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AVE

AVE

• UNIVERSIDADE NOVE DE
JULHO
• Profª : Cristiane
• Alunas: Deise – Graciele – Izabel – Rosana
DEFININDO O AVE ?
• O AVE é a interrupção súbita do suprimento de
sangue com nutrientes e oxigênio para o cérebro;

• Em termos médicos o derrame cerebral é denominado


acidente vascular cerebral ou encefálico;

• Isso afeta as funções do cérebro, lesando as células


nervosas, o que pode resultar em graves
conseqüências.
O Fluxo de Sangue para o Cérebro
• O Cérebro recebe 15% do fluxo de sangue do corpo,
embora represente menos de 3% da massa corporal;
• Por não apresentar reserva de energia ou nutrientes,
necessita de suprimento sanguíneo constante. Se o fluxo
de sangue é obstruído, as células deixam de funcionar
adequadamente.
• EXISTEM DOIS TIPOS DE ACIDENTE
VASCULAR ENCEFÁLICO !!!

• AVEI

• AVEH
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
ISQUEMICO(AVEI)
• É o resultado da obstrução de vasos sanguíneos
cerebrais, causando um infarto cerebral;

• Representa até 84% dos casos;


• Resulta da obstrução de vasos sanguíneos,
normalmente artérias que suprem o cérebro,
localizados nas proximidades ou dentro do crânio.
AVEI
• A etiologia trombótica deriva de arteriosclerose das
artérias cerebrais. Ocorre comumente na bifurcação
das artérias carótidas no pescoço;

• Outra causa possível é a embolia que é a obstrução de


um vaso por fragmentos de trombos ou gordura de
outras partes do corpo. Exemplo: - o coração - em
portadores de cardiopatia, como a Doença de Chagas.
Processo de trombose na artéria cerebral
no AVE isquêmico
1º MOMENTO
• AVEI não há morte de tecido cerebral ,mas a falta de
suprimento sanguíneo provoca uma rápida
degeneração até a morte da área afetada.
• Todavia , contamos com a área de PENUMBRA
• Perfundida parcialmente.
CASO CLÍNICO
• Sraª M.J 48 ANOS , OBESA 98 KILOS , CASADA DOIS
FILHOS 18 E 20 ANOS , VIUVA PROFISSÃO:
TELEFONISTA.
• ANTECEDENTE : HAS DM Á QUATRO ANOS , FAZ
USO IRREGULAR DO INALAPRIL E METILFORMINA.
• QUANDO NÃO ESTA TRABALHANDO ESTA
FAZENDO SERVIÇO DE CASA OU DEITADA POR
CONTA DO CANSAÇO. ADMITIDA NA EMERGÊNCIA
COM SINAIS DE QUEDA FÁCIAL , SEGUIDA DE
DIMINUIÇÃO DA FORÇA MOTORA DE MEMBRO
SUPERIOR E INFERIOR DIREITA.
ABORDAGEM INICIAL NO PRÉ HOSPITALAR

• A classificação pré-hospitalar de AVE pode ser feita


pela Escala de Cincinnati, onde será utilizado a
avaliação de 3 achados físicos em menos de um
minuto.
• Nesta escala, serão avaliados a queda facial, a
debilidade dos braços e a fala anormal; paciente com
aparecimento súbito de um destes três achados possui
72% de probabilidade de um AVE isquêmico; se os
três achados estiverem presentes a probabilidade
passa a ser maio que 85%.
ESCALA DE CINCINNATI
AVE???????
ABORDAGEM NO PRONTO
SOCORRO
• Segundo informações mais a história detalhada
e o exame físico complexo visando a
permeabilidade da via aérea
• Cuidado com as arritmias, A FA pode ser
encontrada até 13% nesses casos.
• Via aérea e neuro cardiovascular:
• Monitorar o paciente:
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
• Abertura Ocular:
• Espontânea 4
• À fala 3
• Á dor 2
• Ausência a resposta 1

• Resposta Verbal
• Orientada 5
• Conversação confusa 4
• Palavras inapropriadas 3
• Sons distorcidos 2
• Ausência de resposta 1
• Resposta Motora
• Obedece a comandos 6
• Localiza estímulos 5
• Afastamento do estímulo 4
• Flexão anormal (decorticação) 3
• Extensão anormal (descerebração) 2
• Ausência de resposta 1

