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Curso de Especialista de Soldadura E/IWS

CORTE E OUTROS PROCESSOS


DE PREPARAÇÃO DE CHANFROS

Data: 12/09/2013
Formador: Guilherme Santos

Módulo 1.13 – Corte e outros processos de preparação de chanfros


Rev. 0 (12-09-2013)
Guilherme Santos
Objectivos

Adquirir os conhecimentos básicos e campo de


aplicação dos processos mais usuais de corte e
preparação de chanfros usados em construção
soldada, incluindo equipamentos, principais
variáveis, segurança e problemas correntes.

Módulo 1.13 – Corte e outros processos de preparação de chanfros


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Temas a discutir
• Visão geral dos processos de corte
• Princípios do corte com chama oxi-gás e com pó de ferro,
equipamentos e acessórios
• Parâmetros do corte por chama oxi-gás, qualidade de corte,
grau de pureza do oxigénio
• Materiais cortáveis pelo processo oxicorte
• Princípios básicos dos vários processos de corte com arco
eléctrico (Corte com eléctrodo de carvão e eléctrodo de corte, corte com arco-
oxigénio, preparação de chanfros com eléctrodo de carvão).
• Materiais cortáveis por arco eléctrico, aplicações e
parâmetros de corte de cada processo
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Temas a discutir
• Fundamentos do corte plasma, equipamento e acessórios
• Campo de aplicação do processo plasma, aplicações,
parâmetros de corte, gases utilizados
• Descarnar com plasma
• Fundamentos do processo “Corte debaixo de água” e corte
com “Vortex de água”
• Fundamentos dos processos de descarnar com arco eléctrico e
chama oxi-gás, parâmetros e aplicações
• Saúde e segurança
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Resultados esperados

• Salientar os princípios dos processos de corte mecânico,


chama, arco, plasma, feixe de electrões e jacto de água;
• Identificar os parâmetros característicos dos processos
referidos acima;
• Classificar os diferentes processos de preparação de
chanfros considerando os aspectos técnicos e económicos;
• Reconhecer os perigos potenciais e regras de segurança
relacionados com estes processos de preparação de
chanfros;

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Corte de materiais

Processos de corte de materiais:


1. Corte mecânico (a frio)

2. Corte térmico

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Corte de materiais
Corte a frio (mecânico)

O corte a frio usa a energia mecânica para separar as peças;


Uma forma de energia mecânica é a aplicada por uma ferramenta de corte
que exerce uma força sobre a peça, rompendo-a e retirando-lhe uma apara.
Como exemplos representativos existem as serras, guilhotinas, tesouras, etc,

Outra forma de energia mecânica é a dos fluidos de alta pressão animados de


elevada velocidade.
As partículas do fluido (simples ou com abrasivos) animadas duma energia
cinética elevada arrasam as zonas de impacto, desbastando-as.
Exemplo desta aplicação é o corte com jacto de água.

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Corte térmico

Designa-se por corte térmico o conjunto dos processos que utilizam uma
fonte de energia capaz de produzir uma quantidade de calor elevada,
com o objectivo de retirar material de uma peça (geralmente metálica),
seja com o fim de seccioná-la, cortá-la segundo um desenho, furá-la ou de
lhe retirar uma camada superficial.

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Corte térmico

Os processos de corte térmico podem classificar-se segundo o princípio


em que se baseiam:

1. Baseados na oxidação e combustão do ferro no seio do oxigénio:


(Oxicorte e seus derivados)

2. Baseados na fusão localizada do material e ejecção do material fundido:


(Plasma, Eléctrodo de corte, Laser, Feixe de electrões)

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Processos de corte de materiais

Oxicorte: corte por reacção química de oxidação do Ferro do aço;

Plasma: Corte por fusão do material;

Laser: Fusão, arrancamento e vaporização;

Jacto de água: Mecanismo que junta Micro fractura e Erosão

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Processos corte térmico

A característica comum dos processos de corte térmico


é que são utilizados jactos de gases, não sendo
praticamente exercida qualquer força sobre o material a
cortar

