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BRASAGEM e SOLDOBRASAGEM
Data: 12/09/2013
Definição:
Brasagem é um processo térmico de ligação de materiais por meio de um
metal de adição no estado liquido, que preenche a folga entre as peças por
efeito de capilariedade.
A temperatura de fusão do metal de adição é inferior à dos materiais de
base, os quais portanto, não participam por fusão na constituição da junta.
Por vezes é usado um fluxo desoxidante para eliminar as impurezas
produzidas durante a operação.
Assim, para realização de uma junta brasada com boa qualidade, é necessário
que haja uma perfeita molhagem das faces a serem unidas pelo material de
adição fundido.
Para isto, é imprescindível uma boa limpeza das superfícies dos materiais de
base, que devem estar isentos de óxidos, gorduras, etc.
Brasagem Forte:
Ligação em que a temperatura de fusão do material de adição é superior a
450 ºC, mas inferior à temperatura de fusão das peças a ligar.
A junta é sempre fechada e o material de adição penetra na junta por
capilariedade.
Os anglosaxónicos chamam a este processo “BRAZING”.
Brasagem Fraca:
Soldobrasagem:
União em que a temperatura de fusão do metal de adição é superior a
450 ºC, mas inferior à temperatura de fusão das peças a ligar.
A junta é sempre do tipo aberto e a técnica usada é idêntica à
soldadura por fusão.
Os anglosaxónicos chamam a este processo “BRAZE WELDING”.
• Tensão superficial
• Molhagem
• Capilariedade
• Difusão
Difusão:
A ligação entre metal de adição e metal de base dá-se por difusão,
com a formação de ligas intermetálicas na interface entre estes
materiais, dando origem a uma liga de superfície de espessura fina.
Dado que um dos metais está no estado sólido e o outro no estado liquido a
difusão é mais rápida num sentido que no outro, geralmente do metal de
base para o metal de adição, sendo no entanto necessário que os metais em
presença tenham afinidade entre si para formar uma liga.
O Pb não tem afinidade com o Cu e com os metais ferrosos; O
Al e o Cu e o Sn e os aços também não têm qualquer afinidade entre si.
Módulo 1.16 – Brasagem e Soldobrasagem
Rev. 0 (12-09-2013)
Guilherme Santos
Brasagem
Principais vantagens:
• Sempre que as peças a unir sejam de natureza diferente (união
heterogénea) Exemplo: cobre-aço inox;
• Quando o material de base não é de natureza ou qualidade soldável
(neste caso obtém-se uma junta de qualidade superior).
Exemplo: colocação de pastilhas em ferramentas de corte, etc.);
• Quando há interesse em reduzir o aquecimento das peças para:
- diminuir a deformação das peças
- facilitar a execução das juntas (tubos e chapas finas)
- evitar alterações e reduzir tensões no metal de base
Módulo 1.16 – Brasagem e Soldobrasagem
Rev. 0 (12-09-2013)
Guilherme Santos
Brasagem
Campo de aplicação
Metais de adição
Metais de adição
• A escolha de um metal de adição para uma determinada operação de
brasagem é crítica para se obter uma junta com características adequadas a
uma dada aplicação.
• Esta escolha é feita em função do metal de base, do método de
aquecimento, do desenho da junta e do meio de protecção.
• Além disso, o metal de adição deve ter uma temperatura de fusão
adequada, boa molhabilidade, boa fluidez e propriedades mecânicas
compatíveis com a aplicação.
Metais de adição
• Melhoram a molhagem
FONTE DE AQUECIMENTO
CONFIGURAÇÃO DA JUNTA
FOLGA DA JUNTA
MODO DE APLICAÇÃO DA SOLDA
Regra geral utilizam-se soldas com intervalo de fusão pequeno em juntas curtas,
baixa folga e tempo de execução e aquecimento rápidos.
Pelo contrário, usam-se metais de adição com intervalo de fusão mais largo em
juntas longas, folga mais larga e tempos de aquecimento e de execução mais lentos.
Módulo 1.16 – Brasagem e Soldobrasagem
Rev. 0 (12-09-2013)
Guilherme Santos
Brasagem Forte
Formas de apresentação dos metais de adição:
Tipos de Junta:
1- Junta de topo
2- Junta sobreposta
3- Junta inclinada
Juntas de topo:
• O comprimento da sobreposição
deverá estar compreendida entre
3 a 6 vezes a espessura mais baixa
Fontes de aquecimento
Neste processo, as peças são mergulhadas com precaução num banho de sais
fundidos com o metal de adição previamente colocado na junta.
O banho é aquecido por energia eléctrica e é habitual um pré-aquecimento
das peças antes da imersão tanto por razões económicas como para evitar
eventuais traços de humidade que poderiam provocar explosões no banho.
Os sais são misturas complexas variáveis segundo os metais a brasar, sendo
vulgares cloretos de sódio, de potássio e de lítio, e fluoretos de sódio.
Os factores de sucesso deste processo são: um traçado correcto da junta, a
decapagem, as dimensões e composição do banho.
• Também se pode utilizar quer o processo TIG e MIG quer o Plasma com a
mesma finalidade.
Fluxos desoxidantes
O fluxo deverá começar a fundir cerca de 50º C antes da temperatura de fusão do metal
de adição, devendo no entanto ser estável à temperatura superior do intervalo de fusão da
liga.
Não existe um fluxo universal, antes vários fluxos dependentes das combinações metal
de base-metal de adição
Pós
Pastas
Líquidos
Fluxo gasoso (pouco usual)
Fluxos desoxidantes
Metais de adição
Metais de adição
• Ligas Pb-Sn
• Ligas Pb-Sn-Sb
• Ligas Sn-Sb
• Ligas Sn-Ag
• Ligas Pb-Ag
• Ligas Cd-Ag
• Ligas ditas “fusíveis”
• Ligas para brasagem do alumínio
Fontes de aquecimento:
Maçarico a gasolina
Fluxos desoxidantes
Aplicações
Por vezes recorre-se aos ácidos clorídrico e sulfúrico para eliminar os óxidos,
devendo as peças ser lavadas e secas imediatamente;
A limpeza química
Fontes de aquecimento:
• Chama oxi-acetilénica
• Eléctrodo de carvão
• Arco TIG
• Arco MIG
1. Processos de soldadura-Volume II
(J.F. Oliveira Santos e L. Quintino- Instituto de Soldadura e Qualidade)
5. Artigos vários