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Temos que o Direito das Coisas ou os Direitos Reais, como ramificação do Direito
Civil, consistem em um conjunto de princípios e normas regentes da relação
jurídica referente às coisas suscetíveis de apropriação pelo homem, segundo uma
finalidade social.
Os Direitos Reais têm por objeto o estudo das coisas, entendidas como os bens que
podem ser objeto de apropriação.
DIREITO DAS COISAS
Assim, é preciso deixar claro que, no campo dos Direitos Reais, o que se estuda é
realmente a “coisa”, entendida como o bem suscetível de apropriação, valendo
salientar que, segundo a linha filosófica que seguimos, “bem” é um conceito mais
amplo do que o de “coisa”.
O mesmo Superior Tribunal, por seu turno, tem entendimento no sentido de que as
obrigações decorrentes dos contratos para fornecimento de água e luz não têm
natureza propter rem:
Por fim, não se confunde a obrigação propter rem com a obrigação com eficácia
real.
Nesta, sem perder seu caráter de direito a uma prestação, há a possibilidade de
oponibilidade a terceiros, quando houver anotação preventiva no registro
imobiliário, como, por exemplo, nos casos de locação e compromisso de venda, a
teor do art. 8.º da Lei n. 8.245/91:
Art. 8.º Se o imóvel for alienado durante a locação, o adquirente poderá denunciar
o contrato, com o prazo de noventa dias para a desocupação, salvo se a locação for
por tempo determinado e o contrato contiver cláusula de vigência em caso de
alienação e estiver averbado junto à matrícula do imóvel.
DIREITO DAS COISAS
OBRIGAÇÃO PROPTER REM: CONCEITO E DISTINÇÕES (ÔNUS REAL E OBRIGAÇÃO COM
EFICÁCIA REAL)
Quem tem a coisa em seu poder, mas em nome de outrem, não lhe tem a posse
civil: é apenas detentor, tem a sua detenção (que ele chama de posse natural –
naturalis possessio), despida de efeitos jurídicos.
DIREITO DAS COISAS
TEORIAS DA POSSE
TEORIAS DA POSSE
TEORIAS DA POSSE
TEORIAS DA POSSE
Ao dispor, em seu art. 1.196, que possuidor seria “todo aquele que tem de
fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à
propriedade”, o legislador aproximou-se inequivocamente do pensamento
de IHERING, como vimos acima.
Mesmo que o sujeito não seja o proprietário, mas se comporte como tal –
por exemplo, plantando, construindo, morando –, poderá ser considerado
possuidor.
DIREITO DAS COISAS
TEORIAS DA POSSE
Sucede que a interpretação desta norma, por óbvio, não poderá ser feita fora do
âmbito de incidência do superior princípio da função social.
Vale dizer, o exercício, pleno ou não, dos poderes inerentes à propriedade (usar,
gozar ou fruir, dispor, reivindicar) somente justifica a tutela e a legitimidade da
posse se observada a sua função social.
DIREITO DAS COISAS
DETENÇÃO
DETENÇÃO
DETENÇÃO
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