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Processo Oxicorte
Princípio do processo
O calor produzido por uma chama oxi-gás combustível (acetileno, propano,
gás natural,etc.) é usado para aquecer o aço a uma temperatura
suficientemente elevada para que o ferro seja oxidado pelo jacto de oxigénio,
o qual expulsa a escória para fora do canal de corte, dada a velocidade de que
vai animado.
A temperatura de ignição da combustão do Fe é variável, nomeadamente em
função do teor de C, aumentando à medida que o teor de C também aumenta.
É um processo muito generalizado para cortar os aços carbono, com
espessuras compreendidas entre 3 e 300 mm, podendo atingir os 2000 mm
com equipamento especial.

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Oxicorte
Princípio do processo:

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Processo oxicorte
Condições básicas para o oxicorte:
1. A temperatura de ignição da combustão tem de ser inferior à temperatura de
fusão do material;

2. A reacção química deve ser fortemente exotérmica para manter a peça à


temperatura necessária para a continuidade da oxidação;

3. A escória formada pela combustão tem de possuir uma temperatura de fusão


mais baixa que o material a cortar;

4. Os óxidos formados devem ser líquidos fluidos à temperatura de Oxicorte


e de fácil de escoamento do canal de corte;
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Processo Oxicorte
O ferro é de todos os metais correntes aquele que apresenta
as seguintes vantagens:

1. Arde no seio do oxigénio

2. A combustão é fortemente exotérmica

3. A temperatura de ignição da combustão é inferior à temperatura de


fusão
da escória

4. A temperatura de fusão da escória é inferior à do metal de base

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Processo Oxicorte

Principais factores que dificultam o oxicorte:

1. A composição química do material a cortar

2. A espessura do material

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Processo Oxicorte

Factores que dificultam o oxicorte

1. A composição química do material a cortar

Nos aços ao carbono, praticamente apenas o carbono faz aumentar a


temperatura de inicio da reacção de oxidação tornando o corte difícil,
sendo necessário um pré-aquecimento( C<1%);
Esta dificuldade vai aumentando, chegando a temperatura de ignição a
atingir a temperatura de fusão da liga, impossibilitando a operação;
Nos ferros fundidos em que o carbono está sob a forma de grafite a
operação é impossível.
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Processo Oxicorte

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Processo Oxicorte

Factores que dificultam o oxicorte

1. A composição quimica do material a cortar

Nos aços de liga, alguns destes elementos produzem óxidos com


temperaturas de fusão muito elevados, casos do Cr, do Mo e do V ,
impossibilitando o corte.O oxicorte com pó é uma solução alternativa.

Outros elementos ou não têm grande influência ou é necessário estudar


o problema caso a caso.

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Processo Oxicorte

Factores que dificultam o oxicorte

2. A espessura do material a cortar

Apresenta algumas dificuldades ao nível do aquecimento até à


temperatura de oxidação, nomeadamente a manutenção dessa
temperatura ao longo de toda a superfície a cortar, pressupondo que os
elementos de liga estão dentro dos valores correctos;

Por outro lado devido quer devido ao aquecimento e também á sua


manutenção, poderão ocorrer defeitos como fusão da aresta superior e
planicidade das faces cortadas.
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Processo Oxicorte
Pré-aquecimento
Em aços contendo mais de 0,25% de C e á medida que a espessura
aumenta, igualmente aumentam as dificuldades para cortar as peças, em
particular as peças com ângulos muito agudos e também a dureza das
superfícies oxicortadas.
É então necessário proceder a um pré-aquecimento e mesmo um T.T. de
relaxação posterior que reduzirá a dureza das superfícies por via da
diminuição da velocidade de arrefecimento.
O pré-aquecimento tem ainda outras vantagens como o aumento da
velocidade de avanço, uma redução do consumo dos gases e uma
diminuição do gradiante de temperatura e consequentemente menores
deformações.
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Processo Oxicorte