• Máximo = 15
• Escore < 8 = coma
• Mínimo = 3
INTERVENÇÕES DE
ENFERMAGEM
• 1. Monitorização não invasiva
• 2. elevar o decúbito30ºgraus
• 3. Instalado cateter de O2 2L/min
• 4. Puncionado cateter periférico calibroso.
• 5. colher sangue para exames laboratoriais
destacando a importância do hemograma e
contagem de plaquetas pesquisando ,
policitemia , trombocitose endocardite.
• 6. Realizar eletrocardiograma para descartar
arritmias
• 7. Supervisionar jejum para exames posteriores de
tomografia de crânio e avaliação neurológica.
• 8. Controle rigoroso da glicemia capilar : a
hiperglicemia esta relacionada á uma grande lesão
celular na região da isquemia.
• 9. Controle rigoroso da temperatura: a hipertemia
é deletéria ao tecido cerebral isquemico.
• 10.Controle da PA: cuidado com anti
hipertensivos , paciente não pode apresentar
hipoperfusão cerebral , medicar só se maior de
180de sistólica por 120 de diastólica ACM.

• 11. E o exame de tomografia de crânio solicitado


pelo médico para diagnosticar precisamente a
área do cérebro afetado e o tipo do AVE.
TOMOGRAFIA DE CRÂNIO/Srª MJ 48
anos
• ACIDENTE VASCULAR
ENCEFALICO
• ISQUÊMICO Á ESQUERDA
• Se lesar nervos cranianos acomete estrutura do mesmo
lado.

• Se lesar hemisfério acomete o


• lado oposto.
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INFARTO CEREBRAL
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO
AVEI
• ÁREAS AFETADAS:
• ACI - ARTÉRIA CEREBRAL INTERNA CEGUEIRA
• ACM- ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA HEMIPARESIA , AFASIA
• ACA - ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR HEMIPARESIA
• ACP – ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR R HEMIANOPSIA
• ÁPISE BASILAR CEGUEIRA BILATERAL

• ARTÉRIA CEREBELAR INFERIOR DA SENSIBILIDADE FACIAL


• ARTÉRIA CEREBELAR SUPERIOR DA MARCHA,NÁUSEAS,
CEFALÉIA,DISARTRIA,PARALISIA DO OLHAR.
QUAL O TRATAMENTO PARA
AVEI ???

Até 4,5 horas dos sintomas
TRATAMENTO PARA AVEI TROMBOLÍTICO

• ACTILYSE: Converte o plasminogênio em


plasmina resultando na degradação da fibrina do
trombo proporcionando a recanalização do vaso.
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO P/ TROMBOLÍTICO
• Idade superior de 18 anos
• Diagnóstico confirmado de AVEI
• Precisão ao instalar a medicação dentre as 4 horas dos
sintomas
• Ter realizado tomografia de crânio sem evidências de
hemorragia.
• Acesso venoso periférico exclusivo e calibroso para
administração do actylise
• Outro acesso venoso calibroso para infusão de
cristalóide
• A dosagem do actylise deve ser de: 0,9mg/kg até a dose
máxima de 90 mg.
• Administrar por via endovenosa , 10% em bolus no
primeiro minuto e o restante em 60 minutos em
bomba de infusão.
• Verificar PA a cada 15 min nas primeiras 2 hs
• 30 min nas próximas 6 hs
• 60 min até completar 24 hs.
• Manter a PA <180mmhgx<105mmhg.
• Durante 24 horas o paciente deve estar monitorado
para eventualmente detectar alterações do padrão
neurológico ,
• Sinais vitais ou sangramento.
CUIDADO PÓS TROMBOLÍTICO
• NÃO UTILIZAR: Antiagregante , heparina nas próximas 24
horas.
• NÃO REALIZAR: Cateterismo central ou arterial.
• NÃO REALIZAR: cateterismo vesical
• NÃO INTRODUZIR : Sonda gástrica
FORA DA JANELA TERAPÊUTICA
• Pacientes que chegam na emergência onde não há
protocolo ou não se sabe quanto tempo dos sinais e
sintomas , por estarem fora da janela terapêutica será
tratado com ácido acetilsalicílico , clopidogrel.
• Tambem nos casos de AVEI de causas
cardioembólicas poderá ser tratado com heparina.
CRÍTERIO DE EXCLUSÃO DE
TROMBOLÍTICO
• Uso de anticoagulante oral
• IRN > 1,5
• Uso de heparina nas últimas 24 horas
• AVEI ou TCE nos últimos 3 meses
• História pregressa de algum tipo de hemorrágia
• Coagulopatia com TP prolongado> 15 segundos
• Plaquetas <100.000
• Glicemia <50 mg/dl
• Infarto agudo do miocardio
• *Correto transferir o paciente para UTI para administrar rt-PA*
TRATAMENTO CIRURGICO
• Em casos de estenose de carótidas está indicada uma
operação chamada endarterectomia, com o objetivo de
ampliar a luz do vaso e aumentar o fluxo de sangue
para o cérebro;

