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A Crise do Império e a

Proclamação da República
A caminho do fim do Império...
• Guerra do Paraguai – divisor de águas.
• Expansão da lavoura cafeeira / Crise advinda pela guerra.
• Fortalecimento do Exército brasileiro, que saíra vitorioso da
guerra e buscava maior participação política, sendo que
sempre fora desprestigiado pelo governo monárquico.
• Surgimento de grupos importantes : o empresariado, a
classe média urbana e os cafeicultores de São Paulo.
• Tais grupos não conseguiam incluir suas propostas políticas
às ações do governo de D. Pedro II.
A Crise do Império
• A Questão Militar
• Inicialmente , o governo monárquico só prestigiava a
Marinha e a Guarda Nacional.
• Após a vitória na Guerra do Paraguai, o exército brasileiro sai
bastante fortalecido, querendo ocupar um espaço maior no
cenário político brasileiro, reivindicação da alta oficialidade.
• Nossos militares entraram em contato com outros países na
Guerra do Paraguai que já eram republicanos e tal fator fez
com que os militares passassem a apoiar República como
forma de governo.
O Positivismo
• Ideologia surgida na Europa, no século XIX, em especial na França,
criada pelo filósofo Auguste Comte.
• Tal ideologia pregava entre outras coisas, que para um país crescer, se
desenvolver e ter progresso, seria necessário primeiramente ter ordem.
• Lema principal – “ordem e progresso’.
• À medida que tais ideais eram difundidos, cresciam as tensões entre o
Exército e a Monarquia.
• O Exército acabou representando o grupo chave na transição da
Monarquia para a República no Brasil.
A Questão Religiosa
• Episódio que trouxe o rompimento das boas relações entre a Igreja
Católica e o governo de D. Pedro II.
• Bulla Syllabus- um documento emitido pelo Vaticano, sob as ordens
do Papa proibindo os membros da maçonaria de frequentar a Igreja.
• O Brasil vivia sob o regime do Beneplácito Régio, ou seja, as ordens do
Vaticano somente seriam cumpridas aqui no Brasil se o Imperador
permitisse.
• Porém a influência da maçonaria era muito forte aqui no Brasil e o
Imperador não permitiu que as ordens do Papa fossem cumpridas .
• Dois Bispos brasileiros ( o de Olinda e o de Belém), seguiram
as ordens do Papa desobedecendo ao Imperador.
• Foram presos e depois soltos, mas a partir desse episódio, o
governo de D. Pedro II não contaria mais com o apoio da
Igreja Católica.
A oposição dos segmentos urbanos
• Um dos grupos que também estavam descontentes com a
Monarquia eram os segmentos urbanos: a classe média e o
empresariado que ganhava mais espaço a partir da Era
Mauá.
• O discursos do empresariado era de que o governo priorizava
mais o setor agrícola( cafeicultura), principalmente os
produtores do Vale do Paraíba.
• Várias propostas desses setores foram enviadas à D. Pedro,
mas como não foram atendidas, acabaram aderindo ao
movimento republicano.
O movimento republicano no Brasil
• 1870- criação do Partido Republicano no Rio de Janeiro.
• Tal partido surgiu a partir de uma desavença entre Librais e
Conservadores, em nada lembrando a conciliação desses
partidos outrora.
• Assim que fora criado, o PR apresentou o manifesto
Republicano, que defendia: o fim do Senado vitalício, a
criação de um estado laico e a instalação de uma república
federativa, garantindo autonomia das províncias.
• Em 1873, a Convenção de Itu, lançou as bases para a criação
do PRP- Partido Republicano Paulista, que expressava os
interesses dos cafeicultores de São Paulo, onde os mesmos
aspiravam obter participação política proporcional à sua
importância econômica ( a monarquia estava muito mais
ligada aos fazendeiros do Vale do Paraíba).
• O PRP era um partido que expressava interesses locais e não
nacionais.
O projeto abolicionista
• Um dos pontos mais importantes do Segundo Reinado era o
que se referia à escravidão.
• A partir da segunda metade do século XIX, cresce o
movimento abolicionista no Brasil.
• Importante nomes nacionais pressionam o governo para
acabar com a escravidão no país. Destaque , entre outros,
para o campista José do Patrocínio.
As leis abolicionistas
• Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva Cotegipe (1885) – Libertava os
escravos com mais de 60 anos.
• Lei do Ventre Livre (1871) – considerava livres os escravos nascidos a
partir da promulgação dessa lei, embora o recém- nascido ficasse sob
a guarda do senhor até os oito anos de idade, quando ele optava por
libertá-lo.
• Lei Áurea (1888)- Lei decretada pela Princesa Isabel, que extinguia a
escravidão no Brasil. Porém nenhuma legislação fora feita para
garantir direitos aos negros livres.
A abolição da escravidão e a desigualdade
social
• Embora livres, os negros não tiveram depois da Lei Áurea
uma legislação ou política pública por parte do governo para
garantir que pudessem ter uma vida digna.
• Ao contrário, passaram a viver marginalizados na sociedade
brasileira, vítimas do racismo e do preconceito social como
acontece até os dias de hoje.
• Ao longo dos séculos, são poucos os negros, homens ou
mulheres que se destacam na sociedade brasileira, que não
têm que lutar diariamente pelo seu “lugar ao sol”.
• Enfim... Sem apoio político, o Imperador D. Pedro II não resiste ao
movimento republicano, onde ganham destaque no 15 de novembro
as figuras de Quintino Bocaiúva e Aristides Lobo.
• O Exército conduziu o processo republicano, obrigando o apaixonado
imperador e sua família a se retirar para o exílio.
• O povo? Kkkkkk ! Em nada participou do movimento de proclamação
da República – “o povo assistiu bestializado”- segundo Aristides Lobo.
• Será mesmo?

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