Parâmetros de corte:

Pressão do oxigénio de corte


Velocidade de avanço
Distância do bico à peça
Pressões dos gases de aquecimento

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Processo Oxicorte
Qualidade de corte:

A escolha incorrecta dos parâmetros produz alguns defeitos nas peças


cortadas, os quais podem ser resumidos a:

• Fusão da aresta superior


• Arranque metal
• Falta de planicidade das superfícies cortadas
• Rugosidade
• Ângulo da face
• Aderência da escória

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Processo Oxicorte
Grau de pureza do oxigénio
• Sendo o oxicorte baseado na acção do oxigénio é normal que a sua
qualidade influencie o processo;
• O oxigénio industrial é fornecido com um grau de pureza variável,
normalmente da ordem de 99, 5%.

• A diminuição do grau pureza faz aumentar o seu consumo e diminuir


a velocidade de corte.
• Uma pressão incorrecta do oxigénio, em particular se for elevada,
provoca uma garganta na face superior do corte

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Processo Oxicorte

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Processo Oxicorte

Gás combustível

A escolha do gás combustível influencia:


- Os tempos de ignição do corte, por exemplo para uma e=30 mm:
Acetileno: 10 a 12 s; Propano: 40 s; Gás natural: 60 s;
- A quantidade de oxigénio necessária;

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Processo Oxicorte
Campo de aplicação do oxicorte
• Podem ser cortados todos os aços carbono cujas espessuras estejam
compreendidas entre 3 e 300mm; com maçaricos especiais pode atingir
2000mm.
• Os aços de baixa liga podem ser cortados por este processo, devendo no
entanto ter-se em conta quais os elementos e em que teores; crómio,
molibdénio vanádio entre outros, dificultam e mesmo impossibilitam o corte,
pelo que deverá ser estudado o material.
• Os aços de liga forte são, regra geral, muito difíceis de cortar por este
processo; é necessário recorrer a variantes como o oxicorte com pó, corte
com eléctrodo, e ao corte por plasma, que é o processo mais utilizado.
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Processo Oxicorte

Processos derivados do oxicorte:

Os processos derivados do oxicorte destinam-se a aumentar o campo de


aplicação deste, em particular aos aços vazados, ligados e ferros fundidos,
difíceis de oxicortar;
Têm em comum a utilização de um excedente de Fe, cuja combustão
exotérmica permite aumentar a quantidade de calor e também escorificar o
material a cortar.
A operação é um misto de combustão e fusão.

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Processo Oxicorte

Processos derivados do oxicorte:

1. Oxicorte com pó

2. Oxicorte com metal de adição

3. Oxicorte com tubo de ferro

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Processo Oxicorte
Oxicorte com pó:
Técnica derivada do oxicorte e ao qual se adiciona um pó, que é projectado
pelo jacto do oxigénio de corte, e que pode ser de dois tipos distintos:
1- Constituído por elementos abrasivos não metálicos, servindo ao mesmo
tempo de abrasivo e de fundente dos óxidos de fusão difícil.Na prática usa-se
uma areia muito fina (sílica);
2- Constituído por um pó de ferro muito fino, por vezes com adições de Al,
tornando a combustão fortemente exotérmica e ao mesmo tempo abrasivo.
Ambos os processos podem ser usados no corte de ferros fundidos, ligas Cr-Ni
e Cu-Ni e outros materiais não ferrosos.

