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Contraceptivos orais
HUMBERTO SANTORO CARDOSO
Histórico
• Lançada nos EUA em 1960 (Enovid 10 - Searle) e introduzida no Brasil em 1962, a
pílula anticoncepcional faz parte do dia a dia de um grande número de mulheres.
As pílulas com variações triplas nas doses dos hormônios são as trifásicas.
Anticoncepcionais orais - Classificação
De acordo com a dose estrogênica
O etinilestradiol é o estrogênio usado praticamente em todas as pílulas,0 que varia é a sua dose,
justamente o que classifica as pílulas como de alta ou baixa dose.
Dispõe-se na atualidade de pílulas com doses de 50 mcg, 35 mcg, 30 mcg, 20 mcg e 15 mcg de
etinilestradiol. As pílulas que contêm doses abaixo de 50 mcg de etinilestradiol são
classificadas como de baixa dose, embora exista a tendência de se utilizar o termo “ultrabaixa
dose”, para as formulações estrogênicas de 20 mcg e 15 mcg
Anticoncepcionais orais - Classificação
De acordo com a geração dos progestogênios
As pílulas de primeira geração (disponíveis no mercado brasileiro) são aquelas que
contêm levonorgestrel associado a 50 mcg de etinilestradiol.
• As mulheres que iniciam o uso de um contraceptivo oral devem ser orientadas a administrar a primeira
drágea no primeiro dia do ciclo menstrual.
• No pós-parto, quando não amamentando, as mulheres devem iniciar o AOC de três a seis semanas após
o parto, não havendo necessidade da menstruação, evidentemente confirmando-se a ausência de gravidez.
• Após o sexto mês, mesmo amamentando, pode-se iniciar o uso de AOCs após exclusão de possível
gravidez, independentemente do retorno da menstruação.
Instruções para o uso
Início da primeira cartela
• No pós-aborto, iniciar o método nos primeiros sete dias após, ou a qualquer momento, desde que
excluída possibilidade de gestação.
O uso de AOCs após anticoncepção injetável trimestral, implante ou sistema intrauterino liberador de
levonorgestrel, deve ser iniciado logo após o término da validade do método.
Instruções para o uso
• Intervalo entre as cartelas
A maior parte dos AOCs prevê pausas mensais entre as cartelas, que podem variar de 4 a 7 dias, nesses casos,
após a primeira cartela inicia-se a segunda no 5º ou 8º dia, respectivamente, respeitando-se assim o intervalo
preconizado.
Anticoncepcionais que contêm substâncias inativas ou menores doses hormonais durante o intervalo previsto
possuem cartelas com 28 comprimidos, não havendo necessidade da pausa contraceptiva.
• Esquecimento
As pacientes devem ser orientadas ao uso rotineiro, sempre no mesmo horário ou situação, visando minimizar
esse inconveniente. Quando ocorrer o esquecimento, verificar a orientação da bula para menor
comprometimento da eficácia.
Dica Ao Farmacêutico
farmacêutica para pacientes que utilizam pílulas é importante orientar:
• Tomar a pílula todos os dias, preferencialmente no mesmo horário, enquanto houver pílula na
cartela.
• Em caso de esquecimento, compensar as pílulas não tomadas, e nos próximos 7 dias evitar ter
relações sexuais ou usar um método anticoncepcional não hormonal.
• Iniciar uma nova cartela de pílulas no momento correto. Isto pode variar de acordo com cada
pílula escolhida pelo médico.
• Vômito, diarreia e certos medicamentos poderão tornar a pílula menos eficaz. Nestes casos, faz-
se necessário o uso de outros métodos contraceptivos não hormonais juntamente com a pílula.
• Esclarecer que a pílula não protege contra infecções sexualmente transmitidas (DST’s).