid
ad
e

Ins. cognitiva
Ins. cognitiva

Se
Fragilidade

n
Fragilidade
Manifestações

es
Manifestações

c ê
Incontinência
Incontinência
nc
ia

Iatrogenia
Iatrogenia
E FE
DOM O IT
INÓ
Síndrome da fragilidade

115
CUIDADO DA PESSOA IDOSA
NECESSIDADE
DE CUIDADO
CUIDADO RECEBIDO
RECURSOS

NECESSI
DADES
Quais os desafios para a saúde
pública?

 Contexto do envelhecimento brasileiro


 Políticas públicas de proteção social: saúde,
previdência e assistência
 Pobreza, doenças crônicas
 Escassez de serviços de cuidados de longa
duração

119
Desafios...
 Como envelhecer “bem”?
 Qualidade de vida e trabalho ao longo do curso de
vida, segurança
 Compressão da morbidade, controle de doenças
crônicas
 Participação social, educação, engajamento com a
vida
 Infraestrutura urbana
 Serviços
 Recursos humanos
 Financiamento dos cuidados 120
 Envelhecimento com incapacidade: quem
cuidará dos idosos?
 Família, sociedade e Estado
 Serviços para a atenção ao idoso:
 Centro de convivência
 Centro dia
 Hospital Dia
 Atenção domiciliária
 Hospitalização
 Institucionalização

121
Alternativas de cuidados de longa
duração
Intensivo Hospitalização
Menos intensivo Clínicas geriátricas
Residências coletivas
Internações de curta duração
Abrigos
Serviços comunitários Centros-dia
Visitas domiciliares
Ajuda doméstica
Apoio familiar Benefícios monetários para
cuidadores
Grupos
Fonte: Dados extraídos de Redondo eLloyd-Sherlock de p.6)
(2009, apoio a cuidadores
In Camarano e Mello, 122
2010. p 20
  o envelhecimento da população
representa dois grandes desafios:
estruturar o atendimento do idoso
enfermo e/ou dependente, ao mesmo
tempo, adotar um conjunto de políticas
de promoção da saúde e de prevenção
para que as pessoas possam envelhecer
livres de incapacidade. 

123
Fim da vida
 Final do ciclo vital
 A morte é um evento inexorável para todos s
seres vivos
 9 em 10 pessoas morrerão de doenças
crônicas, degenerativas ou câncer (morte
anunciada)

124
 Não estamos preparados para morrer,
nem para lidar com a morte. O aumento
da tecnologia não veio acompanhado com
um aumento do preparo dos profissionais
de saúde para lidar com a morte
 Segundo Elizabeth Kubler Ross, há 5
estágios pelos quais as pessoas passam
quando estão na fase final de vida:
negação, raiva, barganha, depressão e
aceitação
 https://www.youtube.com/watch?v=ZMi-R8hqIyA

125
Diretivas de final de vida
 Testamento vital: lista as vontades da pessoa sobre os
tratamentos que deseja ou não ser submetido em caso
de doença terminal (só não tem valor caso o médico
entenda que o procedimento pode contribuir para a
cura ou seja um infração ao código de ética médica)
 Onde deseja ser cuidado, orientações para cuidados
ao final de vida, velório, enterro/cremação
 Pode ser registrado em cartório, mas não existe
garantia de que a vontade do paciente será respeitada
 https://www.youtube.com/watch?
gl=LU&hl=fr&v=5SYTkquhhwU

126
O cuidado paliativo

 Ana Cláudia Arantes TED x


 https://www.youtube.com/watch?
v=ep354ZXKBEs

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