• Outra opção de tratamento é a colocação de uma mola


dilatadora dentro da artéria (stent);

• As duas técnicas são seguras e eficientes.


AIT
• Corresponde a uma ligeira isquemia , obstruçaõ
passageira que não chega a construir uma lesão
neurológica e não deixa sequelas.
• Episódio subto de déficit sanguíneo em uma região do
cérebro que se reverte em minutos ou em horas.
• Normalmente se for extenso ou persistir havendo
recidivas , evolui para um AVE.
TRATAMENTO
• Agentes antipláquetarios para reduzir o risco de
coagulo,
• Ácido Acetilsalicílico pelo baixo custo e rápido início
de ação.
• Tratar as causas provenientes do quadro.
AVEH
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
HEMORRÁGICO( AVEH)
• É o resultado de uma hemorragia dentro do crânio, no
cérebro ou em volta dele;
• Ocorre em 16% dos casos;
• Embora menos comum apresenta maior mortalidade;
• Há dois tipos de derrame hemorrágico, intracerebral e
a hemorragia subaracnóidea.
AVEH/HEMORRAGIA
INTRACEREBRAL
• Sangramento no tecido cerebral, causado por
hipertensão ou defeitos nos vasos sanguíneos;
AVEH
Hematomas
AVEH/HEMORRAGIA
SUBARACNÓIDEA

Sangramento no espaço em volta do


cérebro, causado normalmente por ruptura
de um aneurisma cerebral
HSD
AVEH
TOMOGRAFIA CEREBRAL
HEMORRÁGIA
INTRAPARENQUIMATOSO
HEMORRAGIA,CONTUSÃO E EDEMA

CEREBRAL
TRATAMENTO CLÍNICO OU
CIRURGICO
CATÉTERES
• INTRAPARENQUIMATOSO:

• SUBDURAL:

• INTRAVENTRICULAR

• Função : Drenagem e monitorização da PIC.


INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM
• Inclui todos os critérios anteriores,mais
• IOT em VM
• Sedação , dormonid e fentanil em bomba de infusão
continua em acesso central conforme PM.
• Nitroprussiato de sódio ACM em BIC
• Avaliar escala de sedação: Ramsay
• Monitorização da PIC valores: de 05 Á 10
• Redução da PCO2(hiperventilação)vasocontrição
cerebral e diminuição do fluxo sanguineo= diminui a
PIC
• Catéter naso enterico e vesical de demora
• Administrar analgesico CPM
• Controle rigoroso de sinais vitais
• Cabeceira elevada 30 graus
• Diurético osmótico diminui a PIC
• Anticonvulsivante , fenitoína
• Exames laboratoriais
• Observar sinais de tríade de cushing
• - bradicardia
• - bradipnéia
• - hipertensão. Indica elevação extrema da PIC
• Aspirar TOT e VAS sempre que necessario.
• 1 milhão e 800 mil vítimas de AVE vivem no Brasil
atualmente;

• Aproximadamente um terço dessas pessoas precisam


de cuidados diferenciados;

• 20% precisam de ajuda para caminharem;

• 70% têm alterações na capacidade de falar.