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Processo Oxicorte com pó

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Processo Oxicorte com vareta

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Processo Oxicorte com tubo de ferro

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Equipamento Oxicorte

Composição de uma instalação para oxicorte :

• Maçarico de corte e respectivos bicos(manual ou máquina)


• Manoredutor(s) de oxigénio(em corte mecanizado 2)
• Manoredutor de gas combustível (acetileno, propano,etc)
• Mangueira para oxigénio (azul) e gás combustível (vermelha)
• Dispositivos de segurança (oxigénio e gás combustível)
• Acendedor
• Equipamento de protecção
• Alimentação de gases (garrafas ou central )

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Processo Oxicorte

Maçarico de oxicorte

1. É um órgão cuja função é misturar os gases combustível e comburente nas


proporções recomendadas pelo fabricante, por forma a produzir uma
chama que levará o metal a cortar á temperatura de inicio da reacção de
oxidação;

2. Uma vez atingida aquela temperatura uma válvula (manual ou eléctrica)


abrirá um jacto de oxigénio que iniciará a oxidação e combustão do ferro;

3. A energia mecânica de que o jacto vem animado expulsará o óxido de ferro


liquido para fora do canal de corte.
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Processo Oxicorte

A figura ilustra um bico de


corte dum maçarico mecanizado.
É igualmente visível o interior do
bico, as chamas de aquecimento
e o jacto de oxigénio de corte no
interior do panacho.

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Processo Oxicorte

Maçarico de oxicorte manual

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Processo Oxicorte

Oxicorte mecanizado

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Processo Oxicorte

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Processo Oxicorte

Outras aplicações do oxicorte:

• O processo permite descarnar e eliminar defeitos de soldadura, mediante o


uso de bicos especiais;
• Outra aplicação possível é o arranque de rebites de aço, cortando-lhe a
cabeça;

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Processo Oxicorte
Bicos para outras aplicações do oxicorte:

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Processo Oxicorte

Outras aplicações do
oxicorte:
Preparação de chanfros

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Processo Oxicorte

Principais vantagens
• É um processo simples e económico de cortar aços carbono e alguns aços de
baixa liga;
• Consegue cortar pequenas e elevadas espessuras correntemente (3 a 300mm);
• Pode cortar manualmente ou por intermédio de sistemas mecanizados;
• Podem usar-se vários maçaricos em simultâneo com um baixo investimento.
• Podem efectuar-se chanfros simples e complexos(X,Y,K);
• Qualidade de corte média
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Processo Oxicorte
Principais desvantagens
- Dificuldades em cortar alguns aços de alta resistência, inoxidáveis e
materiais não ferrosos;
- Zona térmicamente afectada bastante larga;
- Canal de corte largo;
- Velocidade de corte relativamente baixa ( max.750 mm/min);
- Provoca grandes deformações;
- Produz algum fumo;
- Os arranques e finais do corte são de qualidade baixa;
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Processo Oxicorte

Segurança e higiene dos operadores


O processo oxicorte dá origem a vários problemas que podem afectar os
operadores e as pessoas que trabalham na sua proximidade nomeadamente
gases e fumos, alguma radiação luminosa, projecção de partículas
incandescentes e evidentemente o manuseamento de peças a temperaturas
elevadas.

Os operadores devem estar bem protegidos com vestuário e calçado


adequado, bem como usar óculos apropriados para oxicorte, e prever uma boa
ventilação do local de trabalho;
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Corte com arco eléctrico

1. Corte com arco eléctrico aberto (livre): Eléctrodo carvão e outros

2. Corte com arco eléctrico estrangulado: Plasma

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Corte com arco eléctrico

Corte com arco eléctrico livre:


A elevada energia calorífica produzida pelo arco eléctrico livre funde os
metais;Um jacto ou sopro forte de um gás expulsa o material fundido para
fora do canal de corte, seccionando-o.

Podemos considerar dois grandes grupos baseados no princípio:

1. Com eléctrodo de carvão ou grafite e jacto de ar comprimido

2. Com eléctrodo de aço macio e revestimento especial de elevado sopro

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Corte com arco eléctrico

1. Com eléctrodo de carvão ou grafite e ar comprimido

O principio de funcionamento deste processo ( também conhecido por


(ARC-AIR) é baseado na fusão do material a cortar por intermédio dum
arco eléctrico que se estabelece entre um eléctrodo de carvão e a peça;
um jacto de ar comprimido é injectado paralelamente ao eléctrodo
expulsando o material fundido.

