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PROJETO

DE ESTUDO E RECUPERAÇÃO
HISTÓRICO E ARQUEOLÓGICO
DO CONJUNTO MONUMENTAL
DO MORRO DE SANTO ANTÔNIO
(PASSAGEM DE MARIANA)
(Prof. F. A. Hering)
FICHA TÉCNICA
• Coordenação: Prof Fábio Adriano Hering

• Colaboradores: Profs. Andrés Zarankin, Célia Maria Fernandes


Nunes, Francisco da Silva Noelli, Lúcio Menezes Ferreira, Maria
Amália de Almeida Cunha e Sérgio da Mata

• Iniciação Científica: Antônio Netto Jr, Herinaldo Alves e Tatiana da


Costa Sena
 
• Apoio:
DEHIS da Universidade Federal de Ouro Preto
Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp
NEASPOC
Localização Geográfica do Sítio
• Na região de Passagem de Mariana, na porção à
esquerda do Ribeirão do Carmo
• Ao Norte do povoado que dá nome ao bairro
• Faz parte da mesma cadeia geográfica que se
estende desde o Morro de São Sebastião até a
região de Passagem
• Estende-se longitudinalmente em uma direção
Leste-Oeste
• As ruínas hoje encontram-se entre a antiga
Estrada Colonial e a Estrada de Ferro
Dimensão Aproximada do Sítio
• Aproximadamente 220.000 m2 , divididos entre
duas porções:
– Uma de 170.000m2, próxima da Linha do Trem
– Uma de de 50.000m2, na extremidade Leste do Morro

• As regiões adjacentes devem ser estudadas, como


parte original do mesmo complexo social e de
mineração
– Podendo-se estimar valores maiores de área para
investigação de superfície
Esboço Histórico do Sítio
• A mineração na região • A Capela de Santo Antônio,
remonta ao tempo das hoje destruída, foi a primeira
bandeiras, sendo as primeiras
datas de 1729 – os principais a ser fundada, na fazenda do
documentos registram que foi Tte. Cel. Maximiano de
José Botelho Borges um dos Oliveira Leite
primeiros a explorar ouro em • Os nascimentos e
Passagem falecimentos encontrados no
• O Barão de Eschwege livro de registro da Capela
arrematou-as em 1819, são prioritariamente de
organizando a Sociedade escravos
Mineralógica de Passagem
• Mais da metade da população
• Thomas Bawden comprou-as
em 1859, fundando a Anglo- de Passagem, em inícios do
Brazilian Gold Company século XIX, era de Escravos
Qual é o contexto arqueológico em questão?
Relevo de terreno que denuncia processo de deposição de
material descartado no processo da mineração
Boca de poço vertical ou “sarilho”.
Grupo de mundéus redondos
Ruína de construção, denominada pelos moradores de Passagem
como antiga Senzala
Fotos tiradas do topo do Morro de Santo Antônio,
evidenciando a extensa ocupação da área por estruturas
arquitetônicas visíveis.
O que é Patrimônio:
a resposta tradicional
O Projeto do Sítio do Morro de Santo
Antônio como ação social
na área do Patrimônio
• O Sítio do Santo Antônio é • Elas dão notícia das
representativo de uma atividades de parcela
espécie de monumento significativa da população
encontrado em vários do período (os
lugares da região: Morro trabalhadores e escravos)
Santana, p.e. • Tais ruínas representam
• As ruínas do Santo Antônio uma espécie de patrimônio
representam a atividade que pode promover uma
principal da região, a renovada participação da
mineração, em seu período sociedade com sua cultura
formativo
Dados Estatísticos acerca de Mariana

Auto-identificação de cor de pele:


Pardos: 40%
Pretos: 18%

Renda Familiar:
Cerca de 11% dos marianenses receberam até 1 sal. min.
Cerca de 26%, receberam até 2 sal. min.

Fonte: NEASPOC-UFOP – Assessoria Popular de


Mariana – Vigésima pesquisa 12.2005.
Proposta de Trabalho para o Sítio do
Morro de Santo Antônio
CONTEXTUALIZAÇÃO DO SÍTIO

1. Mapeamento a partir de imagens de satélite de alta resolução,


com estudo fotogramétrico da área;
2. Levantamento topográfico do terreno, com níveis de 1 metro;
3. Scaneamento topográfico e de profundidade (50m) com GPR (a
fim de identificar as estruturas subterrâneas da mineração);
4. Delineamento da planta baixa das estruturas, poços e monturos;
5. Planeamento tridimensional das estruturas;
6. Delineamento (em CAD ou manual) das edificações registradas;
7. Definição e escavação da área de acesso público do local;
8. Planeamento e execução do local de acesso público (uma equipe
de Engenharia e Arquitetura, coordenada pela equipe do projeto,
construiria um prédio com portaria, loja, sanitários, uma sala
para exposição e uma outra sala multiuso para a equipe do
projeto).
Estudo de Fotografias de satélite
Ground Penetrating Radar
Planimetria e Topografia do Terreno
Portal Turístico: com o núcleo
das pesquisas e sala de
exposições
PESQUISA HISTÓRICA
• 1)      Levantamento e análise, nos arquivos da câmara e do Arquivo Público
Mineiro, dos registros de aforamentos coloniais das datas de mineração assim como
das posses e vendas das terras dos sítios e adjacências no período mais recente;
• 2)  Levantamento e análise dos registros oficiais de escravos e funcionários, dos
registros fiscais e policiais;
• 3)  Levantamento e análise dos registros religiosos de batismos, casamentos, óbitos,
etc
• 4)      Levantamento e análise de fontes escritas e iconográficas sobre a área (e região
adjacente): relevo, vegetação, hidrografia, geologia, etc;.
• 5)      Levantamento e análise de fontes escritas e iconográficas sobre as edificações,
poços, monturos e técnicas de mineração, em literatura especializada;
• 6)      Levantamento e análise de fontes iconográficas sobre os escravos,
funcionários, animais e trabalho;
1. 7) Levantamento e análise de fontes escritas e iconográficas sobre a prática da
mineração, com o estudo da respectiva “cultura material” associada (ferramentas,
utensílios de trabalho e caseiros, artefatos em geral, alimentos, estocagem)
PRODUTOS/RESULTADOS
• 1)      Folder explicativo e informativo acerca do contexto histórico e da pesquisa a
ser desenvolvida, com primeiros resultados e esboço da prática mineradora e dos
sujeitos envolvidos na cata e garimpo do ouro no contexto;
• 2)      Mapa colorido da área com a identificação funcional das edificações, estruturas
e demais espaços (ocupados ou não)
• 3)      Maquete da área com a identificação funcional das edificações, estruturas e
demais espaços (ocupados ou não);
• 4)      Abertura da área para a visitação, com rotinas de visitas guiadas e distribuição
de material de divulgação cultural
• 5)      Livro didático sobre a mineração na região, tendo como estudo de caso o sítio
em questão (para ser distribuído nas escolas da região);
• 6)      Livro organizado pela equipe, com textos dos especialistas envolvidos, contendo
fotos, plantas e iconografia sobre o sítio arqueológico e a mineração, para divulgação
e distribuição/venda no portal do sítio;
• 7)      Relatório Arqueológico, Histórico, Arquitetônico e Geológico, a ser apresentado
aos poderes públicos e divulgado em eventos acadêmicos e revistas especializadas;
• 8)      Cursos e palestras nas escolas da região;
• 9)      Formação de guias provenientes das regiões adjacentes ao sítio.

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