FATORES DE RISCO.
• História familiar
• Doença cardíaca, hipertensão e diabete
• Idade , sedentarismo
• Chance de derrame duplica após os 55 anos
• A incidência é muito maior em homens que em
mulheres
• Raça
• Incidência aumentada na raça negra
SINTOMAS
• Perda de sensibilidade;
• Perda de força muscular na metade do corpo
(hemiplegia);
• Perda da consciência;
• Formigamentos;
• Dor de cabeça intensa e súbita;
• Perda da coordenação motora e equilíbrio.
SEQUÉLAS
• Doenças vasculares cerebrais representam a
segunda causa de demência, ocorrendo com
freqüência alterações de memória, raciocínio e
atenção;

• Alterações comportamentais, da fala,


depressão e limitação física para atividades de
vida diária também são seqüelas e resultam em
dependência do paciente.
CUIDE DO SEU CEREBRO!
• É possível prevenir um acidente cerebral e suas
DEVASTADORAS conseqüências.
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
• Consulte seu médico antes de iniciar qualquer
atividade física;

• Trinta a 60 minutos de caminhada 3 a 4 vezes por


semana reduz a chance de você sofrer por um acidente
vascular.

• Alimentação saldável
VAMOS!!!
MEU DEUS!!!
DOENÇAS OPORTUNISTAS / HAS
• É o principal fator associado aos casos de derrame
cerebral;
• Causa os dois tipos de derrame : o isquêmico e o
hemorrágico;
• Deve-se controlar tanto os níveis sistólicos quanto os
diastólicos na hipertensão;
• Dieta balanceada, manutenção do peso e exercícios
ajudam a controlar a pressão arterial;
• O uso de medicamentos é seguro e eficiente;
• Converse com seu médico.
DM
• Diabete e distúrbios metabólicos aumentam as
chances de ocorrer um derrame cerebral;

• Controle da glicemia e acompanhamento médico são


recomendados;

• Converse com seu médico.


TABAGISMO
• Não fumar tem grande importância na prevenção do
AVE;

• O hábito de fumar cigarros dobra o risco de uma


pessoa ter um derrame cerebral;

• Orientação médica pode ajudar a abandonar o


tabagismo;

• Procure seu médico.


BEBIDAS ALCOÓLICAS
• A interrupção do uso de bebidas alcoólicas diminui o risco de
AVE;

• Orientação médica e grupos de apoio podem ser necessários


em alguns casos;

• Beba com moderação.


OBESIDADE
• A obesidade tanto central quanto geral aumentam as
chances de derrame cerebral;

• Ganho acelerado de peso também tem um efeito


significativo no desencadeamento de derrame
cerebral;

• Controle seu peso


COLESTEROL
• O controle dos níveis de colesterol é importante para
evitar o surgimento ou a progressão de arteriosclerose,
fator desencadeante de derrame cerebral;

• Dieta adequada e até medicações específicas podem


ser necessárias;

• Converse com seu médico.


• PREVINIR É A CONSCIÊNCIA DE VIVER A
VIDA!!!
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
• 1.RISCO PARA INFECÇÃO – com fator de risco para
procedimentos invasivos e hospitalização
• 2.ALTERAÇÃO NA PERFUSÃO TISSULAR CEREBRAL -
caracterizado por alterações neurológicas/sensitivas
• relacionado a isquemia ou hemorragia do tecido cerebral
• 3.MOBILIDADE FISICA PREJUDICADA-caracterizada por
limitação de movimentos relacionado a danos neurológicos
• 4.RISCO PARA CONFUSÃO – com fator de risco para lesão
neurólogica
• 5.RISCO PARA ASPIRAÇÃO – com fator de risco para
presença de SNE ou alterações de deglutição.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
• 1. Ciampone JT, Gonçalves LA, Maia FOM, Padilha KG.
Necessidades de cuidados de enfermagem e intervenções
terapêuticas em Unidade de Terapia Intensiva: estudo
comparativo entre pacientes idosos e não idosos. Acta Paul
Enferm 2009; 19 (1): 28-35. [ Links ]

• 2. Kimura M, Koizumi MS, Martins LMM. Caracterização das


Unidades de Terapia Intensiva do Município de São Paulo. Rev
Esc Enf USP 2010; 31(2): 304-15. [ Links ]
• 3. Silva GF, Sanches PG, Carvalho MDB. Refletindo sobre os
cuidados de enfermagem em unidade de terapia intensiva. Rev
Mineira Enferm 2009; 11(1): 94-8. [ Links ]

• 4. Gonçalves PC, Santos ABS. Avaliação da pressão


intracraniana durante a aspiração endotraqueal em pacientes
neurológicos submetidos à ventilação mecânica invasiva. São
Paulo (SP); 2010. [citado em 11 set 2008]. Disponível em:
www.sobrati.com.br/trabalho24.htm [ Links ]


• OBRIGADA!!!

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