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Cromatografia gasosa

CROMATOGRAFIA
Classificação – Técnica
CROMATOGRAFIA
 Classificação

FASE MÓVEL

Cromatografia
FM = Líquido Líquida (CL)

Cromatografia
Gás de Arraste
Gasosa (CG)

FM = Fluído Cromatografia
Super Crítico Supercrítica (CS)
CROMATÓGRAFO A GÁS
1 6
2

5
3
1 - Reservatório de Gás e Controles de Vazão / Pressão.
2 - Injetor (Vaporizador) de Amostra*
3- Coluna Cromatográfica e Forno da Coluna* 4 –
Detector*
5 - Eletrônica de Tratamento (Amplificação) de Sinal. 6 -
Registro de Sinal (Registrador ou Computador).
* Temperatura controlada
Cromatografia Gasosa
Separação dos Componentes
LINHA DO GÁS DE ARRASTE
3
4 6

1 - Cilindro de Gás
2 - Regulador de Pressão Primário
3 - “Traps” para eliminar impurezas do gás 4 -
Regulador de Pressão Secundário
5 - Regulador de Vazão (Controlador Diferencial de Fluxo) 6 -
Medidor de Vazão (Rotâmetro)
COLUNAS CROMATOGRÁFICAS
 Local onde a fase estacionária é retida
 Construção coluna influencia: a quantidade de
amostra
● A quantidade de amostra que pode ser injetada
● A eficiência de separação
● O número de analitos que podem ser separados
● Tempo requerido para a separação
 Tipos de colunas utilizadas: recheadas e capilares
COLUNAS RECHEADAS

Diâmetro interno = 3 a 6 mm
Comprimento = 0,5 m a 5 m

Recheada com sólido pulverizado (FE


sólida ou FE líquida depositada sobre as
partículas do recheio)

Aço inox ou vidro


Fácil de fazer e usar
Grande variedade de fases
líquidas
Modesto número de pratos
(máximo 8000)
FASES ESTACIONÁRIAS
SUPORTE DE COLUNAS RECHEADAS

TERRA DIATOMÁCEA

secagem
calcinação
Esqueletos fósseis fusão com soda
(SiO2 + óxidos
lavagem com ácido
metálicos) de algas Chromosorb
silanização Anachrom
microscópicas
Supelcoport
...
FASE ESTACIONÁRIA
 Terra diatomácia:
● Partículas muito porosas
● Área superficial: 0,5 – 7,5 m2/g
● Amplo contato entre FM e FE

 Quando hidrosilada, os grupos silanois (-SiOH),


originam os sítios ativos que adsorvem as moléculas
do soluto na cromatografia sólido-gás
FASE ESTACIONÁRIA
 Na CGL: separação baseada na partição entre FM e FE
líquida contida no material de recheio sólido
 Para evitar adsorção no material exposto da FE, que
influencia na separação, os grupos silonóis da superfície
são desativados com dimetildiclorosilano e lavado com
álcool antes da cobertura com fase estacionária
COLUNAS CAPILARES

CAPILAR
Diâmetro interno = 100 a 500
mm Comprimento = 5 m a 100
m

Paredes internas recobertas com um


filme fino (fração de mm) de FE
líquida ou sólida

Parede de sílica fundida


Grande variedade de fases
líquidas
Separações muito eficientes
(100000 pratos)
COLUNAS CAPILARES
COLUNAS CAPILARES
Efeitos do diâmetro da coluna
Diametro Resolução Velocidade Capacidade Facilidade

Muito boa Muito boa Regular Regular

Boa Boa Boa Bom

Regular Boa Muito boa Muito boa


TIPOS DE COLUNAS CAPILARES
 WCTO (Wall coated open tube) FE líquida depositada
(ligada // entrecruzada) sobre as paredes internas
● Vantagem: alta resolução
● Desvantagem: Baixa capacidade de amostra
 PLOT (Porous layer open tube) Camada de FE sólida
presa ás paredes internas
● Vantagem: boa resolução
● Desvantagem: Boa capacidade de amostra
 SCOT (Support coated open tube) Paredes internas
revestidas com material de recheio similar ao das
colunas recheadas
COLUNAS CAPILARES X COLUNAS
RECHEADAS
dC df H N
0.10 0.2 5 0.081 370370
0.25 0.2 5 0.156 192308
0.32 0.3 2 0.200 150000
0.32 0.5 0 0.228 131579
Capilares, L = 30 m 0.32 1.0 0 0.294 102041
0.32 5.0 0 0.435 68966
0.53 1.0 0 0.426 70423
0.53 5.0 0 0.683 43924
2.16 10% 0.549 36 43
Empacotadas, L = 2 m 2.16 5% 0.500 40 00

(L = comprimento da coluna)
Valores de H para colunas capilares e empacotadas
são próximos, mas como L para capilares é MUITO
maior tipicamente elas são mais eficientes
COLUNAS CAPILARES X
COLUNAS RECHEADAS

Parâmetros Recheada Capilar


Analítica
Diâmetro interno (mm) 1-4 0,15-0,75
Comprimento (m) 1-3 10-100
Pratos por metro 2400 30000
Espessura do filme liquido (mm) 5 0,5-2
Granulometria das partículas (malha ou 80-100 -
mesh)
Vazão média (ml/min) 20-60 1-5
Volume da amostra (mL) 0,2-20 0,001-0,5
COLUNAS CAPILARES X
COLUNAS RECHEADAS
Comparação de duas separações de bifenilas policloradas

Coluna recheada

Coluna capilar
COLUNAS RECHEADAS

 H = altura do prato
  = fator relacionado com irregularidade do recheio
 Dp = diâmetro médio das partículas do suporte
  = fator relacionado com as tortuosidades dos canais entre as
partículas do suporte
 Dm = coeficiente de difusão do soluto no gás de arraste
 m = velocidade linear do gás de arraste = L/tm
 K = fator de retenção = tr´/tm
 Df = espessura do filme líquido
 Coeficiente de difusão do soluto no líquido da fase estacionária
FASE ESTACIONÁRIA
 Seletividade: influenciada pela escolha da FE
 Ordem de eluição:
● Ponto de ebulição dos solutos
● Interação soluto com FE
 Solutos com PE muito diferente: fácil separar
 Dois solutos com PE similar: separação
depende da FE – interagir seletivamente com um deles
 Solutos apolares = separados com FE apolar

 Solutos polares = separados com FE polar


FASE ESTACIONÁRIA
SELETIVA Deve interagir diferencialmente com os
componentes da amostra.