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Corte com eléctrodo de carvão

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Corte com arco eléctrico

Equipamento de corte com


eléctrodo carvão (ARC-AIR)
e jacto de ar comprimido

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Corte com arco eléctrico

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Corte com eléctrodo de carvão

Equipamento:
1. Fonte de potência para soldadura DC (ou AC), preferencialmente de tensão constante
(CV), de potência superior ás usadas para SER ( tensão de arco=45 V) .
2. Fonte de ar comprimido com capacidade para fornecer um caudal de ar da ordem dos
300 a 800 l/h a uma pressão de 6 a 7 bars.

3. Um alicate porta-eléctrodo com mandibulas com orifícios para passagem do fluxo de ar,
e um cabo eléctrico normalmente ôco e por onde passa o ar vindo da fonte de
alimentação.
4. Eléctrodos de carvão ou grafite, encamisados a cobre, que lhes confere resistência
mecânica e condutibilidade eléctrica.Os diâmetros podem ir de 3 a 25 mm, podendo
alguns ser do tipo encaixável.
5. Equipamento de protecção e segurança do operador.
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Corte com eléctrodo de carvão

PARÂMETROS DO PROCESSO:

Pressão do ar comprimido
Velocidade de avanço

Intensidade de corrente

Inclinação do eléctrodo

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Corte com eléctrodo de carvão

CAMPO DE APLICAÇÃO:

• Este processo é aplicável a todos os materiais electricamente condutores;

• Industrialmente usa-se para cortar, abrir chanfros, “reprises” de cordões,


arranque de defeitos de soldadura (fissuras, porosidades,etc), defeitos de
fundição, etc.

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Corte com eléctrodo de carvão

Principais vantagens:

1. É um processo simples, de fácil emprego e económico;

2. Grande velocidade de execução;

3. Importante quantidade de material retirado;

4. Sem necessidade de gases;

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Corte com eléctrodo de carvão

Principais desvantagens:

1. A qualidade do corte é muito fraca;

2. Produz muitas projecções de metal, sendo necessário tomar precauções;

3. Produz oxidações importantes nas superfícies cortadas;

4. Produz muito ruído;

5. É lento para cortar espessuras mais elevadas;

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Corte com eléctrodo c/revestimento especial

O processo de corte com eléctrodos de alma de aço maçio e revestimento


especial capaz de produzir um sopro forte que expulsa o metal fundido.

• É um processo bastante simples e de fácil aplicação;

• O equipamento necessário é o mesmo que o usado para soldadura SER;

• Existem eléctrodos para corte, furação e chanfrar;

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Corte por Plasma

Principio do processo

O processo é baseado na fusão do material a cortar por intermédio dum arco


eléctrico que se estabelece entre um eléctrodo infusível e a peça;

Este arco eléctrico é forçado a passar por um orifício estreito, que o estrangula,
aumentando a sua densidade de energia, numa área muito pequena.

O gás de corte, animado de elevada velocidade expulsa o material fundido.

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Corte por Plasma

Principio do processo

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Corte por Plasma

Principio do processo

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Corte por Plasma
Mecanismo de escorvamento do arco plasma

1. Arco Piloto: salta no interior da tocha


e é soprado para fora do bico.Ioniza o gas.

2. Arco de corte: é transferido para a


peça a cortar. Possui uma elevada energia
térmica e cinética.

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Corte por Plasma

Instalação de corte Plasma:

1. Fonte de potência
2. Tocha(manual ou mecanizada)
3. Fonte de gas de corte
4. Fonte de gas secundário(nem sempre)
5. Controle remoto(tocha mecanizada)
6. Cabo de retorno de corrente
7. Unidade de arrefecimento da tocha
(não representada)

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Corte por Plasma

Plasma monogás
Plasma dual
Plasma com oxigénio
Plasma com injecção de água
Plasma debaixo de água
Plasma de Alta Definição

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Corte por Plasma

Plasma Monogás:
É um plasma que utiliza apenas um gás, o qual no interior da tocha se
divide, funcionando uma parte como gás de corte e a outra como gás de
protecção.
Em geral é o Ar comprimido o gás utilizado.
Este sistema é usado nos plasma manuais de baixa gama, sendo
actualmente bastante divulgados e de baixo custo.
Alguns recorrem à tecnologia dos inversores, tornando-os bastante
práticos e sobretudo muito portáteis.

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Corte por Plasma

Plasma Dual:
É um plasma que admite 2 gases, um de corte e outro de protecção (secundário),
os quais são seleccionados de acordo com os materiais a cortar.
Regra geral as velocidades são mais elevadas que no plasma monogás.
Os gases de corte utilizados dependem dos materiais a cortar, mas os mais
correntes são o ar comprimido, o N2, o O2 e a mistura Árgon-Hidrogénio.
Alguns destes equipamentos podem funcionar com um só gás (Monogas), nos
quais as entradas de gases são reunidas numa só; o ar comprimido e o oxigénio
são os exemplos mais comuns desta utilização.

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Rev. 0 (12-09-2013)
Guilherme Santos
Corte por PLASMA

Gases secundários (protecção)


Dependendo da tecnologia do equipamento de corte, a escolha deste gás
(ou mistura) é fundamental tanto na qualidade do corte como no seu custo.
Os principais gases secundários são: o ar comprimido, o CO2, o azoto e
o vapor de água.
Como regra, devem seguir-se as recomendações e tabelas normalmente
fornecidas pelos fabricantes.

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Equipamento de corte Plasma:

• Corte manual
• Portátil
• Ar comprimido (monogas)
• Espessuras()
• Fonte de potência “Inverter”
• Alimentação 230 Volts

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Plasma de ar comprimido:
Fundamentalmente usado no corte dos aços carbono, possibilitando um
corte bastante rápido.
O ar comprimido oxida o eléctrodo provocando-lhe um desgaste acelerado.
Por outro lado o oxigénio do ar produz uma reacção exotérmica com o ferro,
que liberta uma quantidade de calor adicional, melhorando o processo.
Embora provoque uma oxidação das superfícies, é tolerado no corte dos
aços inox e alumínio, em aplicações menos exigentes.

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Plasma com oxigénio:


• Corte de elevada qualidade nos aços ao carbono, praticamente sem estrias
e pouca aderência de escória, permitindo a imediata operação de soldadura.

• O oxigénio produz uma reacção exotérmica com o ferro, que liberta uma
quantidade de calor adicional, melhorando a velocidade do processo.

• Ângulo de corte baixo: à volta de 1º

• As superfícies cortadas estão isentas de nitrurações e consequente perigo de


porosidades
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Plasma de alta definição:
Este tipo de plasma é uma variante do plasma Dual (utiliza 2 gases,
corte e secundário).
O princípio do processo consiste na criação de um bico virtual por um
fluxo de gases,que são introduzidos de forma tangencial, produzindo
um movimento de rotação, que estrangula e estabiliza o arco plasma;
O corte produzido é de excelente qualidade: liso,direito e praticamente
sem escória, aproximando-se da qualidade Laser, mas com um
investimento mais baixo
• Pode cortar até 40 mm,mas o seu maior interesse é no corte de
espessuras até 20 mm.
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Comparação do ângulo de corte


obtido pelo Plasma de alta definição (HD)
e pelo Plasma convencional.
O plasma de alta definição produz
normalmente um ângulo de corte
entre 1 e 2º, podendo atingir no máximo
4 a 5º;no entanto e como é visivel uma
das faces fica perpendicular, ao contrário
do que sucede nos plasmas convencionais.

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Corte por PLASMA

Plasma com injecção de água (VORTEX):

 Nesta variante do processo introduz-se água no interior do bocal da tocha,


conseguindo-se um aumento do efeito de estrangulamento do arco;
 O resultado obtido é um corte menos biselado(<3º) e um aumento da velocidade
de corte.
 Além disso, a injecção de água arrefece o bocal aumentando-lhe a vida útil.
 O gás de corte é o azoto que proporciona uma maior duração do eléctrodo,
embora possa criar alguma nitruração nas faces cortadas;
 Com este processo podem cortar-se todos os metais.

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Corte por PLASMA

Corte debaixo de água:


 Nesta variante do processo, a chapa a cortar é colocada numa mesa fechada
contendo água, imersa a cerca de 6 a 8 cm; o gás de corte utilizado é
normalmente o azoto com injecção de água, conseguindo-se nos aços inox
obter cortes sem oxidações e grandes velocidades.
 Este processo é particularmente indicado para sistemas de corte
mecanizados, com controle numérico (CNC), software aplicativo para corte e
sistema de controle de altura da tocha (THC).
 Comparativamente com os plasmas convencionais obtém-se a eliminação
dos fumos de corte, da radiação ultravioleta, das deformações da chapa e uma
redução do nível de ruído
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Aplicações especiais do corte por PLASMA

Descarnar com plasma:


O processo de corte por plasma pode ser utilizado para descarnar as
soldaduras, por exemplo, para eliminar fissuras, porosidades e outros defeitos
de soldadura etc,
O equipamento usado é o plasma convencional, regra geral com tocha
manual, em que esta é munida de bicos e bocais especiais para o efeito.
A sua grande vantagem comparativamente com o processo de corte com
eléctrodo de carvão é o de poder trabalhar com gases, como o azoto ou
misturas de argon+hidrogénio, evitando-se a oxidação pelo ar comprimido e
sobretudo a carburação proveniente do eléctrodo de carbono, o que é
particularmente grave nos aços inoxidáveis.
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Aplicações especiais do corte por PLASMA

Figura ilustrando a operação


de descarnar com tocha Plasma
manualmente

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Corte por PLASMA

Parâmetros do processo:
Gás de corte, pressão e débito

Gás secundário, pressão e débito

Corrente de corte

Velocidade de avanço

Distância do bocal à chapa (Stand Off)

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Corte por PLASMA

Campo de aplicação do corte Plasma:


• Aplicável aos materiais electricamente condutores;
• Corta espessuras até 50 mm (eventualmente 70-80 mm com
equipamentos especiais);

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Corte por PLASMA

Segurança e higiene dos operadores


O processo de corte por plasma dá origem a vários problemas que
podem afectar os operadores e as pessoas que estão à volta:

• Gases e fumos
• Radiações
• Ruído

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Corte por PLASMA

Segurança e higiene dos operadores


1. Gases e fumos
Os gases e fumos produzidos pelo processo plasma são perigosos
para a saúde, pelo que é obrigatório prever ventilação adequada;
Evitar a presença de solventes, desengordurantes e fontes potenciais
destes produtos.
Usar aspiradores de fumos debaixo das mesas de cortes, com
filtragem, ou melhor ainda, efectuar o corte debaixo de água.

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Segurança e higiene dos operadores
1. Radiações
As radiações emitidas pelo arco eléctrico ferem os olhos e queimam
a pele, devendo ser usada uma máscara ou capacete equipada com
vidro de protecção adequada;
A roupa, incluindo as luvas, calçado, devem igualmente ser
apropriada para o trabalho com temperaturas elevadas;
Deve igualmente proteger-se as pessoas que trabalham à volta, em
particular das radiações, com biombos ou similar.

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Corte por PLASMA
Segurança e higiene dos operadores
1. Ruído
O processo de corte plasma convencional produz um nível de ruído
bastante elevado(entre 105 e 115 dBA ) pelo que é necessário
proteger os ouvidos através de auriculares.

O corte debaixo de água soluciona estes 3 problemas, radiações,


fumos e parcialmente o ruído.

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Corte por jacto de água (Water jet)

É um corte por energia mecânica, onde um fluxo de agua é forçado a passar


através de um orifício estreito a pressão muito elevada ( da ordem dos 3.000
a 6.000 bars), seccionando os materiais por efeito de abrasão e desgaste.

Este processo é muito usado para cortar rochas ornamentais, laminados de


madeira, plásticos, etc.

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Corte por Jacto de água
Principais parâmetros:

• Pressão e débito de água;

• Velocidade de translação;

• Número de passes;

• Fluxo, tipo,estado e dimensão das partículas de abrasivo (no caso de ser usado);

• Distância bocal- peça;

•Ângulo de ataque;

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Corte por Jacto de água
Principais vantagens:

• É um processo em que praticamente todos os materiais podem ser cortados;

• Não há alteração das propriedades nem deformações dos materiais, dado serem
cortados a frio;

• O canal de corte é estreito e consequentemente as perdas de material são baixas;

• Podem ser usados sistemas robotizados dado não haver grandes esforços na
cabeça de corte, nem haver contacto físico entre esta e a peça;

• Praticamente não são produzidas poeiras ou gases.

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Corte por Jacto de água
Esquema de funcionamento duma instalação:

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Corte por Jacto de água
Exemplos tipicos de corte com jacto de abrasivo
Material Espessura Velocidade de corte
(mm/min)
(mm)
Kevlar 2 6000
Aço inox/compósito de Kevlar 12 300
Aço inox 13 175
Chapa de blindagem 17 40
Bronze Alumínio 25 50
Ferro Fundido 60 50
Borracha/Compósito de matriz metalica 80 75
Betão armado/pedra de calçada
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Conclusões
Quadro síntese dos principais processos de corte

Tipo Oxicorte Plasma Laser


Corte do aço macio Corta todos os materiais Excepcional qualidade e precisão de
Fácil montar multi-maçarico. electrocondutores. corte.
Vantagens Baixo custo inicial Velocidade de corte elevada Corta a maioria dos materiais.
Zona térmicamente afectada estreita Zoa térmicamente afectada
insignificante.

Elevada entrega térmica Elevada produção de ruído,radiação e Investimento inicial elevado.


Baixa velocidade de corte. fumos. Manutenção dispendiosa.
Limitações Sensível a retornos de chama. Consumo elevado de consumíveis.
Necessária alguma experiência. Canal de corte largo.
Ângulo de corte elevado.

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Conclusões
Praticamente todos os materiais metálicos e não metálicos podem ser cortados
por processos térmicos, tendo cada um deles o seu campo de aplicação.
Factores principais na escolha do processo mais adequado :

• O tipo de material a cortar

• A qualidade do corte a obter

• O rigor das dimensões da peça

• A economia do processo

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Conclusões
Os processos de corte apresentados podem dividir-se em dois grandes grupos:

• Os processos simples, de fácil aplicação, de utilização manual e baixo


investimento: O oxicorte, o plasma convencional de ar comprimido e o corte
com eléctrodo de carvão.Estes processos são de utilização corrente em
qualquer empresa que tenha necessidade de cortar metais.

• Os processos mecanizados, apoiados por sofisticados sistemas de controle,


capazes de produções elevadas e de qualidade, exigindo investimentos
consideráveis: O oxicorte e os plasmas mecanizados (convencionais e de
alta definição), o Laser, o feixe de electrôes e o jacto de água.
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Bibliografia
1. Processos de soldadura-Volume II
(J.F. Oliveira Santos e L. Quintino- Instituto de Soldadura e Qualidade)

2. Processamento de materiais por feixe de electrões,


Laser e Jacto de água.
J.F.Oliveira Santos;L.Quintino e R.M.Miranda– Instituto de Soldadura e
Qualidade)

3. Documentação técnica da Hyperterm, Thermal Dynamics,


Harris Calorific e Praxair
4. Guide du Soudage - Tome II
Editions GEAD
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