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Fatos da Revolução Russa de

1905
Domingo Sangrento de 1905

O Domingo Sangrento foi um conflito entre trabalhadores e os soldados


que vigiavam o Palácio de Inverno em São Petersburgo, na Rússia. A reação
violenta das tropas czaristas desencadeou o movimento revolucionário que
eclodiu anos depois e encerrou o poder autoritário do czar Nicolau II.
O Domingo Sangrento foi um conflito entre trabalhadores e os soldados que vigiavam o Palácio de Inverno em São
Petersburgo, na Rússia. A reação violenta das tropas czaristas desencadeou o movimento revolucionário que eclodiu anos
depois e encerrou o poder autoritário do czar Nicolau II.

Antecedentes
Em janeiro 1905, a Rússia vivia sob a dinastia dos Romanov, que durante séculos estava no comando do imenso império
russo. Nicolau II era o czar, ou seja, o líder supremo do império, e cujo poder era absoluto. No começo de 1905, crescia a
insatisfação dos trabalhadores contra as péssimas condições de trabalho, a exploração a que eram submetidos e os baixos
salários. Já era rotina a realização de greves com trabalhadores e manifestações públicas contra a situação deplorável no
trabalho.

Nicolau II, último


czar russo. Governou
a Rússia até a
revolução de 1917.
A religião ortodoxa tinha muita influência na sociedade russa daquela época. O padre George Gapon se sensibilizou com a
situação dos trabalhadores e se uniu a eles nas causas que defendiam. As greves e as manifestações públicas eram feitas de
forma pacífica.

O sacerdote escreveu uma petição ao czar para que ele se sensibilizasse com os problemas vividos pelos trabalhadores e
utilizasse os poderes que tinha em mãos para ajudá-los. Nessa petição, além de melhores condições de trabalho e salários
justos, exigia também a redução da jornada de trabalho e o fim das horas extras que eram exigidas pelos donos das fábricas.
Pedia-se também o fim da guerra contra o Japão, que tantos prejuízos trouxera para a Rússia.

O que foi o Domingo Sangrento de 1905?


Em 8 de janeiro de 1905, os trabalhadores se organizaram em uma passeata em direção ao Palácio de Inverno, em São
Petersburgo, para entregar ao czar Nicolau II a petição escrita pelo padre George Gapon. O czar não estava no palácio e os
soldados deram tiros para o alto no intuito de dispersar a multidão que participava da manifestação.
Como os trabalhadores permaneceram no local, os soldados começaram a atirar contra as pessoas. Milhares saíram
feridos e outros tantos perderam a vida. Como era domingo o dia da manifestação e em razão do grande número de mortos e
feridos, esse evento entrou para a História com o nome de “Domingo sangrento”. Relatos da época dizem que a neve que
encobria o chão das ruas próximas do palácio ficou vermelha por causa do sangue derramado.
Como Nicolau II não estava no palácio, a ordem para atirar nas pessoas não partiu dele, mas sobre ele recaiu a culpa do
massacre. Após o ataque dos soldados contra os manifestantes, iniciou-se uma revolta popular contra o czar e seu poder 
absoluto.

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