FE Seletiva:
separação
adequada dos
constituintes
da amostra

FE pouco
Seletiva: má
resolução
mesmo com
coluna de boa
eficiência
FASE ESTACIONÁRIA
AMPLA FAIXA DE TEMPERATURAS DE USO Maior flexibilidade na
otimização da separação.

BOA ESTABILIDADE QUÍMICA E TÉRMICA Maior durabilidade da


coluna, não reage com componentes da amostra

POUCO VISCOSA Colunas mais eficientes (menor resistência


à transferência do analito entre fases)

DISPONÍVEL EM ELEVADO GRAU DE PUREZA Colunas


reprodutíveis; ausência de picos “fantasma” nos
cromatogramas.
FASES ESTACIONÁRIAS
TIPOS DE FASES ESTACIONÁRIAS
LÍQUIDAS

CH3 R1 CH3
H3C Si O Si Si R1, R2 = qualquer
radical orgânico
O CH3 R2 CH3
n
CH3
- Ligação Si-O extremamente estável = elevada
estabilidade térmica e química das FE.

R = 100% -CH3 (APOLAR)


R = 50% -C6H5 E 50% -CH3 (POLARIDADE INTERMEDIÁRIA) R
= -C3H6CF3 E –C3H6CN (POLARES)
OU FASE DE POLIETILINO GLICOL
FASES ESTACIONÁRIAS - SILICONE
FE derivadas de polidimetilsiloxano (PDMS) por substituição de -CH3 por
radicais orgânicos, em ordem crescente aproximada de polaridade:
Substituintes Nomes Comerciais Observações
- - SE-30 OV-1 OV-101 SP-2100 mais apolares da
série pouco
seletivas
carborano ? - Dexsil 300GC similar a PDMS
estável até >
400oC
fenil 5 % - SE-52 SE-54 OV-3 OV-5 pouco polar
OV-73
cianopropil 7% fenil 7% OV-1701 SPB-7 CP-Sil moderadamente polar
19CB
fenil 50 % - OV-17 SP-2250 HP-50+ moderadamente
SPB-50 polar retém
aromáticos
trifluoropropil - OV-210 QF-1 moderadamente polar
50% retém compostos
carbonílicos
cianopropil fenil 50% OV-225 SP-2300 CP-Sil polar
50% 43CB retem doadores de
elétrons
cianopropil - SP-2340 SP-2330 Silar-9 altamente polar
100% CP

Diferenças entre FE de composição similar provenientes de


fornecedores diferentes: pureza, viscosidade.
FASE ESTACIONÁRIA
 Problema colunas com FE liquida: sangria “bleed”
 Limite de temperatura: minimiza perda da FE

 Acima da temperatura limite: diminui tempo de vida

 Colunas com FE ligada ou ligação cruzada


(cross- linked) são mais estáveis
 Fase ligada: FE ligada na superfície capilar da sílica

 Fase cruzada: a ligação é feita após colocada a


FE, através de cadeias poliméricas separadas
FASE ESTACIONÁRIA

Entrecruzada: as Quimicamente ligadas:


cadeias poliméricas as cadeias poliméricas
são quimicamente são “presas” ao suporte
ligadas entre si por ligações químicas
EXEMPLO DE SEPARAÇÃO
Separação de pesticidas - FE = 100 % PDMS

Coluna: CP-Sil 5
(25 m x 0,32 mm x 0,12 mm)
TCOL:195oC (6,5 min) / 195oC a
275oC (10oC.min-1)
Gás de Arraste: He @ 35 cm.min-1
Detector: FID
Amostra: 2mL de solução
dos pesticidas “on-column”
Separação de piridinas - FE = 100 % CNpropilsilicone
1 - piridina
2 - 2-metilpiridina
3 - 2,6-dimetilpiridina
4 - 2-etilpiridina Coluna: CP-Sil 43CB (10 m x 0,10 mm x 0,2
5 - 3-metilpiridina mm)
6 - 4-metilpiridina TCOL:110oC (isotérmico)

Gás de Arraste: N2 @ 16 cm.min-1

Detector: FID

Amostra: 0,1mL de solução 1-2% das piridinas


em 3-metilpiridina

3 min
Separação de fenóis - FE = fenilmetilsilicones

50% Ph
50% Me
FASE MÓVEL OU GÁS DE ARRASTE
 Mais comum: He, Ar e N2
 Características: quimicamente inerte
 Escolha: Depende do detector do instrumento

 Colunas empacotadas: v ~ 25-125 mL/min

 Coluna capilar: v~1- 25 mL/min

 Medida: fluxometro ao lado da coluna


EQUAÇÃO DE VAN DEEMTER

A = efeito dos caminhos múltiplos B


= difusão molecular longitudinal C =
transferência de massa na FE

m = velocidade linear da fase móvel

O valor de H pode ser minimizado


otimizando-se a vazão de gás de arraste
VARIAÇÃO DE H COM A
VELOCIDADE LINEAR DO GÁS
DE ARRASTE
INJEÇÃO DE AMOSTRA LÍQUIDA

LÍQUIDOS Capacidades típicas: 1 mL, 5 mL e 10 mL

Microseringa de 10 mL:

êmbolo agulha (inox 316)

corpo (pirex)
SISTEMA DE INJEÇÃO
Volume Injetado
Depende do tipo de coluna e do estado físico da amostra

Amostras Amostras
COLUNA Líquidas Gasosas

empacotada
= 3,2 mm (1/4”) 0,2 mL ... 20 0,1 ml ... 50 mL
mL

capilar
 = 0,25 mm 0,01 mL ... 3 0,001 ml ... 0,1 mL
mL

Sólidos: convencionalmente se dissolve em um


solvente adequado e injeta-se a solução
SISTEMA DE INJEÇÃO
1
2

3
Bloco injetor aquecido no mínimo 50 oC
acima do componente menos volátil.
4
- Garantir rápida vaporização de toda
amostra

1 - Septo (silicone)
2 - Alimentação de gás de arraste) 3 -
Bloco metálico aquecido
4 - Ponta da coluna cromatográfica
SISTEMA DE INJEÇÃO

1 2 3

1 - Ponta da agulha da microseringa é introduzida no início


da coluna.
2 - Amostra injetada e vaporizada instantâneamente no
início da coluna.
3 - “Plug” de vapor de amostra forçado pelo gás de arraste
a fluir pela coluna.
SISTEMA DE INJEÇÃO
Injetores com divisão (“splitters”) Sistema pneumático
despreza fração da amostra injetada
1

2 1 - Septo;
2- Entrada de gás de arraste;
3 3 - “Liner” (misturador);
4 - Coluna Capilar
5 5 - Purga de gás de arraste;
4 6 - Válvula de controle de
purga.

6
- Menor sensibilidade (boa parte da amostra é desprezada)
-Divisão da amostra raramente é uniforme (fração purgada
dos constituintes menos voláteis é sempre menor)
- Ajuste da razão de divisão é mais uma fonte de erros
SISTEMA DE INJEÇÃO
CONDIÇÕES REPRESENTATIVAS DOS
DIFERENTES MODOS DE INJEÇÃO
SISTEMA DE INJEÇÃO
CARACTERISTICA DOS INJETORES
MODO SPLIT/SPLITLESS

Características Modo Split Modo Splitless


Temperatura do injetor Alta – promover Menor que no modo split
evaporação rápida – amostra gasta mais
tempo no injetor
Tempo de residência da ~30 seg ~1 min
amostra no injetor
Vazão do gás de arraste Vigoroso Lento
Amostra que vai para a 0,2-2% 80 %
coluna
CONTROLE DA TEMPERATURA
 Parâmetro crítico para obtenção de boa separação
 Coluna localizada forno termostatizado;

 Separação isotérmica: escolha da temperatura


depende dos solutos
TEMPERATURA DA COLUNA
CONTROLE CONFIÁVEL
DA TEMPERATURA DA
COLUNA É ESSENCIAL
PARA OBTER BOA
SEPARAÇÃO EM CG
INSTRUMENTAÇÃO –
TEMPERATURA DE SEPARAÇÃO

Estrutura química
do analito
Além da interação com a FE, o tempo
que um analito demora para percorrer p0 = f
a coluna depende de sua PRESSÃO Temperatur
a da
DE VAPOR (p0).
coluna

Temperatur Pressão Velocidad


a da de e de
coluna vapor migração

ANALITO ELUI MAIS RAPIDAMENTE


(MENOR RETENÇÃO)
INSTRUMENTAÇÃO –
FORNO DA COLUNA
Características Desejáveis de um Forno:

AMPLA FAIXA DE TEMPERATURA DE USO Pelo menos de Tambiente


até 400oC. Sistemas criogênicos (T < podem
Tambiente)
ser necessários em casos especiais.

TEMPERATURA INDEPENDENTE DOS DEMAIS MÓDULOS Não


deve ser afetado pela temperatura do injetor e detector.

TEMPERATURA UNIFORME EM SEU INTERIOR Sistemasde


ventilação interna muito eficientes para manter temperatur
a homogênea em todo forno. a
INSTRUMENTAÇÃO –
FORNO DA COLUNA
Características Desejáveis de um Forno:

FÁCIL ACESSO À COLUNA A operação de troca de coluna pode


ser frequente.

AQUECIMENTO E ESFRIAMENTO RÁPIDO Importante tanto em


análises de rotina e durante o desenvolvimento de metodologias
analíticas novas.
TEMPERATURA ESTÁVEL E REPRODUTÍVEL
A temperatura deve ser mantida com exatidão e precisão de ±
0,1°C.

Em cromatógrafos modernos (depois de 1980),


o controle de temperatura do forno é totalmente operado por
microprocessadores.
MODO DE ELUIÇÃO:
CONDIÇÕES ISOTÉRMICAS
TCOL BAIXA:
- Componentes mais voláteis são separados
- Componentes menos voláteis demoram a
eluir, saindo como picos mal definidos

TCOL ALTA:
- Componentes mais voláteis não são separados
- Componentes menos voláteis eluem mais
rapidamente
MODO DE ELUIÇÃO
PROGRAMAÇÃO DE TEMPERATURA

A temperatura do forno pode ser variada linearmente durante


a separação:

Consegue-se boa separação dos componentes da amostra


em menor tempo
MODO DE ELUIÇÃO
PROGRAMAÇÃO DE TEMPERATURA

Parâmetros de uma programação de temperatura:

TINI Temperatura Inicial

TEMPERATURA
TFIM
TFIM Temperatura Final
R
tINI Tempo Isotérmico Inicial

TINI
tFIM Tempo Final do Programa
R Velocidade de Aquecimento tINI tFIM
TEMPO
MODO DE ELUIÇÃO
Comparação entre as separações

Programação de
temperatura

Condição
isotérmica
MODO DE ELUIÇÃO
MODO DE ELUIÇÃO

“DRIFT” NA LINHA DE
BASE
DETECTORES
 Dispositivos que examinam continuamente o material eluido,
gerando sinal quando da passagem de substâncias que não o gás de
arraste
DETECTORES – MAIS IMPORTANTES

DETECTOR POR CONDUTIVIDADE TÉRMICA (DCT OU


TCD)
Variação da condutividade térmica do gás de arraste.

DETECTOR POR IONIZAÇÃO EM CHAMA (DIC OU FID) Íons


gerados durante a queima dos eluatos em uma chama de H2 + ar.

DETECTOR POR CAPTURA DE ELÉTRONS (DCE OU ECD)


Supressão de corrente causada pela absorção de elétrons por eluatos
altamente eletrofílicos.
Dispositivos que geram um sinal elétrico proporcional à
quantidade eluida de um analito

~ 60 detectores já usados em CG

~ 15 equipam cromatógrafos comerciais

4 respondem pela maior parte das aplicações

DCT TCD DIC FID


Detector por Detector por
Condutividade Ionização em
Térmica Chama

DCE ECD EM MS
Detector por
Captura de Detector Espectrométrico de
Eletrons Massas
CARACTERISTICA DOS
DETECTORES
QUANTIDADE MÍNIMA DETECTÁVEL Massa de um analito que
gera um pico com altura igual a três vezes o nível de ruído

S =3
N
SINAL
(S)

RUÍDO (N)

RUÍDO Qualquer componente do sinal gerado pelo detector que não se


origina da amostra

Fontes Contaminantes nos gases


de Impurezas acumuladas no detector
Ruído
Aterramento elétrico deficiente
DETECTORES - PARÂMETROS
LIMITE DE DETEÇÃO Quantidade de analito que gera um pico com S/N =
3 e wb = 1 unidade de tempo

Mesmo detector, nível de ruído e massa de analito MAS diferentes larguras de


base:

wb
DETECTORES - PARÂMETROS

Detector (sinal gerado, ruído)


QMD = f
Largura do pico cromatográfico

Definindo limite de detecção como:

LD é independente da eficiência do sistema


cromatográfico !

[QMD] = [LD] =
massa massa / tempo
(ng, pg ...) (ng.s-1, pg.s-1 ...)
CARACTERISTICA DOS
DETECTORES
SENSIBILIDADE Relação entre o
incremento de área do pico e o
incremento de massa do analito

Fator de
Resposta, S:
ÁREA

inclinação da
reta Área do pico
x Massa do
analito

MASSA

o mesmo incremento
de massa causa um
S Sensibilidade maior incremento de
área
CARACTERISTICA DOS
DETECTORES
FAIXA LINEAR DINÂMICA Intervalo de massas dentro do qual a
resposta do detector é linear

A partir de
ÁREA

certo ponto o
sinal não
aumenta mais
linearmente

MASSA

O fim da zona de linearidade pode ser detectado quando a razão (Área /


Massa) diverge em mais de 5 % da inclinação da reta na região linear:
CURVA DE
LINEARIDADE
1,05 S
ÁREA / MASSA

0,95 S

MASSA

 A linha obtida deve ser horizontal sobre toda a faixa linear


 O método é linear até onde a resposta relativa intercepta a linha 95 ou
105%
 O limite inferior é o limite de quantificação
CLASSIFICAÇÃO DOS DETECTORES

UNIVERSAIS: Geram sinal para qualquer


substância eluida.

SELETIVOS: Detectam apenas substâncias com


determinada propriedade físico-química.

ESPECÍFICOS: Detectam substâncias que


possuam determinado elemento ou grupo
funcional em suas estruturas
CLASSIFICAÇÃO DOS
DETECTORES
 Mudança de Propriedade do gás de  PROPRIEDADES ÓTICAS
arraste ● Fotometria de chama (FPD)
● Condutividade térmica ● Emissão atômica em plasma (AED)
● Balanceamento de gases ● Infravermelho

 IONIZAÇÃO  REAÇÕES QUÍMICAS


● Ionização em chama (FID) ● Condutividade eletrolítica (HECD,
● Termiônico (TID) ou Chama alcalina HALL)
(AFD) ou nitrogênio/fósforo (NPD) ● Quimiluminescência (TEA)
● Captura de elétrons (ECD)
● Espectrometria de massas (MS)  OUTROS TIPOS
● Ionização por hélio (HID) ● Radioatividade
● Fotoionização (PID) ● Eletrodos seletivo de ions
● Coulométrico (CD) ● Piezoelétrico
● Mobilidade de íons (IMD) ● Organoléptico
● Eletroantenográfico
DETECTORES – DETECTOR POR
CONDUTIVIDADE TÉRMICA

PRINCÍPIO Variação na condutividade térmica do gás quando da


eluição de um analito.

A taxa de transferência de calor entre um corpo quente e um corpo frio


depende da condutividade térmica do gás no espaço que separa os
corpos

Se a condutividade térmica do gás diminui, a quantidade de calor


transferido também diminui - o corpo quente se aquece.
DETECTORES – DETECTOR POR
CONDUTIVIDADE TÉRMICA

Cela de Detecção do DCT:


i
1 Bloco metálico (aço)
2 Entrada de gás de arraste
5 3 Saída de gás de arraste
3
4Filamento metálico (liga W-
Re) aquecido
4 5Alimentação de corrente
elétrica para aquecimento do
2 1 filamento
DETECTORES – DETECTOR POR
CONDUTIVIDADE TÉRMICA
Configuração tradicional do DCT: bloco metálico com quatro celas
interligadas em par - por duas passa o efluente da coluna e por duas,
gás de arraste puro:

CELAS DA CELAS DA CELAS DE


AMOSTRA
REFERÊNCIA
CORTE SUPERIOR

CORTE LATERAL
AMOSTRA

CELAS DE
REFERÊNCIA

Quando da eluição de um composto com condutividade térmica menor que a do


gás de arraste puro:
DETECTORES – DETECTOR POR
CONDUTIVIDADE TÉRMICA

Resistência elétrica
Filamentos nas
celas de amostra
dos filamentos nas Diferença de
celas de amostra
se aquecem
aumenta
resistência
elétrica entre
os
Resistência
Filamentos nas
elétrica dos filamentos
celas de
referência não se
filamentos nas de amostra e
celas de referência
aquecem
fica constante
referência
DETECTORES: Características
Operacionais do DCT
 SELETIVIDADE – Universal
 QUANTIDADE MINIMA DETECTÁVEL: 0,4
– 1 ng
 FAIXA LINEAR: 104
 GÁS DE ARRASTE: He ou N2
 FATOR DE RESPOSTA: Quanto menor
a condutivade térmica do analito, maior o sinal
 TEMPERATURA DO DETECTOR: Maximizar a
diferença entre a temperatura do filamento e do
bloco metálico. Limite: 400 oC
DETECTORES: Detector por
Condutividade Térmica
NATUREZA DO GÁS DE ARRASTE Quanto maior a diferença D entre a
condutividade térmica do gás de arraste puro, A, e do analito, X, maior a
resposta.

Como: (M = massa molecular)

QUANTO MENOR A MASSA MOLECULAR DO GÁS DE ARRASTE, MAIOR A


RESPOSTA
DETECTORES: Detector por
Condutividade Térmica
Gás de arraste com DCT: He ou H2

outro
He ou H2
gás

1 2 1 2
Usando He ou H2 como gás de arraste, D
1
é maximizado: MAIOR RESPOSTA

2 Com outros gases, eventualmente


X > A: PICOS NEGATIVOS
CARACTERISTICAS DO DETECTOR POR
CONDUTIVIDADE TÉRMICA

FATORES DE RESPOSTA Quanto menor a condutividade térmica do


analito, maior o sinal.

Os fatores de resposta dependem da condutividade térmica do


analito

Quantidades iguais de substâncias diferentes geram picos cromatográficos


com áreas diferentes !!!
DETECTORES – DETECTOR POR
CONDUTIVIDADE TÉRMICA

X D

CHCl3
Mistura de quantidades
C2H5OH
equimolares de:
C2H6
Etano   = 17,5

Clorofórmio   = 6,0

Etanol   = 12,7
DETECTORES – DETECTOR POR
CONDUTIVIDADE TÉRMICA
TEMPERATURAS DE OPERAÇÃO Quanto maior a
diferença entre a temperatura dos filamentos e do bloco
metálico maior a resposta.

Temperatura do filamento, TF: entre 300oC e 350oC. É


função da corrente de alimentação dos filamentos, i.

i TF Sinal

Limitações:
- Correntes excessivas podem fundir o filamento
(Ø típicos do filamento = 20 mm)
- Diminuição do tempo de vida útil dos filamentos
(oxidação por traços de O2 no gás de arraste)
DETECTORES – DETECTOR POR
CONDUTIVIDADE TÉRMICA

Temperatura do bloco, TB: mantida tão baixa quanto


possível

TB Sinal

Limitação:
- Temperaturas excessivamente baixas podem
provocar a condensação de analitos nas
celas (erros analíticos, danos aos filamentos)
DETECTORES – DETECTOR POR
CONDUTIVIDADE TÉRMICA
1 Separação e quantificação de compostos que não geram sinal em outros detectores
(gases nobres, gases fixos)
2 Por ser um detector não-destrutivo, pode ser usado em CG preparativa ou
detecção sequencial com dois detectores em “tandem”
Separação de Gases Fixos e Hidrocarbonetos:
Coluna: CP Sil 5CB
(50 m x 0.32 mm x 5 µm)
Gás de Arraste: He @ 3
ml.min-1
TCOL: 40°C
1Detector:
N2 DCT 2 CH4
3 CO2 4 n-C2
5 NH3 6 n-C3
7 i-C4 8 n-C4
DETECTOR – IONIZAÇÃO EM CHAMA

COLETOR

AR
FLAME TIP

H2

BLOCO

COLUNA
DETECTOR – IONIZAÇÃO EM CHAMA

O ar e o H2 difundem para o interior Uma diferença de potencial elétrico é


do coletor, onde se misturam ao aplicada entre o flame tip e o coletor -
efluente da coluna e queimam: quando se formam íons na chama,
flue uma corrente elétrica:
DETECTOR – IONIZAÇÃO EM CHAMA

Incandescência

Estrutura da chama Reação


três regiões básicas
Quebra

Região de quebra Mistura dos gases, pré-aquecimento, início da quebra das


moléculas de H2, O2 e dos analitos.
Zona de reação Reações exotérmicas com produção e/ou consumo de
radicais H, O, OH, HO2 (provenientes do H2), CH e C2 (proveniente do analito) e
íons CHO+ (analito).
Zona de incandescência Emissão de luz por decaimento de espécies
excitadas: OH (luz UV), CH e C2 (visível).
DETECTOR – IONIZAÇÃO EM CHAMA
CH + O  CHO+ + e-
Queima de substâncias
com ligações C-H 1 íon formado a cada ~105 átomos
de C queimados

Queima de H2 Formam-se apenas radicais !!!

SELETIVIDADE Seletivo para substâncias que contém ligações C-H


em sua estrutura química.
(como virtualmente todas as substâncias analizáveis por CG são orgânicas, na prática o
DIC é UNIVERSAL)
CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS
Compostos que NÃO produzem resposta no DIC:
Gases nobres NH3, NxOy

H2, O2, N2 SiX4 (X = halogênio)

CO, CO2, CS2 H2O

CCl4, peralogenados HCOOH, HCHO *

CH4
DIC
CO2

O2
DCT N2

SENSIBILIDADE / LINEARIDADE QMD típicas = 10 pg a 100 pg com


linearidade entre 107 e 108 (pg a mg)
CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS
VAZÕES DE GASES Além do gás de arraste, as vazões de alimentação de ar (comburente)
e hidrogênio (combustível) devem ser otimizadas.
Gráficos Sinal x Vazão de Gases típicos:
SINAL

AR H2

150 300 450 600 15 30 45 60

O sinal se mantém aproximadamente constante em uma larga faixa de


vazões de ar e H2
VARIAÇÕES NAS VAZÕES DE AR E H2 AFETAM APENAS MARGINALMENTE O SINAL = MAIORES
REPRODUTIBILIDADE E REPETIBILIDADE
CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS
TRATAMENTO DE SINAL Por causa da baixa magnitude da corrente elétrica
gerada (pA a nA) ela deve ser amplificada para poder ser registrada.
2
3

Diagrama
eletrônico 1
simplificado de 4
um DIC

2 Bateria ou Fonte de CC Voltagens de operação normais de 200 V a 300 V


(não variável - valor depende da geometria específica do detector).
3Amplificador Eletrométrico Deve amplificar o sinal e converter uma corrente
variável em uma voltagem variável (pA  mV).
4 Saída de Registro de Sinal
CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS
Número Efetivo de Carbonos (NEC) Prevê com ~20% de aproximação o
fator de resposta de um composto.
Átomo X
C alifático +1,00
C aromático +1,00 FATORES DE
C olefiníco +0,95 RESPOSTA O fator de
C carbonila +0,00
(X = Contribuição de cada
resposta de um
O álcool prim. -0,60
átomo ao NEC) Cl alifático -0,12
determinado composto é
aproximadamente
proporcional ao número
Mistura com quantidades átomos de carbono.
equimolares de: Presença de
heteroelementos diminui
C2H6  NEC = 2,00 o fator de resposta.

C2H5OH  NEC = 1,40

CH3CHO  NEC = 1,00


DETECTOR – NITROGÊNIO E FÓSFORO

Modificação do DIC altamente seletiva para compostos orgânicos


nitrogenados e fosforados

Pérola de sal de metal alcalino:


RbCl (normal), KCl

Seletividade S para fosforados ou nitrogenados: 10.000


x - 100.000 x em relação a
hidrocarbonetos similares

QMD = 0,4 pg a 10 pg (N) e 0,1 a 1 pg (P)


DETECTOR – NITROGÊNIO E FÓSFORO
Pesticidas Triazínicos usando DNP:

1 Desetilatrazina
2 Desisopropilatrazina
3 Atraton
4 Atrazina
5 Trietazina
6 Secbumeton
7 Sebutilazina
8 Simetrin
9 Dipropretrina
10 Dimetametrina
11 Metroprotrina

(100 pg cada)
CAPTURA DE ELÉTRONS
PRINCÍPIO Supressão de um fluxo de elétrons lentos (termais) causada
pela sua absorção por espécies eletrofílicas

Um fluxo contínuo de
eletrons lentos é
estabelecido entre um anôdo
(fonte radioativa
b-emissora) e um catodo.

Na passagem de uma
substância eletrofílica
alguns eletrons são
absorvidos, resultando uma
supressão de corrente
elétrica.
DETECTOR – CAPTURA DE ELÉTRONS
1
2

1 Anôdo (fonte radioativa b-


emissora)
2 Saída de gases 3 Catodo

4 Cavidade 5 Coluna cromatográfica


DETECTOR – CAPTURA DE ELÉTRONS
Mecanismo de Captura de Eletrons

1Geração de eletrons lentos pela interação entre a radiação b,


moléculas do gás de arraste G e moléculas de bloqueador
(“quencher”) Q

b-+ G  G++ e-
+ e*  energia

b - + G  G* + Q  G + e - + Q  energia

2 Eletrons lentos são capturados pela espécie eletrofílica AB

AB + e- AB - +
energia
CAPTURA DE ELÉTRONS

FONTE RADIOATIVA O anôdo deve estar dopado com um


isótopo radioativo b- ou a- emissor

Emprego universal em DCE comerciais:

3H (b-, 0,02 MeV) 63 Ni (b-, 0,06 MeV)


Sob a forma de Ta3H3 Usado como 63Ni 0

Maior sensibilidade Maior linearidade

Tdet deve ser < 225oC Útil até ~400oC


CAPTURA DE ELÉTRONS

- Maior durabilidade (t1/2 = 100 a x 12 a para 3H)


63Ni
preferido em
equipamentos - Maior estabilidade térmica
modernos
- Menor risco de uso (radioatividade)

Raramente 85Kr, 90Sr, 99Tc, 147Pm, 241Am, 226Ra


usados:
CAPTURA DE ELÉTRONS
POLARIZAÇÃO DOS ELETRODOS Vários modos de polarização
possíveis

VOLTAGEM CONSTANTE Pouco usada modernamente –


picos cromatográficos podem ser deformados.

VOLTAGEM PULSADA Menos anomalieas elétricas: maior sensibilidade e


linearidade.
CAPTURA DE ELÉTRONS
TEMPERATURA DO DETECTOR Dependência do sinal com
temperatura de operação bastante significativa

Variação de  3oC na temperatura

Erro de ~ 10% na área dos picos

Magnitude e sinal do erro depende do composto analisado !

TEMPERATURA DO DCE DEVE SER


RIGIDAMENTE CONTROLADA
CAPTURA DE ELÉTRONS
GÁS DE ARRASTE Funcionamento do DCE é muito dependente da
natureza do gás de arraste

N2 Geram elétrons lentos


MAIS USADOS: quando bom-bardeados
Ar + 5% CH4 com b-

O gás deve ser o mais puro possível !!!


(traços de H2O e O2 comprometem o sinal do DCE)

Adsorção de !
contaminantes sobre
os eletrodos causa
deformação nos picos
CAPTURA DE ELÉTRONS

VAZÃO DE GÁS DE ARRASTE Sinal depende diretamente da vazão


de gás fluindo no detector

F Sinal

SENSIBILIDADE / LINEARIDADE QMD = 0,01 pg a 1 pg


(organoclorados), linearidade ~ 104 (pg a ng)

10 fg Lindano (C6H6)
m-ECD HP-6890
CAPTURA DE ELÉTRONS

PESTICIDAS
1 tetracloro-m-xileno
~250 fg cada analito 2 a - BHC
3 Lindano
4 Heptachlor
5 Endosulfan
6 Dieldrin
7 Endrin
8 DDD
9 DDT
10 Metoxychlor
10 decaclorobifenila

O DCE É O DETECTOR PREFERENCIAL PARA


ANÁLISES DE TRAÇOS DE ORGANOALOGENADOS E
SIMILARES
SELETIVIDADE / FATORES DE RESPOSTA Valores de S maximizados
para compostos eletrofílicos

hidrocarbonetos e esteres alifáticos, dienos

álcoois, cetonas e aldeídos alifáticos, aminas, nitrilas,


mono - Cl, mono - F

enóis, oxalatos, mono - Br, di - Cl, hexa - F

tri - Cl, cloretos de ácidos, alquil - Pb, anidridos

mono - I, di - Br, tri - Cl, mono - nitro, CS2

di - I, tri - Br, poli - Cl, di - nitro, 1,2 - dicetonas,


fumaratos, organo - Hg
I > Br > Cl > F
a >b>
Comparando-se
Terc > Sec > Prim 
organoalogenados:
trans > cis
Tri > Di > Mono
Contaminantes em ar atmosférico - detecção paralela DIC + DCE

DIC

DCE

1, 2, 3 - Hidrocarbonetos aromáticos
4, 5, 6 - Hidrocarbonetos clorados
ANÁLISE
QUALITATIVA Identificação individual das
espécies contidas na amostra
Aplicações
Qualitativas
de CG Determinação da identidade da
amostra propriamente dita

Fontes de Informações Qualitativas

RETENÇÃO Uso de dados de retenção de um analito para sua identificação

DETECÇÃO Detectores que fornecem informações estruturais


sobre as substâncias eluídas

Para análise qualitativa confiável por CG é recomendável combinação


de dados provenientes de pelo menos duas fontes
ANÁLISE
QUALITATIVA

Interações analito / FE
t’R = f Pressão de vapor do analito
Condições operacionais (TCOL,
FC ...)

Fixas as condições operacionais, o tempo de retenção ajustado de


um analito é uma constante
ANÁLISE
QUALITATIVA
PARAMETROS DE RETENÇÃO

AMOSTRA

Comparação de

cromatogramas
da amostra e
PADRÃ de uma
O solução padrão
do analito
suspeito
TEMPO DE RETENÇÃO
Identificação por t’R é muito pouco confiável:

Dependência com FC e TCOL Variações nestas condições


afetam sensivelmente os t’R

DTCOL =  0,1%
VARIAÇÃO DE
 1% NO t’R
DFC = 
1%
TEMPO DE RETENÇÃO
Sobrecarga na coluna Aumento excessivo na massa de
material eluído deforma o pico cromatográfico e altera o seu
t’R

Saturação da
coluna
MASSA

cromatográfica
com aumento de
massa eluida
provoca “cauda
frontal” no pico
Tempo de retenção e dopagem

Amostra complexa:
Comparação com cromatograma da
incerteza nos t’R medidos
amostra dopada permite identificação
pode levar a
mais confiável do desconhecido
identificação errônea
ANÁLISE
QUALITATIVA
Métodos de detecção que fornecem informações qualitativas sobre os
analitos eluídos:

Cromatografia Gasosa com Deteção Espectrométrica de Massas (CG- EM)

Cromatografia Gasosa com Deteção Espectrométrica por


Emissão Atômica (CG-EA)

Cromatografia Gasosa com Deteção Espectrométrica por Absorção no Infra-


Vermelho (CG-EIV)

Identificação muito confiável quando combinados a técnicas de


identificação baseadas em retenção
CG-MS
 Detector para análise qualitativa e
potente quantitativa

 As moléculas são ionizadas para formarem cátions


 aceleradas por um campo elétrico  separadas de
acordo com sua massa

 Processo de ionização = energia suficiente


para quebrar molécula numa variedade de fragmentos
CROMATOGRAFIA GASOSA –
ESPECTROMETRIA DE MASSAS

PRINCÍPIO A amostra é fragmentada e ionizada em um padrão característico da


espécie química.

1 Moléculas da amostra são bombardeadas por elétrons (electron impact = EI) ou


íons (chemical ionization = CI):

ABCDE + e-  ABCDE.+ + 2 e-

2 O íon formado se fragmenta:


ABCDE.+  AB. + CDE+
ABCDE.+  AB+ + CDE.
ABCDE.+  A+ + BCDE.
CROMATOGRAFIA GASOSA –
ESPECTROMETRIA DE MASSAS

3 Os fragmentos iônicos formados são separados magneticamente de acordo com


suas massas moleculares e contados:
ABUNDÂNCIA

O gráfico do número de
íons formados em função
da razão Massa / Carga dos
íons é o ESPECTRO DE
MASSAS do analito

MASSA / CARGA
CROMATOGRAFIA GASOSA –
ESPECTROMETRIA DE MASSAS
1
3

2 4

1Câmara de Ionização Elétrons gerados por um filamento aquecido bombardeam a amostra. Os


fragmentos ionizados (carga +1) são repelidos pelo eletrodo positivo e conduzidos ao separador
magnético.

2 Saída de Vácuo Todo o interior do EM deve estar sob alto vácuo (natm).

3Separador Magnético A ação do campo magnético deixa apenas íons com determinada razão
Massa / Carga atravessar esta área do equipamento.

4Detector Uma válvula fotomultiplicadora ou um fotodiodo gera um sinal elétrico proporcional ao


número de íons que incide sobre o elemento.
10 12
0 20 40 60 80
0 0
m/Z - CO
m/Z = 80

m/Z = 118 m/Z = 79


- (CO + H)

m/Z = 90
INTERFACE CG-EM
Câmara
de Ionização
CG EM

Vácuo

Separador Molecular Coluna


O gás de arraste leve Interface Capilar Direta
(He) difunde mais Capilar Com colunas capilares
rapidamente que o a vazão baixa de gás de
analito e tende a ser arraste pode ser
drenado para o vácuo. drenada pelo sistema
de vácuo.
CROMATOGRAFIA GASOSA – ESPECTROMETRIA DE
MASSAS

Sistema de Controle e Aquisição de


Dados:

É MANDATÓRIO que
sistemas CG-EM sejam
totalmente
controlados por
microcomputador.
CROMATOGRAFIA GASOSA –
ESPECTROMETRIA DE MASSAS

Sistema de Controle e Aquisição de Dados:


1 Gerencia e monitora o funcionamento dos módulos
de CG e EM.

2 Coleta e arquiva espectros de massa em


intervalos regulares de tempo e constroi o
cromatograma.

3 Após a corrida, compara espectros coletados


com bases de dados para identificação dos
eluatos.

COMPUTADORES RÁPIDOS E COM GRANDE


CAPACIDADE DE ESTOCAGEM DE DADOS
CROMATOGRAFIA GASOSA –
ESPECTROMETRIA DE MASSAS
CROMATOGRAFIA GASOSA –
ESPECTROMETRIA DE MASSAS
CROMATOGRAFIA GASOSA –
ESPECTROMETRIA DE MASSAS
CROMATOGRAFIA GASOSA –
ESPECTROMETRIA DE MASSAS
Espectros de massas completos coletados e arquivados em
intervalos regulares de tempo
Geração do cromatograma a partir dos espectros:

CROMATOGRAMA DE ÍONS TOTAIS (TIC = Total Ion


Chromatogram)
Para cada espectro o número total de íons detectados na faixa de massas
varrida é somado e plotado em função do tempo, gerando o
cromatograma.

MONITORAMENTO DO ÍON SELECIONADO (SIM = Single Ion


Monitoring)

Seleciona-se um fragmento resultante da fragmentação da espécie de


interesse. Gera-se o cromatograma plotando-se o número de íon detectados
com a massa desse fragmento em função do tempo.
CROMATOGRAFIA GASOSA – ESPECTROMETRIA DE
MASSAS

TIC SIM
Universal Seletivo
Similar a DIC Maior Sensibilidade
TIC VS SIM
Aroma de polpa industrializada de cajá após extração por SPME

TIC SIM (m/z = 149)


Aparecem os picos Cromatograma construído a partir
correspondentes a todas dos mesmos dados acima, mas
substâncias eluídas apenas usando fragmentos com
massa = 149 (ftalatos: plastificante)
IDENTIFICAÇÃO DOS ELUATOS – CG-MS
1 Seleção manual ou automática do espectro de
massa correspondente a um eluato.

CONTAGEN
S
MASSA / CARGA
CONTAGEN
S

TEMPO
IDENTIFICAÇÃO DOS ELUATOS CG-MS
2 Interpretação manual do espectro e / ou comparação automática
com biblioteca de espectros padrão do equipamento.

Busca automática em bibliotecas de espectros:


comparação estatística ( Probability Based Matching )

ESPECTRO
DESCONHECIDO
Lista com possíveis candidatos +
PBM porcentagem de confiabilidade

BIBLIOTECA
DE
ESPECTROS
IDENTIFICAÇÃO DOS ELUATOS – CG-MS

# NOME FÓRM. %
1 1-dodeceno C H
99
12 24

2 1-dodecanol C12H26O
91
PBM de um eluato
“desconhecido” 3 ciclododecano C12H24
91
(1-dodeceno)
4 2-dodeceno C12H24
66

5 1-undeceno C11H22
35

6 8-metil-3-undeceno C12H24 32
Identificação pouco confiável de espectros muito simples

Limitada pelo tamanho da base de dados (NIST = 66.000


LIMITAÇÕES espectros)
:
Diferenças entre espectros gerados por diversos EM
CROMATOGRAFIA GASOSA –
ESPECTROMETRIA DE MASSAS
 Gases utilizados:
● Gás de arraste: hélio, nitrogênio e argônio
● Hélio: principal gás de arraste = estável, não reativo e baixo peso
molecular

 Aplicação
● Universal
● Compostos orgânicos (produtos naturais, síntese
orgânica, controle de qualidade em aplicações industriais
● Monitoramento ambiental (pesticidas, herbicidas em
frutas, vegetais, água, dioxinas, emissões de poluentes no ar, etc)
● Toxicologia (drogas de abuso, dopping,
anabolizantes, química forense, etc)
PREPARO DE AMOSTRA
MICROEXTRAÇÃO EM FASE
SÓLIDA
MICROEXTRAÇÃO EM FASE SÓLIDA
SPME

 Selecionar modo de extração:


● Direta: não é aplicável a matrizes sólidas ou líquida que contenha
particulado
● Headspace: Matrizes de média e alta volatilidade e matrizes
sólidas
PURGE AND TRAP
HEADSPACE SAMPLING
DESORÇÃO TÉRMICA

Utilizado para analisar voláteis em


amostras sólidas

Alguns casos utiliza-se o processo conhecido


como concentração criogênica: Solutos são
concentrados na cabeça da coluna pelo
resfriamento abaixo da temperatura ambiente
INTRODUÇÃO DA AMOSTRA
 Três fatores devem ser considerados:
● Todos os constituintes da amostra devem ser voláteis
● Analitos devem estar presentes em concentração
apropriada
● Injeção da amostra não deve degradar a separação
PREPARO DE AMOSTRAS VOLÁTEIS
 Pode ser utilizada para separar analitos
de amostras complexas
 Nem toda amostra pode ser analisada por CG
e também não pode ser injetada diratamente no CG
 Analitos com baixa volatilidade podem ficar retidos na
coluna e inflenciar em analises subsequentes
 Solutos não-volateis condensam na coluna
PREPARO DE AMOSTRAS VOLÁTEIS
 Analitos voláteis podem ser separados da matriz:
● Extração liquido-liquido: solvente cloreto de
como metileno, etc
● Microextração em fase sólida (SPME)
● Purge and trap
● Amostragem hadspace
INTRODUÇÃO DA AMOSTRA
 Constituintes não-volateis:
● Convertidos quimicamente para um derivado volatil
antes da análise = derivatização
● Exemplo: amino-acidos
 Reação com 1-butanol e cloreto de acetila = amino-acido
esterificado
 Tratamento com acido trifluoroacético = derivativo volátil ester N-

trifluoroacetil-n-butil
AJUSTE DA CONCENTRAÇÃO
 Concentrações baixas: pré-concentração
● SPE
● Purge and trap

 Concentrações altas:
● Sobrecarrega coluna = cauda
● Excede resposta linear do detector
● Dissolução da amostra em solvente volátil
DESENVOLVIMENTO DE UM MÉTODO
CROMATOGRÁFICO

 Norma para seleção de um método


● Objetivo da análise
● Preparação da amostra
● Escolhendo o detector
● Selecionando a coluna
● Escolhendo o método de injeçção
OBJETIVO DA ANÁLISE
 Identificação qualitativa?
 Separação de alta de todos os
resolução
componentes ou apenas de uma parte
cromatograma do
 Sacrifica resolução em detrimento do tempo?

 É necessária alta resolução

 Os constituintes estão presentes em


quantidade adequada
PREPARAÇÃO DA AMOSTRA
 Amostra complexa: sempre deve-se purificar
a amostra antes que chegue na coluna
● Grande número de picos não resolvidos
● Componentes não voláteis estragarão a coluna
 Microextração em fase sólida ou purge and
trap (purga e coleta)
 Extração líquida, fluido supercrítico, extração
em fase sólida e dessorção térmica
ESCOLHENDO O DETECTOR
 Necessário informação prévia sobre a amostra, ou quer
informação específica sobre dado elemento ou
determinada classe de compostos?
 Cromatografia capilar: mais comum é o uso do CG- MS

 DIC e nitrogênio-fósforo: mais popular, mais é


específico somente para hidrocarbonetos, quantidade da
amostra> 10ppm (para injeção com divisor de fluxo)
 DCT: forma mais geral de detectar todas classes de
compostos, mas não é sensível para colunas capilares
ESCOLHENDO DETECTOR
 DCE: Captura de elétrons
● Sensível para análise ultra-traço
● Grupo limitado de constituintes (halogenios, carbonilas,
nitrilas, nitrocompostos)
● Injeção com divisor de fluxo: quantidade mínima de 100 ppb

 Se há necessidade de identificar:
● Detector por infravermelho (não sensível para colunas
capilares de alta resolução)
● Espectro de massa
SELECIONANDO A COLUNA
 Fase estacionária
 Diâmetro

 Comprimento

 Espessura da fase estácionária


SELECIONANDO A COLUNA
ESCOLHENDO O MÉTODO DE INJEÇÃO
 Última decisão
 Com divisor de fluxo:
● Ideal para amostra muito concentradas ou
análise de gás
● Para análise quantitativa é ruim
● Componentes menos voláteis podem ser perdidos
● Alta resolução
● Compostos termicamente instáveis podem degradar
ESCOLHENDO O MÉTODO DE INJEÇÃO
 Injeção sem divisor de fluxo
● Necessária soluções muito diluídas
● Alta resolução
 Ruim para análise quantitativa: compostos menos
voláteis podem ser perdidos
● Melhor para compostos com estabilidade
térmica moderada
● Coleta de solvente ou coleta a frio
● Inviável para cromatografia isotérmica
● Amostra com 100 ppm, pode ser analisada em coluna com
espessura <1um e 100-1000 ppm >1 um
ESCOLHENDO O MÉTODO DE INJEÇÃO
 Injeção na coluna
● Análise quantitativa
● Compostos termicamente sensíveis
● Técnica de baixa resolução
● Diametro minimo da coluna = 0,25 mm
● Pode reter soluções diluidas e concentradas
● Volumes pequenos ou grandes
APLICAR O MÉTODO
 Análise de traços de solventes em ar:
● éter etílico, isooctano, dissulfeto de carbono, acetona,
tetraclorometano e 1,1,1-tricloroetano, 2-butanona,
diclorometano, benzeno, tricloroetileno, clorofórmio,
tetracloroetileno, tolueno, tricloroetileno, clorofórmio,
tetracloroetileno, tolueno, 1,2-dicloroetano, dioxano,
etilbenzeno, p-xileno, m-xileno, o-xileno, estireno
APLICAR O MÉTODO
 Análise de compostos clorados em análise de água
● Clorofórmio, 1,1,1-tricloroetano, tetracloreto de carbono,
tricloroacetonitrila, dicloroacetonitrila, bromodiclorometano,
tricloroeteno, cloroidrato, cloropiclin, tetracloroetano,
bromofórmio,
APLICAR O MÉTODO
 Análise de resíduos de pesticidas, hebicidas e
fungicidas em alimentos
● Propaclor, trifluralin, hexaclorobenzeno, enderim,
metoxiclor,
APLICAR O MÉTODO
 Impurezas presentes em compostos farmaceuticos
● Óxido de etileno, diclorometano, clorofórmio, benzeno,
tricloroetileno, 1,4-dioxano, dimetilsulfóxido
APLICAR O MÉTODO
 Análise de cocaína